Câmeras de monitoramento interno em salas de aulas estão em quase todas as 337 escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) de Goiânia. As instalações são feitas por meio de verba que vem da Secretaria Municipal de Educação (SME) e por escolha dos próprios diretores que decidem as demandas mais importantes de cada instituição por meio do Conselho Escolar. A instalação e o monitoramento são realizados pelas escolas. Fora do controle da secretaria, a pasta argumenta que quase todas as escolas e Cmeis da capital já possuem algum tipo de sistema de vigilância. Em muitos casos, as próprias diretoras instalam os equipamentos com verbas repassadas pela secretaria. Câmeras são instaladas no teto de salas e corredores da unidade (Wildes Barbosa / O Popular) Preocupação A ampliação do uso de câmeras em sala de aula preocupa o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). A presidente da entidade, Bia de Lima, afirma que o sindicato é contra à instalação dos equipamentos nas salas. “Somos contrários porque isso é intimidatório. A violência não está efetivamente dentro da sala de aula. Quando se coloca câmera ali, o objetivo parece muito mais fiscalizar o professor do que garantir segurança”, critica. “Se fosse apenas por segurança, bastaria instalar nas entradas, corredores e áreas externas. Dentro da sala, fere a liberdade de atuação docente”.