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Homem é preso suspeito de sequestrar criança em porta de escola, a colocar em mala e estuprá-la

Criança foi levada de Luziânia até o Distrito Federal

Modificado em 19/09/2024, 00:31

Homem é preso suspeito de sequestrar criança em porta de escola, a colocar em mala e estuprá-la

(Divulgação/PMDF)

Um homem foi preso na última quarta-feira (28) suspeito de sequestrar e estuprar uma menina de 12 anos. A vítima foi levada de Luziânia, no Jardim Ingá, até a Asa Norte de Brasília dentro de uma mala. Segundo a Polícia Civil (PC), a criança foi encontrada seminua, com escoriações por todo o corpo e algemada pelos pés. O suspeito foi identificado como Daniel Moraes Bittar, até então analista de T.I. do Banco de Brasília.

A reportagem, o delegado Rafael Abrão conta que no apartamento onde a vítima foi encontrada havia máquinas de choque, um galão com clorofórmio, câmeras fotográficas, material pornográfico e objetos sexuais. O delegado ainda revelou a hipótese inicial da polícia: "Após executar esse sequestro com o estupro, possivelmente ele a mataria".

A PC explica que o suspeito realizou o sequestro com a ajuda de uma outra mulher, com a qual Daniel manteria um tipo de relacionamento. Essa cúmplice teria ajudado a deixar a criança inconsciente e também no transporte da mala até Brasília, na casa do homem. A menina foi achada algemada na casa dele.

O homem foi preso em flagrante na noite da última quarta-feira (28) e a mulher que o ajudou foi encaminhada à delegacia de polícia na manhã desta quinta-feira (29).

Em nota, o Banco de Brasília afirma que repudia veementemente as ações de Bittar e que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas.

Imagens de câmeras de segurança mostram o suspeito carregando uma mala com muita dificuldade enquanto a cobre com um pano. A vítima afirma que foi rendida com uma faca e, depois de sedada, acordou já na casa de Daniel. O material eletrônico apreendido vai passar por perícia.

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Servente de pedreiro é condenado a 30 anos de prisão pela morte de estudante

Reidimar Silva Santos vai ser julgado em 7 de abril pelo estupro e assassinato de Thaís Lara, crime cometido de forma semelhante ao que o levou à prisão

Reidimar Silva Santos está preso desde 29 de novembro de 2022: ele confessou os dois assassinatos

Reidimar Silva Santos está preso desde 29 de novembro de 2022: ele confessou os dois assassinatos (Reprodução)

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Jovem é estuprada e roubada após suspeito ajudá-la a consertar moto e receber Pix de R$ 50 como agradecimento, diz PM

O homem tem passagem pelos crimes de furto, roubo e estupro de vulnerável, segundo a polícia. Caso aconteceu em Porto Nacional, a cerca de 60 km de Palmas

Modificado em 05/02/2025, 19:59

Suspeito acabou preso pela Polía Militar

Suspeito acabou preso pela Polía Militar (Ascom 5º BPM)

Um homem foi preso suspeito de estuprar e roubar uma mulher de 22 anos, em Porto Nacional. O caso foi registrado nesta quarta-feira (5). Segundo a Polícia Militar, a jovem foi violentada e assaltada após receber ajuda do suspeito para consertar a moto, que havia apresentado problemas.

O nome do homem não foi divulgado, por isso o Daqui não conseguiu contato com a defesa dele.

O crime aconteceu durante a madrugada. A mulher contou aos policiais que após sua moto apresentar problemas, o suspeito se aproximou e ofereceu ajuda. Como ele conseguiu consertar o veículo, ela transferiu R$ 50 para conta dele, por meio do Pix.

Conforme a PM, no momento em que a vítima tentou deixar o local, o homem anunciou o assalto, levando anéis e correntes. Em seguida ele a estuprou. Ainda na madrugada, policiais militares e civis fizeram patrulha e localizaram o suspeito no setor Jardim América.

A polícia informou que o homem já tinha passagem pelos crimes de roubo, furto, além de reincidência por estupro de vulnerável, praticado em 2021. Na época, ele foi preso e chegou a usar tornozeleira eletrônica. Conforme a Polícia Civil, o homem tinha cinco passagens pelo crime de estupro.

O suspeito foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante por roubo e estupro, segundo a PM. Os policiais também identificaram que o homem tinha um mandado de prisão em aberto pelos mesmos crimes.

O caso será investigado pela 8ª Delegacia de Atendimento à Mulher de Porto Nacional.

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Dia do Cooperativismo em Anápolis e Luziânia oferecem serviços gratuitos

Modificado em 04/11/2024, 08:51

Dia do Cooperativismo em Anápolis e Luziânia oferecem serviços gratuitos

(Divulgação)

Os municípios de Anápolis e Luziânia vão comemorar seus respectivos eventos do Dia do Cooperativismo neste sábado (28). As comemorações são fruto da iniciativa do Sistema OCB/ GO, em parceria com as cooperativas locais e prefeituras, e contarão com a oferta de diversos serviços gratuitos para a população.

O evento em Anápolis será das 8h às 12h, no Feirão Coberto Recanto do Sol, na Vila Norte. Na ocasião, as cooperativas Sicoob, Sicredi, Unimed Anápolis, Cooperbana, Uniodonto Goiânia e Sicoob Credicapa oferecerão vários serviços como aulas de educação financeira para as crianças e distribuição de kits de higiene.

As secretarias municipais, por sua vez, disponibilizarão, aos presentes, cadastro de vagas de emprego, cursos de qualificação e mudas de plantas, para doações. No local, a população também poderá se vacinar e realizar exames, como testes de glicemia, acuidade visual, sífilis e bioimpedância.
Luziânia
A programação do Dia do Cooperativismo de Luziânia será realizada em frente à Prefeitura, na Rua Padre Domingos, das 14h às 18h. As cooperativas Sicredi, Cresol, Coopindaiá, GTBEN Transportes e Sicoob Credigerais oferecerão serviços.

Os luzianienses terão disponíveis vacinação e sorteio de brindes. A programação conta com atividades voltadas para as crianças, como orientação odontológica e brinquedos infláveis. O evento também contará com apresentações culturais.

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Uma criança de 10 a 14 anos dá à luz a cada dia em Goiás

Foram 5,9 mil nascimentos de bebês gerados por meninas no Estado em dez anos. Profissionais apontam o risco de morte na gestação precoce e afirmam que grande parte dos casos é fruto de abuso sexual

Modificado em 17/09/2024, 15:58

Uma criança de 10 a 14 anos dá à luz a cada dia em Goiás

Na última década, Goiás registrou 5,9 mil nascimentos de bebês com mães de 10 a 14 anos de idade. No mesmo período, foram contabilizadas seis mortes maternas nessa faixa etária. Os dados são do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), ferramenta do Sistema Único de Saúde (SUS). Especialistas apontam que a gravidez na infância e adolescência está associada a casos de abuso sexual e, quanto mais nova a gestante, maior o risco de vida ao dar prosseguimento a gravidez.

Segundo os últimos dados consolidados, de 2022, foram 397 nascidos vivos de mães com idade entre 10 a 14 anos. Eles representam 0,44% dos 89,7 mil nascimentos ocorridos no ano retrasado. Quando comparado com dez anos antes (2012), o número teve uma queda de 51,6%. Naquele ano, foram 821 nascidos vivos. Mesmo assim, o número mais recente chama atenção, com o nascimento de praticamente um bebê por dia de uma mãe criança ou pré-adolescente.

No Brasil, a quantidade de bebês com mães de 10 a 14 anos de idade também caiu. Em 2012, eram 28,2 mil nascidos vivos. Em 2022, foram 14,2 mil, número 49,3% menor. No ano retrasado, foram registrados dois casos de bebês que nasceram de mães com menos de 10 anos no País. Pela Código Penal, qualquer tipo de relação sexual ou pratica de outro ato libidinoso com menores de 14 anos é estupro de vulnerável. Por isso, uma parte considerável dessas gestações são fruto de violência sexual.

O assunto voltou ao centro do debate público devido ao Projeto de Lei (PL) Antiaborto por Estupro, que determina a prisão ou internação (no caso de menores de 18 anos) de vítimas de estupro que fizerem aborto depois de 22 semanas de gravidez. Atualmente, o abordo legal é garantido, em qualquer idade gestacional, nos casos de gravidez decorrente de estupro, risco à vida da pessoa gestante e anencefalia do feto.

Divulgado nesta terça-feira (18), o Atlas da Violência 2024, relatório foi feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), demonstrou que meninas de 10 a 14 anos são as que mais sofrem proporcionalmente com a violência sexual.

Médica do Centro de Referência para o Cuidado de Crianças e Adolescentes e suas Famílias em situação de Violência (Cercca) de Recife, no Pernambuco, Maria Carmelita Maia e Silva estudou o contexto de mais de 100 mães com idade entre 10 e 14 anos acompanhadas na capital pernambucana e escreveu uma tese de doutorado sobre o assunto em 2009. De acordo com a pesquisadora, a maior parte dessas gestações acontece entre meninas em situação de vulnerabilidade, que costumam começar o pré-natal tardiamente por medo e/ou vergonha.

Ao jornal, ela apontou que a maioria dessas gestações foram acompanhadas do abandono escolar ou deterioramento da atividade educacional e do crescimento da ocupação em subempregos. Além disso, ela conta que muitas dessas meninas sofreram com a tentativa de viabilização de um parto normal sem elas terem condições físicas para tal. "Uma tortura para elas", ressalta Maria Carmelita, que também chama atenção para o fato de que essas meninas costumam ficar com a saúde mental fragilizada por conta das gestações.

A diretora da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP), Mirna de Sousa, explica que a gravidez na infância e na adolescência é um problema que deve ser tratado à luz da saúde pública. "O impacto é muito grande. É preciso esquecer crenças religiosas para olhar quem está em risco. Crianças e adolescentes fazem parte da nossa sociedade e são nossa responsabilidade", diz.

Mirna aponta que esse tipo de gestação é de alto risco, com possibilidade de prematuridade do bebê e complicações que podem levar a mãe à morte. "É um corpo que não está preparado para gestar", frisa. Apesar de muitas dessas meninas já terem ciclo menstrual, ela pontua que o útero delas ainda não está maduro para gerar um bebê. O contexto leva a chance aumentada de abortamento, pré-eclâmpsia e depressão pós-parto.

Nesse sentido, a diretora da SGP discorre que existe um gargalo na atenção primária atualmente. "Dentro do consultório, é importante que o médico (pediatra) aproveite este vínculo com as famílias para fazer orientações", diz Mirna. A rede municipal de saúde de Goiânia, por exemplo, não possui um ambulatório específico para tratar vítimas de violência sexual.

No Estado, existem três ambulatórios do tipo. Eles ficam no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), Hospital Estadual da Mulher (Hemu) e o Hospital Estadual de Luziânia (HEL). O Hemu, na capital, é a referência para a realização de abortos legais em Goiás.

Óbitos maternos entre adolescentes e jovens

Os óbitos maternos entre adolescentes e jovens, de 15 a 19 anos de idade, alcançaram a marca de 55 registros quando considerado o período de 2014 a 2024. É uma média de 5,5 mortes por ano. As informações são do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), ferramenta do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados de 2023 e 2024 são preliminares e estão sujeitos a alteração.

No mesmo período, nasceram 138,7 mil bebês com mães nessa faixa etária. De acordo com os últimos dados consolidados, de 2022, foram 10,1 mil nascidos vivos. Eles representam 11,3% dos 89,7 mil nascimentos ocorridos no ano retrasado. O número apresentou leve queda em relação a 2021, que teve 10,2 mil registros, mas queda mais acentuada quando comparado com 2012, quando foram registrados 16,7 mil nascimentos, uma redução de 39,1%.

O ginecologista e obstetra Jony Rodrigues Barbosa conduziu um estudo sobre a maternidade na adolescência na região Noroeste de Goiânia. Para uma dissertação de mestrado, ele acompanhou 170 pessoas do sexo feminino de até 19 anos internadas para realização de parto ou quadro clínico de abortamento, de agosto de 2013 a maio de 2014, na Maternidade Nascer Cidadão. A média de idade do estudo foi de 17,3 anos, sendo que o motivo principal apontado para o primeiro ato sexual foi o sentimento pelo parceiro.

Do total, 99,4% conheciam algum contraceptivo e 75,9% mencionaram ter familiares de primeiro grau que tiveram filhos antes dos 20 anos. Além disso, 53,5% estudavam quando engravidaram e 64,8% das pessoas nesse subgrupo abandonaram os estudos durante a gravidez.

Na avaliação do especialista, que faz parte da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia (SGGO), o acesso a essas adolescentes é difícil, já que muitas delas não estão na escola, o que demonstra a importante da Estratégia de Saúde da Família (ESF) para alcançá-las, informá-las e convencê-las sobre a importância do uso dos métodos contraceptivos. "Busca ativa", destaca.

Goiânia

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a rede de atenção, por meio das unidades de saúde da Atenção Primária, realiza atendimento médico e de enfermagem visando a orientação de adolescentes quanto à iniciação sexual e saúde reprodutiva, sendo que os preservativos, tanto masculino quanto feminino, também estão disponíveis para distribuição à população nestas unidades.

A pasta comunicou ainda que ações intersetoriais também são realizadas em parceria com as secretarias municipal e estadual de Educação. "Por meio de ações educativas, temas semelhantes são trabalhados com o intuito de reforçar nos jovens e adolescentes o autocuidado não somente relacionado às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), mas também abordando o risco de gravidez na adolescência", detalhou a pasta.

De acordo com a SMS, quando a adolescente identifica ou suspeita de gravidez, a rede acolhe a demanda com o início e acompanhamento do pré-natal. Além disso, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) acolhem e acompanham as vítimas de violência sexual quando em sofrimento mental.

Estado

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), tem sido desenvolvido junto às regionais de saúde e municípios goianos, atividades para o monitoramento dos casos de violência sexual e de gravidez na adolescência no Estado, "com reuniões periódicas entre os envolvidos, onde são analisados os dados e sugeridas ações e políticas públicas para reverter o cenário".

Ademais, a pasta informou que mantém parceria, por meio do Programa Saúde na Escola (PSE), com a Atenção Primária e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), "onde são desenvolvidas ações frequentes sobre o tema de educação sexual e reprodutiva junto aos estudantes da rede pública estadual".