Depois da Operação Contenção, que deixou mais 120 mortos no Rio de Janeiro, o governador Ronaldo Caiado (UB) colocou tropas da segurança pública de Goiás à disposição do governador Cláudio Castro. Entretanto, a situação abriu uma discussão pública sobre o preparo das tropas goianas para atuar em ambientes dominados por organizações criminosas e formados por geografia complexa, como morros e vielas estreitas presentes na capital fluminense. Em entrevistas, integrantes do GT3, da Polícia Civil, e o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar, coronel Allan Pereira Cardoso, detalharam que o treinamento da polícia prevê cenários semelhantes ao previsto no Rio. O estado de Goiás tem dois destacamentos preparados para este tipo de ação. Na Polícia Civil, o Grupo Tático 3 é o grupo responsável por cumprir operações de alto risco que surgem a partir de investigações conduzidas pelas delegacias especializadas. Segundo um integrante da corporação, a tropa não patrulha e não realiza ocupação territorial. Entra em cena quando há alvos armados com fuzis de alto calibre, resgates de reféns, prisões de faccionados ou escoltas de presos com histórico de violência. “Seria a nossa unidade nos moldes de uma SWAT. A função da Polícia Civil é investigar. O GT3 é acionado quando a investigação encontra uma ameaça que exige intervenção especializada”, disse.