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Estudantes denunciam na polícia assédio de professor da UEG

Ex e atuais alunas criaram grupo que reúne 18 supostas vítimas. Relatos são semelhantes

Modificado em 19/09/2024, 00:42

Uma das mulheres que afirmam ser vítima de professor da UEG

Uma das mulheres que afirmam ser vítima de professor da UEG (Wesley Costa))

Um grupo de ex-alunas dos cursos de graduação em Química e Farmácia da Universidade Estadual de Goiás (UEG) denuncia um professor efetivo por assédio sexual e moral. Os casos relatados teriam ocorrido no Câmpus Henrique Santillo, em Anápolis, e vieram à tona após uma estudante de 24 anos ter formalizado, em junho deste ano, uma denúncia na Ouvidoria da instituição e na Polícia Civil. Em seguida, ao menos outras quatro mulheres registraram ocorrência.

A partir da nova exposição, divulgada pelo site de notícias local Portal6, as ex-graduandas e uma docente da UEG se mobilizaram em um grupo para comunicar sobre as ações a serem tomadas. Até o momento, foram reunidas ao menos 18 vítimas. Os relatos são semelhantes, com casos de assédio sexual e moral ocorrendo dentro de sala de aula, laboratórios de pesquisa, em corredores, e em outras áreas da universidade.

O relato mais antigo foi feito por uma egressa, que foi aluna do docente efetivo Antônio Carlos Severo Menezes nos primeiros anos dele na instituição, em 2000. Ele ingressou em fevereiro de 1999. Conforme ela, logo no início do curso de Química licenciatura, o professor a teria humilhado em frente à turma por conta de nota. "Desde a época que eu entrei todo mundo passou por assédio moral. Ele me fez chorar", diz.

A mulher aponta também que já foram feitas várias denúncias na ouvidoria, mas que "nunca deu em nada" e relata que muitos outros casos nem sequer chegaram a ser formalizados diante do receio de retaliação. "Sempre insisti para que elas (alunas) fizessem denúncia, mas em vão. São todos (os casos) do mesmo jeito", pontua.

A semelhança dos supostos casos é constatada nos seis depoimentos de ex-alunas feitos ao Daqui. Elas relataram ter sofrido assédio sexual e moral entre 2002 e 2015, algumas durante as aulas de Química Orgânica, lecionadas por Antônio Carlos. Outras dizem que, mesmo sem ter pego a disciplina, foram assediadas nos laboratórios de pesquisa, onde ele era o coordenador, em corredores, ou na lanchonete.

Ex-graduanda do curso de Farmácia, hoje uma professora universitária, de 28 anos, conta que ingressou na instituição em 2013, aos 18, mas apenas em 2015 teve contato direto com o docente durante as aulas. Ela relata que, em uma prova da disciplina, obteve uma nota menor do que a turma. "Comparando a correção (com a de outros colegas) percebi que não estava sendo justa a nota. Procurei a tutora da disciplina, e ela disse que não estava entendo o método de correção e sugeriu que eu falasse com ele", afirma.

Ao procurar o docente, ele teria começado uma conversa de cunho sexual. "Disse que eu parecia com uma jovem que morava na rua da casa dele, e que foi com ela que ele começou a ter relações sexuais", e acrescenta que o docente teria dito que "seria fácil corrigir a nota". "Ali entendi que ele estava propondo favores sexuais para corrigir minha nota."

Uma mulher relata que ingressou na instituição em 2009 na área de Química, e logo teve contato com o professor durante uma pesquisa em que ele era o orientador. "Para entrar na pesquisa o professor tinha de convidar, e o argumento que ele usa é esse: que as meninas que denunciam é porque não tiveram vaga. Ele se blinda", pontua.

Durante os encontros com o docente para a realização da pesquisa, relata que ele se aproximava para passar a mão no rosto. "Sempre muito próximo, conversava pegando na gente. Eu não ficava sozinha perto dele", pontua. Ela acrescenta que ele dizia frequentemente: "Orgânica é muito difícil, principalmente para as meninas". "Ficava subjetivo que as meninas tinham de ficar com ele (para passar). É escrachado."

Outra mulher relata que em 2008 teve contato pela primeira vez com o professor durante a primeira aula do curso de Química Industrial. Naquele dia, segundo o relato, o docente teria entrado na sala e dito, em tom de piada, que um grupo aleatório de alunos reprovaria na matéria dele.

"O professor sempre andou pelo câmpus se vangloriando de que sua disciplina era dificílima, que ninguém passava e que a Química Orgânica travava o curso de todos, o que era verdade. Os alunos reprovados não podiam cursar muitas outras disciplinas nos períodos seguintes e ele era o único professor que ministrava a matéria", diz a mulher, hoje com 33 anos e que atua profissionalmente como social mídia.

Conforme a ex-aluna, o docente logo começou com investidas. "Me dava beijos babados no rosto, 'coçava' a minha mão insinuando que queria transar comigo". Em outra ocasião, enquanto estava em um dos laboratórios, ela relata que o professor a "encurralou no canto da parede e passou a mão pelo meu corpo."

A situação foi praticamente a mesma relatada por uma ex-aluna de Química Industrial, que iniciou o curso em 2009. Ela, hoje com 31 anos, afirma que desistiu de ter aula com o professor diante do assédio sexual, que ocorria em outras áreas da instituição, como nos corredores. "Chegava me abraçando, dando beijo no pescoço, perguntando se eu namorava", diz. Por conta da prática frequente, em 2011, também desistiu do curso.

"A importunação dele não precisava ser da sala dele. Não tinha pudor nenhum, tinha de fazer vista grossa. (Passei a) me desvencilhar, falava que tinha de ir para outro lugar. A Reitoria sabia, a Ouvidoria sabia, todo mundo sabia, e a UEG nada fez", relata. "Não era só comigo, a gente sabia que era errado, mas quando acontece a gente não enxerga."

Em contato com o docente por conta de um projeto de pesquisa, uma menor de idade relata que sofreu assédio moral e sexual durante ao menos um ano. Ela, que ingressou na universidade em 2007, aos 17 anos, diz foi convidada para sair com o professor. "Ele falava que queria usar loló comigo, me chamava para tomar vinho, falava que queria me ver 'doidinha'", diz a mulher que hoje, aos 32 anos, é servidora pública municipal.

Durante a pesquisa realizada no laboratório da UEG, a ex-aluna diz que precisou passar muito tempo no espaço. "E no laboratório ele tinha mania de ficar me encoxando". Por isso, conta, passou a evitar o local, onde precisava desenvolver seu projeto, caso ele também estivesse.

"Perguntava se tinha namorado, se era virgem ou não, se gostava de sair. Até que as investidas foram ficando mais intensas, querendo tocar, passar a mão no cabelo".

Ex-aluna

Para uma egressa de Química, de 39 anos, há semelhanças na forma como o docente age junto às alunas, visto que, em geral, ele se aproxima das recém-chegadas ao curso. "Às vezes pela imaturidade, inocência e por ele ainda não ter sido professor." Ela conta que ao ver os comentários na notícia divulgada pelo portal de Anápolis, percebeu que eram várias vítimas. "De gente da minha época, de antes e depois."

A jovem, que ingressou em 2002, aos 18 anos, relata teve contato com o professor antes de ter aula. "Começou tudo normal, não via maldade. Até que começaram as 'piadas', perguntava se tinha namorado, se era virgem ou não, se gostava de sair. Até que as investidas foram ficando mais intensas, querendo tocar, passar a mão no cabelo."

Diante dos casos de assédio, passou a se esquivar do contato com o docente, e acabou desistindo da matéria dele após uma prova em que teria sido prejudicada pela correção. "Ele me atrasou em um semestre", resume.

Defesa quer responsabilizar acusadores

A defesa do professor Antônio Carlos Severo Menezes, representada pelo advogado Wilson Araújo Júnior, afirma, por meio de nota, que "nega veementemente as mentirosas acusações" que visam a "exclusivamente macular a honra do acusado perante a opinião pública, tendo em vista que não estão lastreadas em provas".

Ainda conforme a defesa, as alegações são feitas por "pessoas que possuem algum rancor contra o acusado, especialmente por não terem sido aprovadas ou terem se sentido prejudicadas nas matérias que cursaram com o professor enquanto eram alunas dele, o que se deu, evidentemente, por pura falta de capacidade delas".

A nota da defesa finaliza afirmando que "todos os falsos acusadores já estão sendo identificados e que tomará todas as medidas judiciais cabíveis, tanto na área cível, quanto na área criminal, contra cada um deles".

O caso da discente que ingressou com denúncia em junho deste ano é um dos que foram parar na Justiça, após o docente ingressar com ação por calúnia e difamação.

A situação denunciada pela aluna é investigada pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis. A delegada Isabella Joy diz que as investigações seguem em sigilo e estão em fase inicial de apuração. Mas acrescenta que a Universidade Estadual de Goiás (UEG) ainda não foi acionada.

A universidade diz, em nota, que "não tolera qualquer tipo de assédio" e que está apurando a denúncia sobre "possível assédio sexual sofrido por uma discente de graduação por parte de um professor", feita em junho.

Diz ainda que "a discente não tem mais nenhum contato com o professor" e que "foram dados os encaminhamentos legais para a apuração dos fatos, com a abertura de uma sindicância. Conforme a nota, o processo está na fase de oitivas individuais.

"Caso a sindicância apure o assédio, o rito formal é a abertura de processo administrativo disciplinar que prevê penalidades administrativas adequadas à gravidade do fato. As penalidades previstas vão desde suspensão até demissão", finaliza.

A universidade não menciona a respeito das outras denúncias feitas pelas ex-alunas. O Daqui questionou quantas denúncias já foram formalizadas contra o docente, mas não obteve retorno.

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Mães denunciam falta de leitos em UTI pediátrica e cancelamento de cirurgias agendadas: 'Não resolvem o problema'

Pacientes aguardam vaga na ala pediátrica do Hospital Geral de Palmas. Secretaria de Estado da Saúde disse que lotação se deve ao aumento de doenças sazonais

Modificado em 22/04/2025, 18:12

Bebê recém-nascido aguarda vaga na UTI do Hospital Geral de Palmas

Bebê recém-nascido aguarda vaga na UTI do Hospital Geral de Palmas (Reprodução/TV Anhanguera)

A falta de vagas na UTI pediátrica do Hospital Geral de Palmas tem causado atraso em cirurgias de crianças e recém-nascidos. Famílias relatam o cancelamento de procedimentos que estavam agendados por falta de leitos. A TV Anhanguera exibiu reportagem sobre o assunto nesta terça-feira (22) (veja aqui ).

A Secretaria de Saúde do Tocantins (SES) informou que atualmente há mais de 70 leitos de UTI pediátrica e neonatal, disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas por conta do adoecimento das crianças em decorrência da sazonalidade houve agravamento dos casos. A demanda por esse tipo de atendimento sobrecarregou as unidades, por isso, está faltando vaga (veja íntegra da nota ao final da reportagem).

A paciente Aurora Beatriz, recém-nascida, está internada no HGP desde o nascimento, há 17 dias, com diagnóstico de bronquiolite, doença que compromete a chegada de oxigênio nos pulmões. A mãe, Luciana Moreira, relatou a peregrinação da filha por unidades de saúde.

Ela foi transferida da UPA para cá [HGP]. De manhã eles tentaram a vaga no [Hospital e Maternidade] Dona Regina. Quando deu de tarde disseram que tinham conseguido vaga na UTI, mas quando a gente chegou lá com a equipe, com ambulância, aí disseram que não tinha vaga nenhuma para bebê e não resolvem o problema dela", contou.

Diego Nicolas é o outro paciente infantil em espera. O menino usa bolsa de colostomia por conta de uma cirurgia de desvio de intestino feita no dia que nasceu. Ele tinha uma cirurgia agendada para esta segunda-feira (21) que precisa de uma UTI para o pós-operatório. A criança estava no hospital aguardando o procedimento, mas recebeu alta sem realizar a cirurgia por conta da falta de leitos.

"Nossa, eu não sei nem o que dizer. Estava contando os minutos e as horas para chegar o momento dele fazer essa cirurgia. Eu simplesmente desabei, falei 'meu Deus, o que vou fazer agora?'", desabafou Kezia Bispo.

Íntegra da nota da Secretaria de Estado da Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que os pacientes mencionados constam na fila da Central Estadual de Regulação (CER), aguardando leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e as equipes já trabalham para atender a demanda.

A SES-TO destaca que atualmente, são mais de 70 leitos de UTI pediátricas e neonatais disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas infelizmente devido o adoecimento das crianças em decorrência da sazonalidade e o agravamento dos casos, a demanda por este tipo de atendimento ampliou e sobrecarregou as unidades.

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Homem usa criança como escudo durante perseguição policial, diz PM

Criança foi resgatada em segurança e suspeito preso em flagrante por tráfico de drogas

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Um homem foi preso suspeito de usar uma criança como escudo para se proteger após uma perseguição policial ocorrida nesta sexta-feira (18), em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a Polícia Militar (PM), o homem ainda teria apontado uma arma falsa para a equipe. O caso será investigado pela Polícia Civil (PC).

A polícia não divulgou o nome do suspeito e o grau de parentesco dele com a criança. A criança foi resgatada em segurança.

Conforme a Polícia Militar, o caso ocorreu no Bairro Adriana Parque, após a equipe tentar abordar o carro do suspeito, que não obedeceu a ordem de parada e fugiu em alta velocidade.

Durante a perseguição, o suspeito teria batido o carro e, neste instante, saiu do veículo usando uma criança de aproximadamente quatro anos como escudo, enquanto um outro homem que também estava no carro, tentou fugir a pé por uma região de mata.

Ainda segundo a PM, o homem usava a criança como escudo para se proteger ao mesmo tempo em que apontava uma arma de fogo para os policiais, arma esta que após verificação a equipe constatou se tratar de um simulacro, ou seja, uma arma falsa. Ele foi contido e a criança resgatada em segurança.

A polícia informou que com os suspeitos foram apreendidas porções de drogas, dinheiro em espécie e um aparelho celular. Na casa de um dos suspeitos, os policiais encontraram mais droga, balanças de precisão e materiais usados para o tráfico de drogas.

Ainda segundo a PM, o suspeito de usar a criança com escudo estava em descumprimento de medida cautelar, sem tornozeleira eletrônica, e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Os dois foram presos por tráfico de drogas.

Homem foi preso e no carro dele foram apreendidas porções de drogas (Reprodução/ Polícia Militar)

Homem foi preso e no carro dele foram apreendidas porções de drogas (Reprodução/ Polícia Militar)

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Sobrinha de motociclista que morreu após ser arrastada por enxurrada em Anápolis desabafa: 'Família está muito abalada'

Segundo o Corpo de Bombeiros, devido à força da enxurrada, a mulher perdeu o controle da moto, e foi arrastada para debaixo de um carro

Modificado em 16/04/2025, 19:47

Fábia Francisca de Castilho, de 44 anos

Fábia Francisca de Castilho, de 44 anos (Reprodução/TV Anhanguera)

A sobrinha da motociclista Fábia Francisca de Castilho, de 44 anos, que morreu afogada após ser arrastada por uma forte enxurrada em Anápolis, no centro goiano, disse em entrevista à TV Anhanguera que a família está muito abalada. Thais Souza, contou que a tia estava sempre alegre, mesmo com todos os problemas enfrentados.

Ela era uma pessoa muito boa, sempre estava ajudando todos. Buscava entender o que cada um estava passando, sempre trazia alegria mesmo diante dos problemas. Não tem dois meses que a gente perdeu um avô também que é o pai dela, então nossa família está muito abalada porque foi uma morte muito trágica", disse a sobrinha.

O caso aconteceu na Rua 12 no bairro Antônio Fernandes por volta das 18h24 desta segunda-feira (14) durante a chuva. Segundo o Corpo de Bombeiros, devido à força da enxurrada, a mulher perdeu o controle da moto, e foi arrastada para debaixo de um carro amarelo (veja no vídeo abaixo) .

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Conforme os bombeiros, eles chegaram ao local e retiraram a vítima debaixo do veículo, mas ela já estava sem vida.

Em nota, a Prefeitura de Anápolis disse que já apresentou mais de R$ 300 milhões em projetos de macrodrenagem e contenção de áreas de risco, considerando os problemas históricos da cidade que nunca foram devidamente solucionados.

Em entrevista à TV Anhanguera, o secretário de obras de Anápolis, Thiago de Sá, disse que já foram determinadas a instalação de placas e a sinalização no local.

Já temos projetos apresentados na ordem de R$ 300 milhões para obter recursos para que a gente remodele a drenagem urbana de Anápolis. Já determinamos a instalação de placas e a sinalização, e estamos buscando alguns desvios da água para garantir que parte dessa água não desça por essa rua onde foi a ocorrência de ontem", disse o secretário.

A Câmara Municipal de Anápolis disse em nota que se solidariza com os familiares e amigos, expressando suas mais sinceras condolências.

Segundo a prefeitura, a Defesa Civil do município fará uma avaliação da rua para adotar medidas que possam melhorar a segurança de quem passa pelo local.

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Homem é preso suspeito de estuprar adolescente e duas jovens

Segundo delegada, investigado cometeu o último crime enquanto era investigado por outros dois estupros semelhantes. Ele chegou a ser condenado e preso na Espanha

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Um homem de 38 anos foi preso, nesta segunda-feira (14), suspeito de estuprar uma adolescente e duas jovens, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A delegada Aline Lopes, que investiga o caso, contou ao POPULAR que as vítimas identificaram como autor Pedro Paulo de Jesus Costa. Uma delas, inclusive, chegou a morder o dedo dele.

Uma das vítimas que o mordeu, o sangue dele ficou na roupa da vítima. Então, agora estamos aguardando o resultado dos exames periciais que vão confirmar e dar mais certeza, que ele é o autor desse crime", explicou a delegada.

O POPULAR não conseguiu localizar a defesa do investigado, até a última atualização desta reportagem.

Segundo Aline Lopes, o suspeito abordava as vítimas aleatoriamente passando em ruas próximas de locais de mata, que não possuía câmeras de segurança.

Ele conseguia em algum momento se aproximar dessas vítimas, cruzar com essas vítimas, no momento que a vítima passava por ele, ele abordava ela por trás, a imobilizava pelo pescoço e arrastava para o matagal", narrou a delegada.

De acordo com Aline Lopes, o perfil das vítimas escolhido pelo suspeito sempre era de mulheres jovens e "frágeis".

Todas com o mesmo perfil, estrutura física, franzina, baixinha, magrinha... frágeis, que não poderiam oferecer resistência frente ao porte físico dele. Ele é um lutador de artes marciais, de judô e jiu-jitsu", disse a delegada.

A delegada destacou que o homem foi identificado e preso no decorrer de investigação de dois crimes que ocorreram na mesma região, com descrições de um homem que teria as mesmas características de Pedro Paulo. "Em fevereiro, o crime foi contra uma menor, o estupro foi consumado", disse.

Ela lembra que o suspeito chegou a ser preso em 2023, pela Polícia Civil de Anápolis, "pelo crime de estupro tentado, agindo da mesma forma e de uma região muito próxima também".

Então, nós acreditávamos que poderia se tratar da mesma pessoa e poderia ser esse homem preso em 2023. Enquanto, nós estavamos investigando esses dois crimes ocorridos em janeiro e fevereiro, um envolvendo uma maior de idade e uma menor, ocorreu um outro crime de tentativa de estupro", salienta a investigadora.

Esse outro crime similar, segundo a delegada, foi registrado no último dia 6, quando a vítima mordeu o dedo do suspeito e conseguiu fugir. À polícia, a jovem descreveu o modo de agir do homem e suas vestimentas. "Então, nós tivemos certeza que se tratava da mesma pessoa", pontuou.

A delegada ressaltou que Pedro Paulo foi encontrado na casa dele e apresentava um ferimento no dedo, conforme idicado pela jovem. Durante a prisão, a polícia informou que o investigado negou o crime. Mas, ele ainda será interrogado formalmente.

Aline Lopes contou que Pedro Paulo chegou a ser condenado na Espanha também por estupro. Por enquanto, ela aguarda confirmação por quantos anos ele ficou preso por lá.

Ele é brasileiro, morou um tempo na Espanha, lá ficou preso, segundo ele, por 10 anos", comentou a investigadora.

Com a divulgação da imagem do investigado, a delegada acredita que outras vítimas do homem devem procurar a delegada.

Segundo polícia, suspeito foi encontrado com ferimento provocado por vítima (Divulgado/PC-GO)

Segundo polícia, suspeito foi encontrado com ferimento provocado por vítima (Divulgado/PC-GO)