Geral

Casal é preso suspeito de ajudar adolescente a matar bebê após parto para esconder a paternidade

Segundo a Polícia Civil, adolescente 14 anos teria matado criança com golpe de faca após esconder a gravidez e fazer o próprio parto em casa

Modificado em 19/09/2024, 00:11

Adolescente de 14 anos é suspeita de usar uma faca para tirar a vida da própria filha recém-nascida

Adolescente de 14 anos é suspeita de usar uma faca para tirar a vida da própria filha recém-nascida (Divulgação/Polícia Militar)

Um casal foi preso nesta terça-feira (7) suspeito de auxiliar uma adolescente de 14 anos na morte de um recém-nascido, em Porangatu, na região Norte de Goiás. A intenção, segundo as investigações da Polícia Civil, era omitir a paternidade do suspeito. O homem e a prima da adolescente, com quem ele é casado, auxiliaram a menor em tentativas de aborto, todas não sucedidas, motivo pelo qual planejaram a morte da criança após o seu nascimento.

Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, a reportagem não obteve o contato da defesa de ambos para que se posicionassem.

Delegado responsável pelo caso, Danilo Wendel Macedo informou à reportagem que no início das investigações a adolescente tentou omitir a paternidade da criança, mas foi possível esclarecer que o marido da prima dela era o pai. Para o delegado, não ficou configurado o crime de estupro.

"A prima da adolescente e seu companheiro auxiliaram a menor em várias tentativas de aborto. Como nenhuma deu certo eles planejaram a morte da criança após o seu nascimento. O ato foi realizado pela adolescente sob a orientação de sua prima e do companheiro dela, pai da criança", disse o delegado.

O assassinato do recém-nascido aconteceu no último domingo (5). A Polícia Civil disse que a menor escondeu a gravidez de toda a família e acabou realizando o parto sozinha no banheiro da residência onde morava. Em seguida, ela cortou o cordão umbilical com uma faca e deu um golpe no pescoço do recém-nascido. Logo depois, jogou o corpo em um saco de lixo. A adolescente está no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Porangatu.

Danilo informou que a menor foi indiciada por ato infracional análogo a homicídio e o casal, onde ambos são maiores de idade, por homicídio triplamente qualificado.

Geral

Suspeito preso por morte de Vitória diz que foi pressionado pela polícia a confessor o crime

Em áudio gravado pelos advogados, antes de Maicol ter sido transferido para o Centro de Detenção Provisória de Guarulhos, em São Paulo, ele deu sua versão do episódio

O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura.

O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura. (Reprodução / Redes sociais)

Entre a noite de segunda-feira (17) e a madrugada de terça (18), o operador de empilhadeira Maicol Antonio Sales dos Santos, 23, foi ouvido por policiais civis da Delegacia de Cajamar, na Grande São Paulo, ocasião em que teria confessado o assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, 17.

Essa versão faz parte de um documento obtido pela Folha de S.Paulo neste domingo (23). A defesa de Maicol, no entanto, não aceita o documento como um interrogatório válido porque os advogados de defesa não estavam presentes. Ainda mais porque o suspeito afirmou ter sido pressionado pelos policiais a confessar o crime.

Em áudio gravado pelos advogados na quarta-feira (19), minutos antes de Maicol ter sido transferido para o Centro de Detenção Provisória de Guarulhos, em São Paulo, ele deu sua versão do episódio.

Se vocês puxarem pela câmera ali fora, eles [policiais] foram lá me chamar e eu falei que não ia falar com eles. Aí o policial falou: 'Já que você não vai cooperar comigo, então você vai ficar no banheiro'. Eles me colocaram no banheiro, muito sujo, podre", disse Maicol.

Vitória foi morta a facadas e não houve abuso sexual, aponta laudo do IML Motorista de BMW que dirigia a cerca de 200 km/h é preso após atropelar e matar motociclista na BR-153, diz SSP

Quando foi por volta de 22h, eles me chamaram na sala lá em cima e o delegado falou que ia me f... de qualquer jeito. Ele falou que ia colocar minha mãe na cena do crime, que ia colocar minha esposa, que ia prender minha mãe, prender minha mulher. Se eu não cooperasse ele falou que ia colocar minha família toda. Aí eu inventei uma história e falei que fui eu", finalizou.

No áudio, Maicol se emocionou e foi consolado pelos advogados, que disseram que a família dele estava bem e que seria protegida pelo Estado.

A reportagem procurou a SSP (Secretaria de Segurança Pública) por email na noite deste domingo, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto.

Segundo o delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), a confissão ocorreu na noite desta segunda (17) na presença de um advogado que não era o de Maicol. Ainda de acordo com o delegado, os advogados de Maicol chegaram a estar na unidade, mas deixaram o local antes da confissão, pois eles queriam que o suspeito se mantivesse calado.

Eles [advogados] podem abandonar a causa, mas não podem forçar a não confissão do acusado", disse em entrevista coletiva nesta terça o delegado Fábio Lopes Cenachi, responsável pela investigação.

Carmo afirmou que Maicol "era obcecado pela vítima". Durante a entrevista coletiva ele chamou o suspeito de "stalker".

Vitória teria sido morta dentro do carro de Maicol, ainda segundo a polícia. Manchas de sangue foram encontradas dentro do porta-malas de um Toyota Corolla que pertencia ao suspeito. Também teria confessado ter colocado a adolescente no compartimento, disseram os investigadores. Uma faca com uma lâmina de 3 centímetros foi usada no assassinato, ainda de acordo com a investigação. O objeto não foi encontrado.

Para a polícia, Maicol agiu sozinho. Os investigadores disseram ter ouvido do suspeito que ele era apaixonado por Vitória. Fotos dela foram encontradas no celular dele, que também armazenava no aparelho imagens de outras jovens parecidas. Ainda segundo a Polícia Civil, a extração de dados do celular de Maicol indicou que ele monitorava Vitória desde o ano passado.

Durante a entrevista, Carmo disse que a apuração identificou a compra de um capuz no estilo balaclava por Maicol, que teria sido usado por ele no momento do crime. Outro indício foi a presença de uma pá e de uma enxada próximas ao corpo da adolescente que pertencem ao padrasto do suspeito.

O padrasto relatou que as ferramentas haviam sumido há cerca de 15 dias e que, antes do crime, achava que elas tinham sido roubadas por um funcionário. A investigação encontrou material genético na pá e na enxada e aguarda os resultados para ter certeza se foram usados no crime. De acordo com a investigação, o suspeito sabia que Vitória estava na região em que ela pegava o ônibus por causa de uma postagem da adolescente em rede social.

Após encontrar com ela, o suspeito teria oferecido carona. Vitória aceitou e, dentro do carro, foi esfaqueada. Os investigadores apontam que o carro foi bem lavado para apagar possíveis resquícios do crime.

Outras provas apontam para a suspeita sobre Maicol. A mulher dele desmentiu que ele tivesse dormido com ela na noite em que Vitória foi raptada. A localização do celular do suspeito também aponta que ele esteve perto de Vitória.

Os agentes também afirmaram que gritos e movimentações estranhas foram ouvidas na casa do suspeito. Testemunhas teriam sido ameaçadas por ele durante a investigação da polícia, afirmou Carmo na semana passada. A adolescente morreu em razão de facadas no tórax, pescoço e rosto, segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal) ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso. Não há sinais de abuso sexual. O documento está sob sigilo.

Vitória foi morta em Cajamar, na Grande São Paulo. Ela desapareceu em 26 de fevereiro, após sair do trabalho, em um shopping da cidade. O corpo foi encontrado no último dia 5. Ela estava sem roupas ---apenas com um sutiã na altura do pescoço---, com o cabelo raspado e degolada.

Geral

Ex-deputado é condenado a 30 anos de prisão e terá que pagar R$ 600 mil por tentar matar ex-mulher e o namorado dela

Uma das vítimas sofreu lesões graves em órgãos vitais e vive com limitações. Crime aconteceu em Augustinópolis e ainda cabe recurso da decisão

Modificado em 21/03/2025, 18:07

Fórum da Comarca de Augustinópolis

Fórum da Comarca de Augustinópolis (Divulgação/Cecom-TJTO)

O ex-deputado Antônio Alexandre Filho, de 71 anos, foi condenado a mais de 30 anos de prisão por tentar matar a facadas sua ex-companheira o então namorado dela. Além disso, também deverá indenizar os dois em R$ 600 mil. Ele não poderá recorrer em liberdade.

O caso foi a júri popular nesta terça-feira (18), mais de 14 anos após o crime. Os jurados decidiram que os crimes ocorreram por motivo fútil e com recurso que tornou impossível a defesa das vítimas.

A sentença é assinada pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da Comarca de Augustinópolis, e ainda cabe recurso. A defesa do réu informou que vai buscar a anulação do julgamento, pois "a decisão dos jurados foi manifestadamente contraria à prova dos autos" (veja nota completa abaixo) .

As tentativas de homicídio aconteceram em um bar da Praça Augusto Cayres, no centro de Augustinópolis, no norte do estado, em setembro de 2010. De acordo com o Tribunal de Justiça, os crimes aconteceram porque o réu não aceitava o fim do relacionamento e nem que a mulher se relacionasse com outras pessoas.

Segundo o processo, o casal estava sentado no bar, quando Antônio Alexandre chegou e os esfaqueou. As duas vítimas sobreviveram após passarem por tratamento hospitalar.

Após fixar as penas de reclusão, o juiz ainda estabeleceu a indenização de R$ 100 mil para a mulher. Conforme a sentença, o réu não prestou assistência financeira para a vítima, que precisou mudar de estado e transferir sua faculdade.

O então companheiro da mulher deverá receber uma indenização de R$ 500 mil. O juiz cita que ele ficou mais de três meses em coma induzido em um hospital e vive com limitações pelas lesões em órgãos vitais, sem que o réu jamais o tenha procurado para verificar qualquer necessidade financeira.

Ao determinar o regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena, o juiz citou o Tema 1068, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autoriza a imediata execução da condenação imposta pelos jurados, para decretar a prisão do acusado.

Antônio Alexandre Filho foi deputado estadual entre 1991 e 1994 e exerceu mandato como vereador em Augustinópolis de 2001 a 2004.

Íntegra da defesa de Antônio Alexandre Filho

Vem esclarecer a parte, Antônio Alexandre Filho, irresignado com a sentença que o condenou, pela prática delitiva do art. 121, § 2º, inc. I e IV c/c art. 14, inc. II, ambos do CP, tentativa de homicídio por motivo Fútil, fixando-lhe pena de 30 anos e 11 meses de reclusão, em cujas razões pretende a anulação do julgamento ao argumento de que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos, em pleitos subsidiários, bate pela ausência da qualificadora de motivo fútil, bem como a desclassificação para o crime de lesão corporal e desistência voluntária.

No âmbito da dosimetria da pena requer a exclusão da valoração desfavorável da culpabilidade e a aplicação da atenuante de confissão.

Advogado Ubirajara Cardoso Vieira

Geral

Fisiculturista é alvo de buscas da Polícia Civil suspeito de crimes eletrônicos e fraude com boletos

Um pendrive contendo evidências de crimes foi apreendido pela Polícia Civil. Suspeito teria aberto uma conta digital com dados de uma ex-companheira

Modificado em 20/03/2025, 16:15

Viatura da Polícia Civil

Viatura da Polícia Civil (Reprodução/SSP-TO)

A Polícia Civil de Araguaína, região norte do estado, cumpriu mandado de busca e apreensão contra um fisioculturista de 35 anos suspeito de aplicar golpes virtuais. A investigação teve início após a denúncia de que ele teria utilizado os dados de uma ex-companheira para abrir uma conta digital sem o seu conhecimento.

Na ação, um pendrive foi apreendido. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o dispositivo apreendido continha evidências que apontam para a prática de outros crimes, incluindo a adulteração e o desvio de boletos bancários.

Conforme apurado, o suspeito modificava os dados dos documentos antes de enviá-los a terceiros, redirecionando os valores pagos para contas sob seu controle.

O material apreendido na quarta-feira (19) possibilita que a Polícia Civil aprofunde as investigações para identificar outras possíveis vítimas e verificar se outras pessoas participaram dos crimes.

Geral

Empresária morta com 29 facadas tinha postado declarações ao companheiro nas redes sociais: 'Meu amor'

Leila Portilho era dona de uma loja de cosméticos em Goianésia. Segundo bombeiros, ela foi resgatada com vida, mas morreu a caminho do hospital

Leila Portilho postava nas redes sociais momentos com a família, viagens e declarações ao esposo (Reprodução/Rede social)

Leila Portilho postava nas redes sociais momentos com a família, viagens e declarações ao esposo (Reprodução/Rede social)

A empresária que foi morta com 29 facadas tinha postado declarações de amor ao companheiro nas redes sociais. Leila Portilho, de 51 anos, foi assassinada pelo marido, Gilvan Vieira de Oliveira, de 53 anos, em Goianésia, na região central de Goiás. Segundo a Polícia Científica, após o crime, ele teria se enforcado.

Em uma das postagens de final de ano, a empresária publicou uma foto dela com o marido. Eles estavam com roupas brancas em um local decorado com balões que representavam "2025". Na legenda, Leila pediu que o novo ano do casal fosse de "bênçãos"

Que esse ano de 2025 seja um ano de bênçãos em nossas vidas, meu amor, desejo a todos amigos e familiares um feliz ano novo", escreveu a empresária.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Ana Carolina Pedrotti, a mulher foi morta na madrugada de segunda-feira (10). Na ocasião, o marido dela teria ligado para a família e contado que fez uma "besteira".

Homem que matou empresária ligou para família dizendo ter feito uma besteira, diz delegada

Empresário mata a mulher e se mata em seguida em Goianésia, diz delegada
Veja quem era a empresária morta pelo marido a facadas em Goianésia

O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO) informou que a vítima foi resgatada do local do crime com vida. No entanto, não resistiu aos ferimentos e teve uma parada cardiorrespiratória a caminho da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

Entenda o caso

A titular da Delegacia da Mulher (Deam) de Goianésia, Ana Carolina Pedrotti, narrou que Gilvan desferiu diversas facadas em Leila e que, depois do crime, ele tirou a própria vida. Mas, antes teria ligado para familiares relatando o acontecimento.

Para a Polícia Científica, a provável causa da morte da vítima foi de choque hipovolêmico devido à perda significativa de sangue e fluidos corporais. A empresária foi atingida com facadas nas regiões do tórax, abdômen e membros.

Empresária Leila Portilho, morreu a facadas pelo companheiro (Reprodução/Redes Sociais)

Empresária Leila Portilho, morreu a facadas pelo companheiro (Reprodução/Redes Sociais)

Quem era a empresária

Por familiares e amigos, Leila Portilho foi descrita como uma mulher gentil, amada e trabalhadora. Ela era dona de uma loja de cosméticos em Goianésia e a sua morte gerou comoção no município.

Estou muito triste pela forma que você se foi. Mas seus filhos e sua família se consolam sabendo da pessoa que você era. Tinha caráter, era linda, gentil e muito trabalhadora", escreveu uma amiga.

Muito triste para todos nós. Não dá para acreditar", desabafou outro amigo.

A empresária deixou dois filhos: uma advogada e um contador. Era no próprio perfil que Leila compartilhava sua paixão pela maternidade, por viagens feitas e o amor que tinha pelo então companheiro, Gilvan. A polícia ainda não sabe a motivação do crime.

(Colaborou Tatiane Barbosa, do g1)