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China anuncia pela 1ª vez que população do país deve diminuir a partir de 2025

Nação vive crise demográfica com envelhecimento populacional e famílias tendo poucos filhos, a despeito de incentivos

Folhapress

Modificado em 20/09/2024, 04:08

Família brinca em parque na capital Pequim

Família brinca em parque na capital Pequim (Noel Celis/AFP)

Após apresentar a menor taxa de crescimento populacional desde a década de 1950, a China anunciou nesta segunda-feira (1º) que sua população começará a diminuir a partir de 2025. O anúncio é inédito no país, segundo informações do jornal estatal Global Times.

Hoje o país mais populoso do mundo, com cerca de 1,4 bilhão de habitantes, de acordo com projeções atualizadas da ONU, a nação asiática enfrenta uma crise demográfica diante do rápido envelhecimento da população e da diminuição da taxa de fertilidade.

O número de filhos por famílias ficou próximo de um (1,3, na média) nos últimos anos, informou a Comissão Nacional de Saúde em texto publicado na ​Qiushi, revista ligada ao Partido Comunista Chinês. Pequim flexibilizou em 2016 a rígida política do filho único e, no ano passado, autorizou que cada casal tivesse até três filhos, mas as medidas não surtiram efeito.

O país deve entrar em uma fase de envelhecimento populacional grave a partir de 2035, quando espera-se que pessoas com mais de 60 anos correspondam a mais de 30% da população nacional. De acordo com o relatório, o tamanho médio das famílias chinesas diminuiu para menos de três pessoas em 2020 (média de 2,6, quase 0,5 a menos do que uma década antes).

"No passado, focamos o controle populacional, mas agora devemos nos concentrar em estabelecer níveis adequados de fertilidade, melhorar a qualidade de vida e otimizar a distribuição populacional, promovendo um desenvolvimento balanceado a longo prazo", destacou o relatório.

O país tem introduzido políticas de apoio financeiro para famílias com mais de um filho. A cidade de Nanchan, capital da província de Jiangxi, na porção leste do país, anunciou no último sábado (30), segundo o Global Times, que famílias com dois ou três filhos menores de 18 anos receberão subsídio que varia de 300 a 500 iuanes (R$ 230 a R$ 384).

Recente relatório publicado pela ONU com projeções da população global sugere que a população chinesa já está em decréscimo. O material calculou que o país tivesse 1.425.893.000 habitantes no ano passado. Neste ano, seriam 1.425.887.000 ---uma diferença de 6.000.

De acordo com os dados, a taxa de crescimento da população chinesa já teria atingido zero no ano passado. Para a média global, por sua vez, a projeção é de que a população pare de crescer somente em 2086. No caso do Brasil, o pico populacional deve ser atingido em 2046 e, a partir de então, a população nacional entraria em decréscimo.

O mesmo material mostrou que a Índia deverá ultrapassar a China como país mais populoso do mundo em 2023 ---quatro anos antes do previsto anteriormente, no relatório que foi lançado pré-pandemia.

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Espécie de escorpião gigante com 125 milhões de anos é descoberta na China

Fósseis de escorpião são raros, pois esses aracnídeos vivem sobre pedras e galhos

J. longchengi é a quarta espécie terrestre encontrada na China

J. longchengi é a quarta espécie terrestre encontrada na China (NIGPAS)

Pesquisadores encontraram fósseis de uma espécie inédita de escorpião na província de Liaoning, na China.

Espécime teria cerca de 125 milhões de anos. Esse é o primeiro escorpião da era Mesozoica encontrado em solo chinês, segundo a Academia de Ciências em artigo publicado no periódico Science Bulletin.

Escorpiões da era Mesozoica são preservados em âmbar. Os artrópodes datados de 252 milhões a 66 milhões de anos atrás geralmente são encontrados em resina fóssil que se origina a partir da fossilização da resina de árvores antigas.

Fósseis de escorpião são raros, pois esses aracnídeos vivem sobre pedras e galhos. Nesses ambientes é muito difícil que eles fiquem presos em sedimentos e fossilizem, revelou o coautor do estudo Diying Huang.

Batizada como Jeholia longchengi, nova espécie faz referência ao Johel Biota. Tal nome é do sítio paleontológico onde exemplar foi encontrado e ao distrito de Longcheng, pertencente à cidade de Chaoyang, na província de Liaoning, China.

Espécie gigante para a época. J. longchengi tinha aproximadamente 10 centímetros de comprimento, que é o dobro dos escorpiões convencionais da era Mezozoica. "Outros escorpiões mesozoicos são muito menores, a maioria deles com menos da metade [do tamanho] da nova espécie", disse Huang à Live Science.

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PAPEL NA CADEIA ALIMENTAR

É provável que mamíferos e dinossauros tenham sido predadores do J. longchengi. Por outro lado, o aracnídeo pode ter sido o predador de insetos, aranhas, lagartos, sapos e pequenos mamíferos, revela o estudo.

Partes bucais do escorpião não foram encontradas. Por isso, novas descobertas de espécimes podem ajudar os pesquisadores a entenderem o papel do J. longchengi no ecossistema e na teia alimentar.

Se colocado no ambiente atual, ele pode se tornar um predador natural de muitos animais pequenos e pode até mesmo caçar filhotes de pequenos vertebrados ", disse Huang à agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

Fósseis de outros animais já foram encontrados em Johel Biota. Arqueólogos já descobriram partes de dinossauros, mamíferos, pássaros e insetos, demonstrando que o local possuía uma teia alimentar complexa.

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Entorno está crescendo mais que o próprio Distrito Federal

Valparaíso de Goiás é destaque na região, sua população aumentou 51,68% em 12 anos. Novos empreendimentos ajudam no crescimento ordenado da cidade

Modificado em 17/09/2024, 17:27

Valparaíso de Goiás

Valparaíso de Goiás (Prefeitura de Valparaíso de Goiás)

Baseado nos dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) realizou estudo que constatou desaceleração no crescimento populacional em Brasília passando de 2,28% ao ano entre 2000 e 2010 para uma média anual de 0,76% entre 2010 e 2022. Por sua vez, a Área Metropolitana de Brasília (AMB) teve um crescimento anual de 1,19%.

A AMB é composta pelo Distrito Federal e pelos 12 municípios goianos vizinhos Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina de Goiás, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás. O levantamento do IPEDF analisou ainda apenas esses vizinhos e o crescimento anual deles foi de 2,22%. Ou seja, eles estão crescendo mais que Brasília.

Um exemplo desses vizinhos que se destacam em crescimento é Valparaíso de Goiás, que é o primeiro município em crescimento no Entorno do Distrito Federal, de acordo com o Censo de 2022. A pesquisa indica que são 198.861 habitantes, um aumento de 51,68% em comparação ao último levantamento, feito em 2010. Todo esse aumento populacional resulta em uma maior movimentação no setor imobiliário, que pode ser destacada neste Dia Nacional da Habitação, celebrado em 21 de agosto.

Em Valparaíso de Goiás um empreendimento que está se destacando cada vez mais é o Reserva do Vale, que é totalmente planejado e contará com monitoramento 24h, parques, condomínios horizontais - o primeiro, Mirante do Vale, já foi entregue aos moradores -, espaços de conexão e integração para diversos segmentos, tais como hub de esportes, saúde e educação, entre outros serviços como clínicas médicas e veterinária, padarias, academia, restaurante, empórios. O projeto é para mais de 50 mil moradores, para que eles tenham a possibilidade de morar, trabalhar e se divertir no mesmo espaço.

"O Reserva do Vale foi pensado para transformar a vida das pessoas e da cidade de Valparaíso. Trazemos o conceito 'Live, Work, Play' que se baseia na integração de morar, trabalhar e se divertir em um só lugar, facilitando o dia a dia das pessoas e proporcionando mais tempo e qualidade de vida. Queremos reduzir o tempo de deslocamento, promovendo uma melhor mobilidade urbana e diminuir a emissão de poluentes. Além disso, vamos oferecer um acesso facilitado a serviços essenciais, criando uma comunidade mais coesa e dinâmica, gerando empregos e atraindo investimentos. Queremos que aqueles que escolherem morar aqui gastem o seu tempo com o que realmente importa, a família", pontua Emerson Vieira, diretor comercial da Gran Pacaembu, empresa responsável pelo empreendimento.

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Dengue leva leitos de UTI ao limite em Goiás

Ocupação de vagas em Unidades de Terapia Intensiva tem média diária de 98% desde o início de abril. Além da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, casos de síndromes respiratórias colaboram para agravar a situação. Nesta sexta-feira (10), havia só 10 disponíveis

Modificado em 17/09/2024, 15:56

O Hospital de Urgências de Goiás (Hugo) recebe pacientes dos 246 municípios goianos

O Hospital de Urgências de Goiás (Hugo) recebe pacientes dos 246 municípios goianos
 (Diomício Gomes)

++GABRIELLA BRAGA++

A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) em hospitais da rede estadual de Goiás tem se mantido com média diária acima de 98% desde o início de abril. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) aponta que a demanda elevada está ligada à epidemia de dengue e ao recente aumento de casos de síndromes respiratórias. Do total de 709 leitos instalados no Estado, cerca de 10 estavam disponíveis até esta sexta-feira (10), cenário visto com preocupação pela pasta.

Para calcular o porcentual de média diária, o jornal utilizou como base as taxas de ocupação nas unidades de saúde regulados pelo Estado desde o dia 1º de abril até esta quinta-feira (9). Em janeiro, para se ter ideia, a média foi de 91%. Com a alta busca por internações de pacientes, os hospitais têm atuado na capacidade máxima. A pasta diz que não há uma taxa mínima e máxima ideal, ponderando que é preciso olhar demais informações, como o tempo médio de permanência dos pacientes. Já a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás (Ahpaceg) aponta que a ocupação dos leitos deve se manter em 85% a 90%.

"O ideal é não passar de 90% para ter uma margem de segurança para internar aquele paciente que teve complicações, ou aquele que acabou de dar entrada no pronto-socorro. Então nunca é aconselhável atingir 100% da capacidade. Mas por que atinge? Porque, às vezes, a demanda é muito maior do que a oferta. Quando há um momento igual agora, em que se tem várias arboviroses e infecções respiratórias atuando no mesmo lugar, passa a ter, além dos pacientes atuais, novos pacientes. Assim, não consegue dar vazão (saída e entrada), e isso é um problema", comenta o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou.

Superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde da SES-GO, Paula dos Santos explica que que a taxa de ocupação acima de 90% nos hospitais próprios da pasta, ou em unidades com vagas contratualizadas, é considerada alta, mas esperada pela abrangência destas unidades. "Mesmo hospitais com uma taxa alta de 90% a 95%, ou de até 99% que é o que temos vivido hoje no Estado, pode ser relativa (a taxa ideal) pela capacidade de giro desse leito. São hospitais que atendem os 246 municípios. Então a capacidade do leito desocupar para outro paciente entrar é o que muitas vezes é o nosso trabalho diário de otimização de uso do leito", pontua.

Coincidência

Conforme ela, o cenário atual no Estado é de aumento das doenças respiratórias, o que também tem acrescentando na demanda por leitos de terapia intensiva e de enfermaria. "Temos observado queda no número de notificações de dengue, que já era esperada agora para essa época do ano, mas começaram a aumentar os casos de síndromes gripais, então já sabemos que vem por aí mais internações mesmo com a diminuição da dengue", pondera.

O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, relata que o cenário atual na rede privada não está diferente da rede pública. "Emitimos um alerta essa semana de que há ocupação acima do normal, que pode gerar um risco à população. Acima de 85% a 90% da capacidade ocupada corremos riscos. Pacientes em espera, equipe que fica sobrecarregada, e a nossa dificuldade de manobras de acomodação por uma ocupação acima do esperado", acrescenta o presidente.

Vale lembrar que o País vive uma epidemia de dengue. Em 2024, já foram 287,9 mil casos notificados, um aumento de 315% em relação aos registros de 2023. A maior incidência nos casos foi detectada entre fevereiro e abril. Agora, conforme a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, o cenário é de diminuição no contágio. No entanto, explica, apesar da queda de casos, as internações ainda não apresentaram redução significativa.

No mesmo período de 2023, de janeiro a maio, a ocupação se manteve abaixo do que o registrado neste ano (veja quadro). Entretanto, vale destacar, ainda existiam leitos exclusivos de Covid-19 à época. Mas de acordo com Paula, o aumento em 2024 não tem relação apenas com mais pessoas doentes, mas também com o acesso aos leitos. "Esse ano temos uma coincidência de doenças, o que impactou na lotação de unidades. Mas outra questão é observamos uma diminuição de acesso a alguns leitos de gestão municipal, o que acaba gerando maior demanda para os hospitais do Estado."

A superintendente explica ainda que a demanda é ainda maior para os leitos pediátricos. Apenas seis hospitais ofertam vagas de UTI destinadas a crianças. E, nestas, apenas uma possuía vaga até esta sexta-feira. Já para os leitos de adulto, há oferta em 31 unidades espalhadas em 22 municípios. Apenas cinco contavam com leitos vagos, sendo elas em Goiânia (2), Senador Canedo, Jaraguá, e Catalão. De acordo com a superintendente, o Estado estuda a instalação de mais cinco leitos pediátricos ainda neste mês para suportar a demanda de internações.

Conforme a SES-GO, a média diária de solicitações de internação em leitos de UTI e de enfermaria, tanto adulto quanto pediátrico, foi de 917 em abril. No caso da enfermaria, taxa de ocupação nesta sexta-feira estava em 94%. Mas nestes casos, conforme explica Paula, a rotatividade é maior diante dos casos de menor complexidade. "Gira mais rápido, e tem uma média de permanência menor, o que leva a maior abertura de leitos. Então a taxa mesmo estando alta a gente consegue triar e colocar paciente de forma mais dinâmica."

Ela pondera ainda que há maior facilidade para novos leitos de enfermaria, ao contrário dos leitos de UTI, que demandam maior planejamento e investimento. "Precisa de equipe de profissionais, equipamentos, espaço físico, toda uma estrutura para que o leito seja de fato resolutivo. Não se abre e fecha com facilidade. Precisa de uma equipe mínima mesmo desocupado", explica, ao acrescentar que o custo alto de um leito intensivo demonstra que a taxa de ocupação baixa também não seria o ideal, por gerar custos sem estar sendo utilizado.

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Alto Paraíso passa a cobrar taxa ambiental de turistas

Valor é de R$ 20 para sete dias de estadia. Prefeitura diz que a cobrança é necessária para mitigar danos ao meio ambiente

Modificado em 17/09/2024, 16:08

Metade da arrecadação será destinada para iniciativas de reciclagem e para solucionar o lixão de Alto Paraíso de Goiás

Metade da arrecadação será destinada para iniciativas de reciclagem e para solucionar o lixão de Alto Paraíso de Goiás
 (Wildes Barbosa)

Assim como acontece em diversas cidades turísticas espalhadas pelo Brasil, os turistas que forem para Alto Paraíso de Goiás a partir de agora, terão que pagar uma Taxa de Conservação Ambiental (TCA) para permanecerem no município que abriga o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. O valor é de R$ 20 para sete dias de estadia. A prefeitura argumenta que a cobrança é necessária para contribuir com a mitigação dos danos ambientais causados pelo aumento da circulação de pessoas e veículos, especialmente durante a alta temporada.

Outras cidades turísticas brasileiras adotam o mesmo tipo de cobrança. Em Fernando de Noronha, arquipélago em Pernambuco, a taxa começa com R$ 97,16 para um dia de permanência e aumenta gradualmente. Ubatuba (SP), Jericoacoara (CE), Morro de São Paulo (BA) e Pipa (RN) também cobram taxas da mesma natureza. Em Goiás, algumas cidades turísticas estudam opções similares.

Em Caldas Novas, a prefeitura tem um projeto embrionário sobre o assunto. Ele é estudado junto com a câmara municipal. Em Pirenópolis, não existe uma TCA, mas uma lei de 2005 prevê uma contribuição voluntária por parte dos turistas hospedados na cidade. O valor é de R$ 1 por dia por turista. O pagamento deve ser feito direto para a hospedagem, que faz o repasse para a conta do fundo destinado ao turismo do município.

A presidente do Conselho Municipal de Turismo de Pirenópolis e vice-presidente regional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Priscila de Jesus Silva Pereira, explica que, em 2023, a associação oficiou a câmara municipal para transformar a contribuição em uma taxa obrigatória, mas até agora não aconteceram movimentações nesse sentido. Ela ressalta que esses recursos financeiros são importantes, uma vez que são revertidos para o turismo e para o turista. "É uma forma de melhorarmos a experiência de todos."

O vice-prefeito de Alto Paraíso de Goiás, Fernando da Silva Couto (PMDB), acredita que a medida adotada pelo município vai inspirar as cidades turísticas vizinhas a fazerem o mesmo. Ele diz que a cobrança da TCA, que antes do pagamento exige um cadastro por parte do turista, irá ajudar o poder público a fazer um mapeamento do turismo que existe em Alto Paraíso de Goiás.

"Vamos conseguir ter controle de quantos turistas estão na cidade e qual o perfil deles. Assim, vamos poder nos planejar melhor para a baixa e para a alta temporada. Além disso, metade da arrecadação será destinada para iniciativas de reciclagem e para resolver o problema do nosso lixão", argumenta Couto. O prefeito de Alto Paraíso de Goiás, Marcus Adilson Rinco (UB), concorda. "A taxa tem o objetivo de arrecadar recursos para serem aplicados para minimizar os impactos causados pela grande visitação de turistas aqui no município", frisa.

Enquanto vice-presidente da ABIH em Goiás, Priscila considera que a adoção de uma taxa desse tipo representa um ganho para o destino turístico. "Com uma boa divulgação e união dos empresários", enfatiza. A presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem em Goiás (Abav), Rose Páscoa, entende que, inicialmente, a cobrança da taxa pode ser um susto para os empresários locais, mas que a longo prazo ela é positiva. "É justificável. Ficam inseguros. Entretanto, a natureza é um patrimônio que precisa ser zelado para que o turismo seja explorado. Além disso, quem tem esse perfil de ecoturismo, é o primeiro a querer preservar o meio ambiente. Não vai deixar de ir por causa disso", esclarece.

Taxa

O surgimento da taxa remonta a uma lei complementar de 2023. Na última sexta-feira (29), entrou em vigência um decreto com a nova medida. O pagamento da taxa é feito online. De acordo com a Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás, uma plataforma foi criada justamente para facilitar o pagamento antecipado da taxa e, dessa forma, evitar filas (veja quadro).

A verificação desse pagamento por parte dos atrativos turísticos e hospedagens será feita por meio de QR Code, consulta por CPF ou pelo número gerado pelo sistema. Em caso de impossibilidade de verificação pelo sistema, devido a queda de energia ou outros fatores, os atrativos turísticos e hospedagens deverão realizar o controle de entrada e saída dos turistas manualmente, registrando os nomes dos turistas, identificação por CPF e CEP.

Penalidade

A Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás concederá um período de seis meses para adaptação à cobrança da taxa, durante o qual não serão aplicadas penalidades aos atrativos turísticos que não cumprirem as regras. Depois disso, será aplicada uma multa de dez Unidades Fiscais de Alto Paraíso de Goiás (UFAPs) aos atrativos turísticos que não realizarem o controle de acesso e exigência da apresentação do QR Code referente à taxa de conservação ambiental e ainda a multa de cinco UFAP's por turista ou visitante irregular.

Do contribuinte que não efetuar o recolhimento da taxa de conservação ambiental, ou se recusar a fazê-lo, será cobrado, além da taxa, uma multa de 20 UFAP's. Ele também terá o débito inscrito em dívida ativa, podendo ser cobrado por meio de protesto e execução fiscal. De acordo com a prefeitura, cada UFAP custa em torno de R$ 41.