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El Niño pode afetar o Rio Araguaia

Seca severa na Amazônia acende alerta para a condição hidrológica dos rios no Cerrado. Fenômeno deve atingir o ápice em dezembro, reduzindo as chuvas na região Centro-Oeste

Modificado em 19/09/2024, 01:19

Rio Araguaia: situação será preocupante em dezembro, prevê o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)

Rio Araguaia: situação será preocupante em dezembro, prevê o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)
 (Cristiano Borges)

A severidade da crise hidrológica provocada pela seca na Região Norte acende o alerta para o que pode ocorrer na bacia do Tocantins-Araguaia. O fenômeno El Niño, segundo analistas da área, deve atingir o ápice em dezembro, reduzindo os índices pluviométricos no Centro-Oeste e mantendo um maior volume de chuvas no Sul. Na última quinzena de dezembro, dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), com base em medições da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), mostraram que a situação do Rio Araguaia é preocupante.

André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), reconhece que o monitoramento do Rio Araguaia feito pela pasta mostra que "ele está baixo, mas não muito distante dos outros anos, já que as chuvas não começaram efetivamente". A vazão do Araguaia, considerado um rio federal, é medida pela ANA que esta semana está enfrentando problemas com os computadores que fazem medições.

Uma previsão em conjunto realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), pela Fundação Cearense de Meteorologia (Fuceme) e pelo Instituto Nacional de Meteorologia, que é ligado ao Ministério da Agricultura, revela uma situação polarizada no Brasil no último trimestre do ano: o Norte com redução de até 200 mm de chuvas, principalmente nos estados do Pará e Amazonas, enquanto no Sul, mais no Rio Grande do Sul, o aumento da precipitação vai ficar na faixa de 50 a 100 mm entre outubro e dezembro. Em Goiás, no mesmo período, a redução de chuva prevista no documento é de 50 mm, comparado à média histórica.

Chefe da Divisão de Modelagem Numérica do Sistema Terrestre do Inpe e colaborador do Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais (Cempa Cerrado), que está ancorado na Universidade Federal de Goiás (UFG), o físico Saulo Ribeiro de Freitas disse que o El Niño, somado aos efeitos do aquecimento global, vai provocar um verão mais quente e mais seco do que o normal nas regiões Norte e Centro-Oeste do País. O Sul, entretanto, vai continuar enfrentando chuvas torrenciais.

A bacia hidrográfica Tocantins-Araguaia, a maior do País, localizada totalmente no território nacional, abrange os estados do Tocantins, Pará, Maranhão, Goiás, Mato Grosso e o território do Distrito Federal. Suas águas são de grande relevância para a geração de energia elétrica, navegação, abastecimento da população e em atividades econômicas, como a agropecuária. Se for confirmado um regime menor de chuvas até dezembro, esses setores serão impactados.

Saulo Freitas explica que as três instituições observaram que o fenômeno El Niño - o aquecimento do oceano Pacífico ao longo da latitude do Equador - ainda não estacionou. "Isso preocupa porque indica uma persistência de baixa precipitação e aquecimento mais ao Norte do País, incluindo a região Centro-Oeste, que muito provavelmente pode chegar até a virada do ano".

O estudo mostra que pelo menos até dezembro, nos estados dessas regiões, como Goiás, as temperaturas vão ficar de 2 a 3 graus acima do que é esperado, ou seja, da média histórica.

"Ondas de calor, concentradas em uma, duas semanas, devem persistir, não somente por causa do El Niño, mas também pelo aquecimento do planeta. Pela nossa experiência, as anomalias identificadas indicam menos chuva até o final do ano no Norte e Centro do Brasil o que certamente pode levar a uma questão mais severa das condições das bacias hidrográficas", detalha Saulo Freitas.

Estudos mostram redução de vazão e de chuvas

Em maio de 2022, Luciano B. Lima e Dilermando Pereira Lima Júnior, do Laboratório de Ecologia e Conservação de Ecossistemas Aquáticos, da Universidade Federal de Mato Grosso, com a parceria de Francisco Cribari Neto, do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Pernambuco, publicaram um estudo mostrando que as vazões dos rios Araguaia e Tocantins estão diminuindo gradativamente.

Os pesquisadores observaram os registros históricos de 27 estações de medição até o ano de 2019 e constataram vazões abaixo da média em 19 delas, em especial nos períodos de estiagem.

Segundo os pesquisadores, investigações já realizadas indicam que as alterações no uso do solo e climáticas - principalmente através do aumento do déficit de pressão de vapor - já impactaram o bioma Cerrado. E esses fatores podem estar contribuindo para a redução da vazão dos rios, um movimento que irá influenciar outras bacias hidrográficas repercutindo no uso na irrigação e produção de energia, por exemplo.

Outro estudo, publicado na revista científica Nature, capitaneado por Gabriel Selbach Hofmann, pesquisador do Laboratório de Geoprocessamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, analisa a frequência de chuvas no Cerrado entre 1960 e 2021 em quatro períodos do ano.

Os resultados apontam uma redução significativa, de até 50%, na precipitação total e no número de dias chuvosos. Os resultados do estudo sugerem uma expansão e intensificação da estação seca na região, podendo trazer sérios impactos ambientais e sociais.

Os pesquisadores encontraram alterações significativas na evapotranspiração, na umidade do ar e na circulação atmosférica que ajudam a compreender a redução das chuvas no Cerrado em cada período do ano, mas também as amplas mudanças que têm transferido a umidade de regiões tropicais para o sul do país. "Com a redução das chuvas, há uma tendência ao déficit hídrico na maior parte do Cerrado, o que resultará em impactos e desafios para o futuro da região", afirma Gabriel Hofmann.

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Pescadores pegam Piraíba de mais de 2 metros e 120 quilos no Rio Araguaia

Guia de pesca garantiu que após a pesca, o animal foi devolvido para o rio

Modificado em 06/03/2025, 20:26

Guia de pesca e duas famílias pescaram Piraíba (Divulgação/ Redes Sociais)

Guia de pesca e duas famílias pescaram Piraíba (Divulgação/ Redes Sociais)

Um guia de pesca pescou juntamente com duas famílias, na terça-feira (4), um peixe de 120 kg e 2,20 metros no Rio Araguaia, Nova Crixás, região sudeste do estado. Segundo o biólogo, Hélder Lúcio Rodrigues, o animal é da espécie Piraíba (Brachyplatystoma filamentosum) ou popularmente conhecido como "filhote" pode ser encontrado ainda maior na Bacia Tocantins-Araguaia, podendo ultrapassar os 150 kg.

Segundo Josevaldo Camargo, guia de pesca, fisgar o peixe foi uma surpresa, pois eles ficam espalhados em diversos pontos. Ele afirma que estava acompanhando as famílias e saiu sem intuito nenhum de encontrar o animal.

Guia de pesca e duas famílias encontram Piraíba (Divulgação/ Redes Sociais)

Guia de pesca e duas famílias encontram Piraíba (Divulgação/ Redes Sociais)

Após decidirem soltar a linha e começar a pesca esportiva, que durou um pouco mais de uma hora, encontraram a piraíba de mais de dois metros. A turma se juntou e levou cerca de 50 minutos para tirar o peixe da água. O guia de pesca garantiu que o soltaram logo em seguida.

A gente conseguiu tirar esse peixe.Tiramos as fotos, fizemos os vídeos e logo fizemos a soltura dele também, que é o mais importante."

Homem morre afogado no Rio Araguaia no interior do Tocantins Homem morre afogado em lago dentro de condomínio

Ainda segundo o biólogo, a piraíba é um dos maiores peixes encontrados na região do Rio Araguaia, juntamente com o Pirarucu (Arapaima gigas). A piraíba é considerada a segunda maior espécie de peixe de água doce do Brasil.

Por meio de nota, o Programa Araguaia Vivo destacou.

O Programa Araguaia Vivo tem monitorado a pesca no Araguaia, registrando dados sobre os peixes pescados ao longo da temporada de pesca, com a participação de guias parceiros."

E pontuaram ainda que esses animais têm um ciclo de vida complexo e são muito dependentes da conservação do rio. A piraíba viva é muito mais valiosa para a saúde do ecossistema e para as pessoas que usufruem do Rio Araguaia.

Segundo a equipe da Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins, não existe nenhum registro que evidencie os maiores peixes pescados no Rio Araguaia.

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Rio Araguaia transborda, encobre poste e alaga ruas no interior de Goiás

Segundo a defesa civil do município, durante esta semana eles já estiveram em todas as áreas de risco para verificar a situação dos moradores locais

Modificado em 26/01/2025, 14:10

Casas encobertas após transbordamento do Rio Araguaia em Luiz Alves, distrito de São Miguel do Araguaia (Reprodução/TV Anhanguera)

Casas encobertas após transbordamento do Rio Araguaia em Luiz Alves, distrito de São Miguel do Araguaia (Reprodução/TV Anhanguera)

Ruas e casas ficaram encobertas com o transbordamento do Rio Araguaia durante as fortes chuvas nesta última semana na região de Luiz Alves, no norte de Goiás, a 40 km de São Miguel do Araguaia. Segundo a defesa civil do município, durante esta semana eles já estiveram em todas as áreas de risco para verificar a situação dos moradores locais.

Realmente algumas casas estão sob água, a água já passou, já cobriu, só que eles (os moradores) já tiraram os móveis deles; a gente ofereceu auxílio, mas eles já estão na casa de parentes, não estão mais lá no local", disse o Sargento Déliton Gomes, coordenador operacional da Defesa Civil.

Segundo a Defesa Civil, em uma região mais para baixo de Luiz Alves, conhecida como Viúva, é onde está mais afetado.

É para baixo, descendo o rio, a uns 20 ou 30 quilômetros para baixo, que está mais séria a situação; A gente esteve lá no local, o Corpo de Bombeiros fez a ocorrência, já orientou o pessoal para sair de lá; todos, ou pelo menos a maioria já saiu", disse ele.

Em entrevista, o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, disse que nesta semana as chuvas foram um pouco mais estáveis, mas mesmo assim ainda tiveram regiões com tempestades.

Mesmo assim nós temos muita água ainda correndo, e lá (no rio Araguaia) a dinâmica é muito diferente, é um rio grande, mais espraiado; então ele vai subindo e vai espalhando", disse ele.

Ainda segundo o gerente, os rios contribuintes do Rio Araguaia, como o Rio Crixás-Açu, ajudam a manter o nível dele mais alto.

Em boletim divulgado pelo Cimehgo neste domingo (26), as atualizações mostram que o Rio Araguaia apresenta níveis bons.

(Colaborou Gabriela Macêdo, repórter do g1 Goiás)

Nível da estação hidrológica de Bandeirantes, no Rio Araguaia (Reprodução/Cimehgo)

Nível da estação hidrológica de Bandeirantes, no Rio Araguaia (Reprodução/Cimehgo)

IcEspecial

Meu Bichinho

Tartarugas aparecem mortas ou agonizando em lago na região do Araguaia; vídeo

Ibama informou que coletou amostras para realização de exames laboratoriais, que permitirão determinar a causa das mortes

undefined / Reprodução

Tartarugas apareceram mortas ou agonizando no Lago Rico, no Rio Araguaia, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com o órgão, onze animais foram encontrados, dos quais sete estavam vivos, porém com a saúde extremamente debilitada e quatro já estavam mortos (assista acima) .

O órgão informou que soube da situação na última quinta-feira (31) e que equipes estiveram no local para realizar uma investigação mais abrangente. Amostras foram coletadas para a realização de exames laboratoriais, que permitirão determinar a causa das mortes.

Segundo o Ibama, nenhuma hipótese está descartada. O órgão considera diversas possíveis causas para as mortes, como doenças, intoxicação ambiental ou pesca inadequada.

O Ibama afirmou ainda que a equipe continuará com as análises necessárias e que posteriormente informará sobre os desdobramentos da investigação.

Também participaram da ação equipes da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Universidade Estadual de Goiás (UEG), do Projeto Araguaia Vivo (TWRA/FAPEG) e PPBio Araguaia (PUC Goiás/CNPq) e do Batalhão de Polícia Militar Ambiental.

A Polícia Civil informou que será aberta uma investigação preliminar para verificar o caso.

Tartarugas encontradas no Rio Araguaia (Reprodução PQA Ibama e Reprodução Batalhão Ambiental da Polícia Militar)

Tartarugas encontradas no Rio Araguaia (Reprodução PQA Ibama e Reprodução Batalhão Ambiental da Polícia Militar)

IcMagazine

Famosos

Maraisa se emociona em ensaio de pré-casamento

Modificado em 17/09/2024, 17:30

Maraisa se emociona em ensaio de pré-casamento

(Reprodução Redes Sociais)

A cantora Maraisa, que faz dupla com a irmã Maiara, se emocionou na gravação de pré-wedding com Fernando Mocó em Tocantins, na última terça-feira (6).

Parte dos cliques e vídeos de bastidores foram postados nesta quarta (7) no Instagram dos fotógrafos no perfil da Quarto Films. "Quem não acreditou, que acredite", disse a cantora, entusiasmada.

As filmagens foram realizadas na Bacia do Tocantis-Araguaia . Um clipe divulgado mostra vários momentos românticos entre Maraisa e Fernando.

O vídeo ganhou, inclusive, uma trilha significativa e simból0ca: o hit "Cinco Minutos ou 50 Anos".

Festa do Peão

As irmãs, de 36 anos, estão confirmadas na programação da Festa do Peão de Barretos, que acontece entre 15 e 25 de agosto. A dupla se apresenta na sexta-feira (16). As sertanejas se apresentam no mesmo dia que, Simone Mendes e Bruno & Marrone.

(Reprodução Redes Sociais)