Geral

Fabiana Pulcineli

Jornalista e bacharel em Direito pela Universidade Federal de Goiás. Repórter de Política do POPULAR desde 2006 e colunista da CBN Goiânia.

Denúncia contra Bolsonaro cita Goiânia 18 vezes e tem 4 nomes com atuação no estado

Denúncia contra Bolsonaro e outras 33 pessoas cita capital goiana em 18 momentos, com indicação como base para algumas ações e de militares vinculados a batalhão

Fabiana Pulcineli

Sede do Comando de Operações Especiais, em Goiânia: técnicas das forças especiais foram usadas pelos citados

Sede do Comando de Operações Especiais, em Goiânia: técnicas das forças especiais foram usadas pelos citados (Fabio_Lima)

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado em 2022 traz 18 menções a Goiânia, em 272 páginas, e tem quatro nomes que atuaram em batalhões do Exército em Goiás entre os denunciados. O procurador-geral Paulo Gonet aponta o peso dos chamados kids pretos no processo de articulação golpista, enquanto a capital goiana é sede do Comando de Operações Especiais (Copesp), que abriga o 1º Batalhão de Forças Especiais (BFEsp) e o 1º Batalhão de Ações de Comandos (BAC), unidades de elite do Exército Brasileiro.

Kids pretos são aqueles que têm formação nas forças especiais e, segundo Gonet, teriam "conhecimento tático especializado" e "influência sobre comandantes" para desenhar a trama golpista.

Os quatro que atuavam ou tiveram passagem por Goiás estão no grupo de 23 militares denunciados e já tinham sido alvos de medidas cautelares nas investigações da Polícia Federal (veja quadro). A denúncia cita ainda um outro militar que teve presença em Goiânia em meio às articulações por ruptura institucional.

A capital goiana é mencionada como base para um encontro com apelos por golpe, aquisição de celulares e chips "frios", aluguel de veículos para deslocamento até Brasília, e a articulação do grupo "copa 2022", que monitorou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com suposta intenção de prendê-lo ou executá-lo.

"As técnicas das Forças Especiais eram utilizadas pela organização criminosa não apenas no contato com os movimentos populares, mas especialmente no desenho das estratégias de ruptura institucional, como já sinalizavam os planos encontrados em poder dos denunciados. A contribuição ainda mais contundente dos militares especializados ocorreu na fase de execução das operações traçadas", diz Gonet.

Em outro trecho, o PGR descreve diálogos nos grupos de mensagens dos envolvidos que indicam a preferência por reunir "exclusivamente" militares com formação em Forças Especiais "que poderiam, de algum modo, influenciar seus comandantes, valendo-se também dos seus conhecimentos táticos especializados".

"Militares que tinham em comum vínculo com as Forças Especiais reuniram-se para encontrar meio de fazer com que a alta cúpula do Exército aderisse ao golpe a que estavam dando curso (...) Esse grupo atuou para pressionar o Comandante do Exército e o Alto Comando, formulando cartas e agitando colegas em prol de ações de força no cenário político, tudo para impedir que o candidato eleito Lula da Silva assomasse ao Palácio do Planalto. Visava-se manter no Poder o então Presidente Bolsonaro", completa o procurador-geral.

Primordial para as investigações, a colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, relata um encontro com dois oficiais no Copesp em Goiânia, ainda em novembro do ano passado, quando ambos defenderam a mobilização para provocar "caos" no País e para impedir a posse do presidente então eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Cid se referia aos tenentes-coronéis Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima, que procuraram o então ajudante de ordens quando ele se preparava para assumir o BAC. A posse acabou cancelada em janeiro de 2024 diante das investigações. Antes disso, ainda em novembro, Cid marcou uma reunião dos dois com o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro naquele ano.

Segundo a denúncia, depois da reunião, Oliveira e Ferreira Lima passaram a fazer viagens de Goiânia a Brasília para outros encontros e para monitoramento nos arredores de locais frequentados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Oliveira foi preso em fevereiro do ano passado, em Niterói (RJ), mas tinha Goiânia como local de atuação. A partir de maio, passou a usar tornozeleira eletrônica. É o nome que mais aparece em movimentações pró-golpe entre aqueles relacionados à capital goiana.

Preso em novembro do ano passado, o general da reserva Mário Fernandes, número 2 da Secretaria-Geral da Presidência na gestão de Bolsonaro, passou por Goiânia no comando do Copesp. Um dos principais argumentos da denúncia contra Fernandes é o fato de ter elaborado o documento "Punhal Verde e Amarelo", impresso no Palácio do Planalto e levado a Bolsonaro. O plano previa o assassinato de Lula, Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Os outros dois denunciados são os tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra de Azevedo e Guilherme Marques Almeida, ambos com atuação em Goiânia até o ano passado (veja quadro). O primeiro participou das movimentações golpistas ao lado de Oliveira, de quem era próximo. Já o segundo é citado como integrante do núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral.

O POPULAR não conseguiu contato com os responsáveis pela defesa dos militares.

IcEconomia

Emprego

Empresas oferecem 20 vagas de emprego em Goiânia e Aparecida

Há oportunidades para repositor, pintor, auxiliar de serviços gerais, assistente de consultório odontológico, motorista e muito mais

Carteira de trabalho

Carteira de trabalho (Pedro Ventura/Agência Brasília)

Veja as vagas de emprego disponíveis em Goiás nesta sexta-feira (14). Ao todo, são 20 oportunidades em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Há vagas para repositor, pintor, auxiliar de serviços gerais, assistente de consultório odontológico, motorista e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar.

Veja as vagas disponíveis:

Goiânia

Assaí Atacadista

Total de vagas oferecidas : 09 vagas
Cargos oferecidos:

  • 02 vagas para repositor de flv
  • 04 vagas para repositor de mercearia
  • 02 vagas para jovem aprendiz operador caixa (16 anos)
  • 01 vagas para repositor perecíveis
  • Data para se inscrever: indeterminado
    Salário: a combinar
    Como se candidatar: encaminhar o currículo para o WhatsApp: (62) 9 9677-5731
    Contato: (62) 9 9677-5731

    CMO Construtora

    Total de vagas oferecidas: 6 vagas
    Cargo oferecido:

  • 06 vagas para pintor
  • Prazo para se inscrever: até dia 15/04
    Salário: R$ 2369,40 + produção
    Como se candidatar: encaminhar o currículo pelo Whatsapp (62) 9 9902-4555
    Telefone para contato: (62) 9 9902-4555

    Sesi

    Vaga oferecida: 01 vaga
    Cargo oferecido:

  • 01 vaga para auxiliar de serviços gerais -- (vaga exclusiva para pessoas com deficiência)
  • Prazo para se inscrever: até dia 16/03
    Salário: R$ 1.587,00
    Como se candidatar: acesse https://sesigo.gupy.io ou presencialmente no Clube Sesi Multiparque
    Contato: (62) 3265-0100

    Instituto Temponi

    Vaga oferecida: 01 vaga
    Cargo oferecido:

    01 vaga para assistente de consultório odontológico

    Prazo para se inscrever: indeterminado
    Salário: a combinar
    Como se candidatar: encaminhar o currículo para o whatsapp: (62) 9 8210-3114
    Contato: (62) 3233-4199

    Aparecida de Goiânia

    Cinotec

    Total de vagas oferecidas: 03 vagas
    Cargo oferecido:

  • 03 vagas para motorista categoria D
  • Prazo para se inscrever: até dia 28/03
    Salário: a combinar
    Como se candidatar: encaminhar o currículo para o Whatsapp: (62) 9 9306-6020 ou (61) 9 9126-6251
    Contato: (62) 9 9306-6020 ou (61) 9 9126-6251

    Geral

    Casal dono de clínica investigado por deformar pacientes volta a ser preso

    Karine Gouveia e o marido Paulo César foram presos após orientar funcionários a permanecerem em silêncio, e por continuar anunciando venda de medicamentos, segundo as investigações

    Karine Giselle Gouveia e marido Paulo César Dias Gonçalves, donos das clínicas Karine Gouveia (Reprodução/Redes sociais)

    Karine Giselle Gouveia e marido Paulo César Dias Gonçalves, donos das clínicas Karine Gouveia (Reprodução/Redes sociais)

    O casal dono das clínicas de estética Karine Gouveia, investigado por deformar pacientes, voltou a ser preso, nesta quarta-feira (12), em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil (PC), Karine Giselle Gouveia, de 34 anos, e Paulo César Dias Gonçalves, de 44, foram presos preventivamente após orientar outros investigados a permanecerem em silêncio sobre os fatos, e por continuar anunciando venda de medicamentos.

    À reportagem, a defesa do casal suspeito, o advogado Tito Amaral, considerou como "absurda" a renovação da prisão. Segundo ele, há uma série de alegações "inventadas" pela polícia, sem documentos ou provas (veja a nota completa no final).

    São apenas falácias, versões e narrativas que estão induzindo a erro o Ministério Público e o Poder Judiciário. Nós já estamos trabalhando, elaborando os recursos e iremos a todas as instâncias. Vamos pedir, em primeiro lugar, ao Tribunal de Justiça, para que essa prisão absolutamente ilegal seja imediatamente revogada", acrescentou o advogado.

    Karine e Paulo foram presos pela primeira vez no dia 18 de dezembro de 2024. Contudo, após o habeas corpus concedido pela ministra do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Daniela Teixeira, o casal foi solto no dia 8 de fevereiro. Entretanto, a decisão impôs medidas cautelares como, não manter contato com os funcionários e nem ir à clínica, nem fazer divulgação de fins estéticos em qualquer rede social.

    Dessa forma, segundo a apuração da polícia, que foi aceita pela Justiça quando concedeu as prisões, os investigados utilizaram suas redes sociais para anunciar a venda de medicamentos e outras substâncias medicinais.

    Além disso, o casal teria tentado atrapalhar as investigações após subcontratar escritórios de advogados "que, sob a aparência de defensores independentes, orientaram outros investigados a permanecerem em silêncio e a não colaborarem com as investigações, mesmo que eventualmente isso pudesse ser benéfico para esses outros envolvidos", segundo a PC.

    Foto mostra vítimas com nariz necrosado e a paciente entubada após o procedimento. (Divulgação/Polícia Civil)

    Foto mostra vítimas com nariz necrosado e a paciente entubada após o procedimento. (Divulgação/Polícia Civil)

    Possíveis novas mil vítimas

    A polícia identificou, com base nas investigações, que todos os pacientes que realizaram preenchimentos faciais na clínica Karine Gouveia entre março de 2018 e março de 2019 (aproximadamente 954 pessoas), têm grande chance de terem sido submetidos a aplicação com óleo de silicone. Conforme a PC, a substância, quando aplicada de forma inadequada, pode migrar para outras áreas do corpo, causando inflamações, deformidades e outros danos à saúde.

    Dessa forma, diante do risco à saúde, a delegacia orienta que esses pacientes procurem um médico com urgência e solicitem a realização do exame de ultrassonografia dermatológica com doppler, capaz de detectar a presença de substâncias não biodegradáveis no corpo, como o óleo de silicone.

    Caso o resultado ateste positivo, essas vítimas deverão procurar a 4ª Delegacia Distrital de Goiânia, mediante agendamento, para prestar depoimento e contribuir para as investigações.

    Foto mostra vítimas com sequelas, deformações e infecções. (Divulgação/Polícia Civil)

    Foto mostra vítimas com sequelas, deformações e infecções. (Divulgação/Polícia Civil)

    Crimes

    Os donos das clínicas Karine Gouveia são investigados por formação de organização criminosa, falsificação de produtos terapêuticos, lesões corporais gravíssimas, exercício ilegal da medicina, estelionato e outros crimes relacionados à prática de procedimentos estéticos e cirúrgicos sem a devida qualificação técnica e autorização legal. Até o momento, mais de 100 vítimas denunciaram o casal.

    A investigação, que teve início em fevereiro de 2024, apurou que a clínica realizava procedimentos estéticos e cirúrgicos de alto risco como, rinoplastias, lipoaspirações, aplicações de botox e preenchimentos faciais, sem a devida autorização e com o uso de substâncias proibidas, como óleo de silicone e polimetilmetacrilato (PMMA).

    Exames comprovaram substâncias como polimetilmetacrilato e óleo de silicone na face dos pacientes. (Divulgação/Polícia Civil)

    Exames comprovaram substâncias como polimetilmetacrilato e óleo de silicone na face dos pacientes. (Divulgação/Polícia Civil)

    Segundo a polícia, essas substâncias, quando injetadas no corpo, podem causar deformidades permanentes, necroses, infecções graves e outras complicações de saúde.

    Os investigados agiam de forma organizada e hierárquica, com a utilização de estratégias de marketing agressivas e a participação de profissionais sem a qualificação necessária para realizar os procedimentos oferecidos. Além disso, foi constatado que a clínica comercializava medicamentos manipulados de forma irregular, incluindo substâncias proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que pode configurar tráfico de medicamentos", informou a PC.

    Nota completa da defesa do casal

    Essa renovação da prisão preventiva é uma decisão absurda, o próprio STJ, através da ministra Daniela, já disse que essa prisão é desproporcional e desnecessária. Eles estavam sob medidas cautelares diversas da prisão. O que está havendo é uma série de coisas inventadas pelo delegado, sem nenhum documento, sem nenhuma prova, são apenas versões falácias da prisão.

    São apenas falácias, versões e narrativas que estão induzindo a erro o Ministério Público e o Poder Judiciário. Nós já estamos trabalhando, elaborando os recursos e iremos a todas as instâncias. Faremos uma reclamação ao STJ e, se for o caso, até o STF.

    Vamos pedir, em primeiro lugar, ao Tribunal de Justiça, para que essa prisão absolutamente ilegal seja imediatamente revogada. Apesar da lei determinar expressamente que a mãe de um filho de menos de 12 anos não fique presa, a polícia levou os dois, e ficou uma criança de 7 anos sozinha chorando em casa. Se fosse calcado em fatos reais, em provas, em documentos, ok. Mas é uma fantasia que a polícia está criando.

    Advogado Tito Amaral

    Geral

    Moradores colocam cerveja para 'gelar' em granizo que caiu durante forte chuva em Goiânia; vídeo

    Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) registrou tempestades na região de 37,8 milímetros e rajadas de vento de 36 km/h

    Empresário disse que se assustou com o temporal e saiu do escritório para ver a situação do seu carro estacionado na frente do prédio

    Empresário disse que se assustou com o temporal e saiu do escritório para ver a situação do seu carro estacionado na frente do prédio (Divulgação/Arquivo Maykon Douglas)

    Dois moradores colocaram suas cervejas para "gelar" no granizo que caiu durante a forte chuva em Goiânia, na tarde de terça-feira (11). O empresário Maykon Douglas, de 28 anos, relatou à redação que ele e o sócio, Marcos Dimitry, estavam trabalhando no escritório deles no Parque Amazônia quando de repente "o céu começou a cair" sobre o carro deles (veja vídeo acima).

    Eu e meu colega de trabalho ficamos aflitos pelos nossos carros na porta levando pedrada de gelo, e ele mais ainda por ter acabado de lavar o carro", contou Maycon.

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    No entanto, segundo o empresário, após o susto, quando eles olharam para o chão da calçada viram o granizo acumulado e tiveram a ideia de colocar a cerveja que guardam para tomarem no final do expediente de todas as sextas-feiras para gelar.

    O chão da calçada parecia neve de tanto granizo acumulado, e logo veio a ideia: 'granizo gelado, cerveja quente?'. Vamos aproveitar. E assim colocamos a bebida no gelo, gravamos sem pretensão nenhuma a brincadeira, que acabou repercutindo bastante", disse o empresário.

    Maykon Douglas e Marcos Dimitry gravaram quando a tempestade acompanhada por muito granizo caiu sobre os dois veículos.

    Apesar do susto pelo vento e pela quantidade de granizo, os carros não amassaram, pois apesar de muita pedra de granizo, o diâmetro delas era pequena, não amassando os carros", comemorou Dimitry.

    Nas cenas, as pedras de gelo batem com bastante força e se acumulam próximo a uma parede. Eles juntam um pouco mais o granizo, colocam cerca de quatro latinhas de cerveja e jogam mais gelo sobre elas.

    Devido ao fenômeno, Maykon disse que esta semana tiveram um "happy hour" a mais, além da sexta-feira. "Se a vida te der um limão, faça uma limonada. No nosso caso, fizemos um cozumel bem gelado", brincou.

    Temporal isolado

    O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) registrou a precipitação de chuvas nos setores Parque Amazônia e Jardim América de 37,8 e 30,2 milímetros, respectivamente. Na capital, conforme o instituto, tiveram ventos de 36 km/h.

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    Corpo encontrado às margens do Rio Meia Ponte é da mulher que desapareceu após sair de casa, diz polícia

    Identificação ocorreu por meio da arcada dentária. Lilian Leonardo Silva estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro

    Lilian Leonardo Silva estava desaparecida há 13 dias (Reprodução/Redes sociais)

    Lilian Leonardo Silva estava desaparecida há 13 dias (Reprodução/Redes sociais)

    O corpo encontrado às margens do Rio Meia Ponte, em Goiânia, pertence a Lilian Leonardo Silva, de 48 anos, que desapareceu após os filhos saírem para a escola, de acordo com a Polícia Científica. A confirmação ocorreu por meio da arcada dentária.

    Policiais civis e nadadores do Corpo de Bombeiros localizaram o corpo nesta terça-feira (11), no Jardim Califórnia. Ao POPULAR , o delegado responsável pelo caso, Pedromar Souza, informou que o corpo já estava em estado de decomposição, e, por isso, não foi possível identificá-lo por meio das digitais.

    Corpo foi encontrado às margens do Rio Meia Ponte, na altura do Jardim Califórnia (Divulgação/Polícia Civil)

    Corpo foi encontrado às margens do Rio Meia Ponte, na altura do Jardim Califórnia (Divulgação/Polícia Civil)

    O local onde o corpo foi encontrado fica a mais de 20 quilômetros de distância da residência onde morava a dona de casa, no Jardim Caravelas. De acordo com o delegado, ela conhecia aquela região e teria ido de ôninus. A principal indicação é que a mulher tirou a própria vida, "mas tudo deve ser materializado nos autos", segundo a Polícia Civil.

    Relembre o caso

    Conforme o Boletim de Ocorrência registrado pela família, Lilian estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro deste ano, após sair de casa no Jardim Caravelas, na região sudoeste de Goiânia.

    Lilian sofria de depressão e ansiedade (Reprodução/TV Anhanguera)

    Lilian sofria de depressão e ansiedade (Reprodução/TV Anhanguera)

    Em entrevista à TV Anhanguera, a família contou que Lilian tomava medicamentos para ansiedade e depressão, e quatro dias antes do desaparecimento dela toda a medicação havia sido trocada, desde então ela apresentava episódios de perda de memória.

    Quem fica aqui junto com a minha mãe na parte da tarde é a minha irmã, ela que me contava -- olha minha mãe está dormindo o dia inteiro, não sai para tomar água, medicamento, não vai no banheiro, nada - até que um dia eu abri [a porta do quarto da mãe] e fui perguntar como que ela estava, entrei no quarto dela e ela falava coisa com coisa", disse Gabriel Leonardo da Silva, filho de Lilian.

    O filho de Lilian Leonardo disse também que a mãe desapareceu após ele e a irmã mais nova saírem para a escola.

    Quando foi por volta de 11h40, 12h, minha irmã voltou da escola e notou que a minha mãe não estava mais em casa. Ela até me mandou um áudio falando -- olha minha mãe saiu, não está mais em casa -- mas até então eu considerei normal", disse.

    Gabriel Leonardo relatou que somente no dia 27 de fevereiro eles ficaram realmente preocupados e decidiram registrar o desaparecimento na polícia.

    Quando foi no outro dia cedo que eu acordei, minha irmã acordou, ela não tinha dormido em casa, aí abrimos a porta do quarto vimos que ela não estava lá, e tudo intacto", disse.

    O filho de Lilian relatou na época que toda a família ficou bastante preocupada e apreensiva com o desaparecimento de sua mãe.

    A gente fica bem apreensivo pensando como ela pode estar, onde ela pode estar, se ela está dormindo em algum lugar, se ela está em algum lugar coberto, se alguém achou ela, se é uma pessoa boa, se é uma pessoa ruim, a gente fica bem preocupado", disse.