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Goianas presas injustamente na Alemanha recuperam malas que foram trocadas por bagagens com drogas

Kátyna Baía e Jeanne Paollini ficaram presas por 38 dias. Um vídeo mostra o momento em que a advogada Chayane Kuss de Sousa pegou as malas que foram entregues por um promotor alemão

Modificado em 19/09/2024, 01:07

Jeanne Paollini e Kátyna Baía no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo

Jeanne Paollini e Kátyna Baía no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (Reprodução/Redes Sociais/TV Anhanguera)

As goianas Kátyna Baía e Jeanne Paollini, que ficaram presas por 38 dias na Alemanha após terem suas bagagens trocadas por malas com drogas, conseguiram recuperar seus pertences após seis meses do ocorrido. "Sinaliza que está muito próximo de o Ministério Público alemão encerrar de vez essa injusta acusação de tráfico internacional de drogas", disse Kátyna. E completou: "um motivo de grande felicidade para nós".

Um vídeo mostra o momento em que a advogada Chayane Kuss de Sousa pegou as malas que foram entregues por um promotor alemão.

Kátyna e Jeanne foram presas assim que desembarcaram em Frankfurt, na fila de embarque da escala, no dia 5 de março deste ano. A polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20 quilos de cocaína cada, etiquetadas com os nomes das duas.

Imagens de câmeras de seguranças do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mostraram o desembarque de duas malas, uma branca e uma preta. Elas foram despachadas no aeroporto goiano, mas no meio do caminho, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil, as etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens. Conforme reiterou a Polícia Federal, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, Kátyna e Jeanne nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.

Posteriormente, a Polícia Federal descobriu que as etiquetas haviam sido trocadas por uma quadrilha suspeita de tráfico internacional de drogas. A soltura das brasileiras só ocorreu mais de um mês depois, no dia 11 de abril, quando foi autorizada pelo Ministério Público da Alemanha.

De acordo com a advogada Luna Provázio, apesar de os pertences terem sido entregues, o processo em relação às goianas só será encerrado "mediante o envio das decisões judiciais pelas autoridades brasileiras". Ela também explicou que a defesa avalia a melhor maneira de levar os bens apreendidos para o Brasil.

Como ocorreu a troca de etiquetas?
De acordo com a Polícia Federal de Goiás, as malas de Kátyna e Jeanne foram conferidas e separadas por dois funcionários na esteira, em uma área restrita. Eles retiraram a identificação, deixando apenas uma etiqueta com o peso das bagagens.

Na área de bagagens de viagens internacionais, um funcionário colocou as etiquetas das malas de Kátyna e Jeanne nas bagagens com drogas, aproveitando-se de um ponto cego nas câmeras. Todas as malas seguiram no voo para a Alemanha.

De onde vieram as malas com as drogas?
Seguindo as investigações, duas mulheres chegaram ao aeroporto e entregaram as malas com cocaína a uma funcionária da Gol em um dos guichês. A dupla deixou o aeroporto minutos depois.

A funcionária seria a pessoa que enviou as malas com droga para a área das bagagens.

Como as malas chegaram a Frankfurt?
As malas com droga entraram na seção de bagagens de embarque doméstico para evitar a fiscalização. Depois, os itens foram levados em um veículo para o terminal de voos internacionais. Todos os envolvidos, segundo a Polícia Federal, eram de uma empresa terceirizada do aeroporto de Guarulhos (SP).

Outros casos
Além do caso das goianas, a polícia conseguiu evidências de pelo menos outros dois crimes de tráfico internacional de drogas que ocorreram no Aeroporto de Guarulhos: um para Portugal, em outubro de 2022, e outro para a França, em março deste ano.

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Oito são presos por vender 'maconha gourmet' via delivery

Mandados judiciais foram cumpridos em Goiânia, Aparecida de Goiânia e no Pará

Imagem mostra a planta e como era preparada a "Maconha Gourmet" (Divulgação/Polícia Civil)

Imagem mostra a planta e como era preparada a "Maconha Gourmet" (Divulgação/Polícia Civil)

Uma operação da Polícia Civil resultou na prisão de oito suspeitos de vender "maconha gourmet" por delivery. Os mandados judiciais foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (27) em Goiânia, Aparecida de Goiânia e São Félix do Xingu, no Pará. Além das prisões, foram bloqueados aproximadamente R$ 1,5 milhão em bens dos investigados.

Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles para posicionamento até a última atualização desta matéria.

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As investigações indicam que o grupo operava um esquema de tráfico de drogas sintéticas e "maconha gourmet", uma variedade com alta concentração da principal substância psicoativa da planta, por meio de entregas a domicílio (Veja imagens ao final da matéria).

Ao todo, a operação Hamp Delivery cumpriu 16 mandados judiciais, sendo oito de prisão e oito de busca e apreensão.

A ação foi conduzida pela Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (DENARC), com apoio da Polícia Civil do Pará.

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Cocaína é apreendida em avião e seria distribuída para cidades do Tocantins, Goiás e Bahia

Suspeitos de tráfico interestadual foram presos em pista de pouso clandestina de Marianópolis. Drogas, aeronave, veículos e os suspeitos foram encaminhados para a sede da Polícia Federal de Palmas

Momento da apreensão das drogas na aeronave, em Marianópolis do Tocantins (Ficco/Divulgação)

Momento da apreensão das drogas na aeronave, em Marianópolis do Tocantins (Ficco/Divulgação)

Mais de 470 quilos de cocaína foram apreendidas em um avião em Marianópolis, no oeste do estado, e tinham como principais destinos os estados de Goiás e Bahia, além de cidades do Tocantins. Cinco suspeitos de tráfico interestadual foram presos na operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (Ficco/TO).

O fragrante aconteceu na tarde de domingo (23). A organização criminosa é investigada pelas autoridades por armazenamento, distribuição e comercialização de entorpecentes. Na ação, o avião e pelo menos três veículos também foram apreendidos com os suspeitos.

Segundo a Polícia Federal, no total foram apreendidos 475 kg de cocaína, 800g de haxixe e uma pistola 9mm. O piloto do avião estava utilizando documentos falsos.

De acordo com o delegado-chefe da 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Palmas), Evaldo de Oliveira Gomes, há pelo menos sete dias as equipes ficaram monitorando pista clandestina em uma fazenda às margens da TO-080, onde a aeronave pousou no início da tarde.

A investigação conduzida pela Ficco do Tocantins e Goiás apurou que, além dos estados de Goiás e Bahia, a droga tinha possibilidade de também chegar ao Maranhão e Mato Grosso. Uma facção goiana era responsável pela droga que seria destinada a abastecer o mercado interno brasileiro.

"Há indicativos de que essa pista foi utilizada outras vezes. Eles pousam com a droga em Marianópolis e de lá essa droga é distribuída por camionetes para cidades tocantinenses como Palmas, Araguaína e Gurupi, além de Goiânia (GO) e Imperatriz (MA)", disse o delegado.

Quanto à fazenda, o delegado informou que ela era utilizada anteriormente para a atividade pecuária e existe a possibilidade de os proprietários terem arrendado para outras pessoas para o cultivo de soja. "Os proprietários não estavam no local, portanto, não há indicativo de que tenham alguma ligação com o tráfico", disse.

Além das Polícias Federal e Civil, também ajudaram nas prisões e apreensões equipes das Agência Central de Inteligência da Polícia Militar do Tocantins e da PM/2, da Polícia Militar de Goiás (PMGO).

Drogas e avião foram apreendidos em operação (Divulgação/FICCO)

Drogas e avião foram apreendidos em operação (Divulgação/FICCO)

Foi apurado que os cinco homens presos são de fora do estado, mas os nomes m não foram divulgados.

As drogas, a aeronave, os veículos e os suspeitos foram encaminhados para a sede da Polícia Federal de Palmas, para os procedimentos cabíveis.

A FICCO é composta por agentes da Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Penal do Tocantins e tem o objetivo de combater o crime organizado.

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Tráfico ficava com dinheiro de farmácia popular

Investigação começou com a prisão de dois suspeitos de levar drogas a um ex-candidato a vereador

Modificado em 20/02/2025, 06:36

Polícia Federal deflagra operação contra suposta organização criminosa

Polícia Federal deflagra operação contra suposta organização criminosa (Divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão contra suposta organização criminosa, na manhã de quinta-feira (13), em Goiás, Paraíba, Mato Grosso, Acre e Minas Gerais. O grupo é suspeito de tráfico internacional de drogas e por fraudes no Programa Farmácia Popular do Governo Federal para financiamento da prática criminal. De acordo com a polícia, a investigação teve início com a prisão de dois suspeitos de transportar drogas destinadas a um traficante da região, que teria sido candidato a vereador, em 2024.

Como o nome do político e nem dos demais suspeitos não foram divulgados, a reportagem conseguiu localizar as defesas deles até a última atualização desta reportagem.

O grupo é suspeito de financiar o tráfico de drogas com dinheiro do programa de distribuição de remédios do governo federal. A polícia explica que os criminosos adquiriram farmácias com registros baixados, mas cadastradas no Farmácia Popular, e fraudaram as notas fiscias, além de dados roubados de consumidores.

Ao todo, conforme a polícia, são cumpridos 106 ordens judiciais, a maioria delas em Goiás, por meio da deflagração da Operação Arthron. São cumpridos ainda 28 medidas restritivas de direitos e sequestro de bens móveis e imóveis. O valor chega aos R$ 39 milhões. Para essa ação, a corporação mobilizou 120 policiais federais.

A polícia ressaltou que dois homens foram presos, em 2022, com grande quantidade de cocaína que seria entregue em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com a PF, os entorpecentes eram trazidos, principalmente, da Bolívia, Colômbia e do Peru. No entorno, as drogas eram revendidas a traficantes do entorno Sul do Distrito Federal, que possuiriam vínculos com facções criminosas de repercussão nacional.

Como funcionava as fraudes na Farmácia Popular

Segundo a PF, as fraudes no Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB), que distribui medicamentos gratuitos na rede privada de farmácias, repassadas pelo governo, pelo grupo ocorriam da seguinte maneira:

  • Os investigados adquiriam farmácias regularmente cadastradas no PFPB, mas que já tinham sido baixadas na Receita Federal.
  • Realizavam alterações societárias, muitas vezes vinculando Pessoas Jurídicas a terceiros interpostos.
  • Essas mudanças e ajustes junto ao PFPB foram intermediados por uma investigação que, aparentemente, atuou como uma espécie de "despachante" junto aos órgãos públicos responsáveis pelo programa.
  • Após as alterações, houve um aumento expressivo no volume de medicamentos fornecidos comercializados pela Farmácia Popular, tanto na modalidade gratuita quanto subsidiada.
  • Os valores foram liberados em favor dos interessados, que utilizaram diversas estratégias para dificultar a identificação dos verdadeiros beneficiários.
  • A PF esclareceu que, para viabilizar as fraudes, foram registradas vendas fictícias de medicamentos que, não eram entregues aos destinatários informados. Os investigados são suspeitos de utilizarem dados de consumidores.

    A investigação destaca-se que, na maioria dos casos, as empresas utilizadas pelo grupo não possuíam existência real e eram registradas em estados completamente diferentes do domicílio dos sócios declarados. Embora operassem de forma legítima, os repasses mensais do PFPB não ultrapassaram R$ 5 mil. No entanto, após o início das fraudes, cada farmácia passou a receber entre R$ 60 mil e R$ 90 mil por mês.

    A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde para comentar sobre as supostas fraudes no programa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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    Cocaína escondida em droga: operação prende dois suspeitos de levar cerca de 400 kg de droga

    Carreta que transportava a droga iria para Salvador a fim de abastecer o tráfico durante o Carnaval, segundo a polícia

    Modificado em 02/02/2025, 10:59

    Uma operação da Polícia Rodoviária Federal em Goiás (PRF-GO) prendeu em flagrante dois homens, de 38 e 39 anos, suspeitos pelo crime de tráfico de drogas. Além disso, cerca de 400 quilos de cocaína foram apreendidos. Segundo a PRF-GO, a droga estava escondida em uma carreta carregada com 35 toneladas de milho de pipoca (assista acima).

    A abordagem aconteceu na noite da última sexta-feira (31) na BR-153, em Uruaçu, município que fica no norte goiano. Os suspeitos presos são o proprietário e o motorista da carreta. Visto que os nomes deles não foram divulgados pela polícia, o Daqui não conseguiu localizar a defesa até a última atualização desta reportagem.

    Conforme a PRF-GO, a carreta foi carregada com a droga no estado do Mato Grosso (MT), na fronteira com a Bolívia. O veículo estava seguindo para a cidade de Salvador, na Bahia (BA). A cocaína transportada seria usada para o tráfico durante o Carnaval.

    De acordo com a polícia, os investigados receberiam o valor de R$ 30 mil pelo transporte da droga. Os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), que fica em Goiânia.

    Momento em que os policiais encontram a cocaína escondida em meio à carga de milho. (Divulgação/PRF-GO)

    Momento em que os policiais encontram a cocaína escondida em meio à carga de milho. (Divulgação/PRF-GO)