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Grande Rio é campeã do Carnaval carioca e leva 1º título de sua história

Escola fez desfile para celebrar Exú e combater a intolerância religiosa

Folhapress

Modificado em 20/09/2024, 00:29

Paola Oliveira foi a rainha de bateria da Grande Rio

Paola Oliveira foi a rainha de bateria da Grande Rio (Divulgação/ Grande Rio)

O jejum de 34 anos chegou ao fim. Com enredo sobre o orixá Exú, a Acadêmicos do Grande Rio se sagrou campeã do Carnaval carioca e conquistou o primeiro título de sua história. No último Carnaval, em 2020, a escola chegou muito perto do título, mas perdeu para a Viradouro nos critérios de desempate.

Desta vez, porém, não teve quem parasse a escola de Duque de Caxias e a agremiação se tornou a grande campeã do Carnaval com um desfile considerado impecável.

Penúltima escola a entrar na avenida, a Grande Rio veio disposta a celebrar a potência de Exú e subverter a crença segundo a qual o orixá seria uma figura maligna, visão que é fruto da intolerância religiosa.

O que se viu na Marquês de Sapucaí foi um cortejo exuberante e cheio de simbolismo. A escola surpreendeu já na comissão de frente, que trazia como destaque o ator Demerson D'alvaro personificando Exú.

Na avenida, o artista se agarrava a um grande globo vermelho ---representando a Terra--- no qual havia quatro oferendas. Ao chegar ao topo, Exú se deliciava com os alimentos e gargalhava a plenos pulmões.

Especialistas e foliões rasgaram elogios à comissão de frente e à atuação de Demerson, considerada cheia de vigor e energia, como pede o orixá.

Batizada de "Câmbio, Exu", a comissão faz referência à Estamira, catadora de lixo que protagonizou um documentário que leva seu nome. No filme, ela usava um telefone para se comunicar com Exú e abria as conversas com a frase "Câmbio, Exú. Fala Majeté". Daí surgiu o nome do enredo deste ano, intitulado "Fala Majeté! Sete Chaves de Exú".

A Grande Rio também conseguiu traduzir na avenida todo o dinamismo de Exú, entidade que representa a mudança, a comunicação e o movimento. Exú, portanto, tem muitas faces. Foi pensando nisso que os carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad decidiram colocar na avenida o orixá com múltiplas representações.

No sambódromo, havia Exu Caboclo, Exu Mirim, Exu feito Santo Antônio, Exu Bossa Nova, Exu Macunaíma. Embora fossem muitas, essas representações tinham em comum o tom vibrante e festivo que o Carnaval e o próprio Exú simbolizam.

Rainha de bateria da Grande Rio, a atriz Paolla Oliveira encantou o público com fantasia inspirada na Pombagira, espécie de Exu feminino, entidade transgressora e insubmissa. Ao longo da avenida, Paolla se curvava para trás e ria como a Pombagira.

"Exu fala sobre potência, sobre comunicação, sobre tirar os conceitos que temos sobre determinadas coisas, abrir o coração, as mentes, para abrir os caminhos em volta", disse a atriz, ainda na concentração. "Tem festa, tem cultura, mas tem um pouco de crítica e política também".

Durante boa parte da apuração, a Beija-Flor e a Acadêmicos do Grande Rio disputaram o título décimo a décimo. Com um desfile sobre a contribuição de pessoas negras para a humanidade, a escola foi muito elogiada por foliões e especialistas. Os julgadores, porém, deram o título à tricolar​ de Caxias. Já a São Clemente, que este ano homenageou o ator Paulo Gustavo, foi rebaixada para a série ouro.

O desfile da Grande Rio reflete em larga medida o tom do Carnaval deste ano no Sambódromo, que foi pautado pela temática social. É o caso do Salgueiro, da Beija-Flor e do Paraíso do Tuiuti, que homenagearam as populações negras.

A Mangueira também celebrou figuras negras, com enredo sobre Cartola, intérprete Jamelão e mestre-sala Delegado, os três baluartes da verde e rosa.

A Vila Isabel também prestou homenagem a Martinho da Vila, principal representante da agremiação. Já a Unidos da Tijuca fez um belo desfile sobre a lenda do guaraná, que celebrou os povos indígenas.

A exemplo da Grande Rio, a Mocidade também deu destaque às religiões de matriz africana, com enredo sobre as peripécias do orixá Oxóssi.

Neste ano, três escolas foram penalizadas. A Paraíso da Tuiuti perdeu dois décimos por causa de atraso no desfile. A Mocidade perdeu um décimo em razão de falhas em uma alegoria, já a Mangueira foi multada em R$ 60 mil por causa de atraso na saído dos carros. ​

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Com gritos de 'fica' e 'maior rainha do Brasil', Paolla Oliveira se emociona no último ensaio da Grande Rio

"Ai...Gente. Não faz isso. Estou com os joelhos trêmulos. Não vou conseguir sambar", disse com a voz embargada.

Modificado em 19/02/2025, 11:09

Paolla Oliveira desfilando para Grande Rio

Paolla Oliveira desfilando para Grande Rio (Reprodução/Redes sociais)

Paolla Oliveira prometeu que não iria se emocionar no último ensaio na quadra da Grande Rio antes do Carnaval 2025, que ela anunciou se despedir do cargo de rainha de bateria. Mas ao ouvir os gritos de "fica" e " é maior", a atriz ficou mexida. "Ai...Gente. Não faz isso. Estou com os joelhos trêmulos. Não vou conseguir sambar", disse com a voz embargada.

Com um vestido de lantejoulas verde, Paolla repetiu que esse ano será o último no cargo mais cobiçado de uma escola de samba, no entanto reforçou que pretende continuar na agremiação de Duque de Caxias. "Nunca vou deixar a Grande Rio. Eu sou Caxias, eu sou Grande Rio".

Falar já em uma substituta de Paolla Oliveira era assunto proibido nos camarotes. Algumas especulações pelos canto entre nomes que já desfilam na escola, mas nada certo. A torcida é para que a intérprete de Heleninha Roitman no remake de "Vale Tudo" fique no cargo.

Não vou sair. Vou mudar de lugar. É difícil fazer tudo, se entregar de corpo e alma. Eu realmente estou com um problema de saúde na família e eu sou uma só. Preciso redistribuir minha energia", disse.

Sobre o pedido dos componentes para repensar na despedida, Paolla classificou como difícil e avisou que não irá opinar sobre a nova rainha. "A escola vai saber escolher bem e não será substituta. Não acredito. Será uma mulher merecedora de estar ali na frente dos ritmistas."

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Paolla Oliveira anuncia despedida como rainha de bateria do Carnaval 2025

Atriz foi rainha de bateria da Grande Rio por dois anos consecutivos, em 2009 e 2010. Em 2020, retornou ao posto e permaneceu até este ano

Modificado em 17/02/2025, 19:56

Atriz também mencionou que está passando por um momento delicado em sua vida pessoal

Atriz também mencionou que está passando por um momento delicado em sua vida pessoal (Reprodução/Redes Sociais/ Instagram)

Paolla Oliveira, 42, vai deixar o posto de rainha de bateria da Grande Rio. A atriz anunciou sua despedida do cargo neste domingo (16), após sete anos à frente da escola de samba, e se emocionou ao falar sobre o momento:"Vou riscar a avenida. Não quero que seja uma despedida ou uma história com fim. É uma história de amor."

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Paolla explicou que tomou essa decisão para se dedicar às gravações do remake de "Vale Tudo" e por questões familiares. "Não sei fazer nada 'um pouquinho', só sei fazer muito. Quando acaba um Carnaval, eu já começo o outro, e preciso redistribuir minha atenção e energia. Já conciliei o Carnaval com outros trabalhos, mas esse é muito importante e sei que vai me exigir de uma forma diferente, que é a novela 'Vale Tudo'. Corri muito atrás desse trabalho", explica atriz, intérprete da icônica Heleninha Roitman.

A atriz também mencionou que está passando por um momento delicado em sua vida pessoal: "Tenho uma questão familiar também, delicada. Dessas coisas que a gente não escolhe, sabe? De saúde. Acho que precisamos saber fazer escolhas na hora certa. Então, vou cuidar dos meus também", disse em entrevista ao Fantástico.

Paolla foi rainha de bateria da Grande Rio por dois anos consecutivos, em 2009 e 2010. Em 2020, retornou ao posto e permaneceu até este ano. "Tenho que me despedir desse posto. Mas não é triste. Esse posto é lindo demais! Vou me despedir do posto, mas nunca, jamais, do Carnaval e da Grande Rio. O Carnaval mora em mim. É apenas uma mudança de lugar. Existem várias maneiras de curtir o Carnaval. Essa escolha está sendo difícil, mas é isso", concluiu. <br />

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Mulher é atingida por tiro enquanto tomava sol na Barra da Tijuca, no Rio; vídeo

Rosangela da Silva, 58, estava deitada em uma espreguiçadeira, ao lado de uma piscina, quando foi atingida de raspão pelo disparo

Modificado em 30/12/2024, 15:24

undefined / Reprodução

Uma mulher foi baleada de raspão na cabeça enquanto tomava de sol em um condomínio na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Rosangela da Silva, 58, estava deitada em uma espreguiçadeira, ao lado de uma piscina, quando foi atingida de raspão pelo disparo. O caso ocorreu na tarde deste domingo (29).

Câmeras do circuito interno de segurança gravaram o momento em que Rosangela percebe o ferimento (assista acima). Condomínio fica localizado a poucos metros da Avenida Ayrton Senna, uma das principais do bairro.

A mulher foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e, em seguida, encaminhada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge. Ela foi atendida e liberada horas depois. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que Rosangela realizou uma tomografia e passa bem.

Polícia Civil investiga a origem do projétil. O caso foi registrado na 32ª DP, em Taquara, na zona oeste. A Polícia Militar do Rio afirmou que nenhuma operação policial estava sendo realizada na região no momento do incidente.

Câmeras do circuito interno de segurança gravaram o momento em que Rosangela percebe o ferimento (Reprodução/Redes sociais)

Câmeras do circuito interno de segurança gravaram o momento em que Rosangela percebe o ferimento (Reprodução/Redes sociais)

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Turista argentino morre em acidente em Angra dos Reis

Outras três pessoas ficaram feridas e foram levadas ao hospital

Modificado em 28/12/2024, 10:25

Lanchas envolvidas no acidente que resultou na morte do turista argentino.

Lanchas envolvidas no acidente que resultou na morte do turista argentino. (Reprodução/g1)

Um turista argentino morreu nesta sexta-feira (27) após uma colisão entre duas lanchas em Angra dos Reis (RJ). O acidente ocorreu na Ponta de Jurubaíba, mais conhecida como Praia do Dentista.

Os Corpo de Bombeiros foi acionado no local às 11h40 da sexta. Outras três pessoas ficaram feridas, dois argentinos e um morador de Angra, e foram levadas ao Hospital Geral de Japuíba. Todos seguem em observação.

A Prefeitura de Angra dos Reis disse, em nota, que prestou suporte à Capitania dos Portos e que as embarcações envolvidas no acidente eram legalizadas pela agência de turismo local, a TurisAngra.

A Marinha informou que não há indícios de poluição hídrica nem riscos à segurança da navegação no local em que ocorreu o acidente.