O Jornal do Campo foi até Sanclerlândia, no interior de Goiás, para conhecer a história de Eduardo, estudante de agronomia que transformou a tradição familiar em negócio. Ao lado da mãe, ele produz doces cristalizados artesanais, alguns deles com um processo que pode levar até seis meses até chegar ao ponto ideal. A tradição começou ainda na infância, quando Eduardo ajudava a bisavó a mexer os tachos e preparar doces apenas para a família. Com o tempo, a prática ganhou técnica, criatividade e conhecimento, resultando hoje em uma produção que reúne cerca de 40 variedades de doces, entre compotas, frutas cristalizadas, cocadas e doces de leite. Algumas frutas, como abacaxi inteiro, laranja e abóbora, exigem ainda mais tempo de preparo. O abacaxi, por exemplo, começa a ser preparado meses antes de chegar ao consumidor. A fruta passa por um processo de saturação, em que a frutose é lentamente substituída pela sacarose, usando apenas água, açúcar e tempo.