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Briga por imóvel de R$ 47 milhões pode ter motivado morte de modelo em Hong Kong

Polícia apurou que a modelo sustentava há anos a família de Alex Kwong, seu ex-marido, mas havia demonstrado sinais de que queria vender a propriedade

Folhapress

Modificado em 19/09/2024, 00:16

Uma disputa de família envolvendo um apartamento no valor aproximado de R$ 47 milhões pode ter motivado a morte da modelo Aby Choi, que foi esquartejada em Hong Kong na semana passada. As informações são do site de notícias locais The Standard.

Presos, o ex-marido e ex-sogros da modelo compareceram ao tribunal na segunda-feira. Eles são acusados de assassinato depois que a polícia encontrou partes do corpo em uma geladeira.

O apartamento fica numa área nobre, chamada Kadoorie Hill, em Ho Man Tin e estava em nome do ex-sogro. A polícia apurou que a modelo sustentava há anos a família de Alex Kwong, seu ex-marido, mas havia demonstrado sinais de que queria vender a propriedade. Kwong foi preso no sábado (25), no píer de Tung Chung, enquanto tentava fugir com uma quantia equivalente a R$ 330 mil e relógios avaliados em R$ 2,6 milhões.

Na sexta-feira (24), a polícia havia encontrado as pernas de Choi na geladeira de uma residência em Tai Po. Ontem (27), autoridades encontraram a cabeça e algumas costelas da modelo, dois dias depois que sua morte foi descoberta em uma casa da vila de Tai Po. Os restos mortais haviam sido cozidos em panelas, com vegetais.

O ex-cunhado de Choi, Anthony Kwong Kong-kit, 31, e o ex-sogro Kwong Kau, 65, foram acusados conjuntamente de assassinato. A ex-sogra de Choi, Li Sui-heung, 63, foi acusada de obstrução da justiça, por esconder provas. Eles foram presos sem direito à fiança. Um quinto suspeito relacionado ao ex-sogro da vítima também foi preso no domingo por colaboração com o crime.

Segundo a polícia, após se separar de Alex Kwong, Choi havia começado outro relacionamento e morava com o novo marido, mas não havia registrado oficialmente a união. Por isso, a família do ex-marido passou a acreditar que os dois filhos dela, frutos do primeiro casamento, seriam os herdeiros diretos de sua fortuna.

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O caso veio à tona na sexta-feira, quando partes do corpo de Choi foram encontrados em uma casa, na vila de Tai Po Lung Mei. Ela havia sido dada como desaparecida na terça-feira (21). Choi era nora do fundador da rede de restaurantes TamJai Yunnan Mixian, pai de seu segundo marido.

O superintendente Alan Chung Nga-lun, da unidade criminal regional de Kowloon West, declarou que a modelo sofreu um ferimento fatal no lado direito do crânio provavelmente causado por um objeto duro. A polícia encontrou na casa onde estavam partes do corpo um moedor de carne, uma serra elétrica, capas de chuva e luvas.

Segundo a investigação, o ex-cunhado, Anthony, que era motorista de Abby, deveria levá-la para a escola de sua filha, mas o ex-marido entrou no carro e a estrangulou, deixando-a inconsciente enquanto era conduzida para a casa onde ela foi esquartejada.

PASSADO DUVIDOSO

O ex-sogro de Choi era um sargento reformado da polícia, condecorado em 2001 pelos serviços prestados, mas renunciou em 2005 após estar supostamente envolvido em um caso de estupro.

Alex Kwong foi procurado pela justiça por anos após pagar fiança em um caso de fraude. Ele afirmou à polícia trabalhar em um negócio de investimento em ouro e supostamente fraudou algumas vítimas em cerca de R$ 3,31 milhões de 2014 a 2015.

Ele chegou a ser preso, compareceu ao tribunal antes de pagar a fiança e acabou processado por mais de R$ 1 milhão em dívidas.

Seu irmão, Anthony, não esteve envolvido em processos criminais antes, mas enfrentou processos por dívidas. A ex-sogra de Choi, Lee, foi declarada falida em 2017.

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Quem era Bruna Oliveira da Silva, estudante da USP encontrada morta na zona leste de SP

A mais velha de três irmãos, pesquisadora de 28 anos viveu toda a vida em Itaquera e tinha o sonho de visitar a Europa

Modificado em 20/04/2025, 13:54

Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta no dia 17 de abril, em São Paulo

Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta no dia 17 de abril, em São Paulo (Reprodução/Redes Sociais)

A estudante e pesquisadora Bruna Oliveira da Silva, 28, foi a primeira de sua família a chegar ao ensino superior. Era estudiosa desde a infância na zona leste de São Paulo, seguindo os conselhos da mãe, que dizia: "quando você estuda, você não deixa ninguém te manipular".

Bruna foi encontrada morta na noite de quinta-feira (17) em um estacionamento na região da Vila Carmosina, na zona leste. Estava desaparecida desde domingo (13), quando foi de metrô do Butantã, na zona oeste, até a estação Corinthians-Itaquera da linha 3-Vermelha.

Na estação, Bruna disse que não tinha como chegar em casa e que estava com pouca bateria no celular. Seu namorado então fez uma transferência de dinheiro para que ela pudesse pedir uma viagem por aplicativo para completar o trajeto. A partir daí, a família não teve mais notícias de Bruna.

Eu tenho certeza que ela morreu lutando, porque ela falava 'mãe, ninguém põe a mão em mim'", diz Simone Silva. "Ela tinha pavor desse tipo de coisa, de feminicídio. E dizia: 'temos que lutar por essa causa."

Ela era formada em Turismo na EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), conhecida como USP Leste. Recentemente, Bruna havia sido aprovada no mestrado no programa de pós-graduação em mudança social e participação política da mesma unidade. Em nota, a direção da EACH-USP lamentou a morte de Bruna.

Tinha dois irmãos mais novos ---um de 25 anos e outro de 12, este último do segundo casamento de sua mãe.

O último ano de Bruna na graduação coincidiu com a gravidez, aos 21. Ela pensou em pausar os estudos, mas a insistência da mãe a fez persistir. O filho, Iuri, era recém-nascido quando ela se formou. Hoje, tem sete anos.

Segundo a mãe, ela deu aulas de inglês em colégios particulares e também dava palestras, inclusive fora de São Paulo. Morou em várias casas e apartamentos, sempre na região de Itaquera.

Há cerca de cinco anos, passou a morar com o pai, numa casa que ele havia acabado de comprar com as economias de uma vida inteira do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Devorava livros e tinha paixão por viagens. A última foi para o Espírito Santo ---uma promoção de passagens aéreas e uma decisão impulsiva a levaram até lá. Simone só ficou sabendo quando Bruna enviou uma foto da praia.

Voltou encantada com as praias e alimentando a ideia de se mudar para lá. Seu grande sonho era atravessar o Atlântico e conhecer a Europa.

Com o passar dos anos, virou uma conselheira da própria mãe. "Ela falava para mim: 'não abaixe a cabeça para ninguém, não deixe ninguém machucar você'", conta Simone.

"Ela nasceu para sorrir. Se você pegar qualquer foto dela desde bebê, é sempre sorrindo."

A Polícia Civil de São Paulo está investigando a morte. Não há ainda informações sobre possíveis culpados ou o que teria ocorrido até a sua morte.

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Jovem morre após perder controle de carro e bater contra muro de empresa às margens da BR-060

Segundo Polícia Rodoviária Federal, motorista acessou rodovia por via marginal antes do acidente

Segundo bombeiros, vítima foi encontrada morta

Segundo bombeiros, vítima foi encontrada morta (Divulgação/PRF)

Um jovem de 28 anos morreu após perder o controle do carro que estava e bater contra um muro de uma empresa às margens da BR-060, em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu na madrugada desta sexta-feira (18)

De acordo com a polícia, o motorista tentou acessar a rodovia por via marginal no sentido Abadia para a capital quando perdeu o controle do veículo. O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO) atendeu a ocorrência.

Chegando ao local encontramos a vítima sentada, dentro do veículo, sem sinais vitais", relataram os bombeiros.

O Corpo de Bombeiros informou que um médico do Hospital de Abadia, que estava no local, atestou a morte do motorista. Uma equipe da Polícia Técnico-Científica (PTC) compareceu ao "local de crime" e fez uma perícia preliminar.

A princípio foi uma saída de pista seguida de colisão em um muro, não teve elementos que justificassem a saída de pista", disse a PTC.

O DAQUI entrou em contato com a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) para obter mais informações sobre esse acidente, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

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Acidente entre caminhonete e carro na TO-050 deixa idoso morto e óleo derramado na pista

Juarez Alves de Castro de 65 anos estava sozinho no veículo. O Corpo de Bombeiros foi chamado para fazer a limpeza do óleo derramado na rodovia

Modificado em 11/04/2025, 13:35

Trecho da TO-050 entre Arraias (TO) e Campos Belos (GO)

Trecho da TO-050 entre Arraias (TO) e Campos Belos (GO) (Reprodução/Google Street View)

Um idoso de 65 anos morreu após o acidente entre um carro e uma caminhonete na TO-050, em Arraias, região sudeste do estado. A vítima é Juarez Alves de Castro, conforme a Secretaria da Segurança Pública.

A batida foi registrada no km 428 da rodovia, zona rural do município, na quinta-feira (10). O motorista da caminhonete sofreu lesões nas mãos. De acordo com a Polícia Militar, ele não apresentava sinais de embriaguez e estava consciente quando os policiais chegaram ao local.

Nos dois veículos estavam apenas os motoristas. O local do acidente foi isolado e a perícia técnico-científica realizou os procedimentos necessários.

A TV Anhanguera apurou que por conta da batida, houve derramamento de óleo na pista. O Corpo de Bombeiros do estado do Goiás foi chamado para fazer a limpeza da pista.

O corpo de Juarez foi levado pelo Instituto Médico Legal de Natividade para ser examinado e depois liberado aos familiares.

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Jovem desaparecida pode ter sido assassinada e queimada em fornalha de cerâmica pelo companheiro, diz polícia

Adair Gonçalves, de 53 anos, foi indiciado na conclusão da investigação da morte de Míria Mendes Sousa Lima, de 19 anos. Crime teria sido cometido após ela descobrir abusos contra as filhas

Modificado em 08/04/2025, 21:30

Homem preso pela Polícia Civil suspeito de matar ex-companheira (Polícia Civil/Divulgação)

Homem preso pela Polícia Civil suspeito de matar ex-companheira (Polícia Civil/Divulgação)

O inquérito que apura o desaparecimento de Míria Mendes Sousa Lima, de 19 anos, foi concluído com o indiciamento do empresário Adair Gonçalves, de 53 anos, pelos crimes de tortura, estupro, feminicídio tentado, feminicídio consumado e ocultação de cadáver. Ele teria matado a companheira e queimado o corpo na fornalha de uma cerâmica de sua propriedade.

A jovem desapareceu no dia 18 de agosto de 2023 em Guaraí, na região centro-norte do estado. A cerâmica passou por perícia após a Polícia Civil receber informações de que o corpo dela teria sido queimado no local, após a morte.

Adair foi preso preventivamente em março deste ano. Na época, uma testemunha disse que recebeu informações de que ele confessou a uma terceira pessoa que matou Míria.

A defesa do indiciado informou que recebeu o resultado do indiciamento com 'indignação e surpresa' e que 'serão empenhados esforços para comprovar a inocência de Adair' (veja nota na íntegra no fim da reportagem).

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Possível motivação

O motivo do crime, segundo a polícia, seia porque Adair teria abusado sexualmente das filhas de Míria. Ela teria descoberto os abusos e isso levou o indiciado a matá-la. "Já ao final das investigações, fomos surpreendidos com essa nova informação [...] Nesse sentido, após os fatos terem sido descobertos por Míria, esta acabou sendo morta e com requintes de crueldade", explicou o delegado Joelberth Nunes de Carvalho.

Míria vivia com o indiciado e sofria violência física e psicológica. Ela já tinha tentado matá-la jogando-a de um carro em movimento, conforme a polícia.

"Chama a atenção a violência e brutalidade que teria sido empregada pelo autor com o intuito de causar violência física e psicológica na vítima, que era obrigada a praticar sexo contra sua vontade e, muitas vezes com outras pessoas, e de forma violenta", explicou Joerberth.

Além das agressões contra Míria, a polícia apurou que Adair também cometeu crimes semelhantes com outros mulheres e em diferentes cidades do Tocantins.

Os depoimentos que deu à polícia entraram em conflito, o que aumentou a desconfiança contra ele dentro da investigação. "Nas vezes em que foi instado a prestar depoimento, o indivíduo apresentou versões conflitantes que não condizem com a realidade dos fatos, o que nos motivou a intensificar as diligências investigativas com o intuito de descobrir as motivações para esses crimes bárbaros", disse o delegado Antonione Wandré, que também está à frente do caso.

Fornalhas da cerâmica de propriedade do suspeito foram periciadas nesta sexta-feira (4) (PCTO/Divulgação)

Fornalhas da cerâmica de propriedade do suspeito foram periciadas nesta sexta-feira (4) (PCTO/Divulgação)

A polícia recebeu informações que levaram às equipes a realizarem a perícia na cerâmica do suspeito na sexta-feira (4). O objetivo era buscar algum indício de que o corpo da jovem foi destruído no local.

Após ser concluído o inquérito policial foi enviado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para a adoção das medidas legais do caso.

Íntegra da nota da defesa

A defesa manifesta indignação e surpresa com o indiciamento do nosso constituinte, destacando a desnecessária espetacularização do caso, que tramita desde o início em segredo de justiça, mas tem cada andamento reportado em tempo real à mídia, talvez com o objetivo de atrair protagonismo a quem não conseguiu elucidar um suposto crime mesmo após mais de 2 anos de investigação. A equipe de defesa reforça que serão empenhados esforços para comprovar a inocência de Adair. Vinícius Moreira, Wagner Nascimento, José Augusto Nascimento e Leonardo Almeida (advogados).