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Delivery de comida via drone? iFood começa testes após autorização da Anac

Autorizações foram concedidas para Speedbird e AL Drones, que vão operar o serviço

Modificado em 24/09/2024, 00:33

Drone carrega malote de entrega do iFood

Drone carrega malote de entrega do iFood (Divulgação)

A plataforma de encomendas de refeições por aplicativo iFood recebeu aval da Anac (Agência Nacional Aviação Civil) para voos experimentais com drones, que serão usados num modelo híbrido com outros modais para reduzir o tempo das entregas.

As autorizações foram concedidas para a Speedbird e a AL Drones, que vão operar o serviço com drones.

A previsão é de que os primeiros voos experimentais sejam realizados em outubro. Mas os drones não farão entregas nas casas dos clientes. Pelo menos ainda. Por ora, a tecnologia fará a primeira parte da rota das entregas, que será finalizada por um entregador com moto, bike ou patinete.

Uma primeira etapa do uso de drones será feita na cidade de Campinas, interior paulista. Uma rota de 400 metros entre a praça de alimentação em um shopping center e uma estrutura dentro do iFood no empreendimento vai roteirizar os pedidos. A entrega deve levar em média 2 minutos, um trecho que percorrido a pé leva 12 minutos, segundo a empresa. A partir daí, a última parte do trajeto é feito pelos entregadores.

"Nosso objetivo primário é utilizar o drone para trazer mais eficiência para a operação logística", disse o vice-presidente de Logística do iFood, Roberto Gandolfo.

Uma segunda rota de voo também em caráter experimental fará o trajeto de 2,5 quilômetros entre o centro do iFood no shopping e um complexo de condomínios próximo. A expectativa é de que o percurso seja feito em 4 minutos com drone, em vez dos 10 minutos pelos modais usados hoje.

O movimento acontece no momento em que estabelecimentos como restaurantes e bares buscam cada vez mais o comércio eletrônico como meio de aliviar a grave perda de receita após ficarem fechados nos últimos meses em meio às medidas de isolamento social para combater o avanço da pandemia da Covid-19.

Segundo o iFood, o número de restaurantes cadastrados no serviço subiu de cerca de 160 mil em março para 212 mil em junho, enquanto o número de entregas mensais feitas passou de 30 milhões para 39 milhões no período.

Autorizações da Anac para operar em larga escala dependerão em parte dos resultados desta primeira fase da operação. Mas o iFood já mapeou cerca de 200 cidades no Brasil onde poderá replicar o modelo, se ele se mostrar bem sucedido.

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Anac suspende operações da Voepass por falta de segurança

Segundo Anac, suspensão é provisória até que a companhia comprove 'capacidade de garantir o nível de segurança'

Modificado em 11/03/2025, 17:37

Anac suspende operação aérea da Voepass a partir desta terça (11)

Anac suspende operação aérea da Voepass a partir desta terça (11) (Divulgação/Voepass)

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu, a partir desta terça-feira (11), as operações aéreas da Voepass, companhia formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas.

Segundo a Anac, a suspensão será mantida até que a empresa comprove a correção de "não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão previstos em regulamentos".

Os passageiros afetados pelo cancelamento de voos devem procurar a empresa ou agências de viagem responsáveis pelas vendas de passagens para reembolso ou reacomodação em outras companhias.

A Voepass possui seis aeronaves e a operação da companhia incluía 15 localidades com voos comerciais e duas com contratos de fretamento.

"A decisão da Anac decorre da incapacidade da Voepass em solucionar irregularidades identificadas no curso da supervisão realizadas pela agência, bem como da violação das condicionantes estabelecidas anteriormente para a continuidade da operação dentro dos padrões de segurança exigidos", diz nota da Anac.

Após o acidente aéreo ocorrido no dia 9 de agosto do ano passado, em Vinhedo (SP), foi implantada uma operação assistida de fiscalização da Anac nas instalações da companhia. Funcionários da agência acompanharam os trabalhos de operação e manutenção da empresa para verificar as condições necessárias à garantia da segurança.

A queda do voo 2283, que fazia a rota entre Cascavel (PR) e Guarulhos (SP), causou a morte de 62 pessoas. O desastre foi o mais letal do país desde 2007, quando um acidente com o voo 3504 da TAM nos arredores do aeroporto de Congonhas deixou 199 mortos, e um dos dez piores já registrados no Brasil.

Em outubro de 2024 a Anac exigiu a redução da malha da companhia, o aumento do tempo de solo das aeronaves para manutenção, a troca de administradores e a execução de plano de ações para a correção de irregularidades.

De acordo com a Anac, no final do mês passado, após nova rodada de auditorias, foi identificada a "degradação da eficiência do sistema de gestão da empresa em relação às atividades monitoradas e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela agência".

Além disso, foi constatada a reincidência de irregularidades apontadas e consideradas sanadas pela agência nas ações de vigilância e fiscalização anteriores e a falta de efetividade do plano de ações corretivas.

"Ocorreu, assim, uma quebra de confiança em relação aos processos internos da empresa devido a evidências de que os sistemas da Voepass perderam a capacidade de dar respostas à identificação e correção de riscos da operação aérea", reforça a agência.

No início de fevereiro, a companhia protocolou, na Justiça de São Paulo, um pedido de tutela preparatória para reestruturação de dívidas de curto prazo e organização do fluxo de caixa.

A medida foi vista como um passo para uma eventual apresentação de recuperação judicial. De acordo com a empresa, o pedido tem como objetivo renegociar dívidas e organizar passivos.

Na ocasião, a Voepass afirmou, em nota, que foi impactada pela queda do voo 2283. A empresa também citou as restrições operacionais causadas pela pandemia, aumento do custo operacional e alto valor de leasing (que funciona como um aluguel de aeronaves).

A Voepass ainda não comentou a decisão da Anac.

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Goiânia Restaurant Week reúne quase 40 casas com opções de pratos vegetarianos

6ª edição do festival começa nesta sexta-feira (20) e segue até 20 de outubro. Além das opções tradicionais com proteínas animais, casas oferecem pelo menos um prato vegetariano

Modificado em 04/11/2024, 08:51

Goiânia Restaurant Week reúne quase 40 casas com opções de pratos vegetarianos

(Fábio Lima)

A cozinha à base de vegetais explora uma rica variedade de ingredientes, desde legumes frescos e vibrantes a grãos nutritivos, oferecendo uma diversidade que agrada até os paladares mais exigentes. A 6ª edição do Goiânia Restaurant Week, que começa nesta sexta-feira (20) e segue até 20 de outubro, amplia esse universo, oferecendo, além das opções tradicionais com proteínas animais, pelo menos uma alternativa no menu para aqueles que preferem evitar carne. Com o tema Revolução Vegetariana, os goianos poderão experimentar uma gama de pratos criados exclusivamente para o circuito gastronômico.

Participam do festival quase 40 restaurantes, o que representa o maior número de inscritos desde o início do evento na capital, no segundo semestre de 2021. Os chefes de cozinha desses estabelecimentos prometem ser ainda mais criativos com novas combinações de sabores. São oferecidas três opções de preços: tradicional por R$ 54,90 no almoço e R$ 69,90 no jantar; plus por R$ 68,90 no almoço e R$ 89,90 no jantar; e o premium por R$ 89 no almoço e R$ 109 no jantar. As opções incluem entrada, prato principal e sobremesa por um preço fixo. O valor não vale para entregas, somente para a refeição realizada nas casas.

"O tema escolhido para essa edição contribui para uma diversificação maior por parte dos restaurantes para poder contemplar outros públicos também que excluíram carne e derivados do cardápio ou reduziram o consumo. Além disso, é um convite à reflexão sobre nossas escolhas alimentares e o impacto que elas têm no mundo ao nosso redor", destaca Fernando Pires, idealizador do evento. Realizado há 17 anos no Brasil, o circuito está presente em mais de 20 cidades, como São Paulo, onde foi dada a largada, Brasília, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Campinas.

Em Goiânia, a lista de participantes conta com restaurantes, cafés, bistrôs, bares e rooftops. Todos foram provocados a incluir um menu completo vegetariano, com entrada, prato principal e sobremesa. "Foi maravilhoso o tema, porque conseguimos criar pratos saborosos mesmo sem carne. É hora de deixar para trás a ideia de que comida vegetariana ou vegana não tem sabor, pelo contrário, é uma alimentação bastante rica. Enfim, foi uma experiência fantástica de usar a natureza a favor do prato", afirma a chef Carô Borges, do Las Nenas Restaurante, no Setor Marista, e que participa do festival desde a primeira edição.

A chef preparou duas entradas para o evento. Os consumidores podem escolher entre um ceviche de manga, com leite de tigre de cajá-manga e chips de banana verde ou uma croqueta que é feita com talos de legumes e ervas. O prato principal é uma kafta de cogumelos e arroz negro, hommus de beterraba, coalhada vegetal e tabule de grãos. Para finalizar, a sobremesa é uma cheesecake vegana com calda de jabuticaba. "Ficou maravilhoso e esse menu foi desenhado a quatro mãos com o chef Humberto Marra, que é especializado em plantas alimentares não convencionais (pancs)", comenta Carô.

Já no Sax Coffe & More, no Marista, o cliente pode começar com folhas verdes escuras com figos secos, queijo de cabra, azeitonas pretas, picles de abobrinha, pistache e molho de parmesão e anchovas, na sequência ser servido com um risoni com pesto, chips de abobrinha, tomates tostados e burrata. De sobremesa uma minissalada de fruta com iogurte da casa. Além das opções para os não vegetarianos, como arroz malandrinho de tomates com dadinhos de pirarucu, salmão grelhado e ancho com mousseline de mandioquinha. "São pratos que agradam todo mundo", garante o proprietário Luiz Felipe Guimarães.

Novatos
Dos restaurantes participantes do festival, 14 são estreantes, entre eles a Forneria 1121, que fica no Marista. Para os vegetarianos, a entrada é uma salada, feita com mix de folhas com molho de balsâmico e frutas vermelhas, com muçarela de búfala e tomates cereja. O principal é o risoto de cogumelos e de sobremesa o copo floresta (pedaços de brownie de chocolate, creme de chocolate, calda de frutas vermelhas, terra de chocolate finalizado com calda de chocolate meio amargo). O cardápio conta com outras opções como coxinha de camarão, petit gâteau de gorgonzola, filé em crosta de panko e bacon, ancho week e arroz do mar que vai camarões grelhados.

Serviço: 6º Goiânia Restaurant Week
Data : Até 20 de outubro em diversos restaurantes da cidade
Informações e valores: restaurantweek.com.br

Circuito Gastronômico
Confira a lista completa dos restaurantes participantes do evento

1929 Trattoria Moderna -- @1929trattoria
A Casa Bairrada -- @acasabairrada
Bianco Ristorantino -- @biancoristorantino
Biere du Parc -- @biereduparc
Balkan Rooftop -- @rooftopbalkan
Botelli -- @botellirestaurante
Black Sushi Rooftop -- @blacksushiroftoop
Camarada Camarão Goiânia Shopping -- @camaradacamaraogoiania
Casa Baru Adega e Mercado -- @casabaru.go
Casa Da Dona Clara Bistrô -- @casadadonaclara
Cheesehouse Restaurante - Setor Marista -- @cheesehousebr
Cervejaria Dona Lupulina -- @cervejarialupulina
Entrres Cocina de Mezcla -- @enttrescocina
Famu -- @famurestaurante
Forneria 1121 -- @forneria1121gyn
Grá Bistrô -- @grabistro
Grano Cucina Italiana -- @granocucina
Hattori Sabores do Japão -- @hattorirestaurante
Itadaku Sushi Fusion -- @itadakusushi
Íz Por Ian Baiocchi -- @izrestaurante
Juá -- @restaurantejua
Kanpai Blue -- @kanpaiblue
Las Nenas Restaurante-- @lasnenasrestaurante
Lou Bistrô -- @loubistro
Madalena Gastrobar - @madalenagastrobar
Paradiso Caffe - Vaca Brava -- @paradiso.caffe
Pop Coffee Bistrô - Marista - @popcoffeegoiania
Pop Coffee - Buena Vista -- @popcoffeegoiania
Restaurante Ipê - Castro´s Park Hotel - @ipecastros
Risotteria Chef Brunna Pollazzon -- @risotteriachefbrunnapollazzon
Salla Coquetel & Co -- @salla.go
Sax Coffee & More -- @sax_coffee
Sax Coffee & More - Sommos -- @sax_coffee
Spotta - @experienciaspotta
Studio Burger - @studio.burger
Temaki Fry - @temakifry_gyn
Viela Gastronômica - @vielagastronomica
Zimbro Cocktail & Co - @zimbrobar

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Revolução vegetariana é o tema da 6ª edição da Goiânia Restaurant Week

Festival gastronômico começa no dia 20 de setembro com a participação de mais de 35 restaurantes

Modificado em 17/09/2024, 17:22

Revolução vegetariana é o tema da 6ª edição da Goiânia Restaurant Week

(Divulgação)

A Restaurant Week volta a Goiânia entre os dias 20 de setembro a 20 de outubro com a proposta de boa gastronomia a preços acessíveis. Nos 30 dias do festival, o goianiense poderá visitar mais de 35 casas participantes. O tema desta edição será a "Revolução Vegetariana".

O conceito promove não apenas a conscientização ambiental, mas busca transformar a forma como a cidade experimenta a gastronomia. Os restaurantes participantes podem oferecer três opções de menu: o tradicional: R$ 54,90 almoço e R$ 69,90 jantar, o Menu Plus: R$ 68,90 almoço e R$ 89,90 jantar.

Algumas casas também oferecem o Menu Premium: R$ 89,00 no almoço e R$ 109,00 no jantar. Todas opções incluem entrada, prato principal e sobremesa por um preço fixo. A Revolução Vegetariana representa um movimento cultural que desafia conceitos pré-estabelecidos e estimula a experimentação.

Nesta edição, novas texturas, sabores e combinações ganham destaque e irão proporcionar experiências que desafiam os sentidos de todos os clientes que passarem pelos restaurantes participantes do festival.

Serviço: 6ª Goiânia Restaurant Week
Quando : 20 de setembro a 20 outubro
Confira os restaurantes participantes e menus: restaurantweek.com.br
Instagram : @restaurantweekbrasil

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Como usar o app do governo que promete inutilizar celular roubado com um clique

Solução visa frear a onda de assaltos e furtos a smartphones, crescente desde a implementação do Pix

Modificado em 19/09/2024, 01:15

Celular Seguro chega, na quarta, às lojas oficiais da Apple, App Store, e do Google, Play Store, em smartphones Android.

Celular Seguro chega, na quarta, às lojas oficiais da Apple, App Store, e do Google, Play Store, em smartphones Android. (Reprodução/Pixabay)

Começa a funcionar nesta quarta-feira (20) o aplicativo que inutiliza celulares extraviados, seja por furto, roubo ou simples perda do aparelho. O Ministério da Justiça e da Segurança Pública lançará a tecnologia em transmissão no Youtube nesta terça (19).

O nome do app será "Celular Seguro." A solução visa frear a onda de assaltos e furtos a smartphones, crescente desde a implementação do Pix. Criminosos abusam da possibilidade de fazer transferências em tempo real para esvaziar a conta das vítimas.

O recurso bloqueará todas as funções de maior risco do smartphone com um único botão de emergência. O dono do celular poderá escolher pessoas de confiança para conceder acesso à função de bloqueio. A medida, que tem apelo popular, foi lançada pelo secretário-geral do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, um dos cotados para a pasta, que disse que o aparelho se tornará "um pedaço inútil de metal."

Questionado pela reportagem sobre o risco de ter o celular bloqueado contra a vontade, Cappelli afirmou que a responsabilidade de escolher pessoas confiáveis caberá ao dono do celular.

Para desenvolver a tecnologia, a pasta da Justiça firmou parceria com Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e ABR Telecom, que fica encarregada de receber as comunicações enviadas pelo usuário para bloqueio do terminal telefônico em até um dia útil após a comunicação.

O Celular Seguro chega, na quarta, às lojas oficiais da Apple, App Store, e do Google, Play Store, em smartphones Android. Já na terça, será possível fazer o cadastro no projeto em link divulgado durante o lançamento.

Como acionar o botão de emergência
O acesso à plataforma Celular Seguro será feito a partir do sistema gov.br, com CPF e senha. Depois de aceitar os termos de uso, o primeiro passo será adicionar as pessoas de confiança. Para isso, o dono do celular precisará de nome completo, CPF, telefone e email do contato.

A pessoa de confiança receberá uma notificação e passará a visualizar o celular cadastrado no próprio aplicativo. É pelo ícone do smartphone registrado que essa pessoa terá acesso ao botão de emergência. O próprio dono do celular também poderá bloqueá-lo pela internet, a partir do sistema gov.br.

O primeiro passo é escolher o smartphone a ser bloqueado: o próprio ou um dos aparelhos de confiança. Depois, no pop up que surgirá na tela, a pessoa deve clicar na opção "Alerta", indicada por um triângulo amarelo.

Por fim, será preciso informar se foi perda, roubo ou furto, a data e o local da ocorrência. Após o registro, o aplicativo entrega um número de protocolo, que deve ser anotado para uso em atendimentos posteriores junto ao Ministério da Justiça, Anatel, operadoras ou bancos.

As entidades participantes receberão o alerta e prometem bloquear todas as contas vinculadas ao dispositivo extraviado em até dez minutos.

Participam os bancos Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Inter, Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo), Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil) e Nubank, o aplicativo de entregas iFood e o markeplace Mercado Livre.

A Anatel também bloqueará o aparelho e o chip em até 24 horas.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública receberá nesta quarta representantes do Google e da Apple para tentar incluí-los no programa. Assim, seria possível adicionar as gigantes da tecnologia no sistema de alerta e também limpar a memória do celular com o botão de emergência.

"Lançamos o aplicativo com o mínimo possível para funcionar bem. A ideia é melhorar nos próximos meses", afirmou Cappelli à Folha.

O registro de ocorrência no app Celular Seguro não exime a necessidade de notificar a Polícia Civil. O boletim de ocorrência, além de iniciar uma investigação policial, garante às autoridades informações sobre o crime.

Como é hoje
O sistema Celular Seguro visa simplificar o longo processo de cancelar todas as contas vinculadas ao smartphone. Hoje, o bloqueio do chip e do dispositivo ficam por conta da operadora. É possível bloquear a linha telefônica com o número do telefone e o CPF do responsável.

A empresa de telecomunicação também pode inutilizar o aparelho com o número Imei, que funciona como identificador do aparelho. O código fica disponível na caixa do aparelho e na seção "sobre" das configurações. Pode ainda ser consultado ao digitar no telefone esta sequência: *#06#.

Essa identidade do celular também deve ser informada durante o registro do boletim de ocorrência.

Além disso, a pessoa deve procurar os bancos para bloquear transações feitas a partir do aplicativo bancário, assim como é necessário suspender cartões de crédito e débito para evitar prejuízos.

Caso o aparelho tenha acesso à internet, ainda é possível limpar as informações do smartphone. Em celulares Android, essa opção fica em android.com/find. Por sua vez, iPhones disponibilizam esse recurso em icloud.com/find. Em ambos os casos, o usuário pode ter dificuldades para acessar as plataformas pelo celular de terceiros.

Roubos e furtos de Spmartphone são herança da pandemia
Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado em julho, o Brasil registrou um crescimento de 16,6% de furtos e roubos de telefones celulares no período de um ano, saindo de 853 mil casos em 2021 para 999,2 mil ocorrências no ano passado.

A média é de 114 celulares roubados por hora no país, cerca de dois a cada minuto. Os estados da Bahia e do Rio de Janeiro puxaram a alta nesse tipo de crime. O roubo e furto de celulares se tornou nos últimos anos o mais comum dentre os crimes patrimoniais, já que o equipamento cria chance para outros delitos, como golpes e extorsão.

Esse tipo de crime ganhou mais força a partir da pandemia da Covid-19, que deu maior popularidade ao comércio eletrônico a partir de aplicativos nos celulares. No Brasil, o avanço também está ligado à criação do Pix em 2020, que facilitou operações de transferência de valor a partir dos aplicativos dos bancos.

Cappelli afirma que, ao inutilizar o celular, a medida visa, além de desestimular os crimes patrimoniais, desbaratar os mercados de receptação. "Quem comprar um celular de origem duvidosa ficará sob o risco de ter um smartphone inútil a qualquer momento", diz Cappeli.