A sequência de casos de feminicídios nas últimas semanas levou mulheres, homens e famílias a se mobilizarem na Praça Universitária, em Goiânia. Por meio de cartazes, gritos de guerra e apresentações artísticas todos se deslocaram até a Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher no centro da capital (Deaem). Os cartazes traziam pedidos de liberdade, segurança e o fim da violência de gênero. O grito uníssono era ‘Mulheres Vivas!’ Entre os discursos falas que pediam maior punição contra agressores, atuação do poder público, mas também conscientização e educação dos homens. A mobilização faz parte de uma ação nacional. Manifestações também ocorreram em outras capitais. A doutoranda em Antropologia Social da Universidade Federal de Goiás (UFG) e integrante da organização da marcha, Priscila Marília Martins, destacou que, apenas em 2025, mais de mil mulheres já foram assassinadas no Brasil, o que representa uma média de mais de quatro feminicídios por dia. “Isso é uma epidemia, uma chacina de mulheres. A morte não começa no tiro, ela começa na piada, na humilhação, na omissão. Pessoas omissas também têm sangue nas mãos”, afirmou.