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Dupla cria perfil falso de garota de programa para enganar pastor e divulga imagens íntimas dele nas redes, diz polícia

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Palmas e Paraíso do Tocantins. Segundo a Polícia Civil, um dos suspeitos é ex-membro da igreja em que a vítima era pastor.

Modificado em 11/03/2025, 14:52

Viaturas da Polícia Civil do Tocantins

Viaturas da Polícia Civil do Tocantins (Reprodução/SSP-TO)

A Polícia Civil investiga um grupo suspeito de divulgar imagens íntimas de um pastor nas redes sociais. Segundo a investigação, os suspeitos teriam criado o perfil falso de uma garota de programa para enganar a vítima e depois publicaram o conteúdo obtido em páginas de notícia.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (11) em Palmas e Paraíso do Tocantins. Segundo a investigação, os suspeitos também usaram perfis de notícia para divulgar as imagens e acusar falsamente a vítima de crime (suposto assédio a garota de programa). Mesmo utilizando perfis anônimos, dois suspeitos foram identificados.

Conforme o delegado Antônio Onofre, os suspeitos têm 26 e 39 anos. Eles não tiveram os nomes divulgados e o g1 não conseguiu contato com a defesa deles.

A apuração da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC) apontou que um ex-membro de uma igreja em Paraíso do Tocantins, insatisfeito com a administração da instituição religiosa e com o pastor, criou o perfil falso se passando por uma garota de programa.

"Por meio desse perfil, o indivíduo enganou a vítima, convencendo-a a enviar imagens íntimas. Posteriormente, essas imagens foram divulgadas em portais de notícias na internet com o objetivo claro de desmoralizar o líder religioso e a instituição à qual ele pertence. Além disso, o autor ainda atribuiu falsamente ao líder a prática de um crime que nunca ocorreu", disse o delegado.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos endereços do criador do perfil falso, em Palmas, e do responsável pela divulgação das imagens, que mora em Paraíso. Segundo a Polícia Civil, durante a abordagem, o criador do perfil falso confessou os crimes.

Durante a Operação Unfollow foram apreendidos dispositivos eletrônicos. O nome da operação significar 'deixar de seguir'. Os policiais também investigam a possível participação de mais pessoas no crime.

O processo será enviado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para adoção das medidas legais necessárias.

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Homem morre afogado em lago dentro de condomínio

Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o jovem e mais três amigos decidiram atravessar o lago, e na metade do caminho o rapaz passou mal

Arthur Medeiros, jovem de 20 anos que morreu afogado em lago dentro de condomínio fechado

Arthur Medeiros, jovem de 20 anos que morreu afogado em lago dentro de condomínio fechado (Reprodução/Redes Sociais)

Um jovem, de 20 anos, morreu afogado enquanto nadava em um lago dentro de um condomínio fechado em Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o jovem e mais três amigos decidiram atravessar o lago, mas dentro da água o rapaz passou mal e não conseguiu chegar até o outro lado.

Na metade do caminho eles não conseguiram atravessar o lago, ele [a vítima] veio a passar mal. Eles [amigos] arrastaram ele até uma ilha no meio do lago e chamaram o Samu", disse o delegado Sergio Henrique.

O acidente aconteceu neste último domingo (2). Segundo o delegado, policiais da Polícia Militar (PM) ligaram para a Central de Flagrantes de Aparecida de Goiânia, Polícia Científica e o Instituto Médico Legal (IML).

A polícia informou que a morte do rapaz foi constatada dentro do condomínio pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Como o nome do condomínio não foi divulgado, a reportagem não conseguiu contato com a administração do local.

A reportagem tentou contato com o Samu nesta terça-feira (4) às 09h, mas até a última atualização desta reportagem não tivemos retorno.

Em algumas publicações nas redes sociais, amigos do jovem prestaram homenagens a ele.

Ainda sem acreditar irmão. Que Deus te receba de braços abertos. Vou levar seus conselhos de aprendizado sempre, cuida de nós aí de cima", disse um amigo.

Para sempre em meu coração irmão, descanse em paz nesse céu que ganhou uma nova estrela", escreveu outro amigo.

(Colaboraram Tatiane Barbosa e Gilmara Roberto, repórteres do g1 Goiás)

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Grupo dono de restaurantes de alto padrão de Goiânia alvo de investigação sonegou R$ 3 milhões, diz polícia

Segundo a polícia, a sonegação consistia na utilização de máquinas de cartão em Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) distintos ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) para assim camuflar o real faturamento

Imagens mostram o momento em que a polícia vai até os estabelecimentos fazer buscas e apreensões (Divulgação/Polícia Civil)

Imagens mostram o momento em que a polícia vai até os estabelecimentos fazer buscas e apreensões (Divulgação/Polícia Civil)

O grupo empresarial dono de restaurantes de alto padrão em Goiânia que foi alvo de uma operação da Polícia Civil de Goiás nesta terça-feira (25) sonegou R$ 3 milhões segundo a polícia. O delegado responsável pelo caso, Alexandre Alvim, disse ao POPULAR que o grupo usava medidas para burlar o real faturamento das empresas.

Segundo Alexandre Alvim, a sonegação consistia na utilização de máquinas de cartão de crédito e débito (POS) em Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) distintos ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) para assim camuflar o real faturamento dessas empresas e sonegar Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Elas [empresas] estavam cadastradas como se fossem no Simples Nacional, cujo faturamento limite é de R$ 3,6 milhões, só que elas possuem um faturamento muito superior; com a utilização desses outros CNPJs e CPFs, eles conseguiam camuflar o real faturamento e, assim, despistar a fiscalização", disse.

O POPULAR tentou contato com o grupo nesta quarta-feira (26) às 08h30, e na ligação uma funcionária disse que não poderia falar nada e não tinha autorização para passar o contato do dono do restaurante.

Nas redes sociais o restaurante publicou uma nota de esclarecimento dizendo que com 61 anos de história em Goiânia reitera seu compromisso com a transparência, ética e respeito às normas fiscais e legais. No texto diz também que não há qualquer condenação ou decisão judicial contra o restaurante.

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Até o momento, segundo a polícia, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em quatro estabelecimentos comerciais, sendo dois restaurantes, um salão de eventos e um empório. Os contadores do grupo também estão sendo investigados.

Na busca e apreensão foram apreendidos documentos, máquinas de cartão de crédito, que vão auxiliar nas investigações para conseguir detectar o real montante do valor sonegado por esse grupo de restaurantes", disse o delegado.

O superintendente de Fiscalização Regionalizada da Secretaria da Economia, Gustavo Henrique, explicou que se as irregularidades forem comprovadas, as empresas serão autuadas para ressarcir os valores sonegados aos cofres públicos.

Com a apuração da omissão realizada por essas empresas provavelmente elas serão desenquadradas do Simples Nacional e irão contribuir agora dentro do regime normal", disse.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em quatro estabelecimentos comerciais, sendo dois restaurantes, um salão de eventos e um empório (Divulgação/Polícia Civil)

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em quatro estabelecimentos comerciais, sendo dois restaurantes, um salão de eventos e um empório (Divulgação/Polícia Civil)

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Americano é resgatado de fazenda no Tocantins após promessa de conhecer o Brasil com tudo pago

Polícia Civil conseguiu retirá-lo da propriedade depois que ele conseguiu acionar a Embaixada Americana. Órgão vai dar apoio no retorno aos Estados Unidos

Modificado em 22/02/2025, 11:32

Samuel Nathan Bryan (camisa vermelha) chegou ao Brasil em janeiro de 2025

Samuel Nathan Bryan (camisa vermelha) chegou ao Brasil em janeiro de 2025 (Divulgação/Polícia Civil)

Um norte-americano mantido preso em uma fazenda que fica a 50 km de Ananás, no Bico do Papagaio, foi resgatado nesta sexta-feira (21). Ele havia sido convidado pela dona da propriedade para visitar o Brasil e só conseguiu sair do local após acionar a Embaixada Americana para pedir ajuda.

O resgate foi feito pela equipe da 18ª Delegacia de Polícia Civil do município, depois que a própria Embaixada informou a 3ª Central de Atendimento de Araguatins sobre a situação de Samuel Nathan Bryan, de 51 anos. A dona da fazenda estaria o impedindo de deixar a fazenda, segundo ele relatou às autoridades.

A polícia descobriu que o homem veio para o Brasil com a viagem custeada pela mulher, que não teve o nome divulgado. Os dois eram amigos e Samuel chegou ao país em janeiro deste ano.

Quando ele resolveu que queria retornar aos Estados Unidos, a mulher não teria deixado e o informou que não pagaria a passagem para ele ir embora.

Além de o impedir de deixar a fazenda, o delegado Eduardo Artiaga, responsável pelo caso, afirmou que Samuel relatou às autoridades que estaria sendo forçado a realizar trabalhos manuais para permanecer no local.

Os policiais chegaram à propriedade durante a manhã e conseguiram fazer o resgate e levar o americano para a delegacia. A Embaixada Americana foi contatada e vai auxiliar o homem a retornar aos Estados Unidos, informou o delegado.

A Polícia Civil vai investigar a conduta da proprietária da fazenda com relação à situação do americano na fazenda.

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Polícia investiga listas com babás 'não indicadas'

Compartilhados em diversos grupos de mães e condomínios de Goiânia, relatórios contêm dados de trabalhadoras com argumentos preconceituosos e difamatórios

Modificado em 19/02/2025, 06:53

Babá ouvida pela TV Anhanguera, sob a condição de anonimato, diz ter perdido trabalho após ter o nome na lista

Babá ouvida pela TV Anhanguera, sob a condição de anonimato, diz ter perdido trabalho após ter o nome na lista (Reprodutção/TV Anhanguera)

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) e o Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) vão abrir procedimentos de investigação para averiguar supostos crimes cometidos por contratantes de trabalhadoras domésticas em Goiânia e região metropolitana. O caso se refere a existência de uma lista com nomes, telefones e comentários preconceituosos e difamatórios a respeito de babás, faxineiras e cuidadoras que atuam na capital e cidades próximas. O relatório, compartilhado em grupos de WhatsApp de mães e condomínios, é intitulado de "Lista de babás não indicadas" e existe há pelo menos três anos. O caso foi denunciado nesta terça-feira (18) pela repórter Giovana Dourado, da TV Anhanguera.

Segundo a PC-GO, há pelo menos três denúncias feitas por trabalhadoras contra contratantes, sendo duas em distritos de Goiânia e uma em Aparecida de Goiânia, que estão em procedimento de investigação. Já o MPT informa que vai formalizar uma denúncia com base na matéria exibida pela TV Anhanguera, "para que as providências necessárias, no âmbito do Direito do Trabalho, sejam tomadas". O órgão ministerial conclui que no primeiro momento serão realizadas investigações e audiências para averiguar as circunstâncias e ouvir as partes envolvidas. Para regularizar a situação, pode ser proposto um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para a solução administrativa ou, caso haja recusa, o ajuizamento de ação na Justiça do Trabalho.

O POPULAR teve acesso a uma das listas compartilhadas, que tinha sido atualizada em dezembro passado. O modus operandi das contratantes era de ir alimentando a lista conforme o interesse, sempre acrescentando um novo nome no último compartilhamento e relembrando o relatório sempre que alguém pedia indicação de trabalhadoras ou a lista das "não indicadas". Na lista que a reportagem teve acesso há relatos como "trabalhou por 1 mês só finais de semana e fez várias ameaças de entrar na justiça", "referência falsa", "sem compromisso", "colocou injustamente na justiça contra os patrões" e até "roubo de joias" e "uso de drogas". Há também comentários sobre maus-tratos a crianças ou sobre a pessoa ser "oportunista", "mentirosa" ou "dissimulada".

A reportagem apurou também que desde a divulgação da matéria pela TV Anhanguera as listas estão sendo apagadas pelas administradoras dos grupos ou pelos membros e há casos que até mesmo os grupos foram apagados. Nos grupos também houve comentários sobre a matéria, mas com condenações aos termos utilizados pelas contratantes, que seriam pejorativos, preconceituosos e discriminatórios. Houve também quem defendesse a existência da lista em relação a confiança nas profissionais, sem que houvesse comentários. Para a TV Anhanguera, o juiz trabalhista Rodrigo Dias afirmou que o caso configura como discriminação e pode desencadear uma ação coletiva.

Na reportagem da TV Anhanguera, a lista utilizada diverge um pouco da que O POPULAR teve acesso, com comentários diferentes e 98 nomes, enquanto a obtida pelo jornal conta com 72 nomes. O que mostra a existência de diferentes relatórios sobre as trabalhadoras na região metropolitana de Goiânia, a depender de cada grupo. As babás ouvidas pela TV, sob a condição de anonimato, contam que perderam trabalhos após a divulgação dos nomes nas listas. Uma delas diz que teve um problema trabalhista, mas o relato da contratante está como de maus-tratos às crianças.

Já na tarde desta terça-feira (18), após a divulgação do caso na televisão, as babás relataram ao POPULAR que estavam sendo ameaçadas por contratantes caso denunciassem o caso da lista. Muitas das contatadas queriam saber sobre como o repórter conseguiu o contato e a prova de que era do jornal e, ainda assim, preferiram não serem identificadas. Disseram, porém, que a lista tem informações inverídicas e que prejudicaram a continuidade em outros serviços posteriores.

A trabalhadora doméstica Isa Benevides, que não se encontra nas listas, formou um grupo de WhatsApp com as mulheres prejudicadas. "Como trabalhadora doméstica, fiquei extremamente incomodada com o que vi, mesmo que meu nome não estivesse lá. Fui lendo e ficando ainda mais perplexa. Além de expor nomes e números de telefone de 98 mulheres, alguns nomes vinham acompanhados de descrições horríveis e preconceituosas", diz ela, que mantém o perfil @lugardeempregada no Instagram. Ao adicionar as pessoas citadas ao grupo, ela conta que muitas saíram de imediato, mas outras continuaram e relataram os motivos de estarem citadas na lista.

"São trabalhadoras com mais de nove anos de experiência na profissão, empregadas domésticas, babás e cuidadoras de idosos, todas prejudicadas por motivos banais. Algumas foram incluídas simplesmente porque a patroa 'não foi com a cara delas', outras porque eram gordas ou a cor do cabelo incomodava a patroa. O impacto foi e ainda está sendo devastador. Uma dessas mulheres chegou a tentar contra a própria vida. Outra precisou sair de Goiânia por um tempo para conseguir se reerguer", conta Isa.

Ela diz que das 98 profissionais na lista divulgada pela TV Anhanguera, 10 conseguiram registrar o boletim de ocorrência, sendo que 7 destas já tinham feito o registro há dois anos, mas que a investigação não prosseguiu. Outras duas pessoas fizeram denúncias nesta terça-feira (18) e outras disseram que faria o registro ao longo desta semana. A ideia, porém, é que as pessoas que estão no grupo realizem uma denúncia coletiva contra a ação das contratantes em razão das listas.