A família do fazendeiro Nelson Alves de Andrade, assassinado aos 73 anos em 1º de abril do ano passado, perto de sua fazenda, em Campinorte – cidade a 300 quilômetros de Goiânia, no Norte do Estado –, entrou na Justiça para que a filha dele, a dona de casa Nauany Steffany Maia Alves, de 20 anos, denunciada como um dos mandantes do crime, não receba a herança avaliada em R$ 3 milhões. Investigações da Polícia Civil apontam que ela e o marido, o mecânico Rui de Clessio Ferreira de Sousa, de 21, contrataram uma pessoa por R$ 20 mil para matar Nelson e, assim, eles ficarem com os bens dele. Dois irmãos e dois sobrinhos de Nelson entraram com uma ação de exclusão de herdeiro por indignidade, afirmando estar comprovado que a filha do fazendeiro armou o crime para ficar com o patrimônio do pai e que, nesses casos, o Código Civil permite que ela seja punida com a perda do direito de receber os bens da vítima. “Ademais, se a dignidade é igual à justiça, a indignidade é a da injustiça do crime. Age como indigno juridicamente aquele que agiu contra a lei, linha de conduta normal exigida pela sociedade”, afirmam na ação.