Um hacker de 37 anos que levava vida de luxo, em Goiânia, foi preso suspeito de invadir computadores para aplicar golpes. De acordo com a Polícia Civil de Goiás, ele faz parte de uma organização criminosa investigada em São Paulo pelo crime de estelionato. Um homem suspeito de trabalhar para o hacker também foi preso na operação. Por não terem os nomes divulgados, o jornal não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos para que pudessem se posicionar. A prisão ocorreu nesta terça-feira (17), no Jardim Goiás. Ao Daqui, o delegado Samuel Moura, responsável pelo cumprimento dos mandados, disse que o suspeito tinha uma vida de alto padrão financeiro por morar em condomínio de luxo, andar em um carro importado, além de possuir um escritório na região. O carro foi apreendido na operação. Segundo o delegado, o homem é suspeito de integrar um grupo criminoso interestadual que subtraia valores de contas bancárias das vítimas por meio dos golpes. A função do suspeito goiano era desenvolver vírus para bloquear as contas bancárias das vítimas. "A função dele é especificamente exercer a função de hacker. Eles utilizam malwares [programas maliciosos] para invadir dispositivos informáticos, em regra, aplicativos bancários. Eles travam esse aplicativo e depois, por meio de engenharia social, eles forçam a vítima ligar para uma central telefônica falsa do banco para praticar os crimes de estelionato”, explicou o investigador. Conforme as investigações, o suspeito era considerado foragido da Justiça e já havia sido preso em Tocantins por uso de documento falso e por crime de corrupção. Além do hacker, outro homem que estava no escritório foi preso suspeito de favorecimento pessoal, segundo o delegado: “Ele ajudava o hacker a se ocultar, além de fazer as movimentações bancárias aqui”. A operação ocorreu com apoio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), do Grupo Antissequestro (GAS) e com troca de informações com a Polícia Civil do Estado de São Paulo. Após os procedimentos, os suspeitos foram levados para a Casa de Prisão Provisória, sendo colocados à disposição da Justiça do estado de São Paulo.