Geral

Goiânia aplica 3,3% das doses no primeiro dia de vacinação contra dengue

Secretaria Municipal de Saúde diz que procura foi dentro do esperado e que busca por imunizante deve crescer, em especial, nos finais de semana

Modificado em 17/09/2024, 16:06

Pablo Paulse levou o filho Miguel, de 11 anos, para receber o imunizante no CMV do setor Pedro Ludovico

Pablo Paulse levou o filho Miguel, de 11 anos, para receber o imunizante no CMV do setor Pedro Ludovico (Wildes Barbosa)

Goiânia aplicou 1.133 mil doses da Qdenga no primeiro dia da campanha de vacinação contra a dengue em Goiás, o número corresponde a 3,3% das 34.234 doses recebidas pela capital. Ao Daqui, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) considera que a procura foi dentro do esperado. A expectativa é que número aumente principalmente nos finais de semana, momento em que os menores não têm aula.

A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou, na manhã desta quinta-feira (15), que 83 municípios goianos estão em situação de emergência por dengue. De acordo com os indicadores da pasta, Goiânia conta com 4.586 casos neste ano. Seis mortes já foram confirmadas, sendo três em Uruaçu e uma em Águas Lindas de Goiás, Iporá e Cristalina, outros 55 casos estão em investigação.

O Daqui apurou que no Centro Municipal de Vacinação e Orientação ao Viajante (CMV), localizado no setor Pedro Ludovico, das cerca de 500 doses recebidas foram aplicadas por volta de 100. O local recebeu pela manhã o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) para inaugurar a campanha na capital.

Na região Norte, no Centro de Saúde da Família São Judas Tadeu (CSF) foram aplicadas 12 doses das 100 disponíveis no local, algumas pessoas não puderam receber o imunizante devido a sintomas que estão contraindicados pelo Ministério da Saúde (MS), e por estarem fora da faixa etária.

Em Senador Canedo foram aplicadas 154 doses até às 16h30, o valor corresponde a 3,24% das 4.741 doses entregues pela SES-GO. Até às 17h Trindade havia aplicado 410 doses das 4.019, utilização correspondente a 10,20%. Aparecida de Goiânia ainda não conseguiu fornecer os dados, previsão é para esta sexta-feira (16).

Aplicações

Pablo Paulse, arquiteto de 46 anos, levou o filho Miguel de 11 anos para receber o imunizante durante o início da campanha no CMV. Os dois são moradores da região, o pai conta não ter enfrentando nenhum problema para encontrar a vacina, tampouco para acessar a informação sobre os locais, que por ele foi encontrado no site da Prefeitura. Outra moradora da região, a empresaria Ludmila Moreira de 51 anos levou a filha para vacinar e disse ter enfrentando problemas para acessar a informação sobre os locais, mas que no final chegou ao ponto e conseguiu seguir para a imunização.

Do outro lado da capital, no Setor São Judas Tadeu, durante a presença da reportagem, uma mãe não conseguiu vacinar o filho de 10 anos que teve contato com o vírus da dengue em menos de seis meses, uma das contra indicações do Ministério da Saúde. Durante a abordagem na unidade houve um conflito quanto ao horário da aplicação no local.

De acordo com a lista divulgada pela SMS de Goiânia, o CSF São Judas Tadeu realiza a aplicação de vacinas de segunda a sexta-feira das 8h às 17h. O Daqui esteve no local por volta das 15h40 e foi dito por um servidor no balcão de atendimento que a aplicação da Qdenga estaria encerrada, a orientação seria do técnico de enfermagem Douglas Soares.

Ao ser questionado, o técnico disse que a orientação seria pela pausa nas aplicações às 16h30, uma vez que o mesmo ficaria responsável pela contagem das aplicações e manejo das vacinas até às 17h. A medida, segundo Douglas, ocorre devido o baixo fluxo de profissionais para auxílio na sala de vacinação. Com o início da campanha, o técnico de enfermagem disse que teve que pedir apoio a outro servidor da área de Odontologia para auxiliar com as informações ou teria de fazer tudo sozinho.

Às 16h40 Luisa Viana, profissional autônoma de 25 anos, foi a unidade perguntar sobre a vacinação, o mesmo atendente que atendeu o jornal informou que a aplicação seria realizada apenas até às 15h30. Logo em seguida ela foi abordada por Douglas, que se dispôs a realizar a aplicação mas Luisa não estava com o menor, após isso o profissional teria dito que pelo horário não seria mais possível.

Campanha

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) foi pela manhã à Unidade Básica de Saúde Santa Luzia, em Aparecida de Goiânia, para dar inicio a campanha de vacinação contra a dengue no estado. Durante a solenidade foi reforçado sobre o papel crucial do imunizante no combate ao vírus, o governador pediu a população que "Não dêem ouvidos às fake news", complementando: "Não é possível que em 2024 ainda duvidem de vacinas que são amplamente testadas e com todos os cuidados previstos".

O início da vacinação em vários locais do estado foi uma estratégia das secretarias municipais, a SES-GO e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosemes) para impedir a migração entre as cidades por pessoas em busca de imunizantes.

Goiás recebeu 72.818 doses da vacina Qdenga na quinta (8) e distribuiu em 51 municípios que iniciaram a aplicação ontem. Com a nova remessa pelo MS de 79.150 doses, 71 municípios das Regionais de Saúde Entorno Sul, Sudoeste 2, Pirineus, Entorno Norte, Sudoeste 1 e Estrada de Ferro recebem imunizantes. A estimativa é que 122 municípios de oito regionais estejam abastecidos com a vacina até o fim desta semana (João Gabriel Palhares é estagiário do GJC em convênio com a UFG).

Geral

Nova remessa da vacina de dengue em Goiás tem público-alvo idades de 6 a 16 anos, diz SES

A nova remessa da vacina contra a dengue em Goiás tem como público-alvo as crianças e adolescentes com idades entre 6 a 16 anos

Modificado em 17/09/2024, 16:23

Nova remessa da vacina de dengue em Goiás tem público-alvo idades de 6 a 16 anos, diz SES

(Diomício Gomes)

Uma nova remessa da vacina contra a dengue em Goiás tem como público-alvo as crianças e adolescentes com idades entre 6 a 16 anos. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) durante uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (2).

Segundo a Superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, chegaram quase de 62 mil doses na última terça-feira (30) e já começaram a ser distribuídas para todos os municípios nesta quinta-feira.

"Inicialmente nós vamos trabalhar com as idades de 6 a 16 anos. Mais na frente, no dia 18 de junho, nós iremos fazer uma nova avaliação para saber o que conseguimos vacinar e verificar se amplia ou se mantém essa faixa etária", explicou Flúvia.

De acordo com a SES, as novas doses têm validade para a segunda quinzena de julho. A primeira remessa tinha validade para o dia 30 de maio. A secretaria não soube informar se alguma dose venceu ou se todas foram aplicadas.

Dengue em Goiás
De acordo com o painel informativo da (SES-GO), neste ano foram registrados 131.573 casos confirmados de dengue em Goiás. Até o momento, são 146 mortes pela doença e 163 mortes suspeitas que estão em investigação.

Geral

Vacinação contra a dengue é ampliada para adolescentes até 14 anos em Goiás

Ampliação começa nesta sexta-feira (1º)

Modificado em 17/09/2024, 15:48

Vacinação contra a dengue é ampliada para adolescentes até 14 anos em Goiás

(Takeda/Divulgação)

A vacinação contra a dengue será ampliada em Goiás. A informação foi divulgada pela Secretária de Estado da Saúde (SES-GO). A partir desta sexta-feira (1°), o imunizante estará disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Ainda não há previsão de quando a vacina será ofertada para a população geral.

De acordo com o Secretário de Estado da Saúde (SES) , Rasivel dos Reis, e a superintendente de Vigilância em Saúde, Fluvia Amorim, a ampliação da vacina, que antes estava disponível apenas para crianças de 10 e 11 anos, se deu em função da baixa procura pelo imunizante. Apenas 13% do público alvo foi vacinado.

Ainda de acordo com a SES, a baixa procura pela vacina se dá em função dos vídeos com informações falsas que circulam na internet.

"Nós temos quase 20 mil crianças e adolescentes vacinados, sem nenhuma reação. Então, nós conclamamos os pais e responsáveis que procurem uma unidade de saúde e vacine as crianças e adolescentes", disse Rasivel.

"O que a gente precisa é vacinar o maior número de crianças e adolescentes possíveis. Por isso, a vacinação foi ampliada. A vacina é segura. Ela foi testada e aprovada. Ela, inclusive é a mesma ofertada na rede privada, que não tem mais vacina e na rede pública tem", reforça Fluvia.

Ainda conforme a secretaria, por se tratar do mesmo imunizante, o Qdenga, crianças e adolescentes que receberam a primeira dose do imunizante na rede privada, pode receber a segunda dose na rede pública. Isso, respeitando o Intervalo de três meses.

Geral

Saúde quer priorizar vacina contra dengue para pessoas entre 6 e 16 anos

Modificado em 17/09/2024, 15:40

Saúde quer priorizar vacina contra dengue para pessoas entre 6 e 16 anos

(Rogério Vidmantas/Prefeitura de Dourados/Agência Brasil)

O Ministério da Saúde tem a previsão de ofertar a vacina contra a dengue primeiramente para uma parcela não definida da população entre 6 a 16 anos, como recomenda a OMS (Organização Mundial da Saúde).

A estratégia foi aprovada em reunião da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização), que aconteceu nesta segunda-feira (15).

A estratégia ainda precisa ser aprovada na CIT (Comissão Intergestores Tripartite), que irá definir quais as áreas de distribuição e também qual será exatamente esse primeiro público.

Na recomendação do grupo de assessoramento da OMS, o órgão restringiu a aplicação do imunizante para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, de um a dois anos antes do seu contato endêmico com a doença, ou seja, aquelas de 4 e 5 anos não deveriam ser incluídas como prioritárias na vacinação.

Segundo Eder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, o comitê técnico orienta que a pasta siga a recomendação da OMS. " A gente já contava isso como um norteador, mas a discussão fechou bem essa questão", disse.

Embora os grupos mais vulneráveis aos casos graves e mortes por dengue sejam crianças pequenas e idosos, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Qdenga é indicada para quem tem mais de quatro anos e para adultos com até 60 anos -não há estudos para avaliar a eficácia e a segurança da vacina fora dessa faixa etária.

Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina da dengue ao SUS. A imunização deve começar em fevereiro de 2024, mas não será utilizada em larga escala em um primeiro momento.

Segundo o laboratório, a previsão é que sejam entregues 5.082 milhões de doses entre fevereiro e novembro de 2024. O esquema vacinal é composto de duas doses.

Por conta desse quantitativo limitado a pasta terá que desenhar estratégias de aplicação.

Segundo o diretor, o país só irá conseguir vacinar cerca de 3 milhões de pessoas com as doses disponíveis pelo laboratório neste ano. A previsão é começar a imunizar em fevereiro.

"Isso não quer dizer que a gente vai oferecer a vacina para todo esse grupo [6 a 16 anos]. Tem uma discussão que dentro desse grupo [avalia] qual o grupo que hospitaliza mais, qual o grupo de melhor impacto. Isso pode variar e vamos procurar ficar dentro desse grupo", disse.

Desde que o registro da vacina Qdenga foi aprovado pela Anvisa em março de 2023, postagens nas redes sociais questionavam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a respeito da demora na incorporação do imunizante ao SUS.

Atualmente, só é possível se vacinar na rede privada, onde o imunizante é ofertado por preços que variam de R$ 300 a R$ 800 a dose.

Pode receber o imunizante quem já teve dengue e também quem nunca foi infectado. No entanto, gestantes, lactantes e pessoas com alergia a algum dos componentes presentes no imunizante, quem tem o sistema imunológico comprometido ou alguma condição imunossupressora não podem ser vacinadas com a Qdenga.

No início do último mês de dezembro, o Ministério da Saúde divulgou um boletim mostrando um aumento de 15,8% nos casos de dengue no Brasil em 2023, em comparação ao ano anterior. As ocorrências saltaram de 1,3 milhão em 2022 para 1,6 milhão.

IcCidade

Cidades

Árvore indiana que causa problemas ambientais pode ser substituída por espécies nativas do Cerrado em escolas de Palmas

Plantação do Nim Indiano está proibida por lei estadual. Diretores de escolas podem pedir a substituição à Fundação do Meio Ambiente.

Nim Indiano em escola de Palmas

Nim Indiano em escola de Palmas (Lia Mara/Prefeitura de Palmas)

As árvores de Nim Indiano plantadas em escolas municipais de Palmas devem ser subistitídas por espécies nativas do cerrado. A orientação de substituição foi dada por órgãos da prefeitura, já que o Nil é considerado invasorr e pode causar de desequilíbrios ambientais.

Com o nome científico Azadirachta indica A. Juss, o chamado Nim é conhecido no meio da agricultura por ser usado para produção de repelente. Se popularizou na capital pela altura e sombra, segundo o gerente de Monitoramento e Recuperação de Áreas da FMA, Raimundo Nonato Santos Filho.

"Houve uma busca por essa espécie em razão de certas características que é o crescimento rápido e muitos vieram em busca porque ela funcionaria como repelente, como inseticida, principalmente nas áreas rurais. Nas áreas urbanas veio um avanço, um uso de forma indiscriminada, e o que a gente vem observando é que essa espécie tem causado transtornos porque se trata de uma espécie de grande porte, o sistema radicular é agressivo, a parte aérea compromete os equipamentos urbanos existentes nas vias públicas e com isso inviabiliza o uso dessa espécie", alertou o gerente.

No meio ambiente, o Nim pode atrapalhar espécies animais e vegetais da região. Um dos exemplos é que a flor da planta produz uma substância que causa a intoxicação de abelhas, segundo explicou o biólogo e coordenador do Projeto Germinar, Bonfim dos Reis Ferreira. Isso pode causar desequilíbrio na polinização das espécies, por exemplo, que é a reprodução de forma assexuada.

"Causa a morte ou até a diminuição na reprodução das abelhas. Ou seja, são plantas que para as abelhas são tóxicas. E as abelhas são as maiores polinizadoras que existem no planeta. Se não houver polinização, não haverá formação de frutos. Ou seja, é uma preocupação, embora as abelhas tenham propriedade seletiva, ela consegue não vir mais polinizar a flor do Nim", afirmou o biólogo.

A Lei nº 4.540, de 14 de novembro de 2024, proíbe a plantação do Nim Indiano para arborização urbana e/ou reflorestamento dos Biomas locais. Para compensar a retirada da espécie, a lei incentiva que sejam plantadas espécies nativas.

Nas escolas municipais que possuem exemplares da planta invasora, a Secretaria Municipal da Educação (Semed), por meio do Projeto Germinar e da Fundação do Meio Ambiente (FMA), orienta que elas sejam substituídas, por exemplo, por árvores de baru, aroeira, sucupira e ingá, entre outras espécies.

Segundo Semed, os diretores das escolas podem entrar em contato com a Fundação para solicitar a substituição do Nim e o objetivo é fazer essa mudança de forma gradual e programada.