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Comerciantes do Terminal Novo Mundo terão de deixar local

Consórcio das empresas de transporte coletivo anunciou que até o dia 17 de agosto os permissionários que atuam na parte interna precisam sair do espaço, que será revitalizado

Modificado em 17/09/2024, 16:31

Consórcio das empresas de transporte coletivo anunciou que até o dia 17 de agosto os permissionários que atuam na parte interna precisam sair do espaço, que será revitalizado

Consórcio das empresas de transporte coletivo anunciou que até o dia 17 de agosto os permissionários que atuam na parte interna precisam sair do espaço, que será revitalizado (Wesley Costa)

Há mais de 20 anos, Maria José Lopes Santos, 69 anos, retira o sustento da família de uma pequena banca de bijuterias no Terminal Novo Mundo, do Eixo Anhanguera, na região leste de Goiânia. A notícia de que todos os permissionários terão de deixar a parte interna até o dia 17 de agosto provocou uma mobilização na manhã desta segunda-feira (15) na sede da RedeMob, consórcio que administra a Rede Metropolitana do Transporte Coletivo (RMTC), na Avenida Independência. O Terminal Novo Mundo está em processo de revitalização. A mesma medida deverá ser tomada em todos os demais terminais do complexo BRT Leste-Oeste, em toda a Avenida Anhanguera, segundo informação da própria RedeMob.

"O problema não é jurídico, é social", disse o advogado Inocêncio Borges ao jornal que assumiu a causa dos permissionários e discutiu o assunto com o diretor de Transportes do consórcio, César Eduardo de Siqueira. "O modelo de negócio apresentado pela RedeMob coloca todo o risco em cima dos permissionários. Minishoppings serão construídos nas ruas ao lado dos terminais e eles terão de pagar um valor muito elevado pelos novos espaços e com contrato, avalista e prazo de duração. Se não der certo, eles serão executados", explica o advogado.

Maria José, que é conhecida como Peixinha, conta que, pessoalmente, fez um levantamento do número de permissionários que atuam nos cinco terminais do Eixo Anhanguera, dentro de Goiânia, do Novo Mundo ao Padre Pelágio, e encontrou 200 pessoas em situação similar à sua. "A maioria trabalha com muita dificuldade, têm idosos e deficientes. Hoje pago uma taxa de R$ 178 por mês por um espaço de 80 por 80 (centímetros). Agora querem cobrar R$ 800, mais água, luz, segurança e limpeza nesse minishopping. Não temos dinheiro nem para comprar mercadorias para colocar lá dentro." A nova banca oferecida tem metragem de 2,25 x 2,25 metros, segundo Peixinha.

Inocêncio Borges explica que os permissionários, assustados com a decisão da RedeMob, ficaram de realizar uma assembleia para retirar uma contraproposta coletiva a ser apresentada ao consórcio, conforme solicitado por seu representante. "Nós pedimos que a retirada deles seja suspensa e que o Estado seja chamado para negociar. Essas pessoas estão há anos nos terminais, dedicaram suas vidas a esse negócio e o fizeram de forma responsável. Elas dependem disso para sobreviver. A maioria mal tira R$ 800 de cada banca", enfatiza o advogado.

Como outros permissionários, Maria José recebeu um comunicado do consórcio RedeMob informando que o anúncio que culminou na decisão de transferência dos permissionários ocorreu no dia 22 de abril durante reunião com a Secretaria-Geral do Governo, com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) e com Metrobus. Naquele dia, foi apresentado o projeto de revitalização do Terminal Novo Mundo, o novo modelo de locação para os permissionários e cada participante do encontro assinou uma carta conjunta por meio da qual eles foram notificados.

O comunicado diz que reuniões foram feitas com cada permissionário entre 11 e 16 de março deste ano, quando foram esclarecidas a necessidade de desativação das atuais unidades comerciais dentro do terminal e as regras para locação de espaços em nova estrutura a ser construída nas imediações, além da documentação exigida. O consórcio, inicialmente, deu prazo de um mês para a resposta dos permissionários e mais tarde ampliou o limite para 27 de junho. Pelas regras anunciadas, os atuais contratos serão rescindidos automaticamente. Dia 17 de agosto é a data limite para que os permissionários deixem o Terminal Novo Mundo, porque o novo espaço comercial será aberto.

Pequenos centros comerciais ao lado dos terminais

Em nota, a RedeMob informou que, no dia 22 de fevereiro deste ano, realizou uma reunião com todos os permissionários para falar das obras de revitalização e modernização da infraestrutura dos cinco terminais e 19 estações do Eixo Anhanguera (BRT Leste-Oeste) que vão unificar e padronizar as estruturas. O projeto, que começou pelo Terminal Novo Mundo, visa oferecer "novos e melhores serviços à população, priorizando a mobilidade do usuário, a organização das filas, embarques e desembarques, acessibilidade e principalmente a segurança das pessoas que utilizam os terminais".

Conforme o consórcio, a nova área comercial popular do Terminal Novo Mundo "está sendo construída para abrigar os atuais permissionários", mas no comunicado enviado aos comerciantes do espaço está explícito que, para aqueles que não se adaptarem às novas regras, os contratos serão rescindidos automaticamente. O centro popular do Novo Mundo terá uma área de 855,72 metros quadrados de área e, conforme a RedeMob "contará com segurança, sistema de CFTV interligado à Secretaria de Segurança Pública do Estado, acessibilidade, banheiros, áreas de convivência, equipes de limpeza e conservação", benefícios que, segundo o advogado Inocêncio Borges, terão custos de manutenção arcados pelos próprios permissionários.

A RedeMob lembra que a mudança para o novo centro comercial é uma oportunidade para melhorar a situação dos atuais permissionários que "estão em situação precária, sem estrutura física digna, instalados em quiosques de lata dentro do velho atual terminal Novo Mundo". Segundo o consórcio, nesta segunda-feira (15) foi realizada uma reunião com os comerciantes "para esclarecimentos pontuais". O encontro foi provocado pelos próprios permissionários que divulgaram uma nota à imprensa no final de semana em que ameaçaram ficar na sede da RedeMob até serem atendidos. "Existimos e não somos invasores. Esse é o nosso único sustento", diz a nota.

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Eletrificação da frota do Eixão patina e só dois ônibus circulam

Estado iria trocar a frota no Eixão pelo novo modelo, mas apenas 2 deles rodam lá. No sistema todo, só 14 unidades operam

Ônibus elétrico circula na Avenida Anhanguera perto da Estátua do Bandeirante, no Centro de Goiânia

Ônibus elétrico circula na Avenida Anhanguera perto da Estátua do Bandeirante, no Centro de Goiânia ( Diomício Gomes / O Popular)

Pouco mais de um ano após a chegada do primeiro ônibus elétrico para operar no Eixo Anhanguera (Leste-Oeste) da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) de Goiânia, a frota com o modelo sem motor a combustão (diesel) não deslanchou. A promessa inicial era que até dezembro passado todos os veículos do chamado Eixão fossem do modelo elétrico, mas apenas dois ônibus abastecidos com energia operam na via. Outros 12 ônibus que não são a diesel operam no BRT Norte-Sul, totalizando 14 veículos elétricos na região metropolitana de Goiânia. Dois deles chegaram a ser usados em linhas convencionais, como testes para o sistema.

O governo estadual estimava que até dezembro passado já haveria 80 ônibus elétricos rodando no sistema metropolitano, o que não se cumpriu. Há uma estimativa de conseguir um total de 60 veículos elétricos até o fim deste ano, em novo cronograma do sistema. Para conseguir trocar a frota do sistema, o Estado de Goiás modificou até mesmo a forma de contratação, em que antes se cogitou o aluguel dos veículos via licitação, mas depois se tornou uma parceria com as empresas concessionárias da RMTC, em que elas comprariam os novos ônibus e parte da renovação da frota seria elétrica. O modelo seria mais rápido por não precisar de licitação, visto que as tentativas do Estado foram desertas, ou seja, sem empresas interessadas.

Com a compra a partir das empresas privadas, o argumento era de que a renovação da frota seria mais rápida e concluída totalmente até março de 2026. A previsão era que 150 veículos elétricos, de um total 1.170 ônibus, circulariam no sistema metropolitano nesta data final. Para se ter uma ideia, em fevereiro de 2024, quando o primeiro ônibus elétrico foi apresentado, houve a afirmação de que ele fazia parte de um primeiro lote de aquisições de seis veículos, todos eles chegando até julho e que seriam usados no Eixo Anhanguera. Na mesma época, outros seis chegariam para o BRT Norte-Sul, pois ainda era esperado que o corredor fosse utilizado a partir daquele mês. Porém, a via exclusiva só foi inaugurada em setembro, com dez ônibus elétricos, que foram entregues em agosto passado.

A reportagem apurou que há uma dificuldade das empresas em contratar um financiamento para a aquisição dos ônibus elétricos da marca BYD, por serem importados. A ideia era utilizar o fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais (Finame) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas não há registro deste tipo de veículo da marca nessa linha de crédito. Até por isso, há a intenção de utilizar agora ônibus nacionais, como da marca Eletra, que teriam o código do Finame.

Por outro lado, a falta do cumprimento do cronograma dos veículos elétricos não causou outro problema no sistema: a incapacidade de carregar os ônibus. Isso porque havia a previsão de construção de uma subestação de energia na sede da Metrobus para conseguir suprir a demanda da frota, mas a obra ainda não foi iniciada. A reportagem apurou que já existe a aprovação da Equatorial para a construção e o prazo é que isso ocorra até o final deste ano. Enquanto isso, a concessionária de distribuição de energia já liberou uma ampliação de energia de 500 kWh para a Metrobus, o que seria suficiente para abastecer seis veículos elétricos.

Atualmente, a frota existente é abastecida nas garagens das concessionárias e também há carregadores em alguns terminais dos corredores Leste-Oeste e Norte-Sul. Na última semana, o Estado apresentou um veículo movido a biometano. A estimativa é ter até 500 veículos até o final de 2026, sendo 15 neste ano. Segundo a Secretaria Geral de Governo (SGG), devido à dificuldade de entrega e disponibilidade dos fornecedores dos veículos elétricos, por causa do uso de veículos articulados de 23 metros e de piso alto, foi reduzida a previsão de 150 para 100 unidades de ônibus elétricos para atender o Sistema BRT.

"As outras 50 unidades previstas foram transferidas para o projeto Biometano, como parte das 500 unidades apresentadas no projeto de renovação da frota. Assim, as 100 unidades dos veículos elétricos têm previsão de entrega até o fim deste ano, e os 50 movidos a biometano começam a chegar também no final do ano de 2025, com previsão final de entrega para 2026", explica a SGG.

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Vem aí o novo Cine Cultura: confira como ficou o único cinema público de Goiânia após reforma

Aos 35 anos, espaço ganha nova etapa em sua história com uma reforma completa de estrutura física e de equipamentos; espaço será reaberto no dia 1º de fevereiro

Os últimos ajustes estão sendo realizados para a reabertura do Cine Cultura no dia 1º de fevereiro

Os últimos ajustes estão sendo realizados para a reabertura do Cine Cultura no dia 1º de fevereiro (Clenon dos Santos)

Uma grande pintura com ícones art déco da capital, como o Teatro Goiânia, estampa a entrada do Cine Cultura, que desde o último agosto passa por uma reforma completa em sua estrutura. Ao entrar na sala, quem acompanha de perto o espaço vai se impressionar: novas poltronas, carpete, iluminação, sistema de ar-condicionado e sonorização, painéis acústicos, tela e projetor, tudo com uma roupagem retrô, criam uma nova etapa dos 35 anos do único cinema público da cidade.

O novo Cine Cultura, localizado no Centro Cultural Marietta Telles, na Praça Cívica, reabre as portas ao público no dia 1º de fevereiro, em um sábado marcado por exibições especiais. Desta quinta-feira (16) até a data de reinauguração, a equipe da Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás) ainda tem muito o que fazer: os últimos ajustes estão a todo o vapor, como a instalação das luminárias de piso e os guarda-copos das poltronas.

O restauro teve investimento total de R$ 2,1 milhões, sendo R$ 1,4 milhão da obra e R$ 755 mil dos equipamentos necessários. Os recursos vieram por meio da lei federal Paulo Gustavo, operacionalizados pela Secult Goiás. "O trabalho se concentrou em deixar o espaço oco para fazer as reformas necessárias, com foco na acessibilidade e no recebimento de novos equipamentos. Foi um trabalho muito específico e conjunto", explica a superintendente de Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria, Bruna Arruda.

Na última terça-feira (14), a reportagem foi conferir de perto as novidades do cinema. Um teste de tela e som foi realizado no espaço, com exibições do trailer de Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel (2001), pop premiado de Peter Jackson, e o preto e branco Les Mistons (Os Pivetes, 1957), de François Truffaut. O que mais impressiona é a qualidade do novo projetor e do sistema de som, que garantem a experiência completa.

O Cine Cultura nasceu em 1989 dentro das instalações do Marietta Telles. Uma das maiores reivindicações de quem frequenta o local era o mau cheiro das antigas poltronas, além da falta de opções de pagamento - antes apenas no dinheiro - e da qualidade da projeção dos filmes. Para agora, toda uma mudança estratégica beneficia a sala com a inserção de equipamentos atuais.

"A ideia foi trazer o cinema para os novos tempos, com materiais modernos e compatíveis com o que há de mais contemporâneo em relação às salas audiovisuais", comenta Bruna. O trabalho da Superintendência Patrimônio Histórico foi todo compartilhado com a equipe do próprio Cine Cultura, que tem como diretor Fabrício Cordeiro há nove anos.

A ideia agora é de que o Cine Cultura sirva como um expoente de circulação dos outros pontos artísticos localizados dentro do Marietta Telles, como o Museu da Imagem do Som (MIS) e sua sala de exposição, e da Biblioteca Pio Vargas. A imersão ao cinema começa, por exemplo, nos corredores do local, que serão decorados com os pôsteres dos filmes em cartaz na sala audiovisual.

PROGRAMAÇÃO

A programação completa ainda é segredo, mas a ideia, segundo Fabrício Cordeiro, é de que o Cine Cultura mantenha a agenda focada em filmes com pegadas mais cult e pop, além do cinema nacional e de Goiás, ao lado de produções comentadas e queridas pelo público. "Já estamos negociando com diversas distribuidoras para que possamos exibir um leque de filmes que agreguem diferentes tipos de espectadores", reitera o diretor.

O Cine Cultura sempre teve um conceito de janela audiovisual que prioriza filmes brasileiros e goianos que não teriam a oportunidade de serem exibidos em salas comerciais de shoppings, por exemplo. Também abre espaço para festivais goianos, lançamentos de filmes de realizadores locais, mostras especiais, como a tão benquista de Halloween, e produções premiadas e comentadas, caso de longas-metragens internacionais que circulam em premiações.

Um dos filmes já confirmados para a primeira semana de inauguração é o documentário Stop Making Sense, do diretor Jonathan Demme, que captura a energia visceral da banda Talking Heads durante um show no Hollywood Pantages Theatre, em Los Angeles. "É um clássico filme-concerto de 1984, muito único na história do cinema. A ideia é manter o compromisso com o público que tem um carinho com o cinema já há muitos anos e atrair novas pessoas para conhecer a sala", completa Fabrício.

Vem aí o novo Cine Cultura

Confira cinco novidades da nova etapa do cinema público de Goiânia

Pagamento via Pix

Com entrada no valor de R$ 20 (inteira), sendo que sempre às segundas todo mundo paga meia-entrada, o pagamento agora pode ser realizado via Pix. Anteriormente, era apenas no dinheiro.

Pipoca e refrigerante

O cinema ganha uma bomboniere para chamar de sua. No hall, foi instalado um espaço para receber uma lojinha típica de cinema. Ainda está em fase de licitação.

Projetor DCP

Com sonorização e sistema de som 7.1 digital surround, o cinema ganhou um projetor DCP (Digital Cinema Package) com tecnologia 4K e tela Flat (widescreen). O antigo projetor segue ao lado do novo como uma espécie de tributo ao patrimônio audiovisual.

Mural art déco

Uma pintura realizada pela artista visual Tchella decora a entrada do espaço (Wildes Barbosa)

Uma pintura realizada pela artista visual Tchella decora a entrada do espaço (Wildes Barbosa)

Uma pintura realizada pela artista visual Tchella (@tchella_q) decora a entrada do espaço. A profissional pintou alguns símbolos art déco da cidade, como o próprio Centro Cultural Marietta Telles.

Acessibilidade

As obras incluíram a restauração das alvenarias, pisos, lajes e esquadrias, reparos, além de toda uma estrutura moderna de acessibilidade.

IcEsporte

Esporte

Capacidade do Serra Dourada pode chegar a 60 mil lugares

Número exato da nova capacidade ainda não está definido, mas estimativa é de aumento com as obras de modernização

Modificado em 04/11/2024, 08:52

Serra Dourada tem capacidade de 38.412 lugares neste ano e deve ter crescimento com reforma

Serra Dourada tem capacidade de 38.412 lugares neste ano e deve ter crescimento com reforma
 (Fábio Lima)

A capacidade do estádio Serra Dourada deve aumentar para cerca de 60 mil lugares após a reforma de modernização, que tem início previsto para 2025 e deve ser concluída em 2028. O número exato ainda não está definido, mas a expectativa da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) é de um aumento considerável. A capacidade atual é de 38.412 lugares.

Em um primeiro momento, o Estado divulgou que a capacidade do estádio seria de 43,6 mil lugares. O número foi citado na Audiência Pública no dia 6 de maio deste ano.

A justificativa para o aumento na estimativa é por causa da criação de novas arquibancadas e camarotes, que estão entre as obrigações que a iniciativa privada terá de fazer no Serra Dourada.

Os prédios em que estão a administração da Seel (lado Norte) e onde ficava a sede da Federação Goiana de Futebol (lado Sul) devem ser utilizados para a criação de camarotes, por exemplo, o que ajudaria no aumento da capacidade. A geral deixará de existir para ampliação das arquibancadas.

"O Serra Dourada até 2018 recebeu 40, 50 mil pessoas. A divisão de torcida era feita pelos próprios policiais. Em 2019, ampliamos a questão da segurança e dividimos o estádio de forma mais segura, houve a redução para 38 mil lugares. Só que agora temos a possibilidade de criação de novas arquibancadas, por isso acredito que (a capacidade) pode chegar a 60 mil lugares", explicou o secretário da Seel, Rudson Guerra.

Desde 2020, o Serra Dourada recebeu apenas 14 jogos. Nesse período, passou mais de dois anos sem receber qualquer partida oficial. Desde que foi reaberto, em 2022, o maior público no principal palco do futebol goiano foi de 35.195 pessoas, sendo 31.627 pagantes na vitória do Flamengo, por 2 a 1, contra o Atlético-GO, na 1ª rodada da Série A deste ano.

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Terminal Praça da Bíblia muda pontos de embarque para passar por reforma

Passageiros terão de utilizar novos locais para tomar e deixar ônibus a partir deste sábado (21). Obra terá duração de 1 ano

Modificado em 04/11/2024, 08:46

Terminal Praça da Bíblia: intervenção integra projeto de reestruturação

Terminal Praça da Bíblia: intervenção integra projeto de reestruturação
 (Wesley Costa)

++GABRIELLA BRAGA++

Passageiros do transporte coletivo que utilizam o Terminal da Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário, em Goiânia, terão de utilizar novos pontos de embarque e desembarque a partir deste sábado (21), quando terá início a reforma do espaço. A previsão é que seja finalizada em um ano. A intervenção faz parte do projeto de reestruturação do transporte público, anunciado em janeiro, com proposta de reforma nos terminais e estações do Eixo Anhanguera.

A estrutura provisória para atendimento dos usuários está montada nas proximidades do terminal. Serão oito áreas, contadas de A a H, entre a Avenida Independência, Praça da Bíblia, e a Avenida Laurício Pedro Rasmussem (veja quadro). Além disso, uma linha especial estará em funcionamento para levar os passageiros, gratuitamente, para a Estação Universitária, situada em frente à Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), entre a Avenida Anhanguera e a 5ª Avenida.

De acordo com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivo (CMTC), as estruturas provisórias serão todas cobertas, com iluminação fotovoltaica, câmeras de monitoramento, base do Batalhão de Terminais da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO), além de banheiros e serviços de compra de créditos e recarregamento do Bilhete Único. Também haverá profissionais para orientação dos passageiros.

"Toda estrutura de informação também foi preparada para que os passageiros tenham o mínimo de contratempos. Mapas com orientação dos locais de parada das linhas, placas e totens de informação nos locais de parada dos ônibus e em seus arredores foram instalados, além de distribuição de panfletos explicativos por uma equipe do RedeMob Consórcio", cita a CMTC, em nota conjunta com a Secretaria-Geral de Governo de Goiás (SGG). Também não é descartada a possibilidade de ajustes nos primeiros dias de operação na estrutura provisória.

Ainda conforme a companhia, haverá mudanças para o embarque nos ônibus nos novos pontos. A entrada, agora, será pela porta dianteira, com validação da viagem no sistema do ônibus. Já no Eixo Anhanguera, os usuários terão a opção de se deslocar até a Estação Vila Bandeirantes, entre as ruas 5 e 6, no setor homônimo, a cerca de 400 metros. Há também a opção de utilizar a linha especial até a Estação Universitária.

O jornal questionou à CMTC o valor da obra, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

Projeto Nova RMTC

A reforma do Terminal Praça da Bíblia integra o projeto Nova Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (Nova RMTC) anunciado pelo Governo de Goiás em janeiro deste ano. Ao todo, serão R$ 1,6 bilhão em investimentos do tesouro estadual, além de recursos das prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira, e das concessionárias do transporte público, para a reestruturação do serviço.

Durante o anúncio do investimento, foi apresentado que 1,2 mil veículos serão substituídos. Além disso, toda a frota do Eixo Anhanguera será eletrificada e os terminais e estações serão reformados. A previsão é que a reestruturação do Eixo será totalmente concluída até o fim de 2025. Além do Terminal Praça da Bíblia, o Terminal Novo Mundo já está em obras desde janeiro e deve ser concluído até dezembro. Outros quatro terminais -- Praça A, Padre Pelágio, Dergo e Senador Canedo -- também receberão a reforma.

Até o momento, foram concluídas as intervenções em cinco estações do Eixo Anhanguera, chamado também de BRT Leste Oeste, nos moldes das plataformas do BRT Norte Sul, inaugurado no fim de agosto. São elas a estação do Lago das Rosas, Anhanguera, Vila Bandeirantes, Universitária e Hemocentro. Na ocasião da entrega desta última, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) informou que "todas as 19 estações do Eixo Anhanguera serão reformadas ao longo dos próximos meses".