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Duplicação da BR-153 após Anápolis começa em 2025

Concessionária do trecho até a divisa com Tocantins promete serviços para o próximo ano, o quarto desde concessão. Uruaçu, Campinorte, Rialma e Rianápolis serão contempladas

Modificado em 12/11/2024, 15:20

BR-153, no sentido Norte, entre os municípios de Jaraguá e São Francisco de Goiás: obras da Ecovias do Araguaia para duplicação se concentraram até agora apenas em Tocantins

BR-153, no sentido Norte, entre os municípios de Jaraguá e São Francisco de Goiás: obras da Ecovias do Araguaia para duplicação se concentraram até agora apenas em Tocantins (Diomício Gomes)

A duplicação dos primeiros trechos da BR-153 no tramo norte em Goiás, entre Anápolis e a divisa com o Tocantins, devem ser iniciadas no próximo ano e com a previsão de término até outubro, conforme aponta o contrato de concessão da Ecovias do Araguaia, empresa responsável pelo trecho desde 2021. A concessionária informa que, em Goiás, a previsão é que "até o final do 4º ano de concessão sejam realizados cerca de 53,44 quilômetros (km) de duplicações, contemplando Uruaçu (16,4 km), Campinorte (7 km), Rialma (28,6 km) e Rianápolis (1,4 km)". No 3º ano de concessão (2024), a Ecovias finalizou o primeiro trecho duplicado da rodovia que administra, com 12,85 km na região de Gurupi (TO).

As obras neste ano foram iniciadas em maio e entregues no final de setembro, sendo realizadas antes do período chuvoso. A Ecovias do Araguaia não sinalizou ao jornal qual é o cronograma dos serviços estimados para 2025, quanto a data de início ou término, mas confirmou a realização dos primeiros trechos de duplicação no Estado de Goiás. A ampliação da malha rodoviária no trecho norte é uma demanda antiga da população e motoristas que trafegam na região. Apesar de já ter realizado obras de requalificação asfáltica no trecho, há ainda preocupação com acidentes na via que já foi considerada a pior do Estado.

A rodovia BR-153 foi iniciada em 1959 e seu tramo norte em território goiano, a partir de Anápolis, ficou conhecido como Belém-Brasília, por ser a ligação da capital federal até a região norte. A fundação da via se deu no governo do presidente Juscelino Kubitschek, caracterizado pelas obras de desenvolvimento para as regiões, até então, com menor investimento federal (Centro-Oeste e Norte). Oficialmente, a rodovia é chamada de Presidente João Goulart, mas há trecho também denominado Bernardo Sayão, que foi o engenheiro responsável pela obra. O tramo sul, de Anápolis a Itumbiara, passando por Goiânia, foi duplicado nos anos 2000, com término da obra no início dos anos 2010, o que nunca ocorreu no outro trecho.

A falta de duplicação no local é vista como o principal motivo para os altos números de acidentes atualmente, visto que já não há a alta presença de buracos, como ocorria até 2022. Isso ocorre porque, com a alta demanda de tráfego no trecho, sobretudo de caminhões para o transporte da produção à região Norte do Brasil e vice-versa, não há espaços para ultrapassagens, o que leva a casos de saídas de pista. Na segunda-feira (4), um casal morreu na região de Porangatu. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou na ocasião que o veículo em que o homem de 47 anos e uma mulher estavam, por motivo desconhecido, atravessou a pista em uma curva e chocou-se com um caminhão no sentido contrário.

A duplicação da pista no local poderia ter evitado a colisão, embora ainda pudesse ocorrer a saída da pista. O casal ia de Uruaçu a Porangatu, onde moravam. A Ecovias do Araguaia aponta o município de Uruaçu como um dos contemplados com a duplicação, mas isso deve ocorrer, neste ano, no trecho até Campinorte, assim como de Rialma e Rianápolis. De acordo com a Superintendência da PRF em Goiás, em todo o ano de 2023, no trecho de Anápolis ao Tocantins foram registrados 352 sinistros, sendo 116 graves, com 50 mortos e 434 feridos, ou seja, uma média de uma ocorrência por dia. Neste ano, até o dia 6 deste mês, foram 228 registros, sendo 61 graves, com 16 mortos e 266 feridos, o que gera uma média de 0,73 por dia.

De acordo com a Ecovias do Araguaia, no trecho sob concessão da empresa, "no comparativo entre janeiro e outubro de 2023 e janeiro a outubro de 2024, houve uma redução de 35% no número de acidentes com vítimas fatais, resultado de um trabalho constante de melhoria da infraestrutura rodoviária e conscientização dos motoristas". Já com relação aos atendimentos operacionais, que são aqueles oferecidos em diferentes situações na rodovia, a concessionária já efetuou, até outubro, cerca de 130 mil atendimentos. Dentre estes, estão a remoção de veículo (34.091), o socorro mecânico (8.452), socorro médico (6.848), apreensão/resgate de animais (449), combate a incêndio (2.115) e a inspeção da rodovia (75.093).

Obras

A Ecovias do Araguaia informa que as obras de duplicação previstas para 2025, em Goiás e Tocantins, terão um investimento de R$ 410 milhões. Além disso, "as obras do 4º ano contemplam ainda serviços de ampliação como dois viadutos, retornos, três pontes, quase 30 km de vias marginais, quatro acessos e passarelas". Em Goiás, até o final do contrato, serão 448,54 quilômetros de rodovias duplicadas, segundo a concessionária. Ao todo, o contrato de concessão firmado em 2021 prevê 622 quilômetros de duplicações, sendo que 57% desse total tem a previsão de conclusão até o 10º ano (outubro de 2032).

Além das obras de duplicação, em Goiás, o contrato de concessão, firmado junto ao governo federal, estão previstas, ao longo do contrato, a implantação de "144 novos retornos, 42 dispositivos de interconexão, 27 quilômetros de faixas adicionais, 16 novos acessos e a implantação de 6 quilômetros de novas pistas na construção do contorno de Corumbá". A Ecovias informa ainda que nos trechos urbanos, "serão instaladas 19 passarelas para pedestres e 110 pontos de ônibus, além da iluminação de travessias urbanas e a implantação de 90 quilômetros de vias marginais".

Na região de Anápolis, por exemplo, estão previstas obras de 11,98 km de duplicação, 17,26 km de faixa adicional e 22,32 km de vias marginais, além de 8 passarelas e 2 retornos. Já em Porangatu, no extremo norte do trecho concessionado, haverá a obra mais extensa de duplicação, com 85,81 km, além de 7,9 km de vias marginais. A segunda maior extensão de duplicação será em Campinorte, com um total de 41,15 km, sendo 7 km realizados em 2025, conforme a previsão da concessionária.

Setor produtivo aguarda grupo como cronograma

As entidades representativas do setor produtivo em Goiás entendem que a duplicação da BR-153 entre Anápolis e a divisa com o Tocantins é primordial para a segurança e para o desenvolvimento e competitividade da produção goiana. Em setembro passado, um seminário realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e a Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg) discutiu a importância da obra e ficou acordado com a concessionária responsável pelo trecho, Ecovias do Araguaia, a formação de um grupo de trabalho para a discussão quando da realização do serviço nos perímetros urbanos dos municípios.

Presidente da Facieg, Márcio Luís da Silva diz que o encontro foi importante para entender o planejamento e abrir o canal de comunicação com a concessionária. "Mas desde então nós tentamos outros contatos e não tivemos retorno. O contrato é bem generoso com os prazos das obras de duplicação, mas no ano que vem tem essa previsão de começar a duplicação. Não sabemos quando vai começar, nem por onde", conta. Segundo ele, o grupo de trabalho teria o objetivo de esclarecer o organograma e a dinâmica das obras para que os empresários locais pudessem se organizar.

Segundo relata o presidente da Facieg, as obras no Tocantins foram realizadas sem esse diálogo e muitos empresários se sentiram prejudicados com as obras no perímetro urbano das cidades, já que atingiam diretamente ou indiretamente seus negócios. "Não queremos que isso ocorra em Goiás. Então acordamos que fosse montado esse grupo de trabalho, mas até hoje não formaram, não falaram mais nada", diz. Márcio Luís considera que o trecho norte da BR-153 é uma das principais vias de desenvolvimento para o Estado de Goiás por sua localização estratégica.

"O volume de veículos aumentou bastante, principalmente de caminhões, que hoje em dia são maiores, mais extensos e velozes. É uma rodovia simples e sem pontos de ultrapassagem, com muitos radares. Isso afeta muito a questão econômica, além da segurança em si", acredita o empresário. No entanto, ele reforça que é "inegável a melhoria da pista" desde a entrada da nova concessionária em 2021. "Enquanto não tem a duplicação poderia ampliar a terceira pista pelo menos. Poderiam informar também onde vai começar, como vai ser, para a gente poder tomar as providências, mas até agora nada", afirma.

Presidente do do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Fieg, Célio Eustáquio de Moura, afirma que a duplicação do trecho norte da BR-153 "tem uma importância vital para a melhoria da logística rodoviária do estado". Segundo ele, o aumento da trafegabilidade no local implica em maior fluidez, mais segurança para os usuários da rodovia e "principalmente maior modicidade para o transporte de cargas do setor produtivo". Moura reforçou que a concessionária informou que obedecerá os prazos estabelecidos pela concessão. "Temos expectativa que com índices positivos de crescimento da nossa região, venha estimulá-los a promover a antecipação do cronograma de entrega das melhorias previstas. Continuaremos firmes no intuito de contribuirmos para melhoria de toda logística do estado, melhorando as condições de competitividade das empresas e a vida dos cidadãos."

Pedágio

Uma das principais reclamações dos motoristas que se locomovem pela BR-153 no trecho norte é o valor do pedágio, que chega a ser de R$ 15,30 para um automóvel de passeio. Para se ter uma ideia, para ir de carro de Anápolis ao Tocantins, o motorista vai ter de pagar R$ 66,60 ao passar por cinco praças de pedágio. Uma passagem de ônibus de Anápolis a Porangatu, por exemplo, tem o custo entre R$ 120 e R$ 150, a depender da empresa responsável. O último reajuste ocorreu em outubro passado, sendo o segundo realizado para essa concessão. Válido lembrar que entre 2010 e 2017, o trecho ficou sob responsabilidade da concessionária Galvão, que sofreu a perda do contrato por caducidade e a nova licitação ocorreu em 2021.

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Quase 200 bairros de Anápolis podem ficar sem água nesta sexta-feira durante manutenção emergencial; veja lista

A interrupção vai acontecer nesta sexta-feira (14) a partir das 8h, com previsão de conclusão às 16h

Estação de Tratamento de Água (ETA) Compacta em Anápolis

Estação de Tratamento de Água (ETA) Compacta em Anápolis (Reprodução/Saneago)

A Companhia Saneamento de Goiás (Saneago) informou que será necessário realizar uma manutenção de emergência para consertar um vazamento na Estação de Tratamento de Água de Anápolis, a 55km de Goiânia. Segundo a companhia, 193 bairros do Sistema Piancó poderão ficar sem água (confira a lista no final da matéria).

A interrupção vai acontecer nesta sexta-feira (14) a partir das 8h, com previsão de conclusão às 16h. Segundo a Saneago, será realizada também a limpeza do poço de sucção na captação Piancó 1, substituindo os transformadores da captação.

A companhia alerta que o abastecimento não é normalizado quando o bombeamento é retomado, a normalização da água é gradual e acontece à medida em que as redes e os reservatórios são carregados com carga d'água.

O retorno da água, segundo a Saneago, será iniciado pelos reservatórios da zona baixa, depois zona média e por último, zona alta. A recuperação total do sistema está prevista para acontecer até sábado (15).

A Saneago pede que a população seja consciente no consumo de água das reservas nas caixas d'água de suas residências.

Lista de bairros afetados:

Adriana Parque
Alto da Bela Vista
Anápolis City
Andracel Center
Anexo Antônio Fernandes
Anexo Itamaraty
Bairro Alvorada
Bairro Antônio Fernandes
Bairro Boa Vista
Bairro Bom Sucesso
Bairro da Lapa
Bairro das Bandeiras
Bairro de Lourdes
Bairro Eldorado
Bairro Frei Eustáquio
Bairro Itamaraty 1ª, 2ª, 3ª e 4ª etapas
Bairro JK
Bairro Jóquei Clube
Bairro Maracanã
Bairro Maracanazinho
Bairro Recanto do Sol
Bairro Santo Antônio
Bairro São Carlos
Bairro São Jerônimo
Bairro São Jorge
Bairro São Lourenço
Bairro São Sebastião
Campos Elísios
Centro
Chácara Colorado
Chácaras Americanas
Cidade Jardim
Cidade Universitária
Cidade Universitária
Condomínio Bellas Artes
Condomínio Reserva da Base
Condomínio Sol Nascente
Condomínio Tropical
Condomínio Vila Lobos
Conjunto Filostro Machado
Conjunto Jamaica
Conjunto Mirage
Conjunto Village
Dom Pedro II
Flor do Cerrado
Frei Eustáquio
Granjas Santo Antônio
Iapc
Jardim Alexandrina
Jardim América
Jardim Arco Verde 1ª e 2ª etapas
Jardim Bandeirante
Jardim Boa Vista
Jardim das Américas 1ª, 2ª e 3ª etapas
Jardim das Oliveiras
Jardim dos Ipês
Jardim Eldorado
Jardim Europa
Jardim Goiano
Jardim Guanabara
Jardim Ibirapuera
Jardim Palmares
Jardim Petrópolis
Jardim Planalto
Jardim Primaveras 1ª e 2 ª etapas
Jardim Progresso
Jardim Santa Cecilia
Jardim Santana
Jardim Silveira
Jardim Suiço
Jardim Tesouro
Jardim Vera Cruz
Jardim Village
Jardins do Lago
JK Nova Capital
JK Oeste
Loteamento Guanabara
Loteamento Jardim Flor de Liz
Loteamento Jardim São Paulo
Loteamento Novo Jundiaí
Loteamento Residencial Alphaville
Loteamento Santa Clara
Nações Unidas
Nova Vila Jaiara
Parque Brasília
Parque dos Eucalíptos
Parque dos Pirineus
Parque Iracema
Parque Michel
Parque Residencial Ander
Parque Residencial das Flores
Recanto do Sol
Residencial Aldeia dos Sonhos
Residencial Alphaville
Residencial América
Residencial Ana Carolina
Residencial Anaville
Residencial Araguaia
Residencial Araujoville
Residencial Ayrton Senna
Residencial Boa Esperança
Residencial Bougainville
Residencial Cerejeiras
Residencial das Rosas
Residencial Dom Emanoel
Residencial Dom Felipe
Residencial Gabriela
Residencial Galdí
Residencial Gran Ville
Residencial Idelfonso Limírio
Residencial Ipanema
Residencial Itororó
Residencial Jandaia
Residencial Las Palmas
Residencial Leblon
Residencial Maria Augusta
Residencial Mônica Braga
Residencial Morada Nova
Residencial Palmeiras
Residencial Paris
Residencial Portal do Cerrado
Residencial Rio Jordão
Residencial San Marco
Residencial Santa Cruz
Residencial Santo Antônio
Residencial Santo Expedito
Residencial São Cristóvão
Residencial Shangrilá
Residencial Tangará
Residencial Terezinha Braga
Residencial Vale do Sol
Residencial Valência
Residencial Veneza
Residencial Verona
Residencial Vida Nova
Residencial Vila Feliz
Residencial Virgínia Correa
Residencial Centenário
Residencial Alfredo Abrhão
Setor Central
Setor Industrial Aeroporto
Setor Jundiaí Industrial
Setor Lago dos Buritis
Setor Nova Capital
Setor Residencial Jandaia
Setor Scala
Setor Sul 1ª, 2ª e 3ª etapas
Setor Tropical Sítios de Recreio
Summerville
Vila Bella
Vila Brasil
Vila Calixto Abrão
Vila Celina
Vila Corumbá
Vila das Acácias
Vila de Lourdes
Vila dos Oficiais
Vila Fabril
Vila Falluh
Vila Formosa
Vila Formosa JK
Vila Goiás
Vila Góis
Vila Harmonia
Vila Industrial Jundiaí
Vila Jaiara
Vila João Luiz de Oliveira
Vila João XXIII
Vila Jussara
Vila Menino Jesus
Vila Norte
Vila Nossa Senhora Aparecida
Vila Nova Jaiara
Vila Rica
Vila Santa Isabel
Vila Santa Maria
Vila Santa Maria de Nazareth
Vila Santana
Vila São João
Vila São Jorge
Vila São José
Vila Sul
Vila Tocantins
Vila União Central

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Abatedouro clandestino de cavalos é descoberto em zona rural de Anápolis

40 animais encontrados com sinais de maus-tratos foram encaminhados para tratamento em uma chácara da Prefeitura de Anápolis

Modificado em 10/03/2025, 17:23

Cavalo encontrado pela polícia em abatedouro (Paulo de Tarso/SECOM/Prefeitura de Anápolis)

Cavalo encontrado pela polícia em abatedouro (Paulo de Tarso/SECOM/Prefeitura de Anápolis)

Um abatedouro clandestino de cavalos foi descoberto em Anápolis, no centro goiano, segundo a polícia. A descoberta foi feita por meio de uma denúncia de moradores, que deu início à operação realizada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Polícia Civil, Polícia Militar e Batalhão Rural. Conforme os militares, dois suspeitos, que teriam suposta ligação com o abatedouro foram presos.

Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, O Daqui não localizou as defesas até a última atualização desta reportagem.

A operação realizada neste domingo (9) descobriu que o abatedouro clandestino foi identificado por meio de denúncias dos moradores. Na denúncia, foi informado que havia uma movimentação anormal de urubus no local, além do forte odor. Nos relatos, os moradores também suspeitaram que a carne estava sendo comercializada.

Segundo o capitão Leyster Araujo, policial militar da Patrulha Rural, a suspeita é de que a carne estava sendo comercializada. "Encontramos animais já separados em uma espécie de curral para serem abatidos. Tudo evidencia que essa carne era comercializada para o cidadão", afirmou em entrevista à TV Anhanguera.

Ao chegar ao local, os órgãos responsáveis pela operação encontraram 40 cavalos em condições de maus-tratos, sem acesso à alimentação e sem água. Além disso, muitos estavam com ferimentos graves, como patas quebradas e olhos lesionados.

Abatedouro ilegal em Anápolis (Paulo de Tarso/Secom/Prefeitura de Anápolis)

Abatedouro ilegal em Anápolis (Paulo de Tarso/Secom/Prefeitura de Anápolis)

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) acredita que o local era utilizado para abater a carne, que, em seguida, era encaminhada para transformação.

A gente percebeu que era um local de abate. Deve haver um local onde é feita a manipulação e transformação dessa carne. Então, nós vamos até esse local, estamos investigando onde é, e quais pontos de venda estavam fazendo o comércio desse produto", afirmou Marcelo Guimarães, coordenador regional da Agrodefesa, em entrevista à TV Anhanguera.

Os animais encontrados foram encaminhados para a chácara da Prefeitura de Anápolis para receber tratamento. A Polícia Científica esteve no local para realizar a perícia, e as investigações estão em andamento.

O secretário de Meio Ambiente de Anápolis, Rone Barbosa, informou que a prefeitura aguarda as investigações.

É um alerta para que a prefeitura atue de forma mais incisiva na avaliação dos produtos que estão sendo consumidos na cidade. Qualquer conclusão nesse momento é prematura em relação ao destino dessa carne; cabe à investigação policial", ressaltou Rone Barbosa em entrevista à TV Anhanguera.

Os animais foram encaminhados para tratamento em uma chácara da Prefeitura de Anápolis (Paulo de Tarso/Secom/Prefeitura de Anápolis)

Os animais foram encaminhados para tratamento em uma chácara da Prefeitura de Anápolis (Paulo de Tarso/Secom/Prefeitura de Anápolis)

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Bebê de 7 meses é resgatado após ficar trancado dentro de carro; vídeo

Segundo os bombeiros, a mãe foi pegar o bebê no banco traseiro quando percebeu que o carro havia se trancado com a chave dentro

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Um bebê de 7 meses foi resgatado após ficar trancado acidentalmente dentro de um carro na Avenida Universitária, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo o Corpo de Bombeiros, a mãe havia saído do veículo para pegar a filha no banco traseiro quando percebeu que o carro havia se trancado com a chave dentro. Apesar do susto, o bebê passa bem.

O incidente ocorreu na tarde de quinta-feira (6). O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente e, com o auxílio de um chaveiro, conseguiu destravar o veículo e resgatar a criança em segurança.

Dona de creche vira ré por homicídio qualificado após esquecer criança dentro de carro
Mãe de menino que morreu após ficar trancado em carro passa mal duas vezes e desmaia durante depoimento
Adolescente suspeito de assassinar idosa em escola abandonada é achado morto dentro de centro socioeducativo

Após a retirada, o bebê foi avaliado no local e não apresentou nenhum problema de saúde, sendo liberado em seguida. O Corpo de Bombeiros reforça a importância de redobrar a atenção ao manusear as chaves do carro, especialmente na presença de crianças, para evitar situações semelhantes.

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Comida estragada e idosos dopados: Clínica clandestina é interditada por condições insalubres e maus-tratos, diz polícia

Internos alegaram que sofriam violência psicológica e passavam fome. Idosos eram cuidados por dois ex-dependentes químicos sem nenhuma formação, segundo a polícia

Havia fezes e urina no colchão, além de idosos dopados (Divulgação/Polícia Civil)

Havia fezes e urina no colchão, além de idosos dopados (Divulgação/Polícia Civil)

Uma clínica clandestina foi interditada por condições insalubres e maus-tratos contra idosos, em Joanápolis, distrito de Anápolis, de acordo com a Polícia Civil (PC). Durante a visita, os policiais notaram que o local estava infestado de fezes e urina, tinha comida estragada e havia internos dopados. O dono da clínica, que é advogado, está foragido, segundo a PC.

Por não ter o nome divulgado, a reportagem não conseguiu localizar a defesa dele para que pudesse se posicionar. A reportagem pediu posicionamento para a Ordem dos Advogados do Brasil -- Seção Goiás (OAB-GO), mas a instituição disse não ter sido informada da ocorrência e que ainda não sabe o nome do suspeito.

A inspeção ocorreu na manhã desta sexta-feira (21) após a Delegacia do Idoso de Anápolis (Deai) receber uma denúncia anônima de uma família que resgatou uma interna. A idosa teria conseguido fazer uma ligação, no dia anterior, para seus parentes e contado a situação que estava vivendo.

À TV Anhanguera, o delegado responsável pelo caso, Manoel Vanderic, descreveu que os agentes se surpreenderam quando entraram no abrigo a viram as condições do local.

Estava caótico. Muitas fezes, muita urina nos colchões, mau cheiro. A geladeira sem alimento, produtos vencidos, comida muito fermentada já na panela na cozinha para o dia seguinte. A gente percebeu que alguns idosos estavam meio dopados. [...] Alguns idosos estavam com muita coceira, com muita ferida no braço. A gente não sabe se é sarna ou se é uma reação alérgica ou de medicação", explicou

Segundo o delegado, idosos reclamaram que sofriam violência psicológica, fome e a comida não era apropriada: "Alguns não conseguiam mastigar e ficavam sem comer. Eles reclamaram que no lanche da tarde era bolacha e a janta às vezes era só macarrão", disse Vanderic.

Na clínica havia alimentos vencidos na geladeira e tinha comida "fermentada" para o outro dia (Divulgação/Polícia Civil)

Na clínica havia alimentos vencidos na geladeira e tinha comida "fermentada" para o outro dia (Divulgação/Polícia Civil)

Funcionários

A polícia apontou que os dois funcionários que trabalhavam na clínica eram ex-dependentes químicos, que já foram internos do dono do abrigo. Eles ficavam responsáveis pelos idosos, inclusive pela entrega da medicação.

Eles estavam em uma outra clínica desse dono e então ele os levou para trabalhar lá, com a promessa de que iria pagar um salário mínimo, mas não pagou. Eles ficavam 24 horas na clínica. [...] Quem dava medicação para os idosos, muita coisa pesada psiquiátrica, era um ex-dependente químico que não tem nenhuma formação.", disse o investigador.

De acordo com PC, os internos foram resgatados e enviados para dois abrigos de Anápolis, São Vicente e Guardalupe. Ao POPULAR, a Secretaria Municipal de Assistência Social informou que enviou uma equipe para acompanhar a ocorrência e dar suporte às vítimas, que foram encaminhadas para uma instituição de longa permanência do município, onde aguardam a chegada dos familiares.

Foragido

Conforme a polícia, o dono da clínica soube da operação e fugiu do local. Ele não foi encontrado nos endereços dele e é considerado foragido.

O delegado citou que o suspeito já havia sido preso e indiciado por cárcere privado, maus-tratos, apropriação de aposentadoria, retenção de documentação do idoso e trabalho análogo à escravo, devido às clínicas que ele tinha em Anápolis e Abadiânia. Agora, poderá responder pelos mesmos crimes, conforme o investigador.

O local onde a clínica funcionava foi alugado há três meses, mas o aluguel não foi pago e a proprietária já havia pedido o despejo, segundo a polícia. O caso segue sendo investigado.

(Colaborou Elisângela Nogueira, da TV Anhanguera - Anápolis)