Geral

Cmei do Madre Germana II receberá nome da estudante Luana Marcelo, diz prefeito de Goiânia

Rogério Cruz afirma que esta é uma forma de homenagear a adolescente e a família dela, que está passando por um momento doloroso

Modificado em 20/09/2024, 06:30

Gestor municipal afirmou que recebeu em seu gabinete os pais da adolescente, Robson Marcelo de Santos, de 33 anos, e Jheiny Hellen, de 31 anos

Gestor municipal afirmou que recebeu em seu gabinete os pais da adolescente, Robson Marcelo de Santos, de 33 anos, e Jheiny Hellen, de 31 anos (Reprodução/Instagram)

O Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) do Setor Madre Germana II, em Goiânia, receberá o nome da adolescente Luana Marcelo Alves, de 12 anos , que foi morta após ir à uma padaria no último dia 27. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (5) pelo prefeito da capital, Rogério Cruz (Republicanos), por meio das redes sociais.

Na publicação, o gestor municipal afirmou que recebeu em seu gabinete os pais da adolescente, Robson Marcelo de Santos, de 33 anos, e Jheiny Hellen, de 31 anos. Segundo Rogério, essa é uma forma de homenagear Luana e a família dela, que está passando por um momento doloroso.

"O Cmei no Madre Germana II, que será inaugurado no início de 2023, receberá o nome desta pequena goianiense. É o mínimo que podemos fazer para eternizar o nome de Luana em uma instituição de ensino que será referência na Região Sudoeste de Goiânia", escreveu.

Rogério também prestou solidariedade à família da vítima. "Em um momento doloroso como este, é difícil encontrar palavras para expressar o nosso sentimento, mas como pai, consigo imaginar a dor dos enlutados. Que Deus possa confortar o coração de cada um e dê forças para superar a dor", finalizou.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Rogério Cruz (@rogeriodacruzoficial)

Relembre o caso

A menina de 12 anos desapareceu no dia 27 de novembro, após ir a uma padaria localizada a cerca de 400 metros da casa dela. Vídeos de câmeras de segurança mostram parte do percurso realizado pela menina na ida e na volta do estabelecimento.

Reidimar disse à Polícia Civil que matou a adolescente enforcada e colocou fogo no corpo antes de enterrar a vítima. Ele ainda contou que utilizou parte de um freezer e de um guarda-roupa para queimar o corpo da menina.

O homem ainda jogou cimento por cima da cova, o que dificultou a descoberta. Ele teria convencido a menina a entrar no carro dele dizendo que devia dinheiro aos pais dela e iria fazer o pagamento. Ao ser preso em sua residência, ele também confessou ter tentado estuprar a menina antes de matá-la e disse não haver motivação para o crime.

Geral

Conclusão de CMEIs abriria 1,7 mil vagas em Goiânia

Construção de 12 creches se arrastam há anos e 9 obras estão paralisadas. Com unidades prontas, município poderia reduzir demanda de 10,6 mil novas vagas em 16,2%

Conclusão de CMEIs abriria 1,7 mil vagas em Goiânia

A conclusão de 12 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) inacabados poderia gerar 1,7 mil vagas para as crianças que aguardam por creches e pré-escolas em Goiânia. Entretanto, apenas três dessas obras estão em andamento. A situação das obras paralisadas tem sido levantada pela nova gestão municipal, mas, enquanto não é possível disponibilizar o total de vagas -- equivalente a apenas 16,2% do déficit estimado de 10,6 mil -- a proposta é zerar a fila de espera com outras medidas. Dentre elas, a ampliação de convênios com instituições sem fins lucrativos, aumento de matrículas nas unidades públicas já existentes, e compra de vagas na rede privada. Esta última, ainda não iniciada.

Ao anunciar a abertura de 2,7 mil vagas para este início de ano letivo durante coletiva de imprensa no último dia 7, o prefeito Sandro Mabel (UB) citou que o Paço conta com 30 obras de Cmeis em diferentes estágios, considerando ainda aquelas que têm a licitação homologada, mas ainda não há ordem de serviço assinada, ou seja, a empresa vencedora não pode iniciar a construção. Dentre o quantitativo elencado pelo chefe do Executivo de Goiânia, quase a metade é construção inacabada e que perdura há anos, sendo que parte delas tem mais de uma década de duração. A proposta da nova gestão municipal, contudo, é priorizar a ampliação de vagas por meio de ações com resposta rápida.

"O que é importante para mim? Não é obra, é criança na escola. Obra é necessário sim, mas consigo viabilizar rapidamente as vagas sem ter que ficar pensando nisso. Se uma criança está nascendo agora, daqui seis meses ela precisa de vaga. Vou ficar esperando dois anos para construir (o Cmei) e a criança vai perder nesses anos oportunidade de formar todo o cognitivo dela. Hoje, nós estamos preocupados com vaga. Colocando mais, construção é coisa que tenho tempo para fazer", enfatizou Mabel, ao acrescentar que, diante da dificuldade financeira, todos os contratos estão sendo revistos. "Vamos terminar isso e deixar pronto para, assim que tiver o dinheiro, terminar esses Cmeis."

Enquanto não são concluídas as obras dos prédios públicos, as estruturas se deterioram com o tempo. Desde 2014, quando foi firmado convênio junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a Prefeitura tenta finalizar sete obras de Cmeis nos setores Parque Atheneu II e Grande Retiro, situados na região Leste da capital, Residencial Barravento e Floresta, na região Noroeste, e Jardim Real, Residencial Mendanha e Solar Ville, localizados na região Oeste de Goiânia. Anunciadas durante a gestão do então prefeito Paulo Garcia (PT), foram prometidas para serem inauguradas nos mandatos de Iris Rezende (MDB) e Rogério Cruz (SD). Entretanto, dentre estas, estão em andamento apenas as do Residencial Mendanha (79% executado) e do Parque Atheneu II (67%).

Regime diferenciado

As intervenções com recursos do governo federal e contrapartida do município foram retomadas após maio e julho de 2024, respectivamente, quando foram assinadas as ordens de serviços das novas licitações feitas no ano anterior, do tipo Regime Diferenciado de Contratações (RDC), com custo total de R$ 755,6 mil e R$ 1,2 milhão. Na unidade do Parque Atheneu II, o contrato com a empresa Antech Solução e Gestão Ltda firmado em outubro de 2023 e prazo de 240 dias, foi prorrogado por três vezes e segue vigente até maio deste ano. A reportagem esteve no local nesta quinta-feira (16) e encontrou profissionais da empresa no espaço, mas não havia movimentação na obra. Contudo, chovia no momento.

Dentre as etapas da construção, a parte estrutural de quatro prédios já está finalizada, mas falta o acabamento. No bloco de entrada, entretanto, a estrutura já conta com infiltração. Diante das chuvas ocorridas na capital, havia uma poça de água e o piso apresentava lodo. Os tetos das salas do bloco também contam com mofo, além de determinadas rachaduras. Parte das portas e janelas de vidro estavam quebradas, e há pichações no lado externo e interno de alguns prédios. Na parte da frente, onde ainda não foi instalado o portão de entrada, sendo esta totalmente fechada com tijolo, o mato alto toma conta da calçada e o espaço inutilizado tem sido ponto de descarte de lixo e restos de poda de árvores.

A conclusão do Cmei Parque Atheneu II incrementaria 160 vagas na rede municipal de ensino. Há outras cinco unidades em um raio de até dois quilômetros de distância, sendo que um deles, o Cmei Jardim Mariliza, está localizado a menos de 500 metros. Este também é um daqueles cuja obra está paralisada. O local deveria passar por uma intervenção para ampliação do espaço para atendimento de mais 40 crianças, mas a obra tem se arrastado. Em setembro de 2023 foi firmado contrato junto à empresa Senior Engenharia de Automação e Serviços Especializado, no total de R$ 645,7 mil, com recursos do tesouro municipal, para retomada do serviço. Conforme dados da Secretaria Municipal de Educação (SME), 15% foi executado e o contrato foi vencido em maio de 2024. Há um projeto de ampliação na unidade desde 2012, sendo que em 2019 a unidade ganhou duas salas modulares, quando passou a atender 125 crianças.

Recursos federais

Assim como o projeto do Parque Atheneu II, com capacidade de atendimento de 160 vagas para a região Leste, o Cmei Residencial Mendanha incluiria mais 160 crianças nas creches da parte Oeste da capital. No setor, as famílias que precisam de matrícula para os filhos precisam andar a uma distância de ao menos dois quilômetros de distância, até a unidade do Conjunto Vera Cruz. A região Oeste é justamente a segunda maior demanda por creches da rede municipal de educação: 1.862 vagas. Os dados sobre o déficit foram levantados pela equipe de transição, no fim de 2024, e divulgados na ocasião pelo POPULAR. Já a maior espera ocorre na região Sudoeste da capital, onde foram mapeadas 2.322 crianças. A lista segue com as regiões Noroeste (1.669), Norte (1.527), Central (1.345), Sul (1.191) e Leste (779), totalizando uma fila total de 10.695.

Outras cinco obras feitas com recursos do governo federal que se encontram paralisadas abririam 800 vagas. A região Oeste, a exemplo, tem mais duas e com apenas um terço concluído, nos setores Jardim Real e Solar Ville. A primeira, tem apenas 33% feito e segue sem andamento desde 2015. Em 2020, foi feito contrato junto à JL2 Engenharia Comércio e Distribuição Ltda no total de R$ 1,5 milhão para ser finalizado naquele ano. O acordo foi prorrogado até 2021, mas sem conclusão. No ano seguinte, um processo por descumprimento de contrato tramitou na SME. Conforme a pasta, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) está com o processo para "atualização de projetos e orçamentos com finalidade de realização de nova licitação". A situação é a mesma para o Cmei Solar Ville, que está 35% concluído e parado desde 2015. A JL2 Engenharia também venceu a licitação em 2020 para a entrega da unidade, por R$ 1,5 milhão, o contrato foi prorrogado até 2021, mas a obra seguiu sem avanços.

Na região Noroeste, os Cmeis Floresta e Residencial Barravento têm respectivamente 42% e 77% da obra executada. A primeira unidade teve licitação fracassada em 2023 e, segundo a SME, o processo está na Seinfra para "prosseguimento de atualização de preço e projetos". O valor licitado, conforme a SME, foi de R$ 2,8 milhões. Em 2019, a JL2 Engenharia foi novamente a vencedora da licitação para conclusão no Bairro Floresta, no total de R$ 1,8 milhão, mas não foi entregue mesmo após a prorrogação do contrato até 2021. Já o Cmei Residencial Barravento teve ordem de serviço assinada em 2023, com previsão para aquele ano, e o contrato com a Jaspe Construtora e Incorporadora Ltda, no valor de R$ 1,1 milhão, foi encerrado em setembro de 2024, sem entrega. A pasta diz que há um processo para "apuração de responsabilidade e aplicação de penalidade à empresa."

O Cmei Grande Retiro tem 54% executado. A unidade paralisada em 2015, com 35% concluído, também foi retomada no fim de 2019 com a licitação vencida pela Red Construtora e Serviços Ltda, por R$ 1,3 milhão. Após um ano de contrato, houve avanços, mas a conclusão ainda segue com prazo incerto. O processo está na Seinfra para atualização de projetos e orçamentos e a realização de um novo processo licitatório.

Empréstimo bancaria oito obras

Ao divulgar a lista para obras que seriam contempladas com empréstimo feito pela Prefeitura, em março de 2024, oito Cmeis que aguardavam conclusão foram citados no documento. Dentre eles, construídos com recurso do tesouro municipal, o recém intitulado Cmei Martha Maria de Souza Carmo, na Vila Pompéia, região Norte da capital, e os Cmeis Jardins do Cerrado VII e Jardim São José, na região Oeste. Além deles, os já citados Cmeis Parque Atheneu II, Residencial Barravento, Residencial Mendanha e Jardim Mariliza, e o Cmei Santa Helena, o único concluído até então e inaugurado em julho passado.

Na Vila Pompéia, o antigo prédio da Escola Municipal Professor Aristoclides Teixeira deu lugar a um Cmei com o mesmo nome, que foi nomeado por lei de 2024 como Martha Maria de Souza Carmo. Moradores dos arredores da unidade educacional contam que a construção já se arrasta há 15 anos. Por isso, relatam, o local era utilizado para uso de drogas ou por criminosos. Desta forma, a retomada das obras, em setembro passado, foi um alívio para a vizinhança. A empresa Senior Engenharia foi a vencedora da licitação em 2023, por R$ 1,5 milhão e, conforme a SME, já executou 8%. No local, profissionais mencionaram que falta a instalação das redes hidráulica e elétrica, além do "contrapiso e reboco". O prazo de execução do contrato, previsto para encerrar no dia 8 de fevereiro, foi prorrogado por mais 150 dias.

Além das obras para conclusão dos Cmeis que se arrastam há anos, a promessa do mandato de Rogério Cruz era construir 20 Cmeis dentro do programa Goiânia Adiante, anunciado em 2022. Das unidades previstas, entretanto, apenas a situada no Jardim Colorado foi iniciada. O contrato firmado no fim de 2023, com vigência até março deste ano, tem valor total de R$ 3,6 milhões e proposta de abrir 192 vagas na região Noroeste. A ordem de serviço foi dada em setembro de 2024 e, até o momento, 2% foi feito.

No local, a reportagem observou apenas poucos materiais deixados na área, como brita e tijolo de concreto.

Promessa é zerar fila antes de entrega de obras

Logo no início deste ano letivo, a nova gestão municipal garante ter feito a abertura de 2,7 mil vagas para creches. Dentre elas, 1,5 mil foram abertas em Centros Municipais de Ensino Infantil (Cmeis) desde o dia 7 de janeiro, quando se iniciou a pré-matrícula, e outras 1,2 mil serão ofertadas até o fim do mês em unidades geridas por instituições filantrópicas e religiosas por meio de convênio com a Prefeitura, denominadas de Centros de Educação Infantil (CEIs). Nos primeiros cem dias do mandato de Sandro Mabel (UB), a promessa é que 5 mil vagas já tenham sido ampliadas para o atendimento de crianças. Mas, para zerar a fila, a expectativa é que as 10 mil vagas estejam abertas até junho.

Além da abertura de vagas nos Cmeis existentes por meio da reorganização de turmas, da ampliação de convênios com entidades sem fins lucrativos, o Paço tem planejado fazer a compra de vagas em unidades privadas de ensino. A oferta na rede privada já estava sendo discutida pela equipe de transição, por meio do envio de um projeto de lei à Câmara Municipal.

Entretanto, agora, a ideia é regulamentar uma lei de 2021 que autoriza convênios com escolas particulares por meio de "bolsa creche". Conforme a coluna Giro mostrou no último dia 14, a estimativa é que cada vaga custe entre R$ 400 e R$ 700. O decreto segue na Procuradoria Geral do Município (PGM) para emissão de parecer jurídico.

A proposta para compra de vagas na rede privada tem sido questionada pelo vereador Fabrício Rosa (PT), que encaminhou ao Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) um pedido de medida cautelar para suspender contratos ou convênios relacionados à aquisição, além de cobrar a apresesentação de "estudos detalhados de impacto financeiro e critérios objetivos para execução da política pública, contendo a quantidade de unidades inauguradas, relação das entidades privadas que se pretende contratar, relação de editais de financiamento público". Para Rosa, há irregularidades no processo de compra de vagas. O processo foi recebido no último dia 14 e está em análise técnica na Secretaria de Controle Externo de Políticas Públicas da Corte.

Fila persiste

Enquanto a promessa de zerar o déficit não se concretiza, parte das famílias se mantém com a mesma angústia. Moradora do Parque Industrial João Braz, na região Oeste da capital, a secretária Jéssica Muniz Menezes, de 28 anos, é mãe de dois meninos, de 2 e 3 anos, e tem tentado concretizar a matrícula para os filhos. Mas, até agora, segue na fila de espera. "Estou aflita, olhando toda hora para ver se foi liberada. No momento estou pagando R$ 900 para cuidarem deles, só para não perder o trabalho. Literalmente estou trabalhando só para pagar alguém para cuidar, porque não posso perder a vaga", lamenta ela, que deve seguir arcando com o custo mesmo após a retomada das aulas, nesta segunda-feira (20), pela falta de vagas.

Nos últimos anos, a alta procura na Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) por familiares de crianças que aguardam vagas em creches tem motivado a instituição a realizar mutirões de atendimento. Em fevereiro de 2024, a exemplo, a ação foi realizada por três dias e finalizou com mais de 1,5 mil atendimentos. Em dezembro passado, a reportagem mostrou que 502 processos foram ajuizados, e outros 167 resolvidos extrajudicialmente. À época, o coordenador do Núcleo Especializado em Atuação Extrajudicial (NAE) da DPE-GO, Bruno Malta, explicou que dentre as ações que foram à Justiça, cerca de 90% tiveram parecer favorável e a vaga foi disponibilizada.
Para o início deste ano letivo, o defensor público pondera que a procura pela instituição tem sido em uma média de 30 atendimentos por dia. Ainda não foi definido se haverá mutirão neste ano, já que "vai depender da quantidade de atendimentos das próximas semanas".

IcMagazine

Famosos

Preta Gil se emociona ao ser presenteada por Angélica antes de cirurgia

Cantora, que está em tratamento contra câncer no intestino, vai precisar passar por novo procedimento cirúrgico nesta quinta-feira (19)

Modificado em 19/12/2024, 09:01

Preta Gil se emociona ao ser presenteada por Angélica antes de cirurgia

Preta Gil, 50, se emocionou ao ser homenageada por Angélica, 51, antes de ser submetida a uma nova cirurgia.

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

Preta foi presenteada com uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, santa por quem a cantora tem devoção. "Presente mais lindo que eu ganhei [da Angélica]. Nossa Senhora de Fátima. Se vocês vissem os detalhes dela, coisa mais linda! Minha amiga Angélica que me deu. Eu era devota e vou levar para o hospital para ficar comigo lá", declarou ao mostrar o presente nos stories de seu perfil no Instagram.

Cantora, que está em tratamento contra câncer no intestino, vai precisar passar por novo procedimento cirúrgico nesta quinta-feira (19). Recentemente, ela precisou remover um tumor na parte final do intestino e teve teve que amputar o reto.

Ela chegou a viajar para Nova York, nos Estados Unidos, a pedidos médicos. A artista compartilhou com os fãs que foi para o país norte-americano para se consultar com uma médica oncologista especialista no tipo de tumor que ela tem.

Preta afirmou que buscou alternativas no exterior após não responder tão bem ao tratamento que fez no Brasil. "A gente sabe que existe a possibilidade real de que eu faça a quimioterapia depois [da cirurgia] aqui e a terapia que eu fiz aqui lá no Brasil não foi tão eficaz como os médicos esperavam".

A gente tem que buscar alternativas em países diferentes, com tipos de estudos diferentes, ensaios diferentes ainda não publicados - ou publicados -, drogas que ainda não chegaram ao Brasil", disse Preta Gil.

IcMagazine

Famosos

Sem Maiara e Maraisa e Henrique e Juliano, legado de Marília Mendonça será celebrado em São Paulo

No meio de polêmicas, show será realizado neste sábado (5), no Allianz Parque, em São Paulo. Alok, Jão, Ludmilla, Luísa Sonza, Xamã e Murilo Huff são algumas das atrações confirmadas

Modificado em 04/11/2024, 08:59

Marília Mendonça: em meio a polêmica, Rainha da Sofrência ganha tributo em show em São Paulo

Marília Mendonça: em meio a polêmica, Rainha da Sofrência ganha tributo em show em São Paulo (WILL DIAS / AgNews)

Mesmo após sua precoce partida, o legado da goiana Marília Mendonça (1995-2021) segue vivo, suas músicas ressoando como hinos de amor, dor e superação. Suas letras, sinceras e profundas, continuam embalando as histórias de uma geração que encontrou nela uma voz autêntica no sertanejo. Neste sábado (5), o Allianz Parque, em São Paulo, será palco de um emocionante tributo a sua obra, reunindo grandes nomes da música para celebrar a Rainha da Sofrência. No entanto, a ausência de figuras importantes, como Maiara e Maraisa e Henrique e Juliano, será sentida, já que acompanharam Marília desde o início de sua trajetória.

A primeira notícia sobre o tributo This Is Marília, organizado pelo Spotify, provocou polêmica devido ao fato de que os nomes mais esperados da programação decidiram recusar o convite. A situação se intensificou quando a família da cantora deixou de seguir Maiara e Maraisa nas redes sociais, resultando em trocas de acusações que abalaram a relação entre elas. Em uma nota enviada à imprensa, elas explicaram a ausência. "Somos fortes e conseguimos suportar muitas dores, mas sobre essa ainda não nos sentimos capazes. Perdão, ainda temos uma ferida aberta e estar nesse palco, olhar para o lado e não ver a Marília é algo acima do suportável para nós", diz o comunicado.

O local da apresentação foi um dos principais motivos para Maiara e Maraisa não participarem da festa. Três semanas antes da morte de Marília, elas haviam se reunido no estádio para anunciar as novidades da turnê Festa das Patroas, com a qual estavam planejando rodar o Brasil em 2022 com uma super produção. "Tem muita gente questionando nossa ausência. Para quem não sabe, foi no Allianz que lançamos a tour, foi lá que sonhamos subir as três no palco e seria lá que iríamos realizar o projeto de nossas vidas", disse a dupla na nota. "Não temos dúvida que será um evento lindo e terá todo nosso apoio", completou sobre o tributo.

Os fãs também questionaram a ausência de Henrique e Juliano na homenagem. A dupla, quando já era famosa, foi a responsável por apresentar Marília para o grande público. Juntos, eles gravaram a canção Flor e o Beija-Flor, com participação da cantora, em 2016, e que soma mais de 658 milhões de visualizações no YouTube. Os irmãos afirmaram que não participariam do evento, pois todas as homenagens, segundo eles, foram feitas em vida. "É isso o que realmente importa", informou a assessoria dos cantores. Em outras entrevistas, quando questionados sobre o assunto, Henrique ainda reforçou que eles "não estavam confortáveis em fazer parte disso".

Mais uma falta sentida pelos fãs foi de Hugo e Guilherme. Uma das últimas participações especiais feitas por Marília em um trabalho de outro artista foi no registro do DVD da dupla. Em setembro de 2021, eles gravaram a canção Mal Feito. "A gente quis entender melhor sobre o evento, até por ser esse um momento de dor para quem conviveu com ela. Além disso, em nenhum momento a negativa em participar pode ser avaliada como falta de amor a Marília. Inclusive, nos colocamos à disposição de fazer, mesmo com aperto no peito, infelizmente nossa resposta foi dada num prazo impossível de se adequar aos tempos do evento", diz o comunicado postado nas redes sociais.

Programação

"Meu coração está explodindo de emoção, estou ansiosa, emocionada, desde a arrumação de malas, os preparativos, vai ser lindo, será a primeira homenagem que o Leo vai assistir para a mamãe. Vamos celebrar a vida, o legado que foi deixado. Muita gratidão com os fãs e artistas que vão participar da festa. Só alegria para a Marília Mendonça", postou nas redes sociais a dona Ruth, mãe da cantora. Na programação estão escalados Alok, Jão, Ludmilla, Luísa Sonza, Luiza Martins, Murilo Huff, Péricles, Xamã, Yasmin Santos, Luan Pereira, Marcos e Belutti, Tierry. Zé Neto e Cristiano estavam na lista, mas cancelaram depois do acidente de Zé Neto.

Um dos shows mais aguardados do tributo é o do goiano Murilo Huff. Marília e o artista tiveram um relacionamento que durou quase cinco anos, entre 2017 e 2021. Eles oficializaram o namoro apenas em 2019. Juntos, eles têm um filho, Leo, de 4 anos. Ele, que começou a carreira como compositor, teve duas letras gravadas pela Rainha da Sofrência: Transplante, em parceria com Bruno e Marrone, e Bem Pior que Eu. "Vai ser um momento muito especial, sem dúvida, ela é digna e merecedora de todas as homenagens possíveis que a gente puder fazer e vai ser com certeza um dia emocionante, estou muito feliz em fazer parte", disse o artista em entrevista ao jornal, durante o lançamento do Caldas Country 2024.

Murilo também aproveitou para falar da importância do legado de Marília na música. "Ela foi a maior artista que o sertanejo já viu", destaca. Os números comprovam isso facilmente. No Spotify, a Rainha da Sofrência foi a primeira artista brasileira a alcançar mais de 10 bilhões de streams na plataforma e a única a ser a mais escutada por três anos consecutivos, de 2019 a 2022. Além disso, mais de 450 milhões de horas de músicas na sua voz foram ouvidas desde 2014. O hit Leão, em parceria com Xamã, por exemplo, permaneceu mais de 500 dias consecutivos no top 200. Já no YouTube, ela teve mais de 20 bilhões de visualizações.

"A Marília não somente elevou o sertanejo a outro patamar, como escancarou as portas para nós mulheres. Mudou a cena, uniu estilos, uniu pessoas, falou o que quis e fez história. A genialidade dela, na minha opinião, foi fazer isso, sem saber que estava fazendo. Ela foi humilde a ponto de transformar o cenário musical, e nunca, nem por um segundo, se gabar por isso", ressalta a cantora Luiza Martins. "Minha amiga, confidente, conselheira e a maior inspiração musical e profissional. O sentimento que predomina é o de gratidão, por ter visto de perto esse meteoro/acontecimento/evento, passar pela terra. Me sinto honrada por homenageá-la", complementa.

Carreira

Natural de Cristianópolis, a 90 km de Goiânia, Marília Mendonça nasceu no dia 22 de julho de 1995. Desde muito jovem, demonstrou um amor pela música que a levaria a se tornar uma das maiores cantoras do Brasil. Sua carreira começou de forma tímida, com apresentações em festas e pequenos eventos locais, mas logo chamou a atenção de produtores e empresários. Em 2015, lançou seu primeiro álbum de estúdio, que trouxe o sucesso Infiel e Alô Porteiro. Em 2019, ela ganhou o Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Sertaneja com Em Todos os Cantos. No dia 5 de novembro de 2021, ela morreu vítima de um acidente aéreo. Com o trabalho póstumo Decretos Reais, a cantora venceu novamente o Grammy, em 2023. Uma série de projetos ainda devem ser lançados nos próximos anos. A Rainha da Sofrência deixou registrada quase 100 músicas inéditas que não foram gravadas e a mãe da artista revelou que a história da artista ficará eternizada em um filme.

IcEsporte

Esporte

Atlético-GO faz homenagem a goleiro Ronaldo por cem jogos pelo clube

Kogador completou 100 atuações pelo time no primeiro jogo da final do Goianão, mas só agora foi homenageado

Modificado em 17/09/2024, 15:51

Ronaldo, goleiro do Atlético-GO, com bonequinho

Ronaldo, goleiro do Atlético-GO, com bonequinho
 (Ingryd Oliveira / ACG)

O goleiro do Atlético-GO, Ronaldo, foi homenageado pelo clube na tarde desta quinta-feira (9), no CT do Dragão. O jogador completou 100 atuações pelo time no primeiro jogo da final do Goianão, na vitória (2 a 0) sobre o Vila Nova, no dia 31 de março. Somente agora, em que o time atleticano teve folga no calendário, foi possível realizar a homenagem ao titular e capitão do Dragão pela marca.

Ronaldo é tricampeão do Estadual (era reserva em 2022, mas ganhou a posição em abril daquele ano na Série A, jogou na maioria dos jogos de 2023 e 2024), se destacou na Sul-Americana 2022, quando o time chegou à semifinal e foi decisivo na Série B passada, na campanha do acesso à Série A.

Ronaldo recebeu brindes e objetos retratando a passagem dele pela marca centenária. Foram duas camisas -- uma personalizada com o número 100 e outra semelhante à usada ano passado, na Série B -, duas flâmulas (uma alusiva à final com o Vila Nova e outra com a imagem dele na defesa com o pê do pênalti cobrado pelo xará, Ronaldo, do Novorizontino-SP, nos acréscimos do jogo que terminou empatado por 2 a 2), um bonequinho personalizado, um conjunto infantil (para o filho, Joaquim, nascido em março). Na solenidade, a mulher dele, Beatriz, estava presente.

O presidente do Atlético-GO, Adson Batista, destacou a trajetória vitoriosa do jogador, a dedicação e a representatividade dele no clube. Ronaldo foi definido pelo dirigente como "profissional, honesto e trabalhador", além ser talentoso e que serve como um exemplo no cotidiano atleticano.

Ronaldo chamou Adson Batista de "senhor" e disse que tem muita gratidão pelo que representa no clube. Antes de chegar ao Atlético-GO, no início de 2022, Ronaldo ficou sem atuar no Vitória-BA, em litígio com o clube baiano. O jogador foi procurado por outras equipes, mas acabou acertando com o Dragão e deu sequência à uma linhagem de bons goleiros oriundos do futebol baiano, que teve Márcio, Jean, Fernando Miguel e, agora, Ronaldo. Ano passado, ele se notabilizou pelas defesas de pênaltis na Série B.

Segundo ele, ainda falta conquistar um título de expressão nacional, como uma Copa do Brasil, ou uma taça internacional, como a Copa Sul-Americana, para marcar ainda mais a passagem pelo Atlético-GO.

Sobre a liderança e a faixa de capitão, ele explica que "procura entender o clube, os momentos dele" e que fica mais fácil liderar quando se tem no elenco outros jogadores experientes e de muito profissionalismo, como o atacante Vagner Love -- vai fazer 40 anos em junho e se destaca no cenário nacional e internacional desde o começo deste século 21, quando surgiu no Palmeiras.