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Calça rasgada quase tira deputado goiano da votação da segunda denúncia contra Temer

Parlamentar que abriria a votação dos goianos sumiu quando seu nome foi chamado e só apareceu na 2ª chamada

Modificado em 27/09/2024, 00:28

Votação favorável ao presidente Temer alcançou os 172 votos necessários para rejeitar a denúncia

Votação favorável ao presidente Temer alcançou os 172 votos necessários para rejeitar a denúncia (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Pouco mais de um mês após chegar à Câmara, os deputados rejeitaram na noite dessa quarta-feira (25) o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral). Foram 251 votos contrários à autorização para investigação, 233 votos favoráveis e duas abstenções.

Entre as histórias nos bastidores durante a votação, uma que chamou a atenção foi a do deputado goiano Alexandre Baldy (PODE-GO). Isso porque ele não estava no plenário quando o seu nome foi chamado pelo presidente da casa Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ministros e apoiadores de Temer começaram a ligar para Baldy, que apareceu somente na 2ª chamada para votar 'sim' pelo arquivamento da denúncia.

O sumiço do deputado goiano ocorreu porque sua calça havia rasgado momentos antes da votação. Ao atender o telefone e ser questionado sobre o ocorrido pelo O POPULAR, Baldy deu uma gargalhada e explicou o fato.

"Antes da sessão, sentei em cima de uma tampinha de refrigerante e ela rasgou a minha calça. Como o rasgado foi grande e estava aparecendo uma parte da minha perna, pedi para um assessor buscar uma outra calça. Ficar com a calça rasgada e mostrando uma parte da perna no plenário seria quebra de decoro e não queria que isso acontecesse", contou o deputado que deu o seu voto usando uma calça nova.

Bancada de Goiás

Conforme adiantado pelo O POPULAR, a maioria dos deputados goianos votou favoravelmente ao presidente Michel Temer (PMDB) na votação da segunda denúncia do ex-Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. O placar final na bancada do Estado foi de 10 votos a 7 pela aprovação do relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Confira os votos dos deputados goianos:

Alexandre Baldy (PODE) - SIM
Célio Silveira (PSDB) - SIM
Daniel Vilela (PMDB) - SIM
Delegado Waldir (PR) - NÃO-"Pelo povo de Goiânia, pelo povo de Goiás, contra corrupção, cadeia, algema para Temer, Aécio e Lula"
Fábio Sousa (PSDB) - NÃO- "Com minha coerência e minha consciência, voto não"
Flávia Morais (PDT) - NÃO- "Investigação é bom para todos, esclarece fatos, nosso voto é não"
Giuseppe Vecci (PSDB) - SIM- "Sim ao Brasil"
Heuler Cruvinel (PSD) - NÃO- "O momento é de se passar o Brasil a limpo. Que todos sejam investigados, meu voto é não"
João Campos (PRB) - NÃO- "Interpretando a vontade do meu povo de Goiás, voto não"
Jovair Arantes (PTB) - SIM
Lucas Vergílio (Solidariedade) - SIM
Magda Mofatto (PR) - SIM- "O Brasil não pode parar, meu voto é sim"
Marcos Abrão (PPS) - NÃO- "Meu voto é não ao relatório, sim à autorização de investigação ao presidente da República"
Pedro Chaves (PMDB) - SIM
Roberto Balestra (PP) - SIM
Rubens Otoni (PT) - NÃO- "Contra a retirada de direitos, contra a impunidade, eu voto não a favor da investigação"
Thiago Peixoto (PSD) - SIM

Denúncia

Temer, Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) são acusados de formação de quadrilha e obstrução de Justiça e, segundo a PGR, teriam arrecadado R$ 587 milhões com o esquema. Além dos três, são denunciados ainda os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves e os ex-deputados Eduardo Cunha e Rodrigo Rocha Loures, todos do PMDB. O dono e o executivo da J&F Joesley Batista e Ricardo Saud também foram envolvidos.

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Votação popular vai decidir última dupla de pipocas a entrar no BBB 25

No Mais Você desta sexta-feira (10), Ana Maria Braga vai receber e apresentar ao público três novas duplas

Modificado em 10/01/2025, 10:13

Participantes BBB 25

Participantes BBB 25 (Reprodução/gshow)

Além das 11 duplas já anunciadas pela Globo para o BBB 25, o reality vai abrir mais uma vaga.

No Mais Você desta sexta-feira (10), Ana Maria Braga vai receber e apresentar ao público três novas duplas. Uma votação será aberta e caberá ao público escolher uma delas para ocupar a 12ª vaga na edição.

O resultado será revelado ao vivo, no programa de estreia, na próxima segunda-feira (13). As duplas são compostas por: mãe e filho, mãe e filha e sogra e genro.

Quem estará no BBB 25

Vitória Strada integra o grupo camarote e entra no Big Brother Brasil 25 ao lado do amigo Mateus. Ela tem 28 anos, é natural de Porto Alegre (RS) e trabalha como atriz. Já ele tem 28 anos, é natural de São José dos Campos (SP) e atua como arquiteto.

Edilberto e Raissa são pai e filha e pertencem ao grupo pipoca. Ele tem 42 anos, é natural de Ubá (MG) e é dono de circo e palhaço. Ela tem 19 anos, também é natural de Ubá (MG) e atua como circense.

Camilla e Thamiris são irmãs e estão no grupo pipoca do BBB 25. Camila tem 34 anos, é natural do Rio de Janeiro (RJ) e atua como trancista. Thamiris tem 33 anos, também é natural do Rio de Janeiro (RJ) e trabalha como nutricionista.

Vinícius e Aline são uma dupla de amigos para o Big Brother Brasil 25. Ele tem 28 anos, é natural de Nazaré (BA) e trabalha como promotor de eventos. Ela tem 32 anos, é natural de Salvador (BA) e atua como policial militar.

Diogo Almeida e Vilma são filho e mãe e estão no grupo camarote.Ele tem 40 anos, é natural do Rio de Janeiro (RJ) e é ator e psicólogo. Ela tem 68 anos, também é natural do Rio de Janeiro e está estudando nutrição.

Os irmãos gêmeos João Gabriel e João Pedro estão no grupo pipoca.Naturais de Buriti Alegre (GO), os irmãos têm 21 anos e trabalham como salva-vidas de rodeio.

Renata e Eva são amigas e pertencem ao grupo pipoca do BBB 25. Renata tem 32 anos, é natural de Fortaleza (CE) e atua como bailarina. Eva tem 31 anos, também é natural de Fortaleza (CE) e trabalha como bailarina e fisioterapeuta.

As irmãs Gracyanne Barbosa e Giovanna estão no grupo camarote do Big Brother Brasil 25. Gracyanne tem 42 anos, é natural de Campo Grande (MS) e atua como empresário e musa fitness. Giovanna tem 26 anos, é natural de Campo Grande (MS) e trabalha como veterinária.

O casal Arleane e Marcelo estão no grupo pipoca do reality show da Globo. Ela tem 34 anos, é natural de Manaus (AM) e atua como influenciadora digital. Ele tem 38 anos, também é natural de Manaus (AM) e trabalha como servidor público.

Gabriel e Maike são amigos e vão participar da 25ª edição do BBB. Gabriel tem 30 anos, é natural de São Paulo (SP) e trabalha como modelo e promotor de eventos. Maike tem 30 anos, também é natural de São Paulo (SP) e atua como representantes comercial.

Os irmãos Diego Hypolito e Daniele Hypolito estão confirmados no BBB 25 como membros do camarote. Ele tem 38 anos, é natural de Santo André (SP) e é ginasta. Ela tem 40 anos, também é natural de Santo André (SP) e é ginasta.

Décima segunda dupla do BBB 25 será conhecida através de votação popular. Três duplas irão ser apresentadas no "Mais Você", nesta sexta-feira (10), e uma votação será aberta para definir a última equipe a entrar no reality show da Globo. O resultado da dupla vencedora será divulgada ao longo da estreia do programa, no dia 13 de janeiro.

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Câmara de Goiânia não vê 'urgência' em votar taxa do lixo

Presidente indica que proposta que cria novo tributo pode ficar para o ano que vem, o que inviabilizaria legalmente a cobrança em 2025

Modificado em 11/12/2024, 06:47

Presidente Romário Policarpo: ‘pausa’ na tramitação da proposta foi para dar mais tempo para que os vereadores entendam a nova taxa

Presidente Romário Policarpo: ‘pausa’ na tramitação da proposta foi para dar mais tempo para que os vereadores entendam a nova taxa (Fábio Lima)

Diante da expectativa da equipe de transição do prefeito eleito, Sandro Mabel (UB), pela aprovação em definitivo do projeto de lei que institui a Taxa de Limpeza Pública (TLP), a "taxa do lixo", o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), afirmou nesta terça-feira (10) que não vê necessidade de "urgência" em votar a proposta ainda nesta semana e justificou que está "dando prazo" para que os vereadores "entendam" o que estão votando. Com isso, a proposta que cria o novo tributo na capital segue sem data para votação.

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"Deixa o pessoal entender o que eles estão votando. Não tem necessidade dessa urgência. Tem sessão essa semana, semana que vem, depois do Natal. Não tem necessidade dessa urgência toda", disse Policarpo em entrevista coletiva. "Acho que agora que estamos entendendo o que é essa taxa. A Câmara também tem que ter um prazo para saber o que está sendo votado. Não tem essa necessidade de votar hoje, amanhã. Vamos dar prazo para que as pessoas entendam."

Com tramitação célere na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e na Comissão de Finanças, esperava-se que a segunda e definitiva votação da proposta fosse incluída por inversão na pauta da sessão ordinária desta terça. Contudo, Policarpo, que integra a equipe de transição de Mabel, afirmou que não pretende "atropelar pautas".

O presidente da Casa indicou, inclusive, que a votação pode ser adiada para o próximo ano, possibilidade cercada de incertezas, já que - pelo princípio da anterioridade - o novo tributo só poderá ser cobrado em 2025 se for aprovado ainda neste exercício financeiro.

"Acredito que pode ser esse ano, mas pode ficar para o ano que vem também. Não tem esse atropelamento de pauta não. Foram emendas colocadas, existe um cálculo que a cidade precisa entender qual é, que os próprios vereadores precisam entender qual é", disse Policarpo.

A vereadora de oposição, Kátia Maria (PT), questionou a criação de uma taxa no momento em que não se sabe as condições da empresa que cuida da limpeza urbana da capital. "Estamos em um momento gravíssimo da cidade. A lei federal diz que, caso necessário, pode-se criar uma taxa de lixo. Eu sou contra, neste momento, porque está aí todos os dias nos noticiários: a equipe de transição não tem dados sobre a Comurg, o próprio prefeito eleito não tem dados na saúde, o TCM acaba de notificar a Comurg porque não tem dados para clarear qual é a receita e o gasto que tem com o lixo", disse a petista.

Insatisfação

Nos bastidores, parte dos vereadores tem demonstrado descontentamento com sinais dados por Mabel de que pretende "fechar a torneira" do Paço a partir do ano que vem, reduzindo os cargos comissionados e as indicações políticas dos parlamentares. Esse clima de insatisfação poderia estar contribuindo para que a proposta da taxa do lixo enfrente obstáculos neste momento e tenha a sua aprovação travada após certa agilidade.

Procurados pelo POPULAR ao longo da sessão desta terça, vereadores foram questionados sobre os motivos da demora atual na votação. Alguns alegaram que a taxa "não será votada sob pressão", reforçando a necessidade de um debate mais aprofundado na expectativa de mitigar possíveis desgastes políticos. Contudo, a maioria dos parlamentares evitou comentar, afirmando desconhecer o real motivo do adiamento.

Na semana passada, o projeto da taxa do lixo estava previsto para ser votado na quinta-feira (5), mas foi adiado. A proposta chegou à Comissão de Finanças no início da tarde de quarta-feira (4), o que inviabilizou sua análise em plenário devido ao regimento interno que pede um intervalo de 24 horas. A sessão de quinta terminou sem quórum e com a pauta esgotada, adiando novamente a decisão. O POPULAR mostrou que após o encerramento, Policarpo reuniu um grupo de vereadores em sua sala para discutir o texto e as emendas apresentadas, que haviam sido rejeitadas durante a tramitação do texto. A expectativa era de que o tempo adicional ajudasse os parlamentares a reavaliar suas posições antes da votação final.

Ainda há dúvidas sobre qual o valor que será pago pela população e qual será arrecadado pela Prefeitura de Goiânia, caso a matéria seja aprovada em definitivo. Até agora, as alterações feitas por emendas parlamentares a pedido da equipe de transição de Mabel limitam o valor entre R$ 258 (mínimo) e R$ 1.600,08 (máximo). Aliados do futuro prefeito trabalham com a ideia de regulamentar o projeto no ano que vem, por decreto, com cálculos mais específicos sobre o novo tributo.

Essas modificações constam do relatório de Ronilson Reis (SD), na Comissão de Finanças, que teve três emendas. O projeto a ser votado ainda contém outras quatro alterações, aprovadas na CCJ, de autoria de Lucas Kitão (UB) e Léo José (SD).

Quando tramitou na Finanças, os vereadores Henrique Alves (MDB), Sargento Novandir (MDB), Geverson Abel (Republicanos), Kátia Maria, Fabrício Rosa (PT) e Aava Santiago (PSDB) saíram insatisfeitos ao não terem suas propostas de modificação acolhidas pela comissão.

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Sem detalhes sobre cálculo, taxa do lixo deve ser aprovada

Projeto com nova tributação deve passar por última votação na Câmara Municipal nesta terça-feira (10) mesmo sem que população, e até vereadores, saibam impacto e como foram calculados valores de arrecadação e dos custos

Coleta de lixo é um dos serviços que será custeado por novo tributo, porém até agora não há explicação sobre quanto cidadão irá desembolsar nem mesmo qual o real custo

Coleta de lixo é um dos serviços que será custeado por novo tributo, porém até agora não há explicação sobre quanto cidadão irá desembolsar nem mesmo qual o real custo (Fábio Lima / O Popular)

A decisão da nova gestão municipal, eleita em outubro e que toma posse em janeiro, liderada pelo prefeito eleito Sandro Mabel (UB), em retomar a discussão pela implementação de uma taxa que custeie a limpeza urbana de Goiânia levou a dúvidas sobre qual valor será pago pela população e o arrecadado pelo Paço. As alterações feitas por emendas parlamentares a pedido da equipe de transição de Mabel limitou o valor entre R$ 258 e R$ 1.600,08, implantou fatores entre categorias de imóveis e definiu qual a fórmula do cálculo. Porém, não há qualquer explicação sobre essas alterações e nem o quanto elas vão gerar de custo ao contribuinte ou de verba à Prefeitura.

Foi então que Rogério criou uma comissão para estimar qual seria o custeio e chegou-se à conclusão de que a tarifa ficaria em torno de R$ 300, o que geraria uma arrecadação de R$ 135 milhões à época. O cálculo para se chegar à Taxa da Limpeza Urbana (TLP), que tem sua criação como obrigatória desde 2020, com o Marco Legal do Saneamento Básico (Lei 14.026/2020), é comum a todos os municípios. No caso, a ideia é que a taxa arque com o custeio de tudo o que envolve a limpeza urbana. Logo, seria o valor necessário para tal dividido pelos contribuintes, o que normalmente é feito pela quantidade de imóveis da cidade.

Foi então que Rogério criou uma comissão para estimar qual seria o custeio e chegou-se à conclusão de que a tarifa ficaria em torno de R$ 300, o que geraria uma arrecadação de R$ 135 milhões à época. O cálculo para se chegar à Taxa da Limpeza Urbana (TLP), que tem sua criação como obrigatória desde 2020, com o Marco Legal do Saneamento Básico (Lei 14.026/2020), é comum a todos os municípios. No caso, a ideia é que a taxa arque com o custeio de tudo o que envolve a limpeza urbana. Logo, seria o valor necessário para tal dividido pelos contribuintes, o que normalmente é feito pela quantidade de imóveis da cidade.

O que muda para cada cidade é a divisão entre os contribuintes, ou seja, imóveis maiores e localizados em bairros com maior frequência de coleta pagam um percentual maior da divisão, além de poder haver isenções a determinados imóveis pelo tamanho ou tipo de uso. Uma das alterações propostas pela equipe de Mabel e acatada pela Comissão de Finanças da Câmara Municipal é a isenção da taxa para imóveis com valor venal até R$ 173.485, enquanto que no projeto original o valor era de R$ 60 mil. O POPULAR apurou que isso se trata de uma determinação no Código Tributário Municipal (CTM), que é o mesmo valor venal dos imóveis isentos de Imposto Predial e Territorial Urbana (IPTU), sendo apenas uma atualização. O valor indicado em 2021 também era o previsto no CTM como limite para isenção de IPTU.

Arrecadação

A equipe de Mabel também trabalha com a ideia de ter cerca de R$ 400 milhões arrecadados com a TLP, que seria 30% do que são os gastos anuais da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que está em torno de R$ 1,2 bilhão. O entendimento é que os R$ 400 milhões seriam suficientes para o atendimento da limpeza urbana da capital atualmente e que, por isso, essa é a meta da nova gestão. Tendo como base este valor e dividido pelos 665.819 imóveis cadastrados em Goiânia para fins de cobrança de IPTU em 2024, temos que a tarifa básica da TLP na capital seria em torno de R$ 600.

Usando os fatores dispostos no projeto de lei que foram aprovados em emenda proposta pelo relator na Comissão de Finanças, vereador Ronilson Reis, que seriam a pedido de Mabel, o contribuinte com imóvel social de baixa renda teria uma taxa de cerca de R$ 300, enquanto que quem tem residência até 70 metros quadrados (m²) pagaria em torno de R$ 480, ou seja, cerca de R$ 40 por mês. O maior custo seria das indústrias com mais de 500 m², que chegariam a R$ 1,8 mil e, logo, entrariam no limitador para pagar R$ 1,6 mil. Neste caso, não haveria contribuinte que pagaria o valor mínimo de R$ 258.

O POPULAR apurou que este valor de R$ 400 milhões, porém, é um número hipotético que a equipe da nova gestão do Paço tem trabalhado, visto que a ideia é ter o valor real no começo de 2025, quando estiver fechado o balanço da Comurg. Válido lembrar que, neste ano, a Prefeitura terceirizou a maior parte do serviço de limpeza urbana para o consórcio Limpa Gyn, que custa cerca de R$ 19,5 milhões mensais, incluindo a varrição mecânica das ruas mais largas da cidade, além de cerca de R$ 2 milhões pagos na gestão do Aterro Sanitário. Assim mesmo, os valores trabalhados são com relação aos custos da Comurg até então.

Levando em consideração apenas esses dois custos (LimpaGyn e Aterro Sanitário), os custos da limpeza urbana chega a R$ 258 milhões, valor que é subdimensionado, visto que não está incluso o valor da varrição feita nas ruas menores, ainda a cargo da Comurg ou mesmo outros serviços extras ligados ao setor. Assim mesmo, neste caso, a TLP teria uma tarifa básica de R$ 387, de modo que os contribuintes de residência popular pagaria o preço mínimo limitado em R$ 258, mesmo que o cálculo fosse de que o preço seria de R$ 193. O projeto de lei não deixa claro quais serão os serviços que serão levados em consideração.

O projeto de lei cita que devem ser incluídos os custos de "coleta, transbordo, transporte, triagem para fins de reutilização ou reciclagem, tratamento, inclusive por compostagem, e disposição final ambientalmente adequada de resíduos sólidos urbanos" e "outras atividades correlatas indispensáveis ao manejo de resíduos sólidos urbanos". A intenção da nova gestão é aprovar a legislação ainda neste ano e há o interesse que o prefeito Rogério Cruz sancione a lei também em 2024 para que nos primeiros meses de 2025 possa ocorrer a regulamentação e verificação dos valores.

Até por isso, outra mudança posta no projeto é que, exclusivamente para o ano que vem, a incidência da taxa é em abril, enquanto que nos anos seguintes será a partir de janeiro. Também com relação aos valores e para ficar na meta de arrecadação extra de até R$ 400 milhões, a nova gestão quer aprovar um subsídio de até 75% no custeio da TLP. Com isso, mesmo que o custeio ultrapasse a meta, o Paço só cobrará dos contribuintes o preço extra relativo a esse valor de referência ou menos. Esse subsídio está programado para ser reduzido ao longo dos anos e acabar em 2028, quando espera-se que a TLP arque com todo o custo da limpeza urbana.

Vereadores não receberam cálculo

O retorno da tramitação do projeto de lei que institui a Taxa de Limpeza Pública (TLP) a pedido da equipe de transição nomeada pelo prefeito eleito passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a primeira votação em plenário e a Comissão de Finanças. A previsão é que seja aprovada de forma definitiva na sessão desta terça-feira (10), mesmo sem que os parlamentares tenham recebido a previsão de custos e de quanto os contribuintes devem pagar. A previsão é que isso só chegue ao conhecimento em fevereiro ou março, quando se espera ter os custos da limpeza urbana em 2024 e a divisão por imóvel.

O prefeito eleito Sandro Mabel afirma que a ideia do subsídio, que chega a até 75% do valor neste primeiro ano e deve ocorrer até 2028, ocorre para que "a população não pague pelos erros da Comurg", com a expectativa que em dois ou três anos possa sanar os problemas relacionados à limpeza urbana. Vereadores de oposição propuseram mudanças com a ideia de dar mais transparência e critérios no caso de má prestação do serviço, sendo que todas foram rejeitadas na Comissão.

O vereador Fabrício Rosa (PT) propôs diversas mudanças, entre elas havia a previsão de isenções para populações vulneráveis; obrigatoriedade de publicação de relatórios anuais dos recursos arrecadados; incentivo à reciclagem; proibição da cobrança em casos de atraso ou falha na coleta de lixo; e a revisão periódica dos valores da TLP, com base em estudos técnicos Já Aava Santiago (PSDB) pretendia conceder prazos de 20 dias para que o contribuinte não precisasse pagar multas da TLP no caso de não realização do serviço, e se isso ocorresse em 30 dias, haveria a isenção. "Não teve nenhuma explicação de onde vieram os valores. É até estranho, porque as emendas são de relator, mas o relator não tem equipe técnica para fazer aquelas contas e chegar àquela conclusão. Não teve nada explicando, o relator fez a leitura fria e protocolar do relatório acatando já as suas próprias emendas, e as outras emendas que foram apresentadas foram rejeitadas. Além de não ter nenhuma explicação, não tem garantia de que o recurso vai ser usado exclusivamente para coleta de lixo", diz Aava.

Ao todo, 23 capitais do Brasil já possuem taxa de limpeza urbana

Goiânia, em caso de aprovação do projeto de lei e sanção do prefeito Rogério Cruz (SD), ainda neste ano, será a 24ª capital do Brasil a instituir a taxa de limpeza urbana. A última cidade que teve aprovada a tarifa a partir de 2023, com aprovação em dezembro de 2022, foi Fortaleza (CE). O projeto foi do atual prefeito, José Sarto, e foi duramente criticada durante a campanha eleitoral, sendo um dos pontos citados como cruciais para que o político não chegasse nem ao segundo turno. Evandro Leitão (PT), eleito prefeito neste ano, prometeu, já em janeiro, revogar a taxa em seu primeiro ato.

Além de Goiânia, não possuem a taxa de limpeza pública as cidades de São Paulo (SP), São Luís (MA) e Aracaju (SE). Na capital paulista, a taxa chegou a existir e foi extinta em 2006, mas a cidade cobra por serviços específicos, como a taxa de coleta de resíduos de saúde. A discussão sobre a obrigatoriedade de se impor uma taxa para cobrir os custos da limpeza pública ocorre desde 2020, com a instituição do Marco Legal do Saneamento Básico, em que a lei determina a criação da taxa ou tarifa, com os custos sendo divididos pelos proprietários dos imóveis, isso porque discute-se a suposta ingerência da lei federal na administração municipal. Caso não tenha a taxa, o município não pode obter recursos federais para a área e poder ser responsabilizado judicialmente em caso de falha no serviço, sem alegar a falta de recursos.

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CPI das Apostas: dirigentes goianos falam em ações para coibir manipulação no futebol

Ronei Freitas, presidente da Federação Goiana de Futebol, destacou que criou projeto que inclui palestras sobre o tema para serem debatidos nas categorias de base dos clubes goianos

Modificado em 19/09/2024, 00:28

Dirigentes goianos prestaram depoimentos na CPI das Apostas Esportivas nesta terça-feira (13)

Dirigentes goianos prestaram depoimentos na CPI das Apostas Esportivas nesta terça-feira (13)
 (Reprodução)

Na segunda sessão de depoimentos na CPI das Apostas Esportivas, dirigentes do futebol goiano falaram que trabalham para educar atletas das categorias de base no intuito de evitar que novos casos de manipulação de resultados surjam no Brasil.

Nesta terça-feira (13), Ronei Freitas (presidente da Federação Goiana de Futebol), Paulo César Ferreira de Almeida (presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol de Goiás), Cleyton dos Anjos (ex-presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol de Goiás) e Júlio César Garcia (presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás) prestaram depoimentos para os deputados em Brasília.

Segundo Ronei Freitas, a FGF criou a "FGF Academy" com diversos objetivos, entre eles a educação sobre o tema manipulação de resultados por meio de palestras. O dirigente frisou que os clubes goianos receberam orientações para serem repassadas no dia a dia das equipes junto às categorias de base.

"No nosso calendário no primeiro semestre temos diversas competições de bases e introduzir cursos e palestras educativas nesse sentido. Todos os profissionais participam obrigatoriamente do curso para passar aos atletas as orientações", completou o dirigente goiano.

Segundo Júlio César Garcia, mais conhecido como Júlio César Imperador, esse trabalho da FGF é feito em parceria com o Sindicato dos Atletas. "Conversamos bastante com o presidente da FGF e há preocupação em todos nós a respeito do início da carreira de futuros atletas. Passamos a orientar e dar apoio. É um trabalho árduo feito em parceria para que os jogadores goianos possam crescer com caráter e se tornem atletas completos", salientou o ex-jogador.

Cleyton dos Anjos foi questionado, mais de uma vez, se árbitros do futebol goiano relataram a ele sobre casos de manipulação de resultados. O dirigente deixou a presidência do Sindicato dos Árbitros de Futebol de Goiás em fevereiro deste ano, após duas temporadas à frente do cargo.

"Hoje, a arbitragem goiana é a cereja do bolo do futebol brasileiro. Tivemos dois goianos na Copa do Mundo do Catar, o Wilton Pereira Sampaio e o Bruno Pires. Isso é trabalho árduo deles e da FGF. Sempre conversei com árbitros e informei que qualquer anormalidade deve ser relatada. Não tive nenhum relato nesses dois anos", afirmou Cleyton dos Anjos.

AUSÊNCIAS

Entre as convocações para a sessão desta terça-feira estavam duas direcionadas para atletas: Romário, ex-Vila Nova, e Eduardo Bauermann, do Santos. Por motivos diferentes, os jogadores não compareceram.

O ex-volante da equipe goiana informou, por meio da sua defesa, que não possui condição financeira para ir até Brasília depor. Um e-mail foi enviado pelo advogado Odair de Meneses para a Comissão. No conteúdo, ele sugere que o depoimento fosse feito por videoconferência, mas disse que não obteve retorno do gabinete da CPI.

O presidente da CPI das Apostas, Júlio Arcoverde (PP-PI), informou que os custeios para transportes e hospedagem (se necessário) para Romário comparecer a Brasília serão providenciados. A defesa do jogador frisou que aguarda como isso será feito e a nova data para o atleta depor à Comissão.

Já Eduardo Bauermann conseguiu, por meio de sua defesa, que seu pedido de habeas corpus fosse aprovado pelo Supremo Tribunal Federal. Por isso, o defensor não vai, a princípio, depor na CPI das Apostas.

O deputado Danilo Forte (UB-CE) sugeriu na sessão desta terça-feira que seja solicitado a intervenção da Polícia Legislativa, se for necessário acione a Polícia Federal, para que Bauermann seja levado coercitivamente para depor.

O presidente da CPI, Julio Arcoverde informou que o departamento jurídico da Comissão já foi informado sobre o caso e avaliará os próximos passos para a presença ou não do atleta.

REQUERIMENTOS APROVADOS

Além dos depoimentos com dirigentes goianos, a CPI das Apostas aprovou os convites para que a ministra do Esporte, Ana Moser; o secretário da Receita Federal, Robson Barreirinhas; e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sejam ouvidos pela Comissão. A intenção é que eles contribuam com as discussões em audiências públicas que terão datas confirmadas, caso os convites sejam aceitos.

Os deputados também confirmaram que a partir das próximas sessões, dirigentes de clubes e representantes de casas de apostas serão convidados e não mais convocados. Porém, caso algum convite seja recusado, um pedido de convocação será feito.

Também foi anunciado, pelo presidente Júlio Arcoverde, que a partir da próxima semana, a CPI das Apostas terá duas sessões. A primeira será na terça-feira (20), mas a segunda ainda será confirmada.