Um vídeo, que tem repercutido bastante nas redes sociais, está sendo investigado pela Polícia Civil (PC). As imagens mostram uma mulher supostamente oferecendo um entorpecente, conhecido como loló, para um gato inalar, em Anápolis, na região Central de Goiás. A gravação mostra ainda um grupo de amigos dentro de um carro e a investigada aproxima a lata do nariz do animal, com alguém o segurando. O felino parece assustado.O delegado responsável pelo caso, Vander Coelho, informou que a mulher já foi identificada e está prestando depoimento para esclarecer o caso. No entanto, ele apontou que, dificilmente, será comprovada a materialidade do crime.“Tendo em vista que não houve detenção da lata em flagrante, não é possível determinar se existia entorpecentes apenas pelo vídeo.” disse o delegado. Caso exista essa comprovação, a responsável poderá responder pelo crime de maus-tratos. De acordo com a médica veterinária, Waine Leite, a substância pode levar o gato a uma intoxicação.“O gato já é um animal muito sensível, e tendo em vista que o produto em si afeta a respiração, ele pode desenvolver um problema pulmonar e, a longo prazo, também poderia apresentar problemas renais a partir da metabolização deste produto. Caso a substância utilizada na elaboração do loló fosse corrosiva, o gato teria problemas na traqueia.” disse a veterinária.Após o vídeo viralizar nas redes sociais, diversos internautas compartilharam a imagem indignados com o fato. LolóO loló, também conhecido como lança-perfume, é um entorpecente preparado de maneira clandestina com clorofórmio, éter e alguma essência perfumada. Ele faz parte do grupo de drogas classificadas como inalantes, sua absorção se dá através da aspiração pela boca e ou nariz. Seus efeitos são sensação de euforia, que encerra rapidamente. Voz arrastada e, em alguns casos, agressividade, também são típicos da droga. Ao utilizá-la, a pessoa pode ter alucinações, ataques de pânico, e/ou ansiedade aguda; e, em situações mais extremas, convulsões, inconsciência e coma.De acordo com dados da Secretaria municipal de Desenvolvimento Social, loló é a segunda substância mais usada por estudantes depois da maconha e pode gerar dependência que, por sua vez, leva ao comprometimento das vias áreas e sistema respiratório.