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DF investiga caso de Covid de viajante vindo da África do Sul

O homem, na faixa etária entre 40 e 49 anos, já recebeu três doses de vacina contra Covid. Ele permanece assintomático e está em isolamento domiciliar desde a chegada à capital

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 00:20

DF investiga caso de Covid de viajante vindo da África do Sul

(Divulgação/Josué Damacena (IOC/Fiocruz))

A secretaria de Saúde do Distrito Federal monitora um homem que testou positivo para a Covid-19 após passagem pela África do Sul --país onde foi identificada pela primeira vez a nova variante do coronavírus, a ômicron.

Ainda não é possível saber se o caso se trata de uma infecção por essa cepa.

O homem, na faixa etária entre 40 e 49 anos, já recebeu três doses de vacina contra Covid. Ele permanece assintomático e está em isolamento domiciliar desde a chegada à capital.

Segundo a secretaria, ele desembarcou em Guarulhos no dia 27 de novembro, com posterior voo para Brasília. O voo que ele pegou na África do Sul foi o mesmo em que estava o outro caso confirmado de Covid-19 identificado em São Paulo após essa viagem.

O estudo com amostra do morador da Grande São Paulo também ainda não teve resultado divulgado para saber se é uma infecção provocada ou não pela ômicron.

O acompanhamento está sendo feito pelo Cievs-DF (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal).

O viajante realizou teste para Sars-CoV-2 no dia 29 de novembro no Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal, o qual apresentou resultado detectável.

"O Lacen-DF já iniciou as análises para sequenciamento genético da amostra, com o objetivo de verificar se trata-se da variante ômicron. O prazo para conclusão do exame é de quatro dias. O Cievs-DF permanece monitorando o caso", disse em nota.

Até o momento não há caso confirmado de infecção por Covid-19 com a variante ômicron no Brasil.

No domingo (28), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou que um brasileiro que passou pela África do Sul testou positivo para a Covid após desembarcar no aeroporto de Guarulhos.

O caso do passageiro foi encaminhado para sequenciamento no Instituto Adolfo Lutz. Segundo a secretaria estadual da Saúde de São Paulo, ele está em isolamento em casa.

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Cientistas falam em uma nova onda da Covid-19 a cada 6 meses

Incremento de casos atual pode estar relacionado à variante Ômicron, do coronavírus, e suas sub variantes que circulam com predominância

Modificado em 20/09/2024, 00:52

Testagem de Covid-19 em Goiânia: reinfecção tem um protocolo complexo para confirmação de casos

Testagem de Covid-19 em Goiânia: reinfecção tem um protocolo complexo para confirmação de casos (Wesley Costa)

Em todo o mundo, especialistas estão atentos à possibilidade de reinfecção da Covid-19 provocada pela Ômicron, variante do Sars-CoV-2 (coronavírus) e suas sub variantes. Em Goiás, aumentou muito nos últimos dias os índices de positividade para a doença em todo o estado, como mostra o mapa de calor divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Especialistas acreditam que a Ômicron escapa dos anticorpos criados por infecção natural ou pela vacina, mas não provocam danos tão graves como as variantes anteriores.

Detectada pela primeira vez em novembro do ano passado na África do Sul, a variante Ômicron se tornou dominante em todos os países. Os últimos estudos do comportamento do coronavírus têm revelado que a reinfecção de Covid-19 ficou mais comum em comparação às que circulavam anteriormente, como Beta, Delta e Gama, a última a mais mortal. Em média, num prazo de 120 dias, uma pessoa de qualquer idade, que já tenha pego a doença ou que tenha se vacinado, pode se reinfectar, segundo especialistas. "As vacinas não protegem contra o vírus, mas contra doenças graves provocadas por eles", explica a infectologista Christiane Kobal.

Professora e pesquisadora da área de Virologia do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), da Universidade Federal de Goiás (UFG), a doutora Menira Souza explica que o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), referente ao período de 27 de maio a 27 de junho, mostra uma predominância de 94% de sub variantes Ômicron em circulação. Além da BA.1, a original, surgiram BA.2, BA.3, BA.4, BA.5 e uma série de recombinantes. A maior presença, segundo a OMS é a BA.5 (43%), vindo em seguida a BA.2 (25%), BA.4 (12%) e a BA.2.12.1 (11%).

"As sub variantes Ômicron possuem mutações que estão relacionadas a uma maior capacidade de replicação, como algumas que modificaram a proteína de superfície spike da sub variante BA.2. Os estudos sugerem que isso pode estar associado a uma maior transmissibilidade. O risco de reinfecção com as sub variantes Ômicron está sendo estudado e casos de reinfecção com a BA.2 após a BA.1 têm sido documentados", ressalta a pesquisadora.

O goianiense Eduardo Antonio de Camargo Franco, 33 anos, enfrentou a Covid-19 três vezes, em outubro de 2020, em fevereiro de 2021 e em janeiro de 2022. Ele não sabe dizer quais as variantes foram detectadas nos testes de positividade e precisou de uma internação, rápida, na segunda vez. Há poucos dias, mesmo com três doses da vacina, ele precisou de ajuda médica hospitalar com sintomas da doença, mas preferiu não fazer o teste. E também reconhece que não tem se protegido porque "a doença não se agravou".

A professora da Universidade Federal de Goiás, Flávia Aparecida de Oliveira, mesmo com o esquema de vacinação completo, confirmou em janeiro deste ano que estava com Covid-19 quando já circulava no Brasil a Ômicron (BA.1). Ela não teve sintomas graves e a mesma coisa ocorreu na segunda quinzena de junho quando novamente apresentou sintomas e o exame foi positivo para a doença. Ela também não fez o sequenciamento genético dos vírus.

Para a doutora Menira Souza, embora não se tenha falado em outro tipo de variante do coronavírus depois do Ômicron e suas sub variantes, é praticamente certo que outros virão. "O coronavírus é um vírus que tem genoma RNA que possui elevada variabilidade genética. Como estamos vivendo uma pandemia e em um contexto de um número elevado de pessoas ainda sendo infectadas em um mesmo período de tempo, com a utilização de diferentes vacinas e medicamentos, o vírus sofre mais pressão para continuar evoluindo e modificando o seu genoma, o que pode resultar em novas variantes."

Novas ondas

Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), tem reafirmado que haverá várias ondas da Covid, com tendência de uma a cada seis meses, fato revelado em publicação da revista científica Nature. A expectativa, segundo ele, é que sejam ondas de menor impacto, tanto em número de pessoas afetadas, quanto em casos graves e mortes, desde que os esquemas propostos de vacinação estejam completos. "Vamos viver assim por algum tempo até que a gente tenha uma vacina que consiga bloquear a infecção e reduzir a disseminação dessas variantes."

Para o presidente da SBI a expectativa está numa vacina futura, chamada pelos cientistas de pan coronavírus, ou seja, capaz de proteger contra todos os vírus, independente das variações. Por enquanto, é preciso fazer reforços de imunização. "Temos perspectiva de no segundo semestre ter vacina com a cepa da Ômicron, que mais se assemelha às variantes que estão circulando, levando a uma melhor proteção." Christiane Kobal concorda que as novas plataformas a serem lançadas por empresas como Pfizer e Moderna, vão definir a periodicidade necessária para o reforço de imunização contra a Covid-19.

Na semana passada, Denise Garret, vice-presidente de Epidemiologia Aplicada, do Sabin Vaccine Institute, disse numa rede social que a variante Delta produzia anticorpos por até três meses, mas com a Ômicron e as sub variantes a reinfecção pode ocorrer em até duas semanas. Christiane Kobal não acredita nessa possibilidade. "Nesse período o vírus não deixou o organismo. O problema é que os testes de antígenos encontrados em farmácias ou feitos em casa são menos sensíveis. A pessoa adoece, faz o teste e dá positivo. Como ninguém quer ficar isolado ou usar medidas de proteção, no quarto dia fazem um teste de antígeno que vai dar negativo. O ideal é fazer um teste de boa qualidade, como um PCR."

Para autoridades, há subnotificação

A SES considera que há subnotificação de casos de reinfecção. "No sistema oficial do Ministério da Saúde (MS) há o registro de 19 casos de reinfecção por Covid-19 referentes aos anos de 2020 e 2021 em Goiás. Em 2022, não há notificação de reinfecção", diz a pasta em nota. Segundo o comunicado, para confirmar a reinfecção é necessário ter as amostras de RT-PCR da primeira infecção, segunda, terceira ou mais para comparar se foi uma infecção por variantes diferentes ou pela mesma variante.

De acordo com a SES, pelos critérios do MS para considerar casos de reinfecção por Sars-CoV-2 a pessoa precisa ter dois resultados positivos de RT-PCR em tempo real; o intervalo tem de ser igual ou superior a 90 dias entre os dois episódios; e se há disponibilidade de amostras biológicas, com conservação adequada, para investigação em laboratório oficial que em Goiás é o Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros que faz o sequenciamento genômico.

O que ocorre, de acordo com a SES, é que muitos pacientes que apresentaram sintomas de Covid em mais de uma ocasião, não realizaram exames de RT-PCR, portanto não há amostras para fazer o sequenciamento genômico. Laboratórios particulares não armazenam as amostras por muito tempo. Superintendente de Vigilância em Saúde de Goiânia, Yves Mauro Ternes confirma as informações e também acredita que a subnotificação é grande.

Na capital, conforme Yves Mauro, desde o início da pandemia até 30 de junho último foram confirmados 268.679 de pacientes com Covid na rede SUS. Desses, 4.799 apresentaram dois exames positivos com intervalo maior que 90 dias, 1,78% do total. O que reforça o fato de que esse número não reflete a realidade é que no início de 2022 houve testagem maciça na rede privada, com maior pico de casos confirmados, cerca de 46 mil, mas não foram feitas as notificações. O mesmo ocorreu com pessoas que se testaram em farmácias, fizeram o auto-teste, além de casos de positividade em família. "Aliado a tudo isso, é preciso levar em conta a instabilidade do sistema".

Yves Mauro explica que no início do ano circulava a variante BA.1, da Ômicron. Nas últimas quatro semanas o sequenciamento genético mostrou que a BA.2 está predominando. "Ambas são mais transmissíveis, mas menos virulentas e não impactaram tanto a rede assistencial, com internações, ou mortes." Para interromper a cadeia de transmissão, a SMS de Goiânia decidiu ampliar a testagem. Na última semana de janeiro 30 mil pessoas fizeram o teste de Covid na rede pública, em maio, foram 17.700, mas na última semana de junho foram aplicados 46.400 testes. "Goiânia é uma das cidades do País que mais testam e a positividade acompanhou."

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Geral

Aparecida de Goiânia identifica duas novas sublinhagens da ômicron

Confirmação foi feita pelo Programa de Vigilância Genômica e envolvem três casos leves de pessoas infectadas com a variante BA.4 e BA.5 da ômicron. Não há indicativo de que surgimento destas novas mutações impactem nas internações e óbitos por Covid-19

Modificado em 20/09/2024, 00:12

Programa de Vigilância Genômica de Aparecida de Goiânia tem trabalho na identificação das mutações do coronavírus

Programa de Vigilância Genômica de Aparecida de Goiânia tem trabalho na identificação das mutações do coronavírus (Ascom/SMS de Aparecida de Goiânia)

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia, por meio do Programa de Vigilância Genômica, confirmou nesta segunda-feira (23) a identificação de duas novas sublinhagens da ômicron, variante do coronavírus: dois casos da BA.4 e um da BA.5. Segundo a pasta, são os primeiros registros destas sublinhagens no Centro-Oeste.

Em todo o mundo, já teriam sido identificados 2.317 casos da BA.4, sendo apenas 3 no Brasil. Números semelhantes foram registrados de BA.5, cerca de 2 mil no mundo, sendo 7 no Brasil. O impacto destas sublinhagens no organismo das pessoas ainda está sendo estudado. De acordo com a SMS, não é possível afirmar o alcance delas e se elas vão predominar em Aparecida.

"Neste ano, a variante ômicron foi a que predominou em Aparecida. 100% das amostras sequenciadas pelo nosso programa em 2022 são referentes a ela. Agora, observamos o surgimento dessas sublinhagens, que já foram relacionadas ao aumento de casos de Covid-19 em outros locais. Contudo, ainda não se pode falar em crescimento de hospitalizações e óbitos", afirma o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.

Os primeiros registros da BA.4 e BA.5 no mundo foi em meados de abril, na África do Sul, Alemanha, Botswana, Bélgica, Dinamarca e Reino Unido. Elas apresentam semelhanças com a BA.2, atualmente a linhagem que tem prevalecidos nos casos mapeados de infecção. Por enquanto, a orientação da SMS de Aparecida é manter os cuidados já recomendados pelos órgãos de saúde.

"Enquanto o Sars-CoV-2 estiver circulando, infectando e reinfectando pessoas, ele sofre mutações. Esse é um processo natural da replicação do vírus. Algumas dessas mutações podem garantir um maior poder de adaptação, gerando novas linhagens mais infectantes, letais ou com escape imunológico. Para analisar as consequências é necessário monitorar", comentou diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS, Érika Lopes, responsável pelo Programa de Sequenciamento Genômico.

A sublinhagem BA.4 foi encontrada em um casal -- uma mulher de 38 anos e o marido, de 39 - que está em isolamento domiciliar. Ambos apresentaram sintomas leves, como tosse seca, dor de cabeça e mialgia e estavam vacinados com três doses.

Já a BA.5 foi identificada em um homem de 20 anos em isolamento domiciliar e com dispneia, mialgia, dor de garganta e sintomas gripais. Ele está vacinado com duas doses.

A SMS de Aparecida já considera que já existe transmissão comunitária destas sublinhagens, uma vez que não foi possível identificar como os três moradores da cidade foram contaminados.

Reportagens publicadas pela imprensa nacional informam que a variante BA.5 pode estar sendo responsável pelo aumento de casos na África do Sul desde abril, dois meses após terem sido identificadas por lá, e na Europa. Na África do Sul, esta sublinhagem é, junto com a BA.4, predominante.

Maior programa no Brasil

O Programa de Vigilância Genômica de Aparecida de Goiânia é considerado o maior do gênero no Brasil administrado por uma prefeitura e tem analisado amostras colhidas em pacientes testados positivamente com Covid-19 na cidade desde abril de 2021, quando foi instaurado. Ao todo, já foram verificadas 2,6 mil amostras. Os sequenciamentos são feitos de forma terceirizada por um laboratório e ajudam o poder público na elaboração de estratégias no combate ao coronavírus.

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Aparecida de Goiânia identifica duas novas sublinhagens da ômicron

Confirmação foi feita pelo Programa de Vigilância Genômica e envolvem três casos leves de pessoas infectadas com a variante BA.4 e BA.5 da ômicron. Não há indicativo de que surgimento destas novas mutações impactem nas internações e óbitos por Covid-19

Modificado em 20/09/2024, 00:12

Programa de Vigilância Genômica de Aparecida de Goiânia tem trabalho na identificação das mutações do coronavírus

Programa de Vigilância Genômica de Aparecida de Goiânia tem trabalho na identificação das mutações do coronavírus (Ascom/SMS de Aparecida de Goiânia)

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia, por meio do Programa de Vigilância Genômica, confirmou nesta segunda-feira (23) a identificação de duas novas sublinhagens da ômicron, variante do coronavírus: dois casos da BA.4 e um da BA.5. Segundo a pasta, são os primeiros registros destas sublinhagens no Centro-Oeste.

Em todo o mundo, já teriam sido identificados 2.317 casos da BA.4, sendo apenas 3 no Brasil. Números semelhantes foram registrados de BA.5, cerca de 2 mil no mundo, sendo 7 no Brasil. O impacto destas sublinhagens no organismo das pessoas ainda está sendo estudado. De acordo com a SMS, não é possível afirmar o alcance delas e se elas vão predominar em Aparecida.

"Neste ano, a variante ômicron foi a que predominou em Aparecida. 100% das amostras sequenciadas pelo nosso programa em 2022 são referentes a ela. Agora, observamos o surgimento dessas sublinhagens, que já foram relacionadas ao aumento de casos de Covid-19 em outros locais. Contudo, ainda não se pode falar em crescimento de hospitalizações e óbitos", afirma o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.

Os primeiros registros da BA.4 e BA.5 no mundo foi em meados de abril, na África do Sul, Alemanha, Botswana, Bélgica, Dinamarca e Reino Unido. Elas apresentam semelhanças com a BA.2, atualmente a linhagem que tem prevalecidos nos casos mapeados de infecção. Por enquanto, a orientação da SMS de Aparecida é manter os cuidados já recomendados pelos órgãos de saúde.

"Enquanto o Sars-CoV-2 estiver circulando, infectando e reinfectando pessoas, ele sofre mutações. Esse é um processo natural da replicação do vírus. Algumas dessas mutações podem garantir um maior poder de adaptação, gerando novas linhagens mais infectantes, letais ou com escape imunológico. Para analisar as consequências é necessário monitorar", comentou diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS, Érika Lopes, responsável pelo Programa de Sequenciamento Genômico.

A sublinhagem BA.4 foi encontrada em um casal -- uma mulher de 38 anos e o marido, de 39 - que está em isolamento domiciliar. Ambos apresentaram sintomas leves, como tosse seca, dor de cabeça e mialgia e estavam vacinados com três doses.

Já a BA.5 foi identificada em um homem de 20 anos em isolamento domiciliar e com dispneia, mialgia, dor de garganta e sintomas gripais. Ele está vacinado com duas doses.

A SMS de Aparecida já considera que já existe transmissão comunitária destas sublinhagens, uma vez que não foi possível identificar como os três moradores da cidade foram contaminados.

Reportagens publicadas pela imprensa nacional informam que a variante BA.5 pode estar sendo responsável pelo aumento de casos na África do Sul desde abril, dois meses após terem sido identificadas por lá, e na Europa. Na África do Sul, esta sublinhagem é, junto com a BA.4, predominante.

Maior programa no Brasil

O Programa de Vigilância Genômica de Aparecida de Goiânia é considerado o maior do gênero no Brasil administrado por uma prefeitura e tem analisado amostras colhidas em pacientes testados positivamente com Covid-19 na cidade desde abril de 2021, quando foi instaurado. Ao todo, já foram verificadas 2,6 mil amostras. Os sequenciamentos são feitos de forma terceirizada por um laboratório e ajudam o poder público na elaboração de estratégias no combate ao coronavírus.

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Aparecida de Goiânia registra a primeira morte por Ômicron do Brasil

Paciente era um homem de 68 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial, vacinado com três doses da vacina

Modificado em 20/09/2024, 00:05

Aparecida de Goiânia registra a primeira morte por Ômicron do Brasil

(Wildes Barbosa/O Popular)

A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia confirmou nesta quinta-feira (6) o primeiro óbito pela variante ômicron por meio de sequenciamento genômico. O registro é o primeiro do Brasil, segundo a pasta.

Trata-se de um homem de 68 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Ele estava internado em unidade hospitalar do município.

De acordo com a Secretaria de Saúde, o paciente era contactante de um caso que a pasta já havia confirmado como infecção pela variante. O homem estava vacinado com três doses.

A confirmação do primeiro óbito ocorre exatamente dez dias após a declaração de transmissão comunitária na cidade. A detecção foi possível graças ao Programa Municipal de Sequenciamento Genômico que tem feito a análise de amostras positivas de RT-PCR coletadas no município para mapear a informação genética e identificar as variantes do SARS-CoV-2 (novo coronavírus) em circulação.

Até o momento, 2.386 sequenciamentos já foram realizados na cidade, que já confirmou 55 casos de ômicron. A prevalência da variante alcançou a casa dos 93,5%.