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Empresário baleado em bar com o filho diz que PM atirou após comentário sobre o local cheio

Pai e filho foram encaminhados ao Hugol e receberam alta. Policial Caio César de Souza Dias teve a prisão mantida pela Justiça

Modificado em 19/09/2024, 00:21

Empresário e filho são baleados em bar de Goiânia, Goiás

Empresário e filho são baleados em bar de Goiânia, Goiás (Arquivo Pessoal/Vítima que preferiu não se identificar)

Um empresário de 42 anos, que preferiu não se identificar, disse que ele e o filho, de 16, são as vítimas baleadas pelo policial militar Caio César de Souza Dias, de 35 anos, em um bar de Goiânia. Caio foi preso e, segundo o empresário, a confusão começou por causa de um comentário que ele fez com a esposa pela lotação do estabelecimento.

"O garçom arrastou a mesa [mais de uma vez, por conta da lotação], mas para mim era normal, eu comentei com a minha esposa: 'Pô, daqui a pouco nós estamos sentados um no colo do outro'. Quando eu falei isso, o cara virou para mim, porque ele tava bem próximo, e falou: 'O que você falou aí?'. Levantou, já 'sentou o dedo' [no gatilho] e atirou", relembrou.

A reportagem tentou contato com a defesa do policial militar preso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A confusão aconteceu no bar Velho Texas, na madrugada do último domingo (30). O empresário contou que o primeiro tiro acertou no peito dele. Assustado, o filho levantou e o PM atirou nas costas do adolescente, segundo o pai. Ainda revoltado com a situação, o empresário disse que o PM só não atirou mais vezes porque foi contido por amigos.

"Os amigos dele foram segurá-lo e ele dizia 'Me solta, me solta, porque eu sou policial, pra mim não vai dar nada'", contou o empresário.

Pai e filho foram encaminhados ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e receberam alta. Segundo o empresário, a bala ficou alojada no corpo do adolescente, porque a equipe médica avaliou que era mais prudente não retirá-la.

A PM

Segundo a Polícia Militar (PM), o sargento admitiu ter efetuado os disparos e alegou ter agido em legítima defesa, afirmando que as duas vítimas teriam lhe agredido.

A PM informou ainda que o caso aconteceu enquanto o militar estava de folga, mas que "já iniciou os procedimentos para análise de sua conduta". A corporação enfatizou "que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e está à disposição da justiça".

O bar

A reportagem, a equipe de comunicação do Velho Texas disse que não registrou "nenhuma confusão dentro ou fora da casa enquanto ela estava funcionando" na madrugada deste domingo (30) e que não responde pela área de anexo do prédio, que funciona em frente ao local. A reportagem não conseguiu contato com o responsável pelo anexo. Apesar disso, no vídeo que circula na internet é possível ouvir clientes assustados e gritando por conta dos tiros e mencionando o bar em questão.

A confusão

A confusão aconteceu por volta da 1 hora, na Alameda Dr. Sebastião Fleury, no Setor Marista. Segundo o boletim de ocorrência, testemunhas relataram que houve uma briga com troca de agressões dentro do bar e que, em determinado momento, o policial sacou a arma e efetuou os disparos, atingindo as duas vítimas. Uma delas foi ferida na lateral direita do tórax.

Segundo a PM, o suspeito disse que agiu em legítima defesa por ter sido agredido pelas vítimas, mas não soube explicar o motivo das agressões. A razão que motivou a confusão também não foi informada.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou socorro às vítimas. Em seguida, as encaminhou para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). A unidade médica informou que, após receberem atendimento médico, o homem e o adolescente tiveram alta hospitalar no início da manhã.

O boletim de ocorrência também afirma que, quando a polícia chegou ao local, a arma utilizada no crime estava com um dos seguranças do bar. O funcionário foi quem entregou a pistola para a equipe policial.

A polícia conduziu o suspeito para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de um exame de corpo delito. O resultado mostrou que o militar, de fato, apresentava escoriações e hematomas. Na sequência, ele foi levado para a Central de Flagrantes.

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VÍDEO: Policial dá tapa no rosto de homem durante abordagem em posto de combustível

Caso aconteceu durante ocorrência em Colinas do Tocantins. Polícia Militar afirmou que investiga conduta do agente

Modificado em 17/03/2025, 19:30

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Um policial militar foi flagrado dando um tapa no rosto de um homem durante uma abordagem. A agressão aconteceu em um posto de combustíveis em Colinas do Tocantins, no norte do estado, e foi registrada por uma câmera de segurança. A Polícia Militar (PM) informou que apura a conduta do agente.

A situação aconteceu na madrugada de sábado (15). Conforme a PM, os policiais foram ao local para atender uma ocorrência de perturbação do sossego. Ao ser abordado, segundo o relato policial, o homem teria desacatado, desobedecido e ameaçado os militares.

As imagens mostram o homem próximo a uma porta com as mãos atrás do corpo. Em determinado momento, um dos militares se aproxima e dá um tapa no rosto dele.

O homem que aparece nas imagens tem 33 anos e preferiu não se identificar. Ele contou à reportagem que chegou ao posto de combustível e ligou o som da caminhonete enquanto bebia na conveniência. Algumas pessoas se incomodaram com o volume e pediram para desligar o som.

Ele afirma que houve discussão com um funcionário do local e em seguida desligou o som. Também afirma que continuou bebendo até a chegada da polícia.

"Os policiais chegaram, me pediram para sair e eu dizendo que não precisava daquilo, que já tinha encerrado tudo, não precisava daquilo. Os outros policiais todos foram tranquilos, só um que estava mais alterado comigo, não sei o que ele viu comigo que me deu o tapa na cara", contou.

A PM informou que tomou conhecimento do vídeo que mostra a abordagem e a conduta dos envolvidos e a ocorrência está sob apuração interna. (veja íntegra da nota abaixo)

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o boletim da ocorrência afirma que o homem foi preso em flagrante por ameaça, desacato e resistência. Ele nega a acusação de ameaça e afirmou que pretende entrar com ação na Justiça contra a abordagem dos policiais.

Também contou que chegou a ser levado para o presídio, mas foi solto pela Justiça após pedido apresentado pelo advogado de defesa.

PM dá tapa no rosto de homem durante abordagem (Reprodução)

PM dá tapa no rosto de homem durante abordagem (Reprodução)

Íntegra da nota da Polícia Militar

A Polícia Militar do Estado do Tocantins informa que ao atender uma solicitação por Perturbação do Sossego Público na cidade de Colinas-TO, conforme registrado em Boletim de Ocorrência, o autor desacatou, desobedeceu e ameaçou os policiais militares durante a abordagem, sendo conduzido para a delegacia em flagrante.

Informa, ainda, que tomou conhecimento de um vídeo que circula pelas redes sociais, relacionado a esta abordagem policial e está tomando as providências cabíveis ao caso. A conduta dos policiais militares envolvidos na ocorrência já está sob apuração interna, sendo respeitados os trâmites legais.

A PMTO reafirma seu compromisso com a legalidade, ética e respeito aos direitos humanos, treinando e fortalecendo em nossa cultura policial tais princípios, mantendo e fortalecendo a confiança da sociedade tocantinense, pautando sua conduta dentro dos mais altos padrões de profissionalismo e responsabilidade.

A corporação reafirma seu compromisso com a transparência e mantém abertos todos os canais de denúncias na Ouvidoria e Corregedoria da Instituição para coibir ações que se mostrarem em desacordo com os ditames legais.

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Vaca solta em rua é morta a tiros por PM de folga após danificar veículos e ferir pessoas, afirmou corporação

Caso aconteceu em Gurupi, região sul do Tocantins. O animal levou três tiros e foi retirado do local pelo proprietário

Modificado em 21/02/2025, 19:43

Vídeo mostra momento em que vaca é abatida com tiro em rua de Gurupi

Vídeo mostra momento em que vaca é abatida com tiro em rua de Gurupi (Reprodução / TV Anhanguera)

O caso aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (20), na região central da cidade, na rua Figueiredo de Aguiar. A Polícia Militar informou que um policial à paisana presenciou o momento em que a vaca estava transtornada, sacou a arma e realizou três disparos para "conter o perigo iminente".

Segundo a polícia, o proprietário da vaca recolheu o animal e disse que tomaria as providências necessárias em relação aos danos causados. O nome dele não foi divulgado.

A equipe da PM que estava de serviço foi chamada e encontrou o animal já morto. Uma mulher e uma adolescente de 16 anos, que estavam em uma das motos, foram levadas por terceiros à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O Daqui solicitou informações para a Prefeitura de Gurupi e à Adapec sobre o caso, mas não teve resposta até a publicação da reportagem.

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VÍDEO: Helicóptero da PM pousa na BR-153 durante perseguição a suspeitos de roubar caminhonete de luxo

Segundo a polícia, o veículo foi roubado em Brasília e já estava com as placas adulteradas. Dois homens foram presos

Modificado em 22/01/2025, 14:00

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Um helicóptero da Polícia Militar (PM) pousou no meio da BR-153 durante uma perseguição a dois suspeitos de roubar uma caminhonete de luxo. A abordagem, que aconteceu no trecho da rodovia que fica entre as cidades de Terezópolis de Goiás e Goiânia, foi registrada pelos policiais (assista acima) .

O caso ocorreu na manhã dessa terça-feira (21). As imagens mostram um helicóptero do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer) seguindo a caminhonete e dando ordem para o veículo parar. Depois, dois homens descem e são rendidos pelos policiais.

Conforme apurado pela TV Anhanguera, os suspeitos foram presos e levados para a Central de Flagrantes de Goiânia. Visto que os nomes dos investigados não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

O POPULAR também entrou em contato, na manhã desta quarta-feira (22), com a concessionária que administra a rodovia para saber como a abordagem da PM afetou o trânsito no local. No entanto, o veículo não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.

Segundo a PM, a caminhonete recuperada foi roubada em Brasília (DF) e já estava com placas adulteradas. Além disso, houve a apreensão de outro veículo que era batedor, ou seja, usado para auxiliar na fuga. A abordagem foi resultado de uma operação integrada entre o Graer e equipes da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) de Águas Lindas e Anápolis.

(Com informações da TV Anhanguera)

À esquerda, registro da perseguição área feita pelo Graer. À direita, momento em que o helicóptero pousa na BR-153. (Reprodução/TV Anhanguera)

À esquerda, registro da perseguição área feita pelo Graer. À direita, momento em que o helicóptero pousa na BR-153. (Reprodução/TV Anhanguera)

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Sargento que matou PM goiano é indiciado por homicídio

Soldado foi morto durante briga em bar no Novo Gama. Delegado diz que contradição em oitivas impediu análise da tese de legítima defesa pelo acusado

Modificado em 17/09/2024, 16:17

Cãmera de segurança mostrou como foi a briga: na imagem, Jefferson José da Silva (de rosa) no momento em que caiu no chão tentando segurar Diego Purcina pela cabeça; os dois estavam armados no bar

Cãmera de segurança mostrou como foi a briga: na imagem, Jefferson José da Silva (de rosa) no momento em que caiu no chão tentando segurar Diego Purcina pela cabeça; os dois estavam armados no bar
 (Reprodução)

O sargento Jefferson José da Silva, de 53 anos, foi indiciado por homicídio com um agravante por motivo fútil pela morte do soldado da PM de Goiás, Diego Santos Purcina, de 30, durante uma briga em um bar no Novo Gama, no entorno do Distrito Federal. Para a Polícia Civil, apesar de ter imagens de câmeras de segurança do local mostrando a sequência de fatos que levou ao crime, não foi possível averiguar a versão dada por Jefferson de que agiu em legítima defesa durante uma confusão generalizada.

Diego foi morto com um tiro na barriga durante briga no bar na noite do dia 2 de março, um sábado. Ele estava com a esposa em uma mesa de amigos, enquanto o sargento estava em outra, ao lado, todos bem próximos. A Polícia Civil não apontou o que de fato motivou o início da confusão. Pelas imagens, é possível ver que o sargento também se feriu, sangrando.

Em seu relatório, o delegado Taylor do Nascimento Brito, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), afirma que sete pessoas se envolveram na briga, que começou entre a mulher de Diego e uma amiga de Jefferson. A vítima foi a quinta pessoa a entrar na confusão e o acusado, a sexta. O sargento deu o disparo quando caiu no chão enquanto era agredido por Diego e um amigo deste. O tiro atingiu o soldado na barriga, e ele morreu no local.

No vídeo que foi anexado ao processo, é possível ver o momento em que Jefferson cai, e enquanto retira a arma da cintura leva socos primeiro do amigo de Diego e depois da própria vítima. Foram quatro socos da vítima até o sargento conseguir sacar a arma e atirar em sua direção. Junto a eles, neste momento, estavam a esposa de Diego e uma outra mulher não identificada no relatório final do inquérito. Pelo vídeo, durou sete segundos o momento entre a queda, os socos e o disparo.

O delegado afirma no documento que há provas suficientes para indiciar o sargento por homicídio qualificado por motivo fútil. "As testemunhas envolvidas na briga prestaram depoimentos contraditórios em relação a quem foi o responsável pelo início das agressões, fato que impediu uma análise da tese de legítima defesa alegada pelo interrogado (Jefferson)", afirmou Taylor. Para o delegado, o único fato "comprovado de forma satisfatória" foi o disparo dado durante uma briga generalizada dentro de um ambiente com muitas pessoas presentes.

Em depoimento na delegacia, Jefferson afirma que deu o disparo "para cessar agressão". "Eu estava sendo agredido já no chão. Eu estava sendo esmurrado (antes de cair), então já estava sem noção de quase nada, com sangue descendo no rosto, e aí o disparo foi para parar com a agressão", afirmou em interrogatório gravado e anexado ao inquérito. Ele também argumenta que se envolveu na confusão para afastar um amigo que estava apanhando.

Nas imagens é possível ver que Jefferson, ao se aproximar da briga, vai em direção ao soldado, que no momento agredia seu amigo. Em seguida, dá um soco em sua cabeça e é segurado pela esposa da vítima. Antes de se desequilibrar e cair junto com a mulher, o sargento ainda dá mais um soco em Diego e tenta segurá-lo pela cabeça.

O sargento também foi indiciado por resistência à prisão. De acordo com os policiais militares, ele se recusou a se entregar, de forma que teriam sido necessários dois disparos de arma não-letal para contê-lo.

Jefferson foi preso em flagrante e levado inicialmente para o presídio militar em Goiânia. Entretanto, a direção desta unidade pediu a transferência do policial para uma similar no Distrito Federal sob argumento de que não tinha condições estruturais de manter a segurança do acusado e que este recebeu ameaças de morte pelos outros internos, todos policiais militares goianos na ativa ou da reserva. A Justiça autorizou a transferência na semana passada.