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INSS começa a ligar para reduzir fila de espera; veja dicas para não cair em golpe

Fila de espera em Goiás ultrapassa 50 mil pessoas

Modificado em 19/09/2024, 01:19

Agora, o número (11) 2135-0135 vai aparecer na tela de chamada do telefone quando o INSS ligar para remarcar atendimento

Agora, o número (11) 2135-0135 vai aparecer na tela de chamada do telefone quando o INSS ligar para remarcar atendimento (Reprodução / Agência Brasil)

Para tentar reduzir o tempo de espera das mais de 50 mil pessoas que estão na fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) somente aqui em Goiás, o INSS está ligando, desde a última segunda-feira (25) para quem está há mais de 45 dias esperando pela perícia médica para concessão de benefício por incapacidade temporária, o antigo auxílio doença.

Para agilizar esse contato com o cidadão,a Central de Atendimento 135 vai mudar de número. Agora, o número (11) 2135-0135 vai aparecer na tela de chamada do telefone quando o INSS ligar para remarcar atendimento, para confirmar ou para antecipar agendamento de perícia médica e/ou avaliação social. O INSS lembra que esse novo número não recebe chamadas telefônicas e não tem Whatsapp.

Dicas
Caso haja dúvida se deve atender a ligação ou acredite se tratar de um golpe, o cidadão poderá fazer uma chamada gratuita para o número 135. O número do SMS da Central 135 continua sendo o 28041, ou seja, caso a pessoa receba uma mensagem no celular, é o próprio INSS entrando em contato.

O INSS reforça que não entra em contato com o segurado para pedir número de documentos, foto para comprovar a biometria facial, número de conta corrente ou senha bancária, ou seja, o contato do INSS somente é feito para antecipar o atendimento, remarcar consulta, dar informação sobre requerimento, entre outros serviços.

Mesmo assim, vale lembrar que é o instituto que informa os dados, ou seja, qualquer ligação que solicite informações ou foto de documentos é golpe.

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Saiba como lidar com a bagunça e organizar a casa no fim de ano

Para a pesquisadora, a organização deve considerar as particularidades de cada pessoa, incluindo os tipos de objetos e o uso dado a eles

Modificado em 30/12/2024, 12:58

Pesquisa de Ferraz surgiu para compreender o fenômeno cultural e socioeconômico por trás da bagunça

Pesquisa de Ferraz surgiu para compreender o fenômeno cultural e socioeconômico por trás da bagunça (Pixabay)

A passagem de ano é marcada por rituais. Há quem pinte a parede que está rachada ou troque a toalha para começar o novo ciclo com prosperidade e bem-estar. De alguma forma, a limpeza sempre acompanha esse momento.

Isso porque, além do ritual, é comum as pessoas receberem visitas, familiares e amigos para ceias de Natal e Ano-Novo. Porém, apesar de as limpezas ritualísticas terem raízes históricas e religiosas, elas não devem se tornar fontes de estresse. "É muito mais lógico fazer uma limpeza básica antes de uma festa e uma mais pesada depois", diz Carolina Ferraz, pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) sobre bagunça e organização nas casas brasileiras.

A pesquisa de Ferraz surgiu para compreender o fenômeno cultural e socioeconômico por trás da bagunça. "A gente vive em um país cuja bandeira traz as palavras 'ordem e progresso', e uma das frases que mais usamos é 'não repara a bagunça'."

Essa frase, segundo a pesquisadora, reflete a pressão social sobre as mulheres, cujo valor é frequentemente associado à gestão do lar. Elas sofrem com a tripla jornada feminina, que inclui cuidados com a casa, familiares e o trabalho.

No Brasil, a ideia de organização está associada a um padrão elevado devido à história da escravidão e à expectativa de que terceiros cuidassem do lar, afirma a pesquisadora.

Contudo, alguns aspectos sociais contribuíram para o aumento da bagunça, como o crescimento do consumo e a introdução de produtos baratos e descartáveis.

O que talvez gere a bagunça é uma sobrecarga. Temos muitas coisas, estamos sobrecarregadas e não temos tempo para cuidar delas", diz. "Antes, os objetos que tínhamos eram apenas para ritualização ou para o básico. Não havia o que organizar, nem o que bagunçar."

Além da rotina acelerada, a alta expectativa estética --- impulsionada principalmente por programas de TV e revistas --- cria uma sensação de desordem constante. Por isso, neste fim de ano, a personal organizer, apresentadora e influenciadora Cora Fernandes afirma que é hora de se adaptar ao que já se tem.

Não é o momento de comprar um novo guarda-roupa ou um sofá novo", diz. "Você deve focar os detalhes que fazem diferença e lembrar que sempre é tempo de se organizar."

Manter a casa organizada o ano inteiro, e não apenas em momentos pontuais, requer uma mudança de perspectiva. Muitas pessoas nunca aprenderam o que é organização, recebendo apenas ordens vagas como "arruma o quarto".

"Quando somos ensinados a organizar, geralmente aprendemos fórmulas prontas, sem observar como nos locomovemos no espaço", explica Ferraz.

Para a pesquisadora, a organização deve considerar as particularidades de cada pessoa, incluindo os tipos de objetos e o uso dado a eles.

Fernandes destaca como a organização foi transformadora em várias áreas de sua vida. "A organização me ajuda a otimizar o tempo no dia a dia, porque sou mãe de três e trabalho", diz. "Ela trouxe uma metodologia muito melhor para a minha casa. Hoje conseguimos nos virar."

Veja algumas dicas para mudar sua relação com a bagunça e começar a se organizar:

COMO SER MAIS ORGANIZADO

  • 1. Comece com uma triagem
  • Muitos objetos mantidos em casa refletem medos ou laços com o passado. Reavalie sua utilidade com perguntas como: "Este objeto me ajuda ou atrapalha?" e "Ele ainda tem espaço na minha vida atual?". Dependendo das respostas, descarte o item. "Tirar essas coisas de cena permite ter mais espaço e otimizar a distribuição dentro dos armários e da casa", explica Fernandes.

  • 2. Avalie a funcionalidade do espaço
  • Observar os "rastros de bagunça" pode indicar ajustes necessários para melhorar a funcionalidade. "Se certos pontos da casa estão mais bagunçados do que outros, provavelmente algo não está funcionando bem para você", diz Ferraz.

  • 3. Soluções práticas e personalizadas
  • Considere o que funciona melhor para você. Se não gosta de dobrar roupas porque não consegue mantê-las assim, pendure-as em cabides. Se as tampas dos organizadores sempre somem, talvez seja melhor optar por modelos sem tampa. "A casa é sua. Pense na forma como prefere organizar", afirma Ferraz.

    Itens como cabides e caixas organizadoras podem ajudar, mas devem ser usados com critério. Fernandes recomenda cabides que economizem espaço. Já em relação às caixas, ela alerta que devem ser o último recurso. "Nem sempre os organizadores ajudam; muitas vezes, só ocupam mais espaço", afirma.

  • 4. Envolva todos
  • As especialistas enfatizam a importância de envolver os moradores da casa na organização, especialmente em ambientes comuns, como banheiro, cozinha e sala. Dividir as tarefas de forma clara pode aliviar a sobrecarga.

  • 5. Seja um 'bom porteiro'
  • Evite que objetos desnecessários entrem na sua casa. "Compramos sem perceber e acabamos soterrados por objetos", diz Fernandes. Isso também implica desenvolver um pensamento crítico sobre consumo, especialmente frente à influência das redes sociais.

  • 6. Bagunça sem culpa
  • Priorize o lazer, o descanso e as confraternizações, em vez de seguir padrões perfeccionistas de limpeza. Não sacrifique encontros e momentos de alegria por uma casa impecável. "Quando morrermos, as pessoas lembrarão das risadas, não da casa limpa", diz Ferraz.

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    Polícia faz megaoperação para prender cerca de 50 pessoas suspeitas de aplicar golpes e até usar dados de influencer

    Mandados estão sendo cumpridos em Goiânia e em outras nove cidades

    undefined / Reprodução

    Uma megaoperação da Polícia Civil (PC) cumpre nesta quinta-feira (7), quase 50 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa suspeita de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Além dos mandados, há o sequestro de R$ 7 milhões.

    Como o nome dos suspeitos não foi divulgado, o POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

    Segundo a PC, a investigação teve início após os suspeitos usarem dados de uma famosa modelo e digital influencer de Santa Catarina para aplicar o golpe do novo número contra sua mãe, uma idosa que teve prejuízo de R$ 125 mil.

    Os mandados estão sendo cumpridos em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade, Porangatu, Jaraguá, Santa Helena, Britânia, Magé (RJ) e Barra do Garças (MT). Ao todo, 250 policiais civis estão mobilizados na ação, que, segundo a Polícia Civil, é a maior operação realizada neste ano.

    Operação da Polícia Civil deflagrada nesta quinta-feira (7) (Divulgação/Polícia Civil)

    Operação da Polícia Civil deflagrada nesta quinta-feira (7) (Divulgação/Polícia Civil)

    Primeira fase da operação

    A operação "Paenitere", deflagrada nesta quinta-feira, está em sua segunda fase. Em fevereiro de 2022, a PC cumpriu 13 medidas cautelares em desfavor de criminosos que vinham aplicando o golpe do novo número para conseguir dinheiro de amigos e familiares de uma pessoa.

    De acordo com a PC, a mãe da influencer realizou transferências bancárias e até contraiu empréstimos a pedido dos suspeitos, que fingiram ser a modelo, usando um número em um aplicativo de mensagens. A PC identificou que o grupo usou seis contas, de seis CPFs diferentes, para aplicar os golpes.

    Pelas investigações, que tiveram início em junho de 2021, o grupo criminoso está presente, além de Goiás, em outros estados brasileiros.

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    Conheça os direitos previdenciários das pacientes com câncer de mama

    Modificado em 04/11/2024, 08:54

    Conheça os direitos previdenciários das pacientes com câncer de mama

    (Freepik)

    No Brasil, com exceção dos tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. Para cada ano do triênio 2023-2025, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o registro de 73.610 casos novos da doença. Em Goiás, espera-se que sejam registradas 1.970 ocorrências no mesmo período.
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    Os números refletem a importância do Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama e um momento oportuno para abordar os direitos das mulheres que enfrentam a doençaa. O advogado previdenciarista Jefferson Maleski, do escritório Celso Cândido de Souza Advogados, destaca a importância do conhecimento sobre os benefícios previdenciários disponíveis para essas seguradas.
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    As mulheres diagnosticadas com câncer de mama ou colo do útero têm direito ao auxílio por incapacidade temporária, desde que a doença comprometa sua capacidade de trabalho. "Se a incapacidade for permanente, elas podem solicitar a aposentadoria", explica Maleski.
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    Um ponto importante é que, ao contrário da regra geral que exige 12 contribuições para acessar esses benefícios, as seguradas com câncer são isentas dessa carência. Isso significa que, mesmo que tenham começado a contribuir recentemente, podem solicitar o auxílio imediatamente após o diagnóstico.
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    Para garantir esses direitos, Maleski ressalta a importância de um acompanhamento médico rigoroso. As mulheres devem manter uma documentação completa e atualizada que inclua receituários, laudos médicos, prontuários e atestados. "Conforme a doença evolui e o tratamento avança, essa documentação deve ser organizada para facilitar a solicitação do benefício", recomenda.
    <br /> Superando desafios
    Muitas mulheres enfrentam dificuldades emocionais e práticas ao buscar esses benefícios após um diagnóstico de câncer. "É fundamental ter o apoio de familiares ou amigos durante esse período", sugere Maleski. Muitas vezes, a fragilidade causada pela doença impede que a paciente busque sozinha os benefícios, tornando essencial a presença de um acompanhante que ajude na organização da documentação e, se necessário, na contratação de um advogado especializado.
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    Embora a legislação brasileira ofereça suporte adequado às mulheres em tratamento de câncer, Maleski alerta para a necessidade de efetividade na aplicação dessas leis. "A legislação pode ser robusta, mas sua implementação varia. Infelizmente, nem todos os locais oferecem o tratamento e a medicação necessários", afirma. Assim, ele recomenda que as seguradas busquem auxílio jurídico para garantir que seus direitos sejam respeitados, especialmente se encontrarem dificuldades na obtenção de benefícios pelo SUS.
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    O advogado enfatiza que a orientação adequada pode fazer toda a diferença. "Mulheres informadas sobre seus direitos e os procedimentos necessários se sentem mais preparadas para lidar com a adversidade", observa. Ele aconselha que, mesmo mulheres que não são seguradas atualmente, considerem iniciar contribuições para a previdência, pois isso pode ser uma forma de se precaver.

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    Previdência social também contempla as pessoas com deficiência

    Especialista explica sobre os direitos dos PcDs junto ao INSS e como é possível solicitá-los

    Modificado em 04/11/2024, 08:58

    Previdência social também contempla as pessoas com deficiência

    (Freepik)

    De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência, considerando aqueles com idade igual ou superior a dois anos. Esse número representa 8,9% da população do país.

    Por isso, datas como o Dia da Luta Nacional das Pessoas com Deficiência, em 21 de setembro, são tão necessárias e importantes. O advogado previdenciarista Jefferson Maleski, que integra o escritório de advocacia Celso Cândido Souza Advogados, lembra que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concede alguns benefícios para esse público.

    "As pessoas com deficiência possuem direitos previdenciários ou direitos assistenciais. Os previdenciários é caso trabalhem ou contribuam com a previdência. Elas vão poder, por exemplo, aposentar mais cedo, pedir um auxílio por incapacidade temporária ou permanente, caso a deficiência progrida, de tal forma que a incapacite para o trabalho. No caso assistencial, ela pode pedir um benefício de prestação continuada, conhecido como BPC Loas".

    Esses benefícios podem ser solicitados, por exemplo, por aqueles com deficiências físicas, intelectuais como esquizofrenia e epilepsia ou por portadores de transtornos, como o do espectro autista (TEA). "Todas as pessoas que querem saber se tem direito a algum benefício podem ligar no 135 ou ir até uma agência do INSS. Caso a resposta seja negativa e elas queiram ter uma segunda opinião, podem procurar um advogado previdenciarista, da confiança delas, para que ele possa analisar o caso e se a pessoa não tiver direito, o que ela deve fazer para passar a ter", pontua o especialista.

    Comprovação
    Jefferson Maleski explica como se dá a aposentadoria. "Para se aposentar, a pessoa precisa comprovar que tem deficiência de grau leve, moderado ou grave. O tempo de contribuição é 35 anos para o homem e 30 para a mulher. A pessoa com deficiência, seja homem ou mulher, vai ter uma redução nesses anos de acordo com o grau de deficiência. Se for um benefício por incapacidade, ela vai ter que provar, por meio de laudo, que a deficiência dela progrediu ou aumentou a tal ponto de impedir ela de trabalhar".

    A solicitação do benefício ou aposentadoria pode ser feita até de forma virtual. "Todos os benefícios são solicitados através do INSS, seja pelo telefone 135, seja pelo aplicativo Meu INSS, seja pelo portal meu.inss.gov.br. A pessoa tem que juntar documentação médica, a documentação que comprova que ela contribui ou trabalha e esperar um despacho do INSS, onde ele vai agendar a perícia médica e talvez até mesmo a perícia social, no caso do BPC Loas. Se for negado, a pessoa pode recorrer ao Conselho de Recursos da Previdência Social ou levar a ação para o Poder Judiciário", salienta o advogado.