Goiás tem duas mortes e sete casos de dengue cosmopolita, aponta estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). Os primeiros casos foram identificados no estado, no município de Aparecida dde Goiânia, em fevereiro deste ano em uma amostra referente a um caso ocorrido no final de novembro.O diretor do Lacen-GO, Vinícius Lemes da Silva, explica que a identificação do genótipo não causa “desespero”, mas aumenta o alerta para o combate ao mosquito aedes aegypti.O genótipo 2, conhecido como cosmopolita, pertence ao tipo 2 da dengue. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), os casos foram encontrados em Goiânia (3), Aparecida de Goiânia (2), Trindade (1) e Aragoiânia (1). No total, foram estudadas 87 amostras dos últimos quatro anos e dos sete casos identificados, um era do ano passado e seis deste ano.“Não é uma nova dengue, é o sorotipo 2 da doença. A cosmopolita é um genótipo da dengue 2, que já é conhecido. Este genótipo é o mais difundido no mundo todo e isso demonstra que talvez ele tenha um risco potencial aumento de facilidade de transmissão, manutenção e infecção nessas pessoas. Ela ainda não tinha sido identificada aqui no Brasil e nas Américas”, afirma Vinícius.O diretor do Lacen-GO reforça que a Dengue Cosmopolita ter sido identificada aqui no estado não deve causar pânico na população, mas alerta que devemos reforçar o combate ao mosquito aedes aegypti. “É insistir no ‘não deixe água parada e não acumule lixo’. Temos que falar para o cidadão que se ele não cuidar do próprio quintal, o estado sozinho não dá conta”, avisa.Por fim, ele reforça que se o cidadão cuidar agora do “básico”, ele pode evitar que este novo genótipo cause um surto da doença nos próximos anos. “O tratamento e a prevenção são os mesmos, mas como é uma dengue que a nossa população não tem costume, existe um risco de aumento de casos. Então, temos a chance de nos prevenir do risco que bate a porta”, finaliza.