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Influenciadora que zombou de vagas para autistas é indiciada por crimes de discriminação

Larissa Rosa compartilhou os vídeos no grupo de melhores amigos do Instagram. As imagens viralizaram depois que uma pessoa filmou a tela e compartilhou de forma pública

Modificado em 20/09/2024, 00:52

Maquiadora e influenciadora publicou críticas a vagas para pessoas com autismo

Maquiadora e influenciadora publicou críticas a vagas para pessoas com autismo (Reprodução/Instagram)

A maquiadora e influenciadora digital, Larissa Rosa, foi indiciada pela Polícia Civil pelos crimes de incitação à discriminação de pessoas portadoras de deficiência e às pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIA+. A investigação começou depois que ela **gravou um vídeo zombando das vagas de estacionamento em um shopping de Goiânia que são exclusivas para autistas ** . Caso segue agora para análise do Ministério Público.

Na ocasião, a influenciadora compartilhou os vídeos no grupo de melhores amigos do Instagram. "Agora tem vaga exclusiva para autista. O mundo está muito difícil. Quero saber quando que vai ter vaga para gordo estressado. Olha isso, gente". As imagens viralizaram depois que um de seus amigos filmou a tela e compartilhou de forma pública.

Além disso, nas imagens, Larissa ainda diz: "A vaga é tão colorida que eu achei que era pra viado". A mãe dela, que também aparece nas gravações, não foi indiciada por não ter ficado comprovado que ela participou dos comentários.

Em seu depoimento, a maquiadora alegou que não teve a intenção de ofender ninguém com seus comentários. Ela chegou a fazer um pedido público de desculpas logo após a circulação dos vídeos. "Me desculpem de todo o coração. Foi uma brincadeira péssima. Não representa o que eu penso. Não sei se isso muda alguma coisa, mas só tinham 18 pessoas nos meus melhores amigos. Então, eu pensei muito pouco na hora de falar".

O delegado que investigou o caso, Joaquim Adorno, informou que não dará detalhes sobre a conclusão do inquérito. A defesa técnica da senhora Larissa Rosa, através do advogado Dr. Regis Davidson, informou que a mesma colaborou com todas as informações e esclarecimentos a autoridade policial. "Sobre o indiciamento pela autoridade policial em momento oportuno irá se manifestar processualmente", disseram em nota.

Leia também:

  • [Pelo menos cinco pessoas já denunciaram influenciadora que zombou de vagas para autistas](http://Pelo menos cinco pessoas já denunciaram influenciadora que zombou de vagas para autistas)
  • Comissão da OAB pede indiciamento de influencer de Anápolis por homofobia
  • Maquiadora de Anápolis revolta a web ao criticar vagas para autistas
  • Denúncias

    A Polícia Civil recebeu várias denúncias contra a influenciadora durante a investigação. **[As queixas partiram de familiares e associações que lutam pelos direitos de pessoas que possuem transtorno do espectro (TEA)](http://Pelo menos cinco pessoas já denunciaram influenciadora que zombou de vagas para autistas) ** . Com base no Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei número 13.146/2015), praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência tem pena prevista de dois a cinco anos de prisão e multa.

    **A Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Anápolis, também entregou à polícia uma notícia-crime pedindo o indiciamento da jovem por racismo contra a população LGBTQIA+ ** . O presidente, Alex Firmino da Costa, explicou que a comunidade foi ofendida quando a influenciadora disse que a vaga era tão colorida que pensou que era para "viado", usando um termo pejorativo como se fosse engraçado.

    Ao POPULAR, Costa informou que várias pessoas procuraram a Comissão da OAB relatando terem se ofendido com a fala, pela forma como Larissa se referiu à comunidade. "Ela se desculpou com os autistas, mas nada quanto aos LGBTQIA+", pontuou.

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    Harold e o Lápis Mágico será exibido no Buriti Shopping em sessão especial para autistas

    Modificado em 17/09/2024, 17:25

    Harold e o Lápis Mágico será exibido no Buriti Shopping em sessão especial para autistas

    (Harold e o Lápis Mágico)

    A mais nova produção do renomado diretor brasileiro Carlos Saldanha será destaque na próxima edição do projeto MovieCOMtodos, promovido pelo Buriti Shopping. O filme "Harold e o Lápis Mágico", estrelado por Zachary Levi, é uma adaptação do romance infantil de Crockett Johnson, lançado em 1955.

    A sessão inclusiva de cinema destinada a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) acontece neste sábado (24), a partir das 11 horas. A iniciativa busca criar um ambiente acolhedor e confortável para crianças com TEA e suas famílias, garantindo assim uma experiência cinematográfica adaptada às suas necessidades.

    Durante a exibição, o som é ajustado ligeiramente mais baixo, com luzes levemente acesas e liberdade para que as crianças possam circular pela sala durante a exibição. Nesta sessão, o acompanhante e a criança pagam meia-entrada, mediante apresentação de carteira de identificação ou laudo.
    <br />

    Os ingressos poderão ser adquiridos diretamente na bilheteria do cinema, no dia da sessão. Além disso, o Buriti Shopping também disponibiliza crachás de identificação para pessoas autistas e abafadores de ruídos que ficam disponíveis para empréstimo no Espaço Cliente, além de disponibilizar três vagas de estacionamento destinadas às pessoas com TEA.
    <br /> Prioridade no estacionamento
    Para utilizar o estacionamento, é preciso deixar no interior do carro a carteirinha de prioridade ou a Carteirinha de Identificação do Autista (CIA). Localizadas no estacionamento coberto próximo à entrada que dá acesso às lojas Riachuelo, as vagas podem ser facilmente identificadas por meio do símbolo mundial do TEA nas placas e no chão: uma fita com peças de quebra-cabeça multicoloridas.

    É importante lembrar que, apesar das vagas destinadas exclusivamente a pessoas com autismo, por lei, os autistas já possuem o direito de estacionar nas vagas destinadas às pessoas com deficiência (PCDs).
    <br /> Sobre Harold e o Lápis Mágico
    Harold e o Lápis Mágico vai contar a história de Harold, um menino de 4 anos que cria um mundo mágico usando apenas duas coisas muito preciosas: a sua imaginação e um lápis roxo! Dentro de seu livro, Harold pode fazer qualquer coisa ganhar vida simplesmente desenhando com esse lápis mágico.

    No entanto, quando ele cresce e deixa de desenhar apenas nas páginas do livro e começa a desenhar no mundo físico, descobre que tem muito mais a aprender sobre a vida real do que ele imaginava. Além disso, seu confiável lápis roxo pode desencadear mais travessuras hilárias que, na maioria, estão fora do seu controle.

    Quando o poder da imaginação ilimitada cai nas mãos erradas, será preciso toda a criatividade de Harold e seus amigos para salvar o mundo real e o seu próprio.
    <br /> Serviço: Sessão de cinema adaptada para pessoas com autismo no Buriti Shopping
    Quando: 24 de agosto (sábado)
    Horário : 11h
    Filme : Harold e o Lápis Mágico
    Onde: Moviecom Buriti Shopping

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    Meu Malvado Favorito 4 será exibido em sessão especial para crianças autistas neste sábado

    Modificado em 17/09/2024, 16:27

    Meu Malvado Favorito 4 será exibido em sessão especial para crianças autistas neste sábado

    (Divulgação)

    O vilão mais amado do mundo das animações, acompanhado de seus divertidos súditos amarelinhos e fiéis, será o grande destaque da próxima edição do projeto MovieCOMtodos, do Buriti Shopping. A sessão inclusiva de cinema destinada a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) acontece neste sábado (20), a partir das 11 horas, com a exibição do filme Meu Malvado Favorito 4.

    A iniciativa busca criar um ambiente acolhedor e confortável para crianças com TEA e suas famílias, garantindo uma experiência cinematográfica adaptada às suas necessidades. A ação conta com ajustes no ambiente como som mais baixo, luzes levemente acesas e liberdade para que as crianças possam circular pela sala durante a exibição.

    Nesta sessão, o acompanhante e a criança pagam meia-entrada, mediante apresentação de carteira de identificação ou laudo e os ingressos poderão ser adquiridos diretamente na bilheteria do cinema, no dia da sessão. Além disso, o shopping também disponibiliza crachás de identificação para pessoas autistas e abafadores de ruídos que ficam disponíveis para empréstimo no Espaço Cliente.
    <br /> Sobre Meu Malvado Favorito 4
    Nesta sequência, Gru, que virou agente da Liga Antivilões, retorna para mais uma aventura em Meu Malvado Favorito 4. Agora, Gru, Lucy, Margo, Edith e Agnes dão as boas-vindas a um novo membro da família: Gru Jr., que pretende atormentar seu pai.

    Enquanto se adapta com o pequeno, Gru enfrenta um novo nêmesis, Maxime Le Mal e sua namorada Valentina, e vê sua família ser forçada a fugir para garantir sua segurança. Em outra cidade, as meninas tentam se adaptar ao novo colégio e Gru tenta viver uma vida mais simples, longe das aventuras perigosas que fez durante quase toda a vida.

    Porém, neste meio tempo, eles também conhecem Poppy, uma surpreendente aspirante à vilã e os Minions dão o toque que faltava para essa nova fase.
    <br /> Prioridade no estacionamento
    O Buriti Shopping oferece três vagas de estacionamento destinadas às pessoas com TEA. Para utilizar, é preciso deixar no interior do carro a carteirinha de prioridade ou a Carteirinha de Identificação do Autista (CIA). Localizadas no estacionamento coberto próximo à entrada que dá acesso às lojas Riachuelo, as vagas são facilmente identificadas com o símbolo mundial do TEA nas placas e no chão: uma fita com peças de quebra-cabeça multicoloridas.

    Importante lembrar que apesar das vagas destinadas exclusivamente a pessoas com autismo, por lei, os autistas já possuem o direito de estacionar nas vagas destinadas às pessoas com deficiência (PCDs).
    <br /> Serviço: Sessão de cinema adaptada para pessoas com autismo no Buriti Shopping
    Quando : 20 de julho (sábado)
    Horário : 11h
    Filme : Meu Malvado Favorito 4
    Onde: Moviecom Buriti Shopping

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    Motorista de carro de luxo é indiciado por homicídio doloso

    Condutor de Mercedes estava embriagado e em alta velocidade na GO-020 quando atropelou vigilante, que pilotava uma moto para ir ao trabalho. Pena é de até 20 anos

    Modificado em 17/09/2024, 16:34

    Motorista de carro de luxo é indiciado por homicídio doloso

    ++GABRIELLA BRAGA++

    Indiciado por matar atropelado o vigilante Clenilton Lemes Correia, de 39 anos, o empresário Antônio Scelzi Netto, de 25, deve responder agora por homicídio doloso com dolo eventual, com pena de até 20 anos. A tipificação do crime, até então tratado como homicídio culposo, foi alterada ao final do inquérito policial após ser comprovado que ele dirigia embriagado e em alta velocidade quando atingiu o motociclista na GO-020, em Goiânia. Titular da Delegacia de Investigações de Crimes de Trânsito (Dict), Ana Cláudia Stoffel diz que a prisão preventiva dele não será solicitada, pois ele não tem prejudicado o andamento do processo. Após o acidente, o motorista chegou a ficar detido por duas noites.

    O sinistro de trânsito ocorreu no dia 9 de junho, por volta de 5h10. Entre a tarde do dia anterior e o horário do ocorrido, Antônio passou por seis locais diferentes com amigos, onde ingeriu bebidas alcoólicas. Ele dirigia uma Mercedes Benz C180 FF pela rodovia GO-020, nas proximidades do Centro Cultural Oscar Niemeyer, em direção à própria casa, situada em um condomínio de luxo. Pouco antes de chegar na residência, o motorista colidiu na traseira da Honda CG 160 Fan pilotada por Clenilton. O motorista saiu do local sem prestar socorro à vítima, mas foi localizado menos de seis horas depois por policiais militares, após a placa do carro ser achada no local.

    O inquérito policial instaurado na Dict na época do acidente tipificava, até então, o crime como homicídio culposo (quando não há intenção) na direção de veículo automotor, agravada pela influência de álcool e omissão de socorro, crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Na ocasião, ele não havia feito o bafômetro, e o laudo pericial apontava apenas que havia sinais de álcool no organismo. Com o encerramento das oitivas, o relatório final encaminhado ao Poder Judiciário fez o indiciamento de Antônio por homicídio doloso por dolo eventual, além de embriaguez ao volante.

    "Não houve intenção, mas assumiu o risco", explica a delegada. O documento conta com relatos de ao menos sete testemunhas, dentre elas um amigo do motorista que estava no veículo no momento do acidente, além de imagens de câmeras de segurança e comandas de consumo nos estabelecimentos por onde o condutor passou. Todas apontam que ele estava de fato embriagado. Ana Cláudia explica que, mesmo com a ausência de um exame que ateste a embriaguez, relatos testemunhais e demais provas podem indicar que havia sido feita a ingestão de bebida alcoólica. "Há características que pela nossa legislação se considera a embriaguez: euforia, animação exacerbada, desequilíbrio", complementa.

    Caso seja condenado, o condutor pode pegar pena de 6 a 20 anos. Entretanto, para a Dict, não há a necessidade da prisão ser solicitada neste momento do processo judicial. "Ele tem participado de todos os atos e não tem prejudicado a investigação", comenta a titular da delegacia. Ela acrescenta ainda que a omissão de socorro, como estava sendo elencado anteriormente na investigação, fica excluída perante à tipificação do dolo eventual. "Quando alguém comete homicídio, não tem a obrigação de prestar socorro, logo a fuga acaba sendo descaracterizada."

    Ainda conforme a delegada, ao contrário do afirmado por Antônio de que teria evadido do local por entender que a vítima já estaria morta, testemunhas que auxiliaram no socorro destacam que Clenilton ainda estava com sinais vitais após a colisão. Ele foi atendido inicialmente por um bombeiro que passava pelo local e, logo depois, por equipes de plantão da corporação. Por isso, aponta, é possível dizer que a vítima ainda estava com vida. "Com certeza (se ele tivesse parado) teria feito o que deve ser feito. Mas como ele estava com vida, o socorro imediato às vezes pode acabar salvando uma pessoa."

    Laudo pericial

    A perícia feita pela Polícia Técnico-Científica (PTC), por meio da Seção Especializada em Perícias de Crimes de Trânsito (Septran), constatou que o carro de luxo estava acima da velocidade máxima permitida para a via. A GO-020 é regulamentada, e com placas indicativas, em 80 km/h. A perita criminal Gyzele Cristina Xavier, responsável pela equipe pericial do caso, explica que além da alta velocidade, a via e os veículos tinham boas condições de iluminação. "Todos os elementos indicam uma boa visibilidade do condutor em relação à pista e vítima."

    Ainda conforme ela, a velocidade exata no momento do impacto não pode ser calculada. Entretanto, a motocicleta foi arrastada por ao menos 80 metros até "o ponto de desacoplamento". Coordenador da Septran, o perito Márcio Resende explica que havia uma distância de ao menos 150 metros de distância entre o primeiro elemento do sinistro, que é uma touca de Clenilton, e a motocicleta. Já o corpo da vítima ficou repousado no meio deste trecho. O capacete foi arremessado após a batida.

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    Sargento que matou PM goiano é indiciado por homicídio

    Soldado foi morto durante briga em bar no Novo Gama. Delegado diz que contradição em oitivas impediu análise da tese de legítima defesa pelo acusado

    Modificado em 17/09/2024, 16:17

    Cãmera de segurança mostrou como foi a briga: na imagem, Jefferson José da Silva (de rosa) no momento em que caiu no chão tentando segurar Diego Purcina pela cabeça; os dois estavam armados no bar&#13;

    Cãmera de segurança mostrou como foi a briga: na imagem, Jefferson José da Silva (de rosa) no momento em que caiu no chão tentando segurar Diego Purcina pela cabeça; os dois estavam armados no bar&#13; (Reprodução)

    O sargento Jefferson José da Silva, de 53 anos, foi indiciado por homicídio com um agravante por motivo fútil pela morte do soldado da PM de Goiás, Diego Santos Purcina, de 30, durante uma briga em um bar no Novo Gama, no entorno do Distrito Federal. Para a Polícia Civil, apesar de ter imagens de câmeras de segurança do local mostrando a sequência de fatos que levou ao crime, não foi possível averiguar a versão dada por Jefferson de que agiu em legítima defesa durante uma confusão generalizada.

    Diego foi morto com um tiro na barriga durante briga no bar na noite do dia 2 de março, um sábado. Ele estava com a esposa em uma mesa de amigos, enquanto o sargento estava em outra, ao lado, todos bem próximos. A Polícia Civil não apontou o que de fato motivou o início da confusão. Pelas imagens, é possível ver que o sargento também se feriu, sangrando.

    Em seu relatório, o delegado Taylor do Nascimento Brito, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), afirma que sete pessoas se envolveram na briga, que começou entre a mulher de Diego e uma amiga de Jefferson. A vítima foi a quinta pessoa a entrar na confusão e o acusado, a sexta. O sargento deu o disparo quando caiu no chão enquanto era agredido por Diego e um amigo deste. O tiro atingiu o soldado na barriga, e ele morreu no local.

    No vídeo que foi anexado ao processo, é possível ver o momento em que Jefferson cai, e enquanto retira a arma da cintura leva socos primeiro do amigo de Diego e depois da própria vítima. Foram quatro socos da vítima até o sargento conseguir sacar a arma e atirar em sua direção. Junto a eles, neste momento, estavam a esposa de Diego e uma outra mulher não identificada no relatório final do inquérito. Pelo vídeo, durou sete segundos o momento entre a queda, os socos e o disparo.

    O delegado afirma no documento que há provas suficientes para indiciar o sargento por homicídio qualificado por motivo fútil. "As testemunhas envolvidas na briga prestaram depoimentos contraditórios em relação a quem foi o responsável pelo início das agressões, fato que impediu uma análise da tese de legítima defesa alegada pelo interrogado (Jefferson)", afirmou Taylor. Para o delegado, o único fato "comprovado de forma satisfatória" foi o disparo dado durante uma briga generalizada dentro de um ambiente com muitas pessoas presentes.

    Em depoimento na delegacia, Jefferson afirma que deu o disparo "para cessar agressão". "Eu estava sendo agredido já no chão. Eu estava sendo esmurrado (antes de cair), então já estava sem noção de quase nada, com sangue descendo no rosto, e aí o disparo foi para parar com a agressão", afirmou em interrogatório gravado e anexado ao inquérito. Ele também argumenta que se envolveu na confusão para afastar um amigo que estava apanhando.

    Nas imagens é possível ver que Jefferson, ao se aproximar da briga, vai em direção ao soldado, que no momento agredia seu amigo. Em seguida, dá um soco em sua cabeça e é segurado pela esposa da vítima. Antes de se desequilibrar e cair junto com a mulher, o sargento ainda dá mais um soco em Diego e tenta segurá-lo pela cabeça.

    O sargento também foi indiciado por resistência à prisão. De acordo com os policiais militares, ele se recusou a se entregar, de forma que teriam sido necessários dois disparos de arma não-letal para contê-lo.

    Jefferson foi preso em flagrante e levado inicialmente para o presídio militar em Goiânia. Entretanto, a direção desta unidade pediu a transferência do policial para uma similar no Distrito Federal sob argumento de que não tinha condições estruturais de manter a segurança do acusado e que este recebeu ameaças de morte pelos outros internos, todos policiais militares goianos na ativa ou da reserva. A Justiça autorizou a transferência na semana passada.