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Falsa esteticista atuava em quatro clínicas de Goiânia e até 'receitava' remédios controlados

Segundo a Polícia Civil, a investigada tinha apenas o ensino médio e teria falsificado os diplomas de graduação em estética e pós-graduação na mesma área

Modificado em 19/09/2024, 01:06

Substâncias e seringas encontradas na casa da investigada

Substâncias e seringas encontradas na casa da investigada (Polícia Civil)

Uma mulher é investigada por fingir ser esteticista, realizar procedimentos e receitar medicamentos de uso controlado para pacientes, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil (PC), Karina Jessica Gomes Souza, de 34 anos, atuava em quatro estabelecimentos na capital, dois deles foram interditados após cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (22).

O delegado Wellington Lemos informou que sete vítimas já procuraram a polícia, sendo que duas apresentaram laudo médico que comprovam as lesões causadas pelos procedimentos feitos pela mulher, que tem apenas o ensino médio, mas fingia ser esteticista e, em alguns casos, biomédica.

"Ela adulterou, falsificou e usava esse documento falso que habilitava ela como graduada em estética e pós-graduada nesta área. E com isso, ela atuava ilegalmente nesta profissão", relatou o delegado.

Ainda conforme o investigador, todas as vítimas realizaram procedimentos estéticos faciais como preenchimentos labiais, correção de bigode chinês, olheiras, entre outros. Além disso, quando as vítimas a procuravam relatando que os procedimentos teriam dado errado, Karina receitava remédios,"por escrito ou verbalmente, via mensagem, para que essas vítimas tomassem medicações até mesmo de uso controlado", contou Lemos.

Ainda conforme o delegado, as vítimas relataram "inchaços, edemas, perda de sensibilidade, deformação temporária e muita dor."

Lemos ainda contou que Karina chegou a realizar um procedimento nela mesma e, assim como nas vítimas, também teria dado errado.

O delegado também relatou que durante o mandado de busca e apreensão, na casa da falsa esteticista, os investigadores encontraram as substâncias, anestésicos e seringas, supostamente, usadas nas aplicações. Além de fichas de anamnese, com dados de possíveis 180 pessoas atendidas nos últimos três anos.

Como as investigações ainda estão em estágio inicial, a falsa esteticista não foi presa. Caso condenada, Karina Jessica Gomes Souza deve responder por exercício ilegal da profissão, lesão corporal e exercício ilegal da medicina.

"A divulgação da imagem e identificação da investigada pela Polícia Civil visa o interesse público, com vistas a se alcançar novas vítimas e/ou testemunhas. A autorização foi realizada em despacho pela Autoridade Policial", destacou a PC.

A reportagem não conseguiu contato com a investigada e também não localizou a defesa até a última atualização deste texto.

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Ex-deputado é condenado a 30 anos de prisão e terá que pagar R$ 600 mil por tentar matar ex-mulher e o namorado dela

Uma das vítimas sofreu lesões graves em órgãos vitais e vive com limitações. Crime aconteceu em Augustinópolis e ainda cabe recurso da decisão

Modificado em 21/03/2025, 18:07

Fórum da Comarca de Augustinópolis

Fórum da Comarca de Augustinópolis (Divulgação/Cecom-TJTO)

O ex-deputado Antônio Alexandre Filho, de 71 anos, foi condenado a mais de 30 anos de prisão por tentar matar a facadas sua ex-companheira o então namorado dela. Além disso, também deverá indenizar os dois em R$ 600 mil. Ele não poderá recorrer em liberdade.

O caso foi a júri popular nesta terça-feira (18), mais de 14 anos após o crime. Os jurados decidiram que os crimes ocorreram por motivo fútil e com recurso que tornou impossível a defesa das vítimas.

A sentença é assinada pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da Comarca de Augustinópolis, e ainda cabe recurso. A defesa do réu informou que vai buscar a anulação do julgamento, pois "a decisão dos jurados foi manifestadamente contraria à prova dos autos" (veja nota completa abaixo) .

As tentativas de homicídio aconteceram em um bar da Praça Augusto Cayres, no centro de Augustinópolis, no norte do estado, em setembro de 2010. De acordo com o Tribunal de Justiça, os crimes aconteceram porque o réu não aceitava o fim do relacionamento e nem que a mulher se relacionasse com outras pessoas.

Segundo o processo, o casal estava sentado no bar, quando Antônio Alexandre chegou e os esfaqueou. As duas vítimas sobreviveram após passarem por tratamento hospitalar.

Após fixar as penas de reclusão, o juiz ainda estabeleceu a indenização de R$ 100 mil para a mulher. Conforme a sentença, o réu não prestou assistência financeira para a vítima, que precisou mudar de estado e transferir sua faculdade.

O então companheiro da mulher deverá receber uma indenização de R$ 500 mil. O juiz cita que ele ficou mais de três meses em coma induzido em um hospital e vive com limitações pelas lesões em órgãos vitais, sem que o réu jamais o tenha procurado para verificar qualquer necessidade financeira.

Ao determinar o regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena, o juiz citou o Tema 1068, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autoriza a imediata execução da condenação imposta pelos jurados, para decretar a prisão do acusado.

Antônio Alexandre Filho foi deputado estadual entre 1991 e 1994 e exerceu mandato como vereador em Augustinópolis de 2001 a 2004.

Íntegra da defesa de Antônio Alexandre Filho

Vem esclarecer a parte, Antônio Alexandre Filho, irresignado com a sentença que o condenou, pela prática delitiva do art. 121, § 2º, inc. I e IV c/c art. 14, inc. II, ambos do CP, tentativa de homicídio por motivo Fútil, fixando-lhe pena de 30 anos e 11 meses de reclusão, em cujas razões pretende a anulação do julgamento ao argumento de que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos, em pleitos subsidiários, bate pela ausência da qualificadora de motivo fútil, bem como a desclassificação para o crime de lesão corporal e desistência voluntária.

No âmbito da dosimetria da pena requer a exclusão da valoração desfavorável da culpabilidade e a aplicação da atenuante de confissão.

Advogado Ubirajara Cardoso Vieira

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Fuzil, carabina e munições são apreendidos em operação contra investigados por estupro, sequestro e cárcere privado

Ação da Polícia Civil foi realizada em Colinas do Tocantins e dois suspeitos estão foragidos. Segundo delegado, uma adolescente foi vítima dos crimes

Modificado em 21/03/2025, 17:58

Armas de fogo e diversas munições são apreendidas durante operação da Polícia Civil em Colinas do Tocantins

Armas de fogo e diversas munições são apreendidas durante operação da Polícia Civil em Colinas do Tocantins (Divulgação/PCTO)

Duas armas de uso restrito e várias munições foram apreendidas nesta sexta-feira (21) em Colinas do Tocantins, durante uma operação da Polícia Civil. Foram localizados um fuzil, uma pistola, uma carabina e várias munições.

A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em uma casa na zona urbana da cidade e em uma fazenda. A Operação Narke da investiga dois homens pelos crimes de estupro, sequestro e cárcere privado. Os dois estão foragidos.

Segundo o delegado, Jodivan Benevides, a vítima dos crimes foi uma adolescente e por isso mais detalhes sobre o caso serão preservados.

"As investigações continuam, bem como as diligências no sentido de capturar os suspeitos que estão foragidos", disse o delegado.

Veja quais foram os equipamentos apreendidos:

  • uma pistola .40 de uso restrito, com três carregadores
  • um fuzil 5.56 de uso restrito, com cinco carregadores
  • uma carabina calibre 22, com um carregador
  • 110 estojos de munição 5.56
  • 79 estojos de munição .40
  • 11 munições .40 (ponta plana)
  • 19 munições .40 (poly match)
  • 16 munições .40 (ponta oca)
  • 15 estojos de munição calibre 22
  • 308 munições de calibre 22
  • 186 munições 5.56
  • A operação foi deflagrada pela 3ª Delegacia Regional de Colinas, por meio da 41ª e 42ª DPs, com apoio da 2ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc - Araguaína), da 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP - Araguaína) e do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE).

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    Empresária morta pelo companheiro com 29 facadas disse para amiga que relacionamento não estava bem, diz delegada

    Mulher teria mencionado a amiga que queria terminar o relacionamento. Leila Portilho de 51 anos foi morta pelo companheiro no dia 10 de março

    Leila Portilho postava nas redes sociais momentos com a família, viagens e declarações ao esposo (Reprodução/Rede social)

    Leila Portilho postava nas redes sociais momentos com a família, viagens e declarações ao esposo (Reprodução/Rede social)

    A empresária Leila Portilho, de 51 anos, morta pelo companheiro com 29 facadas confidenciou a uma amiga que o relacionamento não estava indo bem, informou a delegada do caso Ana Carolina Pedrotti. De acordo com a polícia, Leila foi morta pelo companheiro Gilvan Vieira no dia 10 de março, em Goianésia.

    As investigações apontam que a mulher foi morta na madrugada do dia 10 de março. Na ocasião, o marido dela teria l igado para a família e contado que fez uma "besteira" e após matar a vítima com 29 facadas, ele tirou a própria vida.

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    Entenda o caso

    O crime aconteceu na madrugada do dia 10 de março. Segundo a titular da Delegacia da Mulher (Deam) de Goianésia, Ana Carolina Pedrotti, Gilvan desferiu diversas facadas em Leila e, depois do crime, ele tirou a própria vida. Mas, antes teria ligado para familiares relatando o acontecimento.

    Conforme as investigações, o casal namorava há cerca de um ano e morava junto há cerca de dois meses. Nas redes sociais, constantemente, os dois postavam dezenas de fotos de passeios e viagens que faziam juntos.

    Segundo a Polícia Científica, a provável causa da morte de Leila, que foi atingida com 29 facadas nas regiões do tórax, abdômen e membros, é de choque hipovolêmico devido à perda significativa de sangue e fluidos corporais.

    A investigadora informou que uma testemunha teria trocado mensagens com Leila, um dia antes dela ser morta, ocasião em que a vítima teria mencionado que queria terminar o relacionamento.

    Empresário Gilvan Vieira de Oliveira, de 53 anos, e Leila Portilho, de 51 (Reprodução/Redes sociais)

    Empresário Gilvan Vieira de Oliveira, de 53 anos, e Leila Portilho, de 51 (Reprodução/Redes sociais)

    Quem era a empresária?

    Familiares e amigos descreveram Leila Portilho como uma mulher gentil, amada e trabalhadora. Ela era dona de uma loja de cosméticos em Goianésia e a sua morte gerou comoção no município.

    A empresária deixou dois filhos: uma advogada e um contador. Era no próprio perfil que Leila compartilhava sua paixão pela maternidade, por viagens feitas e o amor que tinha pelo então companheiro, Gilvan Vieira.

    (Colaborou Aline Goulart, g1 Goiás)

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    Fisiculturista é alvo de buscas da Polícia Civil suspeito de crimes eletrônicos e fraude com boletos

    Um pendrive contendo evidências de crimes foi apreendido pela Polícia Civil. Suspeito teria aberto uma conta digital com dados de uma ex-companheira

    Modificado em 20/03/2025, 16:15

    Viatura da Polícia Civil

    Viatura da Polícia Civil (Reprodução/SSP-TO)

    A Polícia Civil de Araguaína, região norte do estado, cumpriu mandado de busca e apreensão contra um fisioculturista de 35 anos suspeito de aplicar golpes virtuais. A investigação teve início após a denúncia de que ele teria utilizado os dados de uma ex-companheira para abrir uma conta digital sem o seu conhecimento.

    Na ação, um pendrive foi apreendido. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o dispositivo apreendido continha evidências que apontam para a prática de outros crimes, incluindo a adulteração e o desvio de boletos bancários.

    Conforme apurado, o suspeito modificava os dados dos documentos antes de enviá-los a terceiros, redirecionando os valores pagos para contas sob seu controle.

    O material apreendido na quarta-feira (19) possibilita que a Polícia Civil aprofunde as investigações para identificar outras possíveis vítimas e verificar se outras pessoas participaram dos crimes.