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Família faz campanha por casa adaptada

Comerciante teve complicações com o coronavírus e agora precisa de cuidados especiais

Modificado em 21/09/2024, 00:20

Família faz campanha por casa adaptada

(Arquivo pessoal)

O comerciante Renato Fernandes Bueno Valim, de 36 anos, tinha uma vida normal até abril, quando contraiu a Covid-19 e precisou ser internado no Hospital de Campanha de Aparecida de Goiânia. Durante sua internação ele sofreu uma parada cardíaca e devido a uma lesão no cérebro, ficou tetraplégico.

"Quando Renato teve alta, a esposa se mudou com ele e as filhas para a Itauçu, onde ambos têm família e poderia formar uma rede de apoio nos cuidados com ele. Além disso, o aluguel aqui é mais barato que em Goiânia", conta a professora Thays Taynara de Sousa, de 26 anos, que é cunhada de Ana Maria Silva, mulher de Renato.

Ao longo de três meses de internação ele contraiu a Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), popularmente conhecida como superbactéria. Para trata-la, Renato foi internado no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr Henrique Santillo (Crer).

Na unidade, os médicos constataram que a bactéria segue em seu organismo, mas está colonizada, ou seja, não faz mal ao paciente. No entanto, ele pode transmiti-la a outras pessoas com baixa imunidade, por isso, não pode voltar a ser internado.

"Os médicos dizem que em algum momento a superbactéria será eliminada pelo organismo dele, mas não há um prazo para isso, pode levar até um ano e meio. Quando ele internou para trata-la teve que ficar isolado, por isso ele precisa fazer todo o tratamento em casa", explica Thays.

Tratamento
De acordo com a professora, Renato faz fisioterapia diariamente em casa, uma hora por dia. A fisioterapeuta foi obtida junto a prefeitura da cidade para realizar o tratamento durante a semana, mas a família conseguiu arcar para ela ir também aos finais de semana.

Com o poder municipal, a família de Renato conseguiu uma fonoaudióloga, que vai um dia na semana. Nos outros quatros uma profissional particular atende o paciente. Além dos custos com os profissionais, também é preciso comprar remédios, fraldas, alimentação por sonda, entre outras necessidades.

Quando morava em Goiânia, Renato era proprietário da copiadora Big Brother, localizada em frente à Universidade Salgado Filho (Universo). Atualmente, uma sobrinha cuida do negócio, para ajudar a família a seguir com alguma renda.

Vakinha
No entanto, os gastos são muitos e foi então que Thays Taynara fez uma vakinha virtual em agosto, para auxiliar Ana e Renato. "Quando vi as reais necessidades, primeiro eu criei a página @juntospelorenato no Instagram. Depois fiz a arrecadação virtual, pois os gastos eram muitos. Conseguimos R$ 18 mil que pagaram as contas e ainda segue sendo usado", conta.

Contudo, a casa que o casal mora é pequena e não comporta as necessidades para o tratamento de Renato e esse mês uma nova vakinha virtual foi aberta pela família. "A fisioterapeuta pediu um tablado para realizar as atividades com ele e na casa alugada não há espaço. Além disso, o banheiro precisa ser adaptado para entrar com a cadeira de rodas, entre outras necessidades", aponta a cunhada.

"A família precisa de uma casa adaptada, pois não se sabe quando o Renato voltará a andar e falar, os médicos não tem perspectiva dele voltar a ter uma vida normal. Por isso, é preciso de um lugar que atenda suas necessidades e que dê condições dele ter uma melhor recuperação e com qualidade de vida. A família não pode perder a esperança", destaca Thays.

Para adquirir uma casa com espaço em Itauçu, a 90 km de Goiânia, e adaptá-la às necessidades do tratamento de Renato, evitando novas internações em razão da superbactéria, a família calculou o valor da nova campanha virtual em R$ 220 mil. Que quiser ajudar pode acessar a vakinha virtual clicando aqui . A rotina de cuidados com ele pode ser acompanhada pelo instagram @juntospelorenato .

Geral

Em Goiás, 845 mil ainda não tomaram nenhuma dose da vacina contra Covid-19

Quase três anos e meio após início da vacinação, SES-GO ainda trabalha para aumentar cobertura vacinal. Neste mês, Estado recebeu cerca de 86,4 mil doses do imunizante atualizado contra a doença

Modificado em 17/09/2024, 16:14

Início da aplicação da nova vacina contra a Covid-19 (monovalente XBB) no Central Municipal de Vacinação, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia Na foto, geral da Central Municipal de Vacinação, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia.

Início da aplicação da nova vacina contra a Covid-19 (monovalente XBB) no Central Municipal de Vacinação, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia Na foto, geral da Central Municipal de Vacinação, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia.
 (Wesley Costa)

Quase três anos e meio após o início da vacinação contra a Covid-19, Goiás ainda possui 845,8 mil pessoas que não tomaram nenhuma dose do imunizante contra a doença. Neste mês, o governo estadual recebeu cerca de 86,4 mil doses da nova vacina atualizada contra a Covid-19, a monovalente XBB, da farmacêutica americana Moderna, que protege contra as principais cepas em circulação hoje. Mesmo assim, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) ainda enfrenta desafios para aumentar a cobertura vacinal de alguns grupos, especialmente crianças.

A nova vacina está incluída no Calendário Nacional de Vacinação (para crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias), além de ser indicada para grupos prioritários e pessoas que ainda não tomaram nenhuma dose do imunizante. Atualmente, a recomendação é de que pessoas que nunca se vacinaram contra a doença recebam apenas uma dose da vacina contra a Covid-19, sendo ela a monovalente XBB.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, acredita que notícias falsas relacionadas à vacinação, especialmente de crianças, ajudam a explicar o cenário de pessoas ainda desprotegidas. "Para superar esses obstáculos, nosso trabalho tem sido o de repassar a informação correta", esclarece.

Em Goiás, 6,3 milhões de pessoas acima de 5 anos tomaram pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 até o primeiro trimestre de 2023. O dado é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os grupos que mais aderiram foram as mulheres e os idosos.

Flúvia chama atenção para o fato de que uma parte considerável dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente os que culminam em internações, ainda são causados por Covid-19. Neste ano, dos 3,2 mil casos de SRAG em Goiás, 15,5% são por Covid-19, enquanto a influenza é responsável por 9,5% até agora. "Não é uma doença do passado, é uma doença do presente", pondera.

Durante o lançamento da campanha Vacina Brasil, ocorrida nesta terça-feira (29), a imunologista e diretora médica de Vacinas da América Latina da Adium/Moderna, Glaucia Vespa, compartilhou do mesmo ponto de vista de Flúvia. "A emergência em saúde pública acabou, mas o vírus continua presente", avaliou. Glaucia também chamou atenção para a tecnologia da vacina, que é baseada no mRNA mensageiro. "Destaque pela eficácia e segurança", disse.

O infectologista e diretor científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime, pontua que a vacinação contra a Covid-19 não é benéfica só para prevenir quadros graves e mortes, mas também para evitar casos de Covid longa. "É quando o indivíduo permanece inflamado após o episódio agudo (da doença)", explica. Alguns dos principais sintomas são a fadiga e a confusão mental. Mulheres, idosos e portadores de comorbidades fazem parte do grupo de risco. "Como não estamos mais em emergência, é preciso entender que a fisiopatologia da doença está mudando. A melhor forma de se proteger é pela vacina."

Vacina

Na visão da superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, ter uma vacina como a monovalente XBB disponível representa um ganho para a população em termos de proteção. "É a que está mais atualizada no que diz respeito às cepas em circulação." O imunizante é conhecido como monovalente XBB por oferecer proteção contra a subvariante ômicron XBB 1.5, que circulou de forma intensa em Goiás em 2023. "Foi a que mais identificamos nos sequenciamento que fizemos", aponta Flúvia.

De acordo com a SES-GO, as mais de 80 mil doses de monovalente XBB recebidas do Ministério da Saúde já estão nos postos de saúde, que estão abastecidos e orientados sobre a aplicação do imunizante. "Temos a expertise. A forma de armazenamento é a mesma da Pfizer, de ultracongelamento", detalha Flúvia.

Idosos

Os idosos representam 65,1% das 28,5 mil mortes por Covid-19 ocorridas em Goiás até agora. Apesar de a cobertura vacinal do grupo ser mais satisfatória, Flúvia reforça que é importante que as pessoas com mais de 60 anos não se esqueçam de tomar o reforço de seis em seis meses. "Nunca deixou de ser um grupo de atenção da doença. Eles têm maior chance de agravamento e morte", avalia Flúvia.

A geriatra e presidente do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Maisa Kairalla, lembra que mesmo com boa saúde, os idosos sofrem com a imunossenescência, um processo de deterioração gradual do sistema imunológico que ocorre com o envelhecimento natural do organismo. Nesse contexto, ainda existem os idosos que possuem quadros agravados por condições crônicas ou uso de medicamentos. "Para envelhecer com saúde, um dos pilares fundamentais é a vacinação", comenta.

Crianças

Em Goiás, as crianças e adolescentes possuem a pior cobertura vacinal contra a Covid-19. A cobertura com duas doses entre aqueles de seis meses a quatro anos de idade é de apenas 12,7%. Apesar de as crianças não estarem entre aqueles que mais morrem, a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás destaca que é importante considerar que uma parcela delas tiveram pouco contato com o vírus e ainda não se vacinaram. "Principalmente aquelas que nasceram no pós-pandemia. Um aumento de casos não está descartado", esclarece Flúvia.

A pediatra e membro do departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Flavia Almeida, corrobora as ideias de Flúvia e reforça que do ponto de vista de internação, aqueles com menos de um ano de idade ainda são um grupo importante. O cenário é preocupante, já que, em Goiás, apenas 10,3% daqueles com idade entre seis meses e dois anos tomaram duas doses da vacina contra a doença. Nesse sentido, Flavia explica que é imprescindível que o poder público continue fazendo um trabalho de comunicação e combate às notícias falsas junto aos pais e médicos. "Um trabalho de formiguinha", finaliza.

IcMagazine

Famosos

Bailarina goiana pede ajuda para conseguir entrar em companhia internacional

Alice Campelo participará de seleções na Inglaterra e na Alemanha

Modificado em 17/09/2024, 15:36

Bailarina goiana pede ajuda para conseguir entrar em companhia internacional

(Reprodução/Arquivo Pessoal)

A bailarina goiana Alice Campelo, de 21 anos, pede ajuda para realizar o sonho de entrar em uma companhia internacional de dança. Alice, que começou a dançar aos 11 anos, conta que ganhou as passagens para a Europa, onde acontecerão as audições das companhias, mas ainda precisa de recursos para arcar com os custos da estadia durante a viagem.

"Ganhei as passagens e tenho até o dia 16 para arrecadar todos os recursos que eu conseguir, para que eu possa fazer todas as audições, tanto na Inglaterra, quanto na Alemanha, onde está a companhia dos meus sonhos. Ao todo, serão 79 dias de viagem", contou.

Alice também explica como funcionam as seleções das quais vai participar nos próximos meses. "Vou participar das seleções, que acontecem, geralmente, por meio de uma aula. Ali somos avaliados e se a companhia gosta do que é mostrado, o bailarino é contratado. Estou indo em busca desse contrato, que é meu sonho, para poder ingressar no balé lá fora", contou.

Sobre a viagem, Alice detalha que está bastante ansiosa. "Eu me vejo lá. Esperei muito tempo por esse momento, só Deus sabe tudo o que eu passei para chegar até aqui", completou.

Trajetória
Alice relembra que começou a dançar aos 11 anos. Aos 17, se formou bailarina pelo Brasileu França, momento em que passou a integrar a Companhia Jovem da instituição, na qual segue até hoje. Ela também passou a integrar a Quasar Cia de Dança em 2023.

Quem quiser ajudar Alice a realizar o sonho dela, pode contribuir com qualquer valor para o pix (62) 98565-4773.

Geral

Com Lúpus, mulher pede ajuda para voltar para o Acre

Acometida de uma forma rara de lúpus, mulher vinda do Acre está acamada, vivendo em Goiânia com ajuda de amigos e precisa voltar para cidade nata

Modificado em 19/09/2024, 01:15

Com Lúpus, mulher pede ajuda para voltar para o Acre

(Divulgação)

O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória crônica que pode afetar inúmeros órgãos e tecidos do corpo humano, como a pele, articulações, rins e o cérebro. A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SRB) estima que cerca de 65 mil pessoas no Brasil, com idade entre 20 e 45 anos, sofram com o problema. E mais: a doença acomete especialmente o público feminino. Acredita-se que a cada 1.700 mulheres no país, uma tenha o lúpus.

Diagnosticada em 2005 com uma forma rara e severa da doença, Francisca Soares de Oliveira, 55 anos, aposentada, está entre as milhares de brasileiras que enfrentam uma enorme batalha para ter o mínimo de qualidade de vida, já que o Lúpus Eritematoso Sistêmico não tem cura. Natural de Rio Branco, capital do Acre, Francisca conta que no início do tratamento precisava vir para Goiânia a cada três meses.

Mas seu estado de saúde foi agravando e as viagens tornaram-se mais frequentes. Foi quando em 2015, que Francisca, junto com a irmã, mudou-se para Goiânia com o objetivo de buscar melhores condições para se tratar. Desde então, ela vem sendo assistida pelo Hospital Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG). A doença se agravou, e ela precisou de uma equipe multidisciplinar de médicos, com traumatologistas, cardiologistas e ortopedistas.

Contudo o tratamento não impediu o avanço da doença, que já atingiu seu estágio mais severo. O lúpus causou estragos nas articulações de Francisca, tornando inviabilizando sua locomoção. "Estou acamada desde maio e, no intervalo, tive que enfrentar uma infecção resistente, o que me levou a uma internação de oito dias para receber tratamento com antibióticos", diz Francisca.

Voltar para casa
Em razão dos comprometimentos que a doença lhe gerou, e de não haver mais o que fazer a não ser cuidados paliativos, ela e sua família entenderam que é melhor que ela esteja em sua terra natal, junto de seus parentes que podem melhor assisti-la. O problema é o custo para voltar para casa. Fran precisa de duas passagens de avião, sendo que a dela precisa ser em acomodação especial, pois ela só fica deitada.

"Eu enfrento a doença há mais de 15 anos e tenho sofrido muito a cada evolução dela. Não temos condição de viver aqui. Meu sonho é poder voltar, mas, para isso preciso de ajuda financeira por conta das passagens, que são duas, minha e da minha irmã, que me acompanha", desabafa.

Atualmente, Francisca mora com a irmã em um apartamento no centro de Goiânia, elas sobrevivem com ajuda de amigos e conhecidos da igreja. Eles pagam seu aluguel e ajudam nas despesas básicas, e também no plano de saúde.

Serviço
Se você puder ajudar Francisca de alguma forma, entre em contato pelos telefones: 68 99991-9391 e 62 98272-6646.

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Shopping disponibiliza atendimento de saúde preventivo contra o câncer de mama

Para encerrar a campanha Outubro Rosa, o centro de compras recebe ação de conscientização sobre a doença

Modificado em 19/09/2024, 01:18

Shopping disponibiliza atendimento de saúde preventivo contra o câncer de mama

(Divulgação)

Para encerrar a campanha Outubro Rosa, que visa promover ações de combate ao câncer de mama, o Buriti Shopping realiza, desta quinta-feira (26) a sábado (28), um evento de conscientização sobre a prevenção da doença.

Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, o centro de compras disponibilizará, das 10 às 18 horas, duas enfermeiras para atendimento em seu núcleo do cidadão. Na ocasião, elas realizarão exames rápidos, aferimento de pressão, dentre outros, que serão feitos por ordem de chegada.

A ação contará ainda com a presença da Associação de Apoio às Vítimas de Câncer no Estado de Goiás (AAVCEG), que estará com um stand de venda de produtos artesanais feitos por pessoas que estão em tratamento oncológico.

Os recursos arrecadados serão destinados a esse apoio dado aos pacientes pela associação. O ponto de venda estará localizado em frente à loja Milky Moo, que fica no piso térreo próximo à entrada do shopping da avenida José Leandro da Cruz.

Além disso, junto ao stand da AAVCEG, representantes da Água Leben irão distribuir água e materiais de conscientização sobre a importância desse recurso natural.

Serviço: Ação de conscientização sobre o câncer de mama
Data : de 26 a 28 de outubro
Horário : visitação disponível das 10 às 18 horas
Local : núcleo do cidadão do Buriti Shopping
Gratuito e aberto ao público