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Bombou em 2024: Noiva que fez casamento sem chamar parentes, cachoeira repleta de 'serpentes' e abelha criada como pet

Retrospectiva relembra casos em Goiás que repercutiram na web ao longo do ano. Fatos tiveram milhares de visualizações

Modificado em 29/12/2024, 11:15

Bombou em 2024: Noiva que fez casamento sem chamar parentes, cachoeira repleta de 'serpentes' e abelha criada como pet em Goiás (Montagem/g1)

Bombou em 2024: Noiva que fez casamento sem chamar parentes, cachoeira repleta de 'serpentes' e abelha criada como pet em Goiás (Montagem/g1)

O ano de 2024 foi marcado por casos de que viralizaram na internet em Goiás. Foram milhões de visualizações que atraíram os internautas para assistir vídeos com assuntos inusitados, curiosos e que chamaram atenção, como a noiva que fez uma festa de casamento e não chamou os parentes.

Relembre casos viralizados de 2024 em Goiás:

Francesa prefere Pirenópolis a cidade da França

Em maio, a francesa Lia Brant, de 9 anos, viralizou nas redes sociais com um vídeo dizendo que prefere Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal (DF), a Avignon, na França. O vídeo ultrapassou as 900 mil visualizações e, nos comentários, ganhou o apoio de diversos brasileiros.

No vídeo, Lia é questionada se gosta mais de comidas brasileiras ou francesas. Entre elas, a menina prefere, por exemplo, feijoada a cassoulet, coxinha a quiche lorraine e brigadeiro a macarron. A publicação foi feita no perfil do pai de Lia, o professor de francês Thomas Alexandre.

Nunca o Brasil esteve tão próximo de uma guerra com a França", brincou um internauta.

Simulação de chilique

O vídeo de uma jovem se jogando no chão e reclamando que a mãe não lhe deu um celular de última geração, na Rodoviária de Goiânia, viralizou na internet. Na época, o vídeo chegou a 9 milhões de visualizações e centenas de comentários. A gravação foi armada entre mãe e filha para ver a reação das pessoas ao redor, como uma forma de "teste social".

"É o que dá fazer gosto de filho de 20 anos. Comprei um iPhone 13 para ela, agora está me xingando todinha porque não tenho condições de comprar um iPhone 15, que lançou agora", diz a mulher durante a gravação;

No vídeo, é possível ver que as pessoas observavam a confusão, mas não intervieram. A maioria apenas trocou olhares nervosos.

Abelha criada como pet

Em julho, o caso inusitado de uma abelha que era criada como pet chamou a atenção. Uma estudante de Goiânia encontrou o inseto ferido no quintal de casa e decidiu cuidá-lo. Sarah Borges, de 25 anos, chegou a levar a abelha ao veterinário, mas ela acabou morrendo.

Um vídeo postado pelo médico veterinário Thiago Augusto Lourenço em que fala do tratamento dado a Odete, como era chamada pela tutora, impressionou a web (veja vídeo abaixo) .

A abelha, que media cerca de 3 centímetros, foi encontrada no corredor externo da casa da estudante, que contou que o pai dela viu o inseto com a asa ferida e que, desde então, toda a família cuidou e alimentou Odete. Contudo, ela não sobreviveu.

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Noiva não convida parentes para casamento

Em agosto, uma noiva viralizou após publicar a revolta de parentes que não foram convidados para o casamento dela. Lara Cristina, de 29 anos, explicou que chamou para a festa apenas pessoas mais próximas ao casal. Em comentários nas redes sociais, internautas apoiaram a decisão e até disseram que querem fazer o mesmo.

Lara, mulher, você realizou o sonho de muitos. Arrasou diva, você me inspira", comentou um seguidor na publicação.

O vídeo que mostrou a revolta dos parentes ultrapassou 2 milhões de visualizações. Lara Cristina ainda afirmou que os incomodados souberam do motivo pelo qual não foram convidados para o casamento dela. "Eles sabem por que não foram convidados, o áudio é bem autoexplicativo. Estavam mais preocupados com a festança do que em comemorar nossa felicidade", disse Lara.

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Cantor goiano viraliza com 'Só Fé'

"O resto é só fé, só fé, só fé" foi um dos refrões mais ouvidos do Brasil. O hit que ficou no topo das músicas de sucesso do país foi composto pelo cantor e compositor goiano Gabriel Ângelo Furtado de Oliveira, conhecido como O Grelo.

A música faz parte do álbum lançado pelo artista no início de agosto. O hit ganhou versões em ritmos diferentes, como rap e sertanejo. E, para além das plataformas de música, "Só fé" ganhou as redes sociais, onde é utilizado em vídeos bem-humorados.

Além disso, a banda canadense Simple Plan viralizou ao usar o hit de "Só Fé," do artista. A música foi escolhida para ilustrar um meme que conta a história da banda. O próprio Grelo comemorou a publicação nos comentários.

"O Grelo também é rock 'n roll, vidaaaa 🤣🤣😍😍❤️", escreveu o artista.

Cantor e compositor Gabriel de Ângelo (Reprodução/Redes Sociais)

Cantor e compositor Gabriel de Ângelo (Reprodução/Redes Sociais)

Reflexo ou cobras?

Em setembro, a empresária Gabriella Oliveira, de 24 anos, viralizou nas redes sociais após uma descoberta feita em fotos de uma viagem à Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás, na região nordeste do estado. Após o alerta de um seguidor, ela identificou o que aparentava serem cobras na água da cachoeira em que estava.

"Fiquei em choque depois que vi na galeria de fotos a cobra atrás. Não percebi nada. Andamos por aquelas pedras tranquilos, nunca imaginei que teria cobra na água. Estou grávida, se eu tivesse visto essa cobra tão perto de mim entraria em pânico", contou Gabriella.

O g1 consultou dois biólogos para analisar as imagens. Um deles afirmou que havia cobras na água, enquanto o outro acredita que eram apenas reflexos.

Anúncio de trisal

Também em setembro, um casal de Goiânia viralizou na web ao anunciar uma nova integrante da relação, que passou a ser a três, em uma live no Instagram. O até então casal, formado por Regislene, de 39 anos e Lucas, de 42, que são casados há 21 anos, abriu um perfil nas redes sociais à procura de outra mulher.

"Queremos dormir de conchinha, sorrir brincar e amar, transbordar nosso amor para ela, que será nossa amiga acima de tudo. Casal em busca de relacionamento a três! Sim, esse é o nosso objetivo!" afirmou o casal em um post.

Ao anunciar a nova integrante em um post na rede social, o trisal legendou da seguinte forma: "Celebramos a união de três corações que se escolheram, sem medo de amar além dos limites impostos. O preconceito não tem vez quando a felicidade é genuína".

Parou o trânsito

Ainda em setembro, o vídeo de um motorista goiano parando o trânsito para dizer, apaixonadamente, que se casaria com a mulher do carro ao lado viralizou nas redes sociais. Adriano Castro contou ao g1 que já estava namorando com Elisa Klein no momento em que ela filmou o vídeo, há quase 1 ano. A promessa está perto de ser cumprida, pois o casório está marcado para o ano que vem.

Motorista: "Eu te dou um ano, mas eu vou casar com você!"
Mulher: "Um ano?"
Motorista: "No máximo. Eu vou casar com você!"
Mulher: "Ô doidinho!"

O vídeo postado teve mais de 12 milhões de visualizações em duas redes sociais. Na legenda, ela escreveu "enquanto isso no trânsito de Goiânia", em tom descontraído e sem revelar que o motorista já era seu companheiro.

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Dia do cabelo maluco

Na semana do Dia das Crianças, em outubro, o g1 mostrou dois pequenos que fizeram sucesso nas redes sociais no Dia do cabelo maluco nas escolas de Goiás.

A pequena Heloísa Gomes de Assis, de 7 anos, encantou os seguidores com um 'sorvete' rosa e granulados coloridos na cabeça. O penteado foi feito pela tia dela, a influenciadora Isadora Carolina Gomes de Araújo, de 25 anos, e o vídeo mostrando o passo a passo ultrapassou 7 milhões de visualizações.

Dia do cabelo maluco: Heloísa Gomes de Assis, de 7 anos, foi para escola com um ‘sorvete’ rosa e granulados coloridos na cabeça, em Anápolis, Goiás (Reprodução/Redes Sociais)

Dia do cabelo maluco: Heloísa Gomes de Assis, de 7 anos, foi para escola com um ‘sorvete’ rosa e granulados coloridos na cabeça, em Anápolis, Goiás (Reprodução/Redes Sociais)

Já o Carlos Daniel Silva de Moraes, de 5 anos, chamou a atenção e ganhou até o prêmio de melhor cabelo maluco. Com direito a um pintinho de verdade, os cabelos dele se transformaram em um verdadeiro ninho, em Aragoiânia.

A ideia e toda a execução do ninho foi da prima do menino, Clarissy Vitória. Ela contou ao g1 que pesquisou muitas referências, mas não estava conseguindo ter nenhuma ideia, até que teve um 'estalo' de usar o pintinho vivo (veja vídeo abaixo) .

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IcMagazine

Gata do Daqui

Angélica conversa sobre casamento aberto com Luciano Huck

Modificado em 17/09/2024, 15:46

Angélica conversa sobre casamento aberto com Luciano Huck

( Rede Globo)

Pais de três e prestes a completar 20 anos juntos, Angélica e Luciano Huck conversam sobre a possibilidade de partir para a experiência de uma relação não monogâmica. Na verdade, eles "falam" sobre o assunto, mas não cogitam, pelo menos por enquanto, abrir o casamento, de fato.

"Temos amigos que são (não monogâmicos). Porém, dois desses casais adeptos da não monogamia não deram certo e os exemplos ficaram esquisitos", contou Angélica, de 50 anos, em entrevista à revista "Ela".

A apresentadora começa a gravar em junho "Angélica: 50 & uns", programa no GNT, "Fantástico" e Globoplay nos moldes do "Angélica: 50 & tanto", exibido no ano passado. Se na versão anterior recebeu mulheres interessantes (Xuxa, Preta Gil, Anitta) em sua casa para uma roda de conversa, agora o espaço será dado aos homens. Em pauta, assuntos como sexo e libido.

( Rede Globo)

(Rede Globo)

(TV Globo / Lunaé Parracho)

IcMagazine

Gata do Daqui

Atriz Isabella Santoni se casa no civil com milionário Henrique Blecher

Cerimônia aconteceu na casa do casal, no último domingo (12), após 6 meses de namoro

Modificado em 17/09/2024, 15:45

Atriz Isabella Santoni se casa no civil com milionário Henrique Blecher

(Reprodução Instagram)

A atriz carioca, Isabella Santoni, de 29 anos, impressionou ao escolher um macacão branco para se casar no civil com o empresário Henrique Blecher, de 47 anos. A cerimônia foi realizada na residência do casal, no último domingo (12) e, através de suas redes sociais, a loira afirmou ter escolhido o look três dias antes.

"Casamos no civil. Início da celebração oficial desse amor! Sr. & Sra. Blecher", escreveu a atriz de "Dom" (Prime Video).

Ainda que a celebração tenha sido simples, Isabella investiu R$ 15.800 na peça produzida pela estilista Lethicia Bronstein, apresentada no último desfile de alta costura.

"Só @lethiciabronstein pra me salvar 3 dias antes do civil. Macacão branco clássico com pérolas off white pra dar contraste e scarpin pra não errar!", escreveu Santoni, que ficou famosa como a Karina de "Malhação Sonhos" (Globo).

O casamento ocorreu cerca de seis meses após o casal assumir o romance ao público. Henrique já foi casado com Emanuelle Araújo, atriz que viveu Dandara, a madrasta da personagem de Isabella em "Malhação", e tem duas filhas de relacionamentos anteriores: Nina, 18, e Vitória, 3. Ele é fundador de uma empresa de investimentos de imóveis de luxo que, em 2022, foi vendida por R$ 180 milhões. Em 2021, foi escolhido como Carioca do Ano em Empreendedorismo pela revista Veja-Rio.

(Reprodução Instagram)

(Reprodução Instagram)

(Reprodução Instagram)

IcMagazine

Famosos

Zezé Di Camargo e Graciele Lacerda confirmam casamento para 2024

Modificado em 19/09/2024, 00:29

Zezé Di Camargo e Graciele Lacerda confirmam casamento para 2024

(Reprodução Instagram)

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Zezé Di Camargo, 60, e Graciele Lacerda, 42, vão casar em 2024. A assessoria do cantor confirmou a notícia ao Gshow, informando que o casório deve sair no segundo semestre do próximo ano.

O sertanejo e a influenciadora estão juntos há 11 anos, ficando noivos em 2021.

No ano passado, a famosa disse que já se sentia casada com o artista e tinha preguiça de organizar uma cerimônia de casamento.

As possíveis datas para o casamento são 17 de agosto e 3 de outubro, aniversário de Zezé e de Graciele, respectivamente.

Agora, o cantor começou sua turnê solo de "Rústico".

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Goiânia é a 5ª capital com mais uniões homoafetivas

Cidade registrou 1.727 casamentos civis desde 2011, quando o STF reconheceu a união estável de casais do mesmo sexo

Modificado em 19/09/2024, 00:32

Johny e Pedro: união no civil para “formalizar o nosso amor perante a lei”&#13;

Johny e Pedro: união no civil para “formalizar o nosso amor perante a lei”&#13; (Juliana Gontijo)

Goiânia é a quinta capital brasileira com o maior número de casamentos homoafetivos. Ao todo, foram registradas 1.727 cerimônias desde 2011, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável de casais do mesmo sexo. Entre 2011 e 2012, os casamentos civis eram feitos apenas por meio de decisão judicial. Apenas em 2013 o matrimônio foi garantido e regulamentado.

A mudança ocorreu há dez anos, após o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) emitir a resolução 175/13 que proibiu os cartórios de negarem a realização da cerimônia homoafetiva. Em todo o estado, desde a resolução, foram registrados 2.234 casamentos civis. Os dados são da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).

Vice-presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), Amanda Souto Baliza destaca que o Poder Legislativo sempre teve dificuldade em debater e aprovar legislação específica sobre os direitos da comunidade LGBTQIA+, entre eles, o casamento civil homoafetivo.

Por isso, explica ela, os movimentos sociais no Brasil buscaram o Poder Judiciário. Com a movimentação, em maio de 2011, o STF equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre casais heterossexuais, por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132.

A advogada aponta que, no contexto político atual, é "difícil dizer que o direito pode ser perdido, mas não impossível". E cita, a exemplo, uma decisão da Supremo Corte dos Estados Unidos (EUA) que derrubou, em 2022, cerca de 50 anos depois da decisão, o direito ao aborto legal no país, definido pela própria corte na década de 1970.

Ela relembra ainda que a resolução do CNJ, de 2013, já chegou a ter a constitucionalidade questionada junto ao STF, mas nunca foi derrubada. Conforme a vice-presidente da CFOAB, a falta de legislação específica sempre é um risco. "O ideal, para ter segurança jurídica maior, é que tenha uma lei, uma emenda constitucional, para que fosse mais difícil (derrubar a resolução)."

No entanto, para Amanda, o risco da resolução ser revogada é "muito pequeno" considerando a composição atual do STF que classifica como "progressista". "Os ministros têm decidido no princípio da não discriminação, princípios internacionais e outros parâmetros, que não consigo vislumbrar que o direito seja retirado", destaca.

A respeito da celebração de casamento civil antes da regulamentação por parte do CNJ, ela pontua que os casais homoafetivos precisavam contratar algum advogado para entrar com ação judicial. "O Ministério Público emitia parecer e então o juiz sentenciava", explica.

Em junho de 2011, um mês após o reconhecimento do STF, o Brasil registrou o primeiro casamento homoafetivo em Jacareí, interior de São Paulo. O matrimônio celebrado pelo casal Luiz André Rezende Moresi e José Sergio Sousa ocorreu diante de autorização da 2ª Vara da Família do município.

Já em dezembro de 2012, ocorria o primeiro em Goiás, com o casamento entre Michelle Almeida Generozo e Thaise Prudente, À época, a advogada Chyntia Barcellos, representante do casal, disse que o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) negou o pedido e o encaminhou à 3ª Vara de Família e Sucessões de Goiânia, que autorizou a cerimônia no civil.

Conquista

Para a advogada Mariane Stival, de 43 anos, os avanços nos direitos da comunidade LGBTQIA+ são "frutos de conquistas históricas de pessoas que lutaram para provocar o Judiciário e o Executivo para normatizar as relações (homoafetivas)". "Porque se for esperar lei, não tem lei, ninguém quer tocar nesse ponto", destaca.

Conforme Mariane, o entendimento do STF e a resolução do CNJ, representaram um "avanço significativo" nos direitos dos casais do mesmo sexo. "É uma história de luta. Primeiro consegue a união estável, depois o casamento. É uma construção de direitos", pontua.

Casada no civil desde setembro de 2019 com a servidora pública Jordana Fonseca, de 29, ela conta que a celebração em um cartório de Goiânia ocorreu de forma tranquila. "Extremamente acolhedor. Mesmo tratamento e atendimento (que um casal heteroafetivo)", explica, acrescentando que, mesmo morando em Anápolis, optou por um tabelionato da capital pois já conhecia o histórico na celebração de casamentos homoafetivos.

Com o sonho de exercer a dupla maternidade, em 2021, Mariane e Jordana tiveram, por meio de reprodução assistida, o filho Giuseppe, hoje com 1 ano e 11 meses. Foi a servidora pública que fez a gestação do bebê. O procedimento foi feito em uma clínica de fertilização de Goiânia. Além de Giuseppe, as duas são mães de Maria Eduarda, de 16 anos, filha biológica de Mariane. "Ela é minha filha, e isso também vem dela. Ela se considera filha de duas mães", diz Jordana.

Por conta da gravidez, as duas começaram a se relacionar com outras famílias de casais do mesmo sexo. "Começamos a procurar outras famílias para nos inspirar, saber como funciona, ter um porto em saber que existem famílias parecidas", explica Jordana. A interação resultou no grupo Famílias Diversas.

O jornalista Johny Cândido, de 36 anos, se casou em 2017 com o chefe de cozinha Pedro Ernesto Jacob, de 38, em Goiânia. Ele relata que não teve nenhum tipo de dificuldade no cartório e que o casamento foi para "formalizar o nosso amor perante a lei, a Justiça e a sociedade" mas também para garantir direitos legais resultantes dos matrimônios.

"Participar do plano de saúde familiar, adquirir imóveis em conjunto", conta, acrescentando que a vontade de constituir uma família também foi levada em conta. "A gente já pensava em construir uma família e ter um documento que comprovasse que fôssemos casados facilitaria todo o trâmite burocrático."

Chegada dos filhos

Em junho de 2021, o casal celebrou a vinda dos filhos, os gêmeos Mariana e Gael. A gestação foi feita por uma amiga deles, por meio de barriga solidária, e passou por todo um processo. O jornalista explica que, antes da inseminação, durante 1 ano e 3 meses, foi necessário abrir um processo junto ao Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) para obter autorização.

"Primeiro decidir ser pai, depois encontrar um útero de substituição. Encontrei a pessoa, preciso abrir o processo no Cremego. Feito isso, preciso também estar munido de um contrato elaborado por um advogado. Depois vou na clínica, onde tenho outro contrato de processo de fertilização, e só depois disso que faz a gestação", explica.

Johny destaca que o avanço nas conquistas da comunidade LGBTQIA+ representa uma "evolução cívica e humana", o que só foi possível por meio de pessoas que deram a vida à garantia de direitos. "Se isso não tivesse ocorrido eu não poderia usufruir do que temos hoje, onde posso ter uma família reconhecida perante a lei", finaliza.

Cerimônias em Goiás aumentam 788% em 10 anos

Goiás é o 11º estado brasileiro com o maior número de casamentos civis homoafetivos, com 2.234 registros. Em 2013, com a resolução 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o estado teve 60 cerimônias celebradas. Em 2022, foram 533, o que representa um aumento de 788,3% em dez anos.

Proporcionalmente à população de cada estado, Goiás ocupa a 8ª posição, com um casamento homoafetivo a cada 3.111,4 habitantes, atrás apenas do Distrito Federal (1.234), São Paulo (1.546,9), Santa Catarina (2.024), Mato Grosso do Sul (2.391,3), Rio de Janeiro (2.527,4), Espírito Santo (2.872,1) e Ceará (2.916,5), respectivamente.

Conforme os dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), até abril de 2023, Goiás já registrou 144 matrimônios. A maioria é entre mulheres, com 73 cerimônias, sendo 71 entre homens.
Ao todo, o número também se mantém maior entre pessoas do sexo feminino. De 2013 a abril de 2023, foram 1.169 casamentos entre mulheres e 1.065 entre homens.

No caso dos matrimônios entre mulheres, foram 31 no primeiro ano do registro da Arpen e 270 ano passado. O aumento foi de 770,9%. Dos 29 matrimônios de casais do sexo masculino, contabilizados em 2013, houve crescimento de 810,3% até 2022, quando 264 casamentos foram celebrados.

A alta nos números é uma tendência desde a resolução do CNJ. Apenas em 2019 houve declínio em relação ao ano anterior. Em 2018, foram 218 casamentos, ante os 135 no ano seguinte, com diminuição de 38%. Em 2020, por outro lado, foram 233 cerimônias e, em 2021, 255. Crescimento de 109% em relação 2022.

Em números gerais, São Paulo é o estado com o mais casamentos homoafetivos: 29.753, o que representa 38,9% do total registrado em todo o Brasil (76.430). Dentre os seis primeiros colocados, todos são das regiões Sudeste e Sul(veja quadro).

No primeiro ano da resolução do CNJ, a Arpen registrou 3.700 celebrações. Em 2022, foram 12.987, um aumento de 251%. Do total contabilizado em todo o País, 42.872 são de matrimônios entre mulheres, ou 56%. Entre casais do sexo masculino, foram 33.558 (44%).

Entre os cinco estados com mais celebrações homoafetivas, além de São Paulo, Rio de Janeiro tem 8,6% do total, seguido por Minas Gerais (6,6%), Santa Catarina (5%) e Paraná (4,6%).

Johny e Pedro: união no civil para “formalizar o nosso amor perante a lei”&#13;

Johny e Pedro: união no civil para “formalizar o nosso amor perante a lei”&#13; (Juliana Gontijo)