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Goiás teve 16 municípios sem registros de crimes violentos em 2020

Vida pacata, baseada na confiança e despreocupação com violência marcam os moradores das localidades

Modificado em 21/09/2024, 01:27

Rápido e barato: trabalhadores de uma fábrica de Heitoraí, na Rua Jorge Gama, deixam as bicicletas na calçada, sem correntes ou cadeado

Rápido e barato: trabalhadores de uma fábrica de Heitoraí, na Rua Jorge Gama, deixam as bicicletas na calçada, sem correntes ou cadeado (Diomício Gomes)

Em Santa Rosa, o professor Eberson de Sousa diz se sentir um privilegiado

Em Santa Rosa, o professor Eberson de Sousa diz se sentir um privilegiado (Diomício Gomes)

Todos os dias a vendedora Maida Lima, de 26 anos, acorda e vai para o sacolão onde trabalha limpando, organizando e vendendo os alimentos, em Santa Rosa de Goiás, a cerca de 90 quilômetros de distância de Goiânia.

Apreocupação se o portão de casa foi trancado ou se esqueceu alguma porta aberta e a casa com objetos de alto valor não fazem parte da rotina dela. "Eu não tenho medo de ser roubada aqui não. Todo mundo conhece todo mundo", diz.

A tranquilidade vivenciada por Maida faz parte da realidade dos outros moradores de Santa Rosa de Goiás e mais 15 municípios goianos que não registraram nenhum crime violento em 2020, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO).

Para montar a lista, foram considerados como crimes violentos pela SSP-GO homicídio doloso, homicídio tentado, latrocínio consumado e roubo consumado.

"Aqui o ritmo é mais pacato mesmo. Todo mundo se conhece", conta Tainara Santana, de 20 anos, que mora em Santa Rosa. Não foram raras as oportunidades em que a reportagem entrou em estabelecimentos comerciais vazios na cidade.

Quando questionados, a explicação dos donos era a seguinte: tiveram de ir em casa rapidamente. O medo de serem roubados não passou pela cabeça de nenhum deles. "Aqui a gente nunca tem medo nem na hora de abrir, nem na hora de ir embora. É muito tranquilo", revela Piedade Rodrigues Lemes de Santana, de 68 anos, a proprietária de uma farmácia no centro de Santa Rosa de Goiás.

Piedade, que trabalha no local ao lado de outras duas mulheres, afirma que a cidade sempre foi assim. "Antigamente era mais tranquilo ainda. Hoje, de vez em quando, aparece um ou outro fugitivo do presídio de Itaberaí. Mas é sempre gente de fora, nunca daqui", conta.

Dia a dia

Em Heitoraí, o cenário é o mesmo de Santa Rosa de Goiás: uma cidade calma, com muitas pessoas sentadas na porta de casa ou na praça central da cidade. "Esses dias fechei meu pit dog e quando passei na porta da casa do meu vizinho a moto dele estava estacionada na porta com a chave na ignição. Ele tinha esquecido", revela o comerciante Diego Cesar, de 27 anos.

O comerciante João Gonçalo Monteiro, de 49 anos, afirma que a cidade do interior já foi mais perigosa. "De uns três anos para cá, desde que fizeram umas mudanças no policiamento daqui melhorou muito. Antigamente tinha muito roubo em quintais e também de veículos. Não era nada grave, mas acontecia", relata.

Escolha
A tranquilidade e segurança de Santa Rosa de Goiás fizeram o professor e diretor de Cultura e Lazer, Eberson de Sousa, de 35 anos, voltar a morar na cidade. "Dei aula por um tempo em Inhumas, mas quis voltar. Amo minha cidade. Não troco por nada esta liberdade que temos. Aqui todo mundo é amigo e se ajuda. Me sinto privilegiado", conta.

O frentista, José Alvarenga, de 40 anos, que mora em Heitoraí, conta que sempre se assusta quando viaja até cidades maiores. "Esses dias fui até Anápolis para conhecer e meu primo disse: 'Fica esperto. Aqui não dá para você deixar carro destrancado não'. Eu prefiro morar aqui. Não precisamos passar por essas coisas", comenta.

O entregador Zenobio Moreira de Matos, de 37 anos, que já morou em Goiânia por algum tempo, mas está em Heitoraí há mais de 10 anos, diz que não tem vontade de morar em um município maior. "Aqui eu tenho qualidade de vida. Posso criar minhas três filhas em paz e com segurança, sem preocupação. Foi onde escolhi viver e não me arrependo", finaliza.

Cenário típico de interior

A tranquilidade nas 16 cidades goianas que não tiveram crimes violentos em 2020 é típica de cidades pequenas. A opinião é de especialistas em segurança. Todas as cidades que compõem a lista têm menos de 5 mil habitantes, de acordo com a população estimada do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), e não possuem uma grande circulação de dinheiro.

"Em municípios muito pequenos, esses crimes violentos são raros", diz Dalva de Souza, socióloga e membro do Núcleo de Estudos sobre Criminalidade e Violência (Necrivi). Segundo a pesquisadora, é comum que a violência seja maior em regiões que concentram a maior parte da população. No caso de Goiás, isso ocorre em Goiânia, região metropolitana e Entorno do Distrito Federal.

Por isso, municípios pequenos do interior tendem a registrar menos casos de crimes violentos. "Utilizando como fonte a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-GO), de 2008 a 2012, Água Limpa tem zero homicídios desde 2008; Amorinópolis, não teve nenhum de 2008 até 2011 e um em 2012, e Cachoeira de Goiás um em 2009 e zero nos outros", aponta o especialista.

Em 2019, de acordo com a SSP-GO, foram 10 cidades, todas com menos de 5 mil habitantes, sem registro de crime violento: Água Limpa, Amaralina, Bonópolis, Diorama, Lagoa Santa, Ouvidor, Perolância, Santo Antônio de Goiás, São João da Paraúna e Sítio D'Abadia.

Dinheiro
Entretanto, a pesquisadora aponta que, de uma maneira geral, as pesquisas sobre homicídios como, por exemplo, o Mapa da Violência, têm registrado um espalhamento dos crimes violentos, que eram antes característicos das grandes cidades, para as cidades pequenas.

A professora diz que a violência acompanha a riqueza, que migra para as cidades do interior, especialmente com o desenvolvimento do agronegócio. Essa riqueza acaba atraindo atividades criminosas. "Ela atrai o tráfico, os roubos e outros crimes que se praticam com violência", pontua.

Dalva esclarece que essas 16 cidades tiveram nos últimos anos uma taxa geométrica negativa de crescimento da população e são desprovidas de elementos que impulsionam o desenvolvimento.

Dados
Os dados que levaram à lista da SSP-GO também precisam ser visto com um olhar crítico. É o que afirma o professor da Faculdade de Ciências Sociais da UFG Diego Mendes. Ele esclarece que as categorias usadas para definir os crimes violentos são jurídicas. "Não existe regulamentação de como a violência deve ser registrada e estimada. Por isso, existe uma dificuldade nessa área", afirma.
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Também é necessário, de acordo com ele, saber se mortes decorrentes de feminicídios e confrontos policiais estão incluídas nas estatísticas. "É possível que, com esses registros, os números cresçam", explica. De acordo com a SSP-GO, o feminicídio está incluído na lista organizada pela pasta. O especialista relata ainda que existem, em determinados territórios, mortes que ocorrem e não são registradas pelas autoridades.

Além disso, Mendes diz que mortes violentas ocorridas nessas cidades podem estar sendo computadas em outros municípios. "Podem ter ocorrido na fronteira de duas cidades ou então as pessoas podem ter sido levadas para um hospital maior, em uma cidade maior, e procurado a polícia por lá mesmo", esclarece. O especialista explica que todas essas variáveis têm que ser levadas em conta. "É preciso fazer uma análise cautelosa dos dados de cada município para se ter certezas", destaca.

"Não tem polícia todos os dias"

Moradores de Santa Rosa de Goiás e Heitoraí, municípios que estão entre os 16 que não registraram crimes violentos em 2020, disseram à reportagem que as cidades não têm presença da Polícia Militar todos os dias.

Em Heitoraí, as reclamações foram maiores. Entretanto, nenhum dos entrevistados disse que se sente inseguro. "Eles (os policiais) vêm de vez em quando, mas na minha opinião é sempre bom ter. Faz falta", diz o produtor rural Vagmar Moraes Bueno, de 58 anos.

A socióloga Dalva de Souza explica que a presença reduzida da polícia não é necessariamente ruim.

"Sabemos que nas grandes cidades do Estado a polícia exerce um papel positivo de coibir os crimes, mas também um papel negativo de agir com extrema violência. A presença da polícia é necessária onde há índices altos de criminalidade e quando há sentimento de insegurança na população."

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) disse que os 246 municípios goianos contam com o policiamento ostensivo e preventivo, acesso aos telefones de emergência (190 e 197) e de viaturas da PM responsável pelo policiamento de área, além da delegacia virtual para registro de alguns tipos de crimes.

A pasta ressaltou que as ações de segurança traçadas pelo governo estadual em cidades como as que não registraram crimes violentos no último ano "estão conseguindo devolver a segurança ao cidadão de bem."

Rápido e barato: trabalhadores de uma fábrica de Heitoraí, na Rua Jorge Gama, deixam as bicicletas na calçada, sem correntes ou cadeado

Rápido e barato: trabalhadores de uma fábrica de Heitoraí, na Rua Jorge Gama, deixam as bicicletas na calçada, sem correntes ou cadeado (Diomício Gomes)

Município de Heitoraí

Município de Heitoraí (Diomício Gomes)

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Saiba o que diz a lei e qual a opinião de especialistas sobre estudante reprovado em banca de cotas da UFG

Especialistas ouvidos pelo POPULAR questionam a decisão e defendem que Richard Aires possui características de uma pessoa parda

Richard Aires de Sousa, de 19 anos, foi barrado na banca da UFG por não ser considerado pardo

Richard Aires de Sousa, de 19 anos, foi barrado na banca da UFG por não ser considerado pardo (Kariny Bianca/O Popular e Arquivo Pessoal/Richard Aires)

O caso do estudante Richard Aires de Sousa, de 19 anos, reprovado na banca de heteroidentificação da Universidade Federal de Goiás (UFG), gerou debates sobre os critérios de avaliação para cotas raciais nas universidades. Embora tenha sido aprovado no curso de Biotecnologia, Richard foi indeferido na classificação como pardo após ser submetido à análise fenotípica, que leva em conta suas características físicas. Especialistas ouvidos pela redação questionam a decisão e defendem que Richard possui características de uma pessoa parda.

Em nota, a UFG afirmou que a prova de heteroidentificação não admite, em nenhuma hipótese, a comprovação por ancestralidade. A Comissão de Heteroidentificação utiliza exclusivamente o critério fenotípico para aferir a condição racial declarada pelo candidato.

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Richard havia sido aprovado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 13 de fevereiro. A primeira banca de heteroidentificação ocorreu em 26 de fevereiro, quando ele foi avaliado pessoalmente e gravou um vídeo se declarando pardo. Após horas de espera, o resultado foi divulgado e sua autodeclaração foi indeferida com a justificativa de que ele tem pele clara e cabelo liso. No dia seguinte, o estudante entrou com um recurso, mas a decisão foi mantida com as mesmas justificativas.

Em entrevista à, o advogado Flávio Dias Abreu Filho, que está atuando na defesa de Richard Aires, informou que entrou com um pedido de liminar no Tribunal Regional Federal da 1ª Região para que o juiz determine à UFG a realização da matrícula do estudante.

Entramos com uma ação anulatória, pois acreditamos que o ato administrativo é nulo devido a problemas na fundamentação. Quando Richard recorreu, a banca apresentou uma justificativa que consideramos subjetiva e que não aborda especificamente o caso dele", explicou o advogado.

Flávio ressaltou que as características físicas de Richard, um estudante pardo, são visíveis, mas a banca não explicou de forma clara em qual grupo o estudante se enquadraria, já que não o consideraram pardo.

A banca tenta justificar a negativa de maneira confusa, mas não apresenta razões específicas pelas quais Richard não é considerado pardo", destacou.

Critério de avaliação

Em entrevista à redação, Aluísio Black, Conselheiro Estadual de Direitos Humanos e Presidente do Centro de Cidadania Negra do Estado de Goiás (Ceneg-GO), explicou que acompanhou a implantação do sistema de cotas em Goiás, em 2005, sendo um dos primeiros estados no Brasil a adotar essa medida. Ele ainda afirmou que o critério de avaliação de uma banca deve ir além das características físicas.

Ao meu ver, julgaram de forma equivocada. A banca precisa analisar a árvore genealógica da pessoa, não só o caráter físico. Não é porque a pessoa tem o cabelo liso, a pele mais clara, que deixa de ser negra ou parda", afirmou Black.

Richard Aires junto com o pai Márcio Aires e mãe Lilia Rosa. (Kariny Bianca/O Popular)

Richard Aires junto com o pai Márcio Aires e mãe Lilia Rosa. (Kariny Bianca/O Popular)

O ativista ressaltou que, apesar das cotas raciais serem um avanço importante, existem pessoas que tentam se aproveitar do benefício sem ter direito. Ele enfatizou que os critérios para o acesso a cotas e vagas devem ser rigorosos para garantir a Justiça e evitar que as pessoas mal-intencionadas se aproveitem do sistema.

É preciso lembrar também que as pessoas têm se aproveitado [das cotas raciais] para levar vantagens. Então, por isso, esses critérios públicos de acesso a cotas e vagas são altamente criteriosos", destacou Black.

Aluísio Black destacou que, apesar de o Estatuto da Igualdade Racial ter pouco mais de 10 anos, a reparação de 300 anos de escravidão ainda é um processo longo. Ele ainda ressaltou sobre a importância das cotas raciais.

As pessoas que se posicionam contra as cotas o fazem por falta de conhecimento. As cotas não são um instrumento eterno, elas são apenas para igualar as oportunidades de direito. Quando percebermos que todos estão sendo tratados da mesma forma --- nas vagas de emprego, com menos racismo --- as cotas deixarão de ser necessárias. Mas eu sei que, no momento, isso está longe de acontecer", ressalta Black.

O que diz a Lei de Cotas

Para ingressar no sistema de cotas das universidades federais, o candidato deve se declarar negro, pardo, indígena ou quilombola, além de ter cursado o ensino médio em escola pública. Candidatos brancos também podem concorrer às cotas, desde que tenham estudado em escola pública e possuam renda familiar de até um salário mínimo por pessoa.

Em entrevista à redação, a advogada Ana Flávia Machado, membro do jurídico do Centro de Cidadania Negra do Estado de Goiás (Ceneg-GO), explicou que a Lei de Cotas nº 12.711/2012 foi atualizada em 2023. A nova versão garante que 50% das vagas nas universidades e institutos federais sejam destinadas a estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas.

Com a atualização de 2023, essas vagas são destinadas exclusivamente aos estudantes que vêm da escola pública e não alcançaram a nota da ampla concorrência. A intenção da lei de cotas é reduzir a desigualdade social. Trata-se de uma política afirmativa, uma reparação histórica, especialmente para as pessoas negras e indígenas", afirmou Ana Flávia.

Ela também explicou as etapas do processo: o candidato preenche uma autodeclaração e, em seguida, passa pela banca de heteroidentificação, responsável por confirmar se ele realmente se enquadra como negro ou pardo.

Devido ao aumento de fraudes nas autodeclarações, os critérios de avaliação estão mais rigorosos. Contudo, no caso específico de Richard, é evidente que ele possui características físicas de uma pessoa parda", finalizou a advogada.

Richard Aires foi aprovado por cotas no curso de Biotecnologia na Universidade Federal de Goiás (UFG) (Kariny Bianca/O Popular)

Richard Aires foi aprovado por cotas no curso de Biotecnologia na Universidade Federal de Goiás (UFG) (Kariny Bianca/O Popular)

Nota da UFG na íntegra:

A Comissão de Heteroidentificação da Universidade Federal de Goiás (UFG) baseia-se no edital e na Instrução Normativa do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (IN MGI) 23/2023. Assim como determina o artigo 19 da IN, o procedimento é realizado por pessoas de reputação ilibada, que participaram de oficinas ou cursos sobre a temática da promoção da igualdade racial e do enfrentamento ao racismo e preferencialmente experientes nesta temática. A Comissão de Heteroidentificação é composta por cinco membros e suplentes. Já a Comissão Recursal é formada por três membros distintos daqueles que compõem a Comissão de Heteroidentificação. Já o artigo 14 da IN 23/2023 preconiza o respeito à dignidade humana, a garantia de padronização e de igualdade de tratamento entre as pessoas submetidas ao procedimento de heteroidentificação promovido no mesmo certame, bem como a garantia da publicidade e do controle social do procedimento de heteroidentificação, resguardadas as hipóteses de sigilo previstas na instrução normativa. Em relação a laudos, a normativa é expressa em dizer que: não será admitida, em nenhuma hipótese, a prova baseada em ancestralidade (artigo 20 da IN 23/2023, parágrafo 3º). Outro ponto destacado, no artigo 21, é de que a Comissão de Heteroidentificação utilizará exclusivamente o critério fenotípico para aferição da condição declarada pela pessoa no certame. Após o candidato passar pela banca inicial (Comissão de Heteroidentificação) e posteriormente pela banca recursal (Comissão Recursal), e o recurso for indeferido, administrativamente não há mais possibilidade de recurso (artigo 29, parágrafo 1º).

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Alerta de fortes chuvas com rajadas de vento é emitido para Goiás neste final de semana; veja regiões mais afetadas

Chuvas intensas podem variar entre 20 mm e 50 mm por hora, com ventos de até 70 km/h

Alerta de fortes chuvas com rajadas de vento é emitido para Goiás neste final de semana; veja regiões mais afetadas

Os moradores de Goiás devem se preparar para um fim de semana marcado por chuvas intensas e rajadas de vento. A previsão indica que, devido à combinação de calor e umidade, podem ocorrer temporais em diversas regiões do estado, acompanhados de raios e até granizo em alguns pontos.

No sábado, o sol aparece entre nuvens, mas há possibilidade de pancadas de chuva isoladas em várias regiões, segundo o Centro de Informações Hidrológicas, Meteorológicas e Geológicas (Cimehgo). Em Goiânia, a temperatura pode chegar a 33°C, com umidade relativa do ar variando entre 45% e 95%.

Atenção especial para o alerta de risco de chuvas intensas, que podem variar entre 20 mm e 50 mm por hora, com ventos de até 70 km/h. A orientação é que a população fique atenta a possíveis alagamentos, queda de árvores e descargas elétricas.

Moradores colocam cerveja para 'gelar' em granizo que caiu durante forte chuva em Goiânia; vídeo
Fim da onda de calor deve trazer tempestades para Goiás, prevê Cimehgo

Em entrevista ao POPULAR , o gerente do Cimehgo, André Amorim, destaca que esse alerta é um risco potencial e pode acontecer em alguns locais e não simultaneamente em todo o estado.

Esse risco potencial é para que as pessoas fiquem em atenção e entendam que estamos em uma condição que tem um favorecimento para ocorrer esse tipo de tempestade", afirma André.

Previsão por regiões

• Região Norte: Chuva de até 35 mm, temperaturas entre 22°C e 35°C.
• Região Leste: Chuva de até 35 mm, temperaturas entre 17°C e 34°C.
• Região Central: Chuva de até 30 mm, temperaturas entre 19°C e 34°C.
• Região Oeste: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 22°C e 36°C.
• Região Sudeste: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 19°C e 33°C.
• Região Sul: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 19°C e 34°C.

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Segurança de boate acusado de matar cliente com barra de ferro vai a júri popular

Crime ocorreu em maio de 2024. Vítima ficou 28 dias internada antes de morrer

José Henrique Ribeiro da Cunha (à esquerda) e Marcos Antônio Santos Xavier (vítima, à direita)

José Henrique Ribeiro da Cunha (à esquerda) e Marcos Antônio Santos Xavier (vítima, à direita) (Divulgação/Polícia Civil)

O segurança de uma boate acusado de matar um cliente com golpes de barra de ferro na cabeça vai a júri popular. O caso ocorreu após uma discussão entre o suspeito, José Henrique Ribeiro da Cunha, e a vítima, Marcos Antônio Santos Xavier, em maio de 2024, em Goiânia.

A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, que acatou o parecer do Ministério Público de Goiás (MP-GO). No documento, o magistrado alega que entendeu que há indícios suficientes de autoria e materialidade para que o caso seja avaliado pelo Conselho de Sentença.

A reportagem tentou contato com a defesa do acusado, mas não obteve retorno até a última atualização desde texto.

Relembre o caso:

Segundo a Polícia Civil (PC), o crime ocorreu na madrugada do dia 11 de maio de 2024, por volta das 5h, em frente ao estabelecimento Bar e Recanto do Norte, no Setor Garavelo B, em Goiânia. De acordo com o divulgado pela polícia na época, a vítima tentou entrar na boate, mas foi impedida pelo segurança por não portar documento de identidade. Após a recusa, Marcos Antônio permaneceu na rua, na companhia de um amigo.

Momentos depois, José Henrique teria ordenado que ele saísse da frente do estabelecimento, mas Marcos Antônio negou. Diante disso, o segurança desferiu um golpe com uma barra de ferro contra a cabeça da vítima. Marcos Antônio caiu ao chão em estado convulsivo e foi socorrido ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Ele permaneceu internado por 28 dias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 8 de junho de 2024.

Decisão judicial

Para o Ministério Público o crime teve motivação fútil, pois o segurança teria atacado a vítima apenas por ela ter se recusado a deixar o local, que se tratava de uma via pública. A defesa, por outro lado, alegou que José Henrique agiu em legítima defesa, pois teria sido agredido pela vítima e por seu acompanhante antes do golpe fatal, conforme o documento divulgado pelo Tribunal de Justiça de Goiás.

No entanto, na decisão, o juiz Alcântara destacou que o laudo cadavérico comprovou a causa da morte como traumatismo cranioencefálico por instrumento contundente. Além disso, considerou que há indícios suficientes para levar o réu a julgamento por homicídio.

Prisão

A prisão preventiva de José Henrique foi decretada em 20 de setembro de 2024 e cumprida no dia seguinte. O magistrado justificou a medida como necessária para garantir a ordem pública e a regular condução do processo.

IcEconomia

Emprego

Empresas oferecem 40 vagas de emprego em Goiás

Há oportunidades para auxiliar de serviços gerais, auxiliar de expedição, estoquista, representante comercial e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar

Pessoa preenchendo uma carteira de trabalho.

Pessoa preenchendo uma carteira de trabalho. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Veja as vagas de emprego disponíveis em Goiás nesta sexta-feira (21). Há oportunidades para auxiliar de serviços gerais, auxiliar de expedição, estoquista, representante comercial e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar.

Veja as vagas disponíveis:

Goiânia

Prest Service Engenharia

Total de vagas oferecidas: 4 vagas
Cargos oferecidos:

01 vaga para técnico em eletrônica e comando
01 vaga para encanador de rede de incêndio
01 vaga para auxiliar de serviços gerais
01 vaga para ajudante de eletricista

Prazo para se inscrever: imediato
Salário: compatível com a função
Como se candidatar: marcar entrevista pelo telefone (62) 99976-8917
Contato: (62) 99976-8917 com Pedro Fernandes

Itambé Alimentos LTDA

Total de vagas oferecidas: 01 vaga
Cargo oferecido:

01 vaga para auxiliar de expeição (PCD)

Prazo para se inscrever: até 22/03/2025
Salário: inicial R$ 1.610,00 + vale alimentação R$ 550,00 + vale transporte + refeitório na indústria + plano de saúde unimed nacional + plano odontológico + seguro de vida + kit escolar + auxílio creche + wellhub + plr - participação de lucros e resultados
Como se candidatar: enviar currículo para o e-mail rh.goiania@br.lactalis.com
Contato: (62) 4012-1817

Oleoduto Com De Lubrif e Filtros LTDA

Total de vagas oferecidas: 3 vagas
Cargos oferecidos:

02 vagas para trocador de óleos
01 vaga para estoquista/ almoxarife

Prazo para se inscrever: imediato
Salário: compatível com a categoria + gratificação
Como se candidatar: enviar currículo para o e-mail oleodutolub@gmail.com
Contato: (62) 98545-5345

Unicom

Total de vagas oferecidas: 30 vagas
Cargo oferecido:

30 vagas para consultor de vendas

Prazo para se inscrever: até o dia 19/04/2025
Salário: a combinar
Como se candidatar: enviando o currículo no Whatsapp (62) 98191‑9614
Contato: (62) 98191‑9614

Piracanjuba

Grão Dourado Indústria e Comércio

Vagas oferecidas: 2 vagas
Cargo oferecido:

02 vagas para representante comercial

Prazo para se inscrever: até o dia 20/04/2025
Salário: a combinar
Como se candidatar: encaminhar o currículo para o WhatsApp (64) 9 9226-1001
Contato: (64) 99226-1001 / (64) 99968-0025