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Comissão da OAB pede indiciamento de influencer de Anápolis por homofobia

Comissão de Diversidade Sexual da OAB chegou a tentar uma retratação por parte de Larissa Barbosa, mas sem sucesso

Modificado em 20/09/2024, 00:53

Notícia-crime foi apresentada à Polícia Civil nesta terça-feira (21)

Notícia-crime foi apresentada à Polícia Civil nesta terça-feira (21) (Reprodução)

Além de discriminação contra autistas, a influencer e maquiadora de Anápolis, Larissa Barbosa, também pode responder por homofobia. A Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Anápolis, entregou à polícia uma notícia-crime na qual pede o indiciamento da jovem por racismo contra a população LGBTQI, devido às falas em vídeo publicado por ela.

A notícia-crime com o pedido de indiciamento foi entregue à Polícia Civil nesta terça-feira (21). O documento é assinado pelo presidente da Comissão, Alex Firmino da Costa, pelo presidente da Comissão de Combate às Desigualdades Raciais, José Rodrigues Ferreira Júnior, e é endossado por outros 12 advogados.

Nele, a entidade narra que no vídeo de Larissa que viralizou, no qual zomba de vagas exclusivas para autistas, a jovem também diz que "a vaga é tão colorida" que achou ser uma "vaga pra viado".

Costa conta que várias pessoas procuraram a Comissão da OAB relatando terem se ofendido com a fala, pela forma como Larissa se referiu à população LGBT. "Ela se desculpou com os autistas, mas nada quanto aos LGBTQIA+", pontuou.

Sem retratação

A notícia-crime apresentada revela que a Comissão chegou a entrar em contato com Larissa, solicitando uma retratação no prazo de 24 horas. No entanto, não obteve retorno.

"Sem retorno da noticiada, só resta formalizar sua conduta criminosa e racista, pois não se trata de injúria racial, prevista no artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal, mas sim do crime de racismo consumado na modalidade LGBTIfobia, previsto na Lei n. 7.716/89", diz o documento, destacando que vítimas fazem parte da comunidade LGBTQI+ e "se sentiram ofendidas, humilhadas, agredidas por existirem, por sua orientação sexual e identidade de gênero e violadas em sua dignidade como pessoa humana".

A Polícia Civil vai analisar a notícia-crime. A reportagem entrou em contato com Larissa sobre o caso, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto.

"Brincadeira" contra autistas

Larissa Barbosa disse em depoimento à Polícia Civil que o vídeo em que aparece zombando do fato de haver vaga de estacionamento exclusiva para autistas tratou-se de uma "brincadeira entre pessoas íntimas". A maquiadora, que foi ouvida na delegacia de Anápolis, declarou ainda que jamais teve intenção de ofender ninguém.

Larissa e sua mãe foram ouvidas pela polícia na última terça-feira (21). No depoimento, a jovem disse ainda que uma das pessoas do grupo (de melhores amigos do Instagram) repostou e tornou o vídeo público, que foi apagado logo depois.

No vídeo em questão, que levou à abertura de uma investigação policial, a maquiadora debocha de vagas para autistas. "Agora tem vaga exclusiva para autista. O mundo está muito difícil. Quero saber quando que vai ter vaga para gordo estressado", disse, entre risos. Os comentários geraram forte reação da internet, principalmente de familiares de autistas.

Uma das manifestações partiu do Núcleo Apoio Inclusão Autista (Naia), que divulgou nota de repúdio. "Além de proferirem falas totalmente capacitistas, essas senhoras não têm a mínima noção de como é difícil para conseguirmos o mínimo de direito para os nossos filhos. Que essas pessoas conheçam e mudem sua forma de pensar e agir e leiam a Lei nº 12.764".

A polícia segue investigando o caso.

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Pastor é denunciado após vídeo 'orando' por menina de 13 anos no Tocantins: 'Vai casar com homem'

Coletivo Somos, eleito vereador em Palmas, fez denúncia apontando que pastor teria usado palavras homofóbicas e o Ministério Público abriu investigação

Modificado em 07/12/2024, 21:42

Pastor é denunciado após vídeo orando por adolescente em culto

Pastor é denunciado após vídeo orando por adolescente em culto (Reprodução/Redes Sociais)

Um vídeo publicado nas redes sociais da igreja evangélica Catedral da Família, em Palmas, gerou polêmica pelo uso de expressões consideradas homofóbicas e foi denunciado ao Ministério Público Estadual (MPTO) pelo Coletivo SOMOS, eleito vereador em Palmas. Segundo a denúncia, o pastor responsável pelo culto, Luiz de Jesus, usou uma adolescente de 13 anos para realização de uma suposta 'cura gay', ao dizer que estava tirando o 'demônio' do corpo da menina.

Em entrevista ao g1, o pastor Luiz negou todo o teor da denúncia, afirmando que não houve nenhuma ação relacionada a discriminação.

"Na minha igreja, talvez ninguém sabe, tem casal de homossexual que é meu amigo, eu tenho acho que cinco ou seis homossexuais na minha igreja". E complementou: "Estão desvirtuando a coisa, estão jogando para outro lado. Eu não tenho nada contra ninguém" (veja mais detalhes do posicionamento abaixo) .

O vídeo com imagens da adolescente foi postado no perfil da igreja, que possui quase 440 mil seguidores somente no Instagram. Mas a fala do pastor gerou grande repercussão negativa pelo conteúdo. Entre as expressões usadas pelo pastor que causaram debate nas redes sociais estão:

"Um demônio que gritou e disse assim: 'muda seu sexo'. Mas a vontade é cortar o cabelo e deixar igual o meu".

"Jesus gritou na minha alma vai casar com homem, vai ter filhos. A partir de hoje vai se vestir igual mulher. Porque Jesus arranca o demônio lá de dentro agora".

A família envolvida na situação não terá os nomes e imagens divulgados nesta reportagem. No vídeo, o pastor perguntou para a mãe o que a menina teria dito com relação à sexualidade. Segundo a mãe, a adolescente teria afirmado que teve um pesadelo em que teria desejo por mulheres.

O pai também chegou a afirmar que a menina teria sentimento por colegas e que a família estava em fase de aceitação sobre a situação. O pastor, por sua vez, diz que, a partir daquele momento, veria a menina com itens femininos.

Com a oração, as frases de efeito do pastor e o depoimento dos pais, a menina, aos prantos, disse: "A partir de hoje, a minha vida é mudada. Eu sou mulher e eu aceito o que Deus tem para mim".

O vídeo foi gravado no dia 26 de novembro e postado no dia seguinte, segundo o pastor Luiz. A publicação teve grande número de comentários negativos sobre a ação. Por isso, o pastor informou que, algumas horas depois, resolveu apagá-lo. Inclusive, o próprio Instagram teria avisado à conta da igreja sobre problemas com os comentários da publicação, mesmo após a exclusão do vídeo.

Em entrevista ao g1, o pai da adolescente afirmou que a edição do vídeo, feita pela própria igreja, gerou um entendimento errado do contexto do culto, mas afirmou que por serem cristãos, a família vive conforme os ensinamentos da Bíblia. Ele destacou que quando o pastor fala de 'demônios', não diz respeito à homossexualidade, mas às figuras que a filha estava vendo em pesadelos.

"A questão lá era da insônia, que ela estava sem dormir há uns três ou quatro meses, ela acordava no meio da noite com pesadelos. De repente ela foi lá na frente e pediu uma oração [...] Em nenhum momento foi aliada a palavra demônio com escolha sexual", afirmou o pai.

Ele também afirmou respeitar a atuação do Coletivo que denunciou a situação ao Ministério Público, mas citou que o episódio religioso que envolveu sua filha está dentro do direito de culto, previsto na Constituição Federal.

"Acho que eles estão no papel deles, senão eles não estariam na política. Eles têm uma bandeira, que é defender a diversidade sexual. [...] Só que eles têm que entender que existe o direito de culto, porque senão nós não estaríamos na igreja se a gente não concordar com a Bíblia", completou.

Denúncia feita pelo Coletivo SOMOS

O Coletivo SOMOS (PT) protocolou no Ministério Público, no dia 29 de novembro, uma denúncia contra o pastor a respeito do que ocorreu no culto com a adolescente e também sobre a possível prática de curandeirismo, relativa a outro vídeo, em que uma idosa vomita em um balde e o pastor diz que ela 'vomitou o câncer'.

Para o Coletivo, o pastor utiliza discursos que associam a orientação sexual à possessão demoníaca, tratando-a como uma condição a ser "corrigida" por intervenção divina. Também estaria promovendo a violação de direitos contra a comunidade LGBTQIA+ com discursos homofóbicos.

A divulgação dessas práticas reforça discriminações e agrava o sofrimento psicológico da comunidade LGBTQIA+, além de colocar vidas em risco ao sugerir curas milagrosas para doenças graves como o câncer", disse José Eduardo de Azevedo, membro do Coletivo SOMOS.

A denúncia, destacou o Coletivo, está fundamentada na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e no Código Penal e ressalta a gravidade das violações pois os vídeos têm ampla circulação nas redes sociais.

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) informou que recebeu, via Ouvidoria, a representação acerca da possível prática de violação aos direitos fundamentais. A reclamação foi encaminhada, na forma de notícia de fato, para a 15ª Promotoria de Justiça da Capital, que atua na área de defesa dos Direitos Humanos Fundamentais e Minorias. Na sexta-feira (6) o MPTO informou que o caso tramita dentro dos prazos.

Pastor nega possível 'cura gay' e homofobia

O pastor Luiz afirmou, durante entrevista ao g1, que não tem nada contra a comunidade LGBTQIA+ e que a própria igreja evangélica é frequentada por pessoas desse público.

"O que aconteceu lá não foi cura, uma cura gay como estão dizendo, uma cura homossexual. O vídeo está cortado, eu tenho o vídeo completo. E assim, na minha igreja, talvez ninguém sabe, tem casal de homossexual é meu amigo, eu tenho acho que cinco ou seis homossexuais na minha igreja. Então, tipo assim, eu não sou um pastor homofóbico como estão dizendo. Eu não postei para ganhar like nem nada. E na nossa igreja nós respeitamos todo mundo", se defendeu.

O pastor também explicou que o vídeo está sendo tirado do contexto que realmente ocorreu. "Estão desvirtuando a coisa, estão estão jogando pro outro lado. Eu não tenho tenho nada contra ninguém. E a minha defesa que eu falo pra vocês é que eu não fiz nada de errado".

Após oito horas da publicação do vídeo com a adolescente, Luiz acabou excluindo o vídeo, e explicou que tomou essa decisão por causa da repercussão.

"Estava tendo muito comentário negativo, né? Muito comentário negativo, tem gente falando besteira e tal, aí eu fui e apaguei. Só que o vídeo foi postado com a autorização do pai, da mãe, da menina e de todo mundo. Inclusive eles se pronunciaram. Eu tenho o vídeo deles se pronunciando e se quiser procurar eles também pra falar, eles falam e são felizes, a menina está uma benção", ressaltou o pastor.

Sobre a questão de ter dito a expressão 'tirar o demônio', Luiz explicou que se referiu a tirar o demônio de dentro do quarto da adolescente, mas que, segundo ele, não apareceu no vídeo por causa da edição feita pela própria igreja para a postagem nas redes sociais.

Quando eu falo do demônio é de dentro do quarto dela que ela não estava dormindo direito. Não é nada a ver do demônio de homossexualismo que povo está falando não. Aí o demônio estava dentro do quarto dela, tirando a paz dela. Ela não dormia direito há muito tempo. Tudo que eu estou falando eu tenho o vídeo completo", disse.

Com relação à expressão de que a menina iria usar apenas roupas femininas, Luiz não negou a fala, mas explicou que foi uma queixa da menina e dos pais.

"No vídeo fala assim, ela queria cortar o cabelo curto igual o meu e usar roupa de homem. Inclusive quando ela chegou da escola no outro dia, ela arrancou todas as roupas de homem e está usando está usando roupa de mulher agora, entendeu?", afirmou.

Questionado sobre a repercussão negativa, o pastor Luiz afirmou que não esperava a quantidade de comentários condenando o vídeo com a adolescente. "Eu estou mal com essa situação. Não estou feliz. Não dormi direito. Eu tenho ameaça de morte aqui, de gente querendo vir na minha casa para me matar", lamentou.

Com relação à denúncia do Coletivo SOMOS, o pastor explicou que vai esperar ser notificado para poder dar as explicações necessárias.

"Eu acho que não tem nada ali que vai acabar me afetando, afetando igreja não. Eu acho, na minha opinião, mas se eles quiseram fazer, amém. Deixa eles fazerem. A Justiça está aí pra isso, né? Eu não me preocupo não. Eu fiquei chateado só por conta dos falatórios mesmo, mas em questão da justiça, não", ponderou.

Com relação à denúncia de curandeirismo, o pastor Luiz também negou que a prática, afirmando que a medicina e a fé curaram a fiel. "Eles procuraram a medicina depois da oração e ela está curada. Ela vomitou no altar depois fez o exame e está curada. O que nós vamos questionar?", destacou, afirmando que não desencoraja nenhum dos fiéis a tomarem medicamentos se são necessários.

Morre influencer e empresária Lili Spada, aos 42 anos

Lilian Martins Gomes estava enfrentando um problema de saúde, que não foi especificado por sua equipe

Lili Spada, 42 anos

Lili Spada, 42 anos (Reprodução / Redes Sociais)

Lilian Martins Gomes, mais conhecida como Lili Spada, morreu aos 42 anos.

A influencer e empresária de estética estava enfrentando um problema de saúde, que não foi especificado por sua equipe.

A influenciadora Mari Menezes, amiga e cliente de Lili, disse que a empresária foi diagnosticada com um tumor recentemente, mas não deu mais detalhes. "O céu acordou em festa e nós aqui em luto! Uma amiga minha tão especial hoje se foi, nem consigo acreditar! A vida é um sopro, mesmo, aproveite hoje, fale o quanto você ama hoje porque, quando você menos espera, as pessoas se vão. Ela sempre cuidou tão bem de mim, era muito saudável e, do nada, descobriu um tumor. Meus sentimentos eternos, Ercole Spada Neto (marido de Lili). Vocês para sempre serão vivos em nossos corações", declarou a influencer.

Dani Souza, empresária de Lili, também se despediu. "Você partiu. Não estou conseguindo acreditar nisso! Que dor horrível estou sentindo! Você sempre existirá assim no meu coração. Te amo muito, amiga", lamentou, mostrando também um vídeo onde as duas se abraçam em um dos encontros na clínica de Spada.

No dia 20 de novembro, a equipe de Lili anunciou que a influencer estava enfrentando um "momento difícil" relacionado à saúde. "Olá, pessoal, passamos por aqui para compartilhar uma atualização importante. A Lili está passando por um momento delicado de saúde e, por isso, precisará se afastar das redes sociais por tempo indeterminado. Ela sempre foi muito transparente com vocês e mantém todo o carinho por cada pessoa que acompanha sua jornada. Neste momento, o foco está totalmente em sua recuperação. Contamos com a compreensão de todos e pedimos que enviem energias positivas e orações para ela. Agradecemos imensamente por todo o apoio e por fazerem parte dessa comunidade tão especial. Com carinho, Equipe Lili Spada", dizia a nota.

A empresária era dona do centro de estética Lili Spada Hidrolipo e sócia do Centro Brasileiro de Hidrolipo, maior do setor na América Latina. "Em razão do falecimento de Lili Spada, estaremos fechados até o dia 6 de dezembro. Retornaremos às atividades na segunda-feira, dia 9 de dezembro. Nossos corações estão em luto", dizia o comunicado divulgado pelo Centro.

O corpo de LIli foi velado e sepultado no Funeral Morumbi, em São Paulo, na última quarta-feira (4).

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Influencer investigada por homicídio é presa suspeita de simular sequestro de namorado para extorquir dinheiro

Segundo a Polícia Civil, o casal tentou extorquir tios e a mãe do rapaz. O dinheiro do 'resgate' chegou a ser usado para pagar aluguel

A influenciadora digital Yeda Freitas foi presa suspeita de ajudar a simular o sequestro do namorado em Aparecida de Goiânia (Reprodução/Redes sociais)

A influenciadora digital Yeda Freitas foi presa suspeita de ajudar a simular o sequestro do namorado em Aparecida de Goiânia (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil prendeu a influencer Yeda Freitas e o namorado Gabriel Felipe Arantes suspeitos de simularem um sequestro para extorquir dinheiro de familiares do rapaz. Inclusive, a influencer já foi presa por um suposto envolvimento no assassinato de um homem por causa de uma dívida de drogas.

O POPULAR não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos para um posicionamento até a última atualização desta matéria.

O casal foi preso em flagrante pelo Grupo de Repressão a Roubos, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Aparecida de Goiânia, na última terça-feira (5). Yeda Freitas e Gabriel Felipe Arantes passaram por audiência de custódia e tiveram suas prisões convertidas em preventiva. As investigações do caso seguem sob sigilo.

O caso foi informado à polícia por familiares do suspeito que contaram aos agentes que estavam recebendo mensagens, pelo aplicativo WhatsApp, que diziam que Gabriel teria sido pego por policiais não identificados saindo de um motel com drogas e dirigindo embriagado. E para que ele não fosse preso e levado para delegacia, teria que pagar a quantia de R$ 1 mil.

De acordo com a PC, um tio do suspeito chegou efetuar a transferência no valor de R$ 1 mil para a conta, com receio da situação envolvendo o sobrinho. Em relato aos policiais, o tio contou que uma das mensagens recebidas era de visualização única e nela tinha uma foto do suspeito em pé com as mãos para trás, em frente a um veículo Nissan Kicks.

Mesmo após o pagamento da primeira quantia, as mensagens de extorsão continuaram sendo encaminhadas para outro tio do suspeito exigindo dinheiro para que ele não fosse preso. Inclusive, a própria mãe de Gabriel chegou a receber mensagens dizendo que o filho ainda estava em poder dos policiais e exigia que fizesse mais uma transferência na quantia de R$ 1 mil.

Em depoimento, na delegacia, Gabriel Felipe Arantes confessou aos policiais que chegou a usar o dinheiro recebido para pagar o aluguel do apartamento onde morava com Yeda Freitas. Inclusive, chegou a sair com a namorada para um bar.

Após diligências, os policiais localizaram Yeda e Gabriel em um apartamento onde foram presos em flagrante. Além dos suspeitos, a PC apreendeu três aparelhos telefônicos.

Antecedentes criminais

Yeda Freitas foi presa por ser cúmplice do crime (Reprodução/Redes Sociais)

Yeda Freitas foi presa por ser cúmplice do crime (Reprodução/Redes Sociais)

A influenciadora Yeda Freitas, 31 anos, responde na Justiça a outro processo criminal, por um suposto envolvimento no assassinato de um homem por causa de uma dívida de R$ 250 mil referente à venda de uma "central de distribuição de cocaína". A mulher chegou a ser presa em maio de 2023 e solta em julho do mesmo ano.

No caso em questão, a influenciadora teria feito pagamentos de R$ 6 mil através de sua conta bancária à vítima pela venda de um ponto de distribuição de cocaína. O comprador do point era seu ex-namorado, Antônio Luiz de Souza Filho, vulgo Toinzinho, suspeito de ter matado Douglas Henrique Silva a tiros em março de 2022.

Na época, a Polícia Civil explicou que Yeda e o ex-namorado participavam de um esquema de cocaína do qual ela era financeiramente beneficiária.

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Polícia faz megaoperação para prender cerca de 50 pessoas suspeitas de aplicar golpes e até usar dados de influencer

Mandados estão sendo cumpridos em Goiânia e em outras nove cidades

undefined / Reprodução

Uma megaoperação da Polícia Civil (PC) cumpre nesta quinta-feira (7), quase 50 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa suspeita de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Além dos mandados, há o sequestro de R$ 7 milhões.

Como o nome dos suspeitos não foi divulgado, o POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

Segundo a PC, a investigação teve início após os suspeitos usarem dados de uma famosa modelo e digital influencer de Santa Catarina para aplicar o golpe do novo número contra sua mãe, uma idosa que teve prejuízo de R$ 125 mil.

Os mandados estão sendo cumpridos em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade, Porangatu, Jaraguá, Santa Helena, Britânia, Magé (RJ) e Barra do Garças (MT). Ao todo, 250 policiais civis estão mobilizados na ação, que, segundo a Polícia Civil, é a maior operação realizada neste ano.

Operação da Polícia Civil deflagrada nesta quinta-feira (7) (Divulgação/Polícia Civil)

Operação da Polícia Civil deflagrada nesta quinta-feira (7) (Divulgação/Polícia Civil)

Primeira fase da operação

A operação "Paenitere", deflagrada nesta quinta-feira, está em sua segunda fase. Em fevereiro de 2022, a PC cumpriu 13 medidas cautelares em desfavor de criminosos que vinham aplicando o golpe do novo número para conseguir dinheiro de amigos e familiares de uma pessoa.

De acordo com a PC, a mãe da influencer realizou transferências bancárias e até contraiu empréstimos a pedido dos suspeitos, que fingiram ser a modelo, usando um número em um aplicativo de mensagens. A PC identificou que o grupo usou seis contas, de seis CPFs diferentes, para aplicar os golpes.

Pelas investigações, que tiveram início em junho de 2021, o grupo criminoso está presente, além de Goiás, em outros estados brasileiros.