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Espécie de escorpião gigante com 125 milhões de anos é descoberta na China

Fósseis de escorpião são raros, pois esses aracnídeos vivem sobre pedras e galhos

Folhapress

J. longchengi é a quarta espécie terrestre encontrada na China

J. longchengi é a quarta espécie terrestre encontrada na China (NIGPAS)

Pesquisadores encontraram fósseis de uma espécie inédita de escorpião na província de Liaoning, na China.

Espécime teria cerca de 125 milhões de anos. Esse é o primeiro escorpião da era Mesozoica encontrado em solo chinês, segundo a Academia de Ciências em artigo publicado no periódico Science Bulletin.

Escorpiões da era Mesozoica são preservados em âmbar. Os artrópodes datados de 252 milhões a 66 milhões de anos atrás geralmente são encontrados em resina fóssil que se origina a partir da fossilização da resina de árvores antigas.

Fósseis de escorpião são raros, pois esses aracnídeos vivem sobre pedras e galhos. Nesses ambientes é muito difícil que eles fiquem presos em sedimentos e fossilizem, revelou o coautor do estudo Diying Huang.

Batizada como Jeholia longchengi, nova espécie faz referência ao Johel Biota. Tal nome é do sítio paleontológico onde exemplar foi encontrado e ao distrito de Longcheng, pertencente à cidade de Chaoyang, na província de Liaoning, China.

Espécie gigante para a época. J. longchengi tinha aproximadamente 10 centímetros de comprimento, que é o dobro dos escorpiões convencionais da era Mezozoica. "Outros escorpiões mesozoicos são muito menores, a maioria deles com menos da metade [do tamanho] da nova espécie", disse Huang à Live Science.

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PAPEL NA CADEIA ALIMENTAR

É provável que mamíferos e dinossauros tenham sido predadores do J. longchengi. Por outro lado, o aracnídeo pode ter sido o predador de insetos, aranhas, lagartos, sapos e pequenos mamíferos, revela o estudo.

Partes bucais do escorpião não foram encontradas. Por isso, novas descobertas de espécimes podem ajudar os pesquisadores a entenderem o papel do J. longchengi no ecossistema e na teia alimentar.

Se colocado no ambiente atual, ele pode se tornar um predador natural de muitos animais pequenos e pode até mesmo caçar filhotes de pequenos vertebrados ", disse Huang à agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

Fósseis de outros animais já foram encontrados em Johel Biota. Arqueólogos já descobriram partes de dinossauros, mamíferos, pássaros e insetos, demonstrando que o local possuía uma teia alimentar complexa.

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Cientistas encontram crânio de 300 mil anos diferente de qualquer espécie

Modificado em 19/09/2024, 00:49

O crânio achado na China

O crânio achado na China
 (Xiujie Wu/National Research Center on Human Evolution)

Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências encontraram um crânio de 300 mil anos que é considerado diferente de qualquer outro fóssil de hominídeo já encontrado.

A descoberta revela evidências da existência de uma linhagem humana até então desconhecida, diferente das já conhecidas dos neandertais, denisovanos e Homo-sapiens (humanos modernos). O estudo foi publicado na revista científica Journal of Human Evolution.

Pesquisadores de China, Espanha e Reino Unido desenterraram o conjunto de ossos, mais especificamente a parte cranial e mandibular, na região de Hualongdong, em 2015, junto de outras 15 espécimes do período do Pleistoceno Médio -de 82.800 a 355 mil anos atrás.

Os cientistas determinaram que o fóssil, que recebeu a identificação HLD 6, era de uma pessoa com idade entre 12 e 13 anos. Uma avaliação determinou que a anatomia de HLD 6 é "inesperada"

O HLD 6 tem características parecidas com a dos humanos modernos. Outras, como a falta de um "queixo verdadeiro" e a curvatura do osso, apontam similaridades com os Denisovanos, que se ramificaram dos neandertais há quase 400 mil anos.

Novas investigações devem ser feitas para confirmar que de fato HLD 6 pertence a um grupo único na linhagem evolutiva humana, disseram autores do estudo

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UFG inaugura instituto que oferece cursos de línguas, cultura e medicina chinesa

Aulas ofertadas serão de acupuntura, Tai Chi Chuan e Mandarin na Faculdade de Letras

Modificado em 20/09/2024, 06:27

A placa do Instituto Confúcio de Medicina Chinesa foi apresentada durante cerimônia na quinta-feira (8), na Faculdade de Letras da UFG, em Goiânia.

A placa do Instituto Confúcio de Medicina Chinesa foi apresentada durante cerimônia na quinta-feira (8), na Faculdade de Letras da UFG, em Goiânia.

A Universidade Federal de Goiás (UFG) inaugurou o Instituto Confúcio de Medicina Chinesa na última quinta-feira (8), no auditório do Câmpus II, da Faculdade de Letras, em Goiânia. A placa da instituição foi divulgada no evento e durante a cerimônia teve apresentações culturais com música e Tai Chi Chuan com a professora Cláudia Li.

O instituto vai oferecer aulas com turmas de acupuntura 1 e 2, Tai Chi Chuan e Mandarin 1, 2, 3 e 4. A sede está localizada na Faculdade de Letras, mas os cursos serão ministrados em parceria com a Faculdade de Enfermagem.

O professor da Faculdade de Letras (FL) e coordenador do Instituto Confúcio da UFG, Francisco José Quaresma de Figueiredo, disse que atualmente no Brasil existem dez Institutos Confúcio e destacou o orgulho que sente da UFG.

"O nosso Instituto Confúcio é o único na América Latina a oferecer cursos de línguas, cultura e medicina chinesa, fato esse que muito nos honra", afirma Francisco.

Já o reitor da Universidade de Estudos Estrangeiros de Tianjin, Chen Fachun, relembrou o primeiro encontro que teve, em 2019, com o então reitor da UFG, Edward Madureira Brasil e a reitora da Universidade de Medicina Chinesa de Hebei, onde se comprometeram em difundir a cultura e a medicina tradicional chinesa no Brasil.

"A pandemia interrompeu os nossos planos, mesmo que não nos encontrássemos, mantivemos contato online. E hoje, com esforços de todas as partes, estamos na cerimônia de inauguração do Instituto Confúcio", afirma Chen Fachun.

Após três anos de espera, a reitora da Universidade de Medicina Chinesa de Hebei, Gao Weijuan, demonstrou sua alegria pela inauguração do Instituto. "Nós escreveremos conjuntamente um novo capítulo no desenvolvimento do Instituto Confúcio de Medicina Chinesa, para fortalecer a amizade entre Brasil e China", pontuou.

Jesiel Freitas Carvalho, vice-reitor da Universidade, vê a inauguração da sede do Instituto Confúcio na UFG como um esforço conjunto entre as universidades da China e Brasil. Como consequência ele pontua a aproximação dos dois povos e culturas e a promoção do conhecimento mútuo.

"A UFG tem orgulho de sediar o Instituto Confúcio de Língua, Cultura e Medicina Chinesa", afirma. O vice-reitor deseja que a inauguração da entidade na Universidade cause a ampliação de iniciativas de cooperação e intercâmbio mais avançado. "Vida longa a cooperação entre o Brasil e a China, entre a UFG e as universidades chinesas", finalizou Jesiel.

A placa do Instituto Confúcio de Medicina Chinesa foi apresentada durante cerimônia na quinta-feira (8), na Faculdade de Letras da UFG, em Goiânia.

A placa do Instituto Confúcio de Medicina Chinesa foi apresentada durante cerimônia na quinta-feira (8), na Faculdade de Letras da UFG, em Goiânia.

Apresentação de Tai Chi Chuan com a professora Cláudia Li e alunos.

Apresentação de Tai Chi Chuan com a professora Cláudia Li e alunos. (Divulgação/UFG)

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China anuncia pela 1ª vez que população do país deve diminuir a partir de 2025

Nação vive crise demográfica com envelhecimento populacional e famílias tendo poucos filhos, a despeito de incentivos

Modificado em 20/09/2024, 04:08

Família brinca em parque na capital Pequim

Família brinca em parque na capital Pequim (Noel Celis/AFP)

Após apresentar a menor taxa de crescimento populacional desde a década de 1950, a China anunciou nesta segunda-feira (1º) que sua população começará a diminuir a partir de 2025. O anúncio é inédito no país, segundo informações do jornal estatal Global Times.

Hoje o país mais populoso do mundo, com cerca de 1,4 bilhão de habitantes, de acordo com projeções atualizadas da ONU, a nação asiática enfrenta uma crise demográfica diante do rápido envelhecimento da população e da diminuição da taxa de fertilidade.

O número de filhos por famílias ficou próximo de um (1,3, na média) nos últimos anos, informou a Comissão Nacional de Saúde em texto publicado na ​Qiushi, revista ligada ao Partido Comunista Chinês. Pequim flexibilizou em 2016 a rígida política do filho único e, no ano passado, autorizou que cada casal tivesse até três filhos, mas as medidas não surtiram efeito.

O país deve entrar em uma fase de envelhecimento populacional grave a partir de 2035, quando espera-se que pessoas com mais de 60 anos correspondam a mais de 30% da população nacional. De acordo com o relatório, o tamanho médio das famílias chinesas diminuiu para menos de três pessoas em 2020 (média de 2,6, quase 0,5 a menos do que uma década antes).

"No passado, focamos o controle populacional, mas agora devemos nos concentrar em estabelecer níveis adequados de fertilidade, melhorar a qualidade de vida e otimizar a distribuição populacional, promovendo um desenvolvimento balanceado a longo prazo", destacou o relatório.

O país tem introduzido políticas de apoio financeiro para famílias com mais de um filho. A cidade de Nanchan, capital da província de Jiangxi, na porção leste do país, anunciou no último sábado (30), segundo o Global Times, que famílias com dois ou três filhos menores de 18 anos receberão subsídio que varia de 300 a 500 iuanes (R$ 230 a R$ 384).

Recente relatório publicado pela ONU com projeções da população global sugere que a população chinesa já está em decréscimo. O material calculou que o país tivesse 1.425.893.000 habitantes no ano passado. Neste ano, seriam 1.425.887.000 ---uma diferença de 6.000.

De acordo com os dados, a taxa de crescimento da população chinesa já teria atingido zero no ano passado. Para a média global, por sua vez, a projeção é de que a população pare de crescer somente em 2086. No caso do Brasil, o pico populacional deve ser atingido em 2046 e, a partir de então, a população nacional entraria em decréscimo.

O mesmo material mostrou que a Índia deverá ultrapassar a China como país mais populoso do mundo em 2023 ---quatro anos antes do previsto anteriormente, no relatório que foi lançado pré-pandemia.

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Queda de avião pode ser o pior acidente aéreo em 12 anos na China

O último acidente fatal com aeronave na China foi em 2010. Na ocasião, 44 das 96 pessoas a bordo morreram após a queda de um jato regional Embraer E-190, da Henan Airlines

Modificado em 20/09/2024, 00:11

Imagens de destroços do avião divulgados pela TV estatal chinesa 


Imagens de destroços do avião divulgados pela TV estatal chinesa 

 (CGTN)

O acidente com um avião doméstico que caiu nesta segunda-feira (21) na China com 133 pessoas a bordo pode ser o pior dos últimos anos.

Segundo informações da plataforma Aviation Safety Network, que mantém o registro de acidentes e incidentes aéreos no mundo, o último acidente fatal com aeronave na China foi em 2010. Na ocasião, 44 das 96 pessoas a bordo morreram após a queda de um jato regional Embraer E-190, da Henan Airlines, nas proximidades do aeroporto de Yichun.

No acidente de hoje, o voo da empresa China Eastern partiu da cidade de Kunming às 13h11 (1h11 em Brasília), segundo os dados do FlightRadar24, e deveria aterrissar em Guangzhou às 15h05 (4h05 em Brasília).

O avião de modelo Boeing 737-800, que o Flightradar24 disse ter sido construído há seis anos, estava em altura de cruzeiro a uma altitude de 29.100 pés às 4h20 no horário de Brasília. Pouco mais de dois minutos e 15 segundos depois, os dados mostraram que tinha descido para 9.075 pés.

Mais 20 segundos depois, sua última altitude rastreada foi de 3.225 pés, indicando uma descida vertical de 31.000 pés por minuto, disse o Flightradar24. O avião perdeu contato com os radares perto de Wuzhou, na região de Guangxi.

Os dados meteorológicos online mostraram condições parcialmente nubladas com boa visibilidade em Wuzhou no momento do acidente. O presidente da China, Xi Jinping, pediu que os investigadores determinem a causa do acidente o mais rápido possível para garantir a segurança "absoluta" da aviação, informou a emissora estadual CCTV.

Um porta-voz da Boeing disse que a empresa está ciente "dos relatos iniciais da mídia e (está) trabalhando para coletar mais informações".

As ações da China Eastern Airlines em Hong Kong fecharam em baixa de 6,5% após a queda da aeronave.