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Defesa de policial militar preso após confusão em bar diz que manutenção de prisão é desproporcional

Sargento foi preso suspeito de atirar para cima e agredir colegas de farda

Modificado em 26/12/2024, 20:35

Segundo o boletim de ocorrência, o homem que aparece nas imagens cometendo as agressões se trata de um policial militar

Segundo o boletim de ocorrência, o homem que aparece nas imagens cometendo as agressões se trata de um policial militar (Reprodução/TV Anhanguera)

A defesa do policial militar Victor Lemes Vaz, de 36 anos, diz que a manutenção da prisão dele reflete "um tratamento desproporcional". O sargento foi preso suspeito de atirar para cima e agredir colegas de farda chamados para conter uma confusão em um bar de Goiânia. Ao passar por audiência de custódia, ele teve a prisão convertida em preventiva.

Fabrício Póvoa, advogado do policial, acredita que o tratamento desproporcional à que se refere muitas vezes é influenciado pela exposição midiática do caso e pelo fato de Victor ser policial militar. O defensor aponta ainda que a absolvição pelo Tribunal do Júri em caso anterior não pode e não deve ser desvirtuada ou utilizada de forma inadequada para influenciar o caso atual (leia íntegra ao final da reportagem) .

Victor Lemes Vaz foi um dos acusados de matar o jovem Douglas Araújo da Silva, de 19 anos, com 15 tiros em Anápolis, em abril de 2022.

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Confusão em bar

A confusão aconteceu no fim da noite do último domingo (22) em um bar que fica na rua João Pessoa, no bairro Alto da Glória. A Polícia Militar (PM) foi acionada após o sargento, que estava de folga, sacar uma arma de fogo e atirar para cima.

Ao chegar no local, os policiais inicialmente conversaram com o suspeito, que não acatou a ordem dos militares, tendo empurrado e ofendido com palavrões os agentes. Ao ser dada voz de prisão, foi preciso ser usada força física para conter o sargento Victor Lemes.

De acordo com a PM, ele estava carregando um revólver calibre 38, o qual foi apreendido e deixado na Corregedoria da Polícia Militar do estado de Goiás. Em nota, a PM informou que o sargento Victor Lemes foi autuado em flagrante, preso e encaminhado ao Presídio Militar (veja íntegra do posicionamento ao final da reportagem) .

Manutenção da prisão

Na decisão proferida em audiência de custódia realizada no último dia 24, o juiz Flávio Fiorentino de Oliveira afirmou que em casos de disparo de arma de fogo, é necessária a "ação enérgica estatal", com o objetivo de preservar a ordem pública, diante da prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria e do perigo gerado pela liberdade de Victor Lemes Vaz.

O magistrado também ressaltou que a prisão cautelar se justifica para assegurar a aplicação da lei penal, uma vez que o policial não comprovou residência fixa e nem o exercício de atividade laboral lícita antes de sua prisão. O juiz Flávio Fiorentino de Oliveira destacou ainda que a prisão, por ora, é medida imprescindível.

Absolvição de processo anterior

Os policiais militares Victor Lemes Vaz e Rodrigo Troiani Ruela foram acusados de matar o jovem Douglas Araújo da Silva, de 19 anos, em abril de 2022. Os dois foram absolvidos em júri popular, que entendeu que os dois agiram em legítima defesa. O julgamento aconteceu no último dia 5, ocasião em que o juiz Lázaro Martins Júnior determinou que os policiais fossem colocados em liberdade.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), o crime teria acontecido quando Douglas ia para a casa de um amigo levar uma pistola de brinquedo, usada em airsoft. No caminho, foi parado por uma viatura da PM, em que estavam o sargento Victor Lemes Vaz e o cabo Rodrigo Troiani, e não esboçou nenhuma reação.

Os policiais disseram em depoimento que abordaram Douglas porque viram um volume suspeito por baixo da camiseta do rapaz. Na versão dos PMs, quando pediram para levantar a roupa, Douglas sacou a arma e fez menção de atirar.

Diante disso, os PMs alegaram ter agido "na antecipação do confronto" e efetuaram 16 disparos contra Douglas. Mesmo depois do jovem cair ao chão, os policiais continuaram atirando e 15 tiros atingiram a vítima.

Presos desde março de 2023, em outubro passado houve a pronúncia que mandou os PMs para o júri popular. Eles eram acusados de homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, na forma consumada.

Nota de defesa Victor Lemes Vaz

"Fabrício Póvoa, defensor de Victor Lemes, informa que questionará a decisão que manteve a prisão preventiva de seu cliente, proferida de forma genérica. A defesa entende que a manutenção da prisão reflete um tratamento desproporcional, muitas vezes influenciado pela exposição midiática pelo fato de Victor ser policial militar, o que desvirtua o devido processo legal. O caso atual trata de um fato isolado, que não condiz com a trajetória profissional de Victor, marcada pela dedicação à segurança pública e pela promoção por atos de bravura em defesa da sociedade. Fabrício Póvoa destaca, ainda, que a absolvição pelo Tribunal do Júri, em um caso anterior, não pode e não deve ser desvirtuada ou utilizada de forma inadequada para influenciar o caso atual.

Fabrício Póvoa Defensor de Victor Lemes"

Veja a nota da Polícia Militar na íntegra:

"A respeito da ocorrência registrada em um Bar no Setor Alto da Glória, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) informa que os dois militares envolvidos foram detidos e prontamente encaminhados à Corregedoria da PM para as providências cabíveis de acordo com as condutas individuais praticadas, sendo autuados em flagrante, presos e encaminhados ao Presídio Militar, onde permanecem à disposição da justiça. A PMGO reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros, e o caso será apurado com o rigor devido."

Assessoria de Comunicação / 5ª Seção do Estado-Maior Estratégico da PMGO"

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Médico é preso suspeito de abusar de paciente durante exame ginecológico

Segundo Polícia Civil, investigado possui registros criminais por estupro, atentado violento ao puder e assédio sexual. Durante a prisão, ele negou os crimes e disse que mulheres querem "dar ibope" na cidade

Modificado em 20/03/2025, 07:10

À polícia, vítima contou que suspeito fez movimentos 'incompatíveis" durante o toque vaginal

À polícia, vítima contou que suspeito fez movimentos 'incompatíveis" durante o toque vaginal (Divulgação/PC-GO)

Um médico foi preso suspeito de abusar sexualmente de uma paciente de 21 anos durante o exame ginecológico em um hospital de Vicentinópolis, no sul de Goiás. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o homem é investigado pelos crimes de violação sexual mediante fraude e importunação sexual.

A reportagem entrou em contato com a defesa do suspeito e com o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), mas houve retorno até a última atualização desta reportagem.

A PC informou que a ocorrência foi feita pela própria vítima. De acordo com a jovem, durante o procedimento do toque vaginal, o médico fez diversas perguntas de cunho sexual. Ele teria indagado se a vítima sentia "orgasmo" com os movimentos que era " feito por ele e "se, durante a relação sexual, ela chegava ao orgasmo".

Além disso, ele teria sugerido "introduzir o pênis na vítima", ao insistir que "se colocasse o pênis na vítima poderia fazer a vítima ter um orgasmo". A PC destacou que os toques e movimentos relatadas pela jovem eram "incompatíveis com a realização técnica do exame".

Reincidente

A investigação revelou ainda que o médico tem registros criminais por estupro, atentado violento ao puder e assédio sexual. A PC destacou que na mesma semana da importunação sexual contra a jovem, o médico teria também assediado sexualmente uma servidora municipal que trabalha na mesma unidade de saúde que ele. Esse caso também está sendo investigado.

A partir da ficha criminal e dos novos relatos contra o suspeito, a polícia acredita que há outros casos e trabalha para identificar possíveis novas vítimas desse médico.

Levantamentos policiais indicam que podem existir outras vítimas do médico, que por medo de represálias, devido à posição social do agressor, não denunciaram. Nesse sentido, foi representado pela prisão preventiva do abusador, acatada pelo Judiciário, após ouvido o MP [Ministério Público]", cita trecho do comunicado da polícia.

Durante a prisão, aos policiais, o suspeito negou os crimes e alegou que as denúncias foram feitas por ele ser médico e que os relatos de abusos sexuais seriam uma tentativa das vítimas de "dar ibope" na cidade. Ele foi encaminhado para o presídio de Pontalina, também no sul goiano, a cerca de 50 km de Vicentinópolis.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Vicentinópolis para obter informações se a administração não faz uma análise prévia para a contratação de servidores, especificamente para a área de saúde, e qual será a medida tomada em relação ao servidor público, mas não houve retorno.

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Homem é preso por esfaquear companheira e ir esperar vítima receber alta de hospital, diz PM

Vítima teve ferimentos no braço e pescoço. Equipe médica do hospital informou à Polícia Militar sobre a localização do suspeito

Modificado em 11/03/2025, 16:45

Viaturas da Polícia Militar

Viaturas da Polícia Militar (Reprodução/2º BPM)

Um homem de 36 anos foi preso por suspeita de tentar matar a própria companheira com golpes de arma branca. O crime aconteceu em Guaraí, na região centro-norte do estado. Após a agressão, o suspeito teria ficado nas proximidades do hospital esperando a vítima receber alta, segundo a polícia.

Conforme a Polícia Militar (PM), a vítima tem 40 anos e sofreu perfurações no braço e no pescoço. Ela deu entrada no Hospital Regional de Guaraí na segunda-feira (10).

A PM foi chamada pela equipe do hospital, informando que o suspeito estava nas proximidades da unidade de saúde esperando a mulher receber alta e sair. Após buscas na região, o homem foi localizado na Praça do Povo e acabou preso.

Suspeito e vítima foram levados para a Central de Flagrantes do município. Segundo a PM, o suspeito tem várias passagens pela polícia, incluindo lesão corporal, ameaça, danos, furto e descumprimento de medida protetiva.

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Três pessoas são suspeitas de registrar falso roubo de caminhão e semirreboque para receber seguro, diz polícia

Dois homens e uma mulher foram indiciados após investigação da 91ª Delegacia de Araguaçu. Eles teriam mentido em depoimentos, segundo a polícia

Viatura da Polícia Civil do Tocantins

Viatura da Polícia Civil do Tocantins (Divulgação/Polícia Civil do Tocantins)

Dois homens e uma mulher foram indiciados por suspeita de tentarem dar o 'golpe do seguro'. De acordo com a polícia, eles teriam informado, de forma falsa, o roubo de um caminhão-trator e semirreboque na TO-343, em Araguaçu, depois pedido para a seguradora para receber o dinheiro. O grupo vai responder por estelionato, falsa comunicação de crime e associação criminosa.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados por isso a reportagem não conseguiu contato da defesa.

De acordo com a Polícia Civil, o caso começou a ser investigado pela 91ª Delegacia de Araguaçu após um motorista de caminhão registrar uma ocorrência de assalto na rodovia. Ele relatou que na noite de 22 de maio de 2022 foi abordado por uma caminhonete com homens armados, que o obrigaram a parar o caminhão. Ao parar, o veículo teria sido levado pelos criminosos.

Pouco tempo depois, o motorista foi até a 13ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Alvorada, e disse que caminhão trator havia sido encontrado e recuperado pela Polícia Militar na cidade de Figueirópolis, mas o semirreboque ainda estava desaparecido.

Durante a investigação foi descoberto que o mesmo veículo tinha outros dois registros de roubo: um do dia em 4 de março de 2021, em Paranaíba (MT), e outro de 4 de outubro do mesmo ano, em Jussara (GO).

A Polícia Civil ainda descobriu que na época dos primeiros roubos um homem e uma mulher se apresentaram como donos do caminhão-trator e do semirreboque. Durante as investigações do roubo no Mato Grosso, os dois teriam alegado que venderam o conjunto mecânico para uma transportadora no início de 2022.

Ainda segundo a polícia, o veículo agora está em nome de uma transportadora do Mato Grosso, que tentou pedir o seguro pelo roubo do semirreboque, mas a seguradora não liberou por haver indícios de fraude no pedido.

A investigação também descobriu que o motorista que alegou ter sido assaltado na rodovia tocantinense teria envolvimento com simulações de sinistros e pedidos de indenização fraudulentos e responde a uma ação penal na Comarca de Goiânia (GO).

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o delegado Bruno Boaventura, titular da 91ª DP, explicou que a mulher e o homem mentiram com relação à venda dos veículos e por afirmarem que não conheciam o motorista. Para a polícia, filho da mulher e o motorista possuem 'vínculos criminosos'.

A polícia credita que os três fazem parte de uma associação criminosa que tinha como objetivo simular furtos e roubos de veículos para conseguir vantagens, o que caracteriza o 'golpe do seguro'.

O inquérito foi concluído com o indiciamento dos três suspeitos. O procedimento foi remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para a adoção das medidas legais cabíveis.

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Familiares de mulher assassinada há oito anos revelam decepção: 'Tinha esperança de encontrar ela viva', diz irmã

Manoel Pereira da Silva foi condenado em 2024, quando ainda estava foragido. Ele foi localizado em uma fazenda de Paranã e levou os policiais até o lugar onde escondeu o corpo da companheira

Modificado em 28/02/2025, 12:55

Rosilene Duarte da Silva foi assassinada pelo companheiro em 2017 (Arquivo pessoal)

Rosilene Duarte da Silva foi assassinada pelo companheiro em 2017 (Arquivo pessoal)

Após quase oito anos, a família da empregada doméstica Rosilene Duarte da Silva teve informações sobre o paradeiro dela. O companheiro dela, Manoel Pereira da Silva, condenado a 17 anos de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver cometidos em 2017, foi preso nesta quarta-feira (26) . Na ação, ele contou aos policiais onde escondeu o corpo, que vai passar por exame de DNA para comprovar a identidade.

A denúncia do Ministério Público afirma que além de matá-la, Manoel ainda se passou por Rosilene utilizando o celular dela em conversas com parentes, para simular que ela ainda estava viva. O homem foi condenado pelo crime em 2024, mas até esta quarta-feira (26) não tinha revelado onde estava o corpo. Por isso a família esperava encontrar Rosilene com vida.

Ele mentia tanto que não dava para acreditar nele. Tantas coisas que ele dizia que a gente achava que era verdade. A gente ainda tinha esperança de encontrar ela viva. Mas já que encontrou ela desse jeito, agora é aceitar", afirma Rosângela Duarte da Silva, irmã da vítima.

Rosângela afirma que nos primeiros seis meses após o crime, Manoel ainda mantinha contato com a família, negava o crime e contava várias versões do que poderia ter acontecido. "Depois ele foi se afastando. Mas minha mãe confiava muito nele. Tanto que até hoje ela não acreditava que ela tinha morrido, nem que ele tinha feito isso com ela", contou.

A defesa de Manoel afirmou que acompanhou o cumprimento do mandando de prisão para garantir os direitos e a integridade. Sobre ele ter indicado o local onde ocultou o corpo, a defesa informou que não vai se pronunciar, pois não teve acesso aos autos (veja nota na íntegra no fim da reportagem).

Ainda segundo a irmã, o relacionamento de Rosilene e Manoel era conturbado,marcado por muitas brigas, mas ele contornava a situação e os dois continuavam juntos.

"No relacionamento deles sempre havia briga, mas se você olhasse para ele nunca dizia que era uma pessoa perigosa. Ninguém desconfiava dele. Era o homem perfeito, que toda mulher queria ter e dava tudo pra ela", comenta Rosângela.

A família foi informada que nos próximos dias será colhido o material genético da mãe de Rosilene para fazer o exame de DNA e comprovar a identidade. Rosilene deixou dois filhos, hoje com 20 e 26 anos.

Restos mortais de vítima foram encaminhados para o IML (Polícia Civil/Divulgação)

Restos mortais de vítima foram encaminhados para o IML (Polícia Civil/Divulgação)

Relembre o caso

Manoel Pereira estava foragido desde a condenação em novembro de 2024. Ele foi localizado pela Polícia Civil escondido em uma propriedade rural de Paranã. Com ele foram apreendidas armas de fogo. Durante o flagrante, ele contou que havia deixado o corpo de Rosilene em um local às margens da TO-374.

Junto com Manoel, um homem de 36 anos foi detido e se identificou como dono de uma espingarda que foi apreendida pela polícia. Depois de pagar fiança o homem foi liberado para responder em liberdade.

A área indicada é de difícil acesso e os policiais da 3ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP - Gurupi), com apoio da 8ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Gurupi) e da 8ª Delegacia Regional de Dianópolis, conseguiram encontrar ossos humanos que foram encaminhados à sede do Instituto Médico Legal para passar por exames.

Na denúncia, o Ministério Público apontou que Manoel a matou com um objeto cortante e após o crime escondeu o corpo em Dueré.

O réu foi denunciado pelos crimes no ano de 2022 e o julgamento aconteceu no dia 8 de novembro de 2024. Considerado foragido, Manoel não participou do julgamento e, na época, foi expedido o mandado de prisão para início do cumprimento da pena em razão dos crimes de homicídio qualificado por feminicídio, ocultação de cadáver e descumprimento de medidas protetivas de urgência.

Prisão de condenado por morte de companheira aconteceu em Paranã (Polícia Civil/Divulgação)

Prisão de condenado por morte de companheira aconteceu em Paranã (Polícia Civil/Divulgação)