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Jovem que estava em Hilux que capotou após racha na T-9 tem morte cerebral confirmada

Wictor Fonseca era um dos seis ocupantes da caminhonete que capotou após participar de um racha com uma BMW. Ele é a segunda vítima fatal do acidente

Modificado em 20/09/2024, 00:16

Jovem de 20 anos estava internado desde o último sábado (7)

Jovem de 20 anos estava internado desde o último sábado (7) (Reprodução/Tv Anhanguera)

O estudante de agronomia Wictor Fonseca Rodrigues, de 20 anos, que foi internado após ser arremessado de uma caminhonete Hilux que capotou na avenida T-9, em Goiânia, teve a morte encefálica constatada nesta terça-feira (10). A informação foi confirmada pelo Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), que destacou ter realizado todos os exames necessários para a confirmação do óbito.

Wictor deu entrada na unidade hospitalar no último sábado (7), vítima de um acidente ocorrido no Jardim América. O jovem era um dos seis ocupantes de uma caminhonete Hilux que participou de um racha na avenida T-9 com uma BMW.

Próximo ao cruzamento com a Avenida C-231, o motorista da caminhonete perdeu o controle da direção, invadiu o canteiro central, capotou na pista e atingiu os comércios Conseg Mais e Soluti.

No momento do acidente, Marcella Sonia Gomes do Amaral, de 15 anos, foi arremessada do veículo e morreu ainda no local. Com a confirmação da morte cerebral de Wictor, o capotamento contabiliza duas mortes.

A família de Wictor já foi informada da finalização dos procedimentos de morte encefálica.

Motoristas devem se apresentar à polícia

O condutor da caminhonete Hilux, Eduardo Henrique, e da BMW, Arthur Yuri, devem se apresentar às 14h30 desta terça-feira à polícia para prestar esclarecimentos. Logo após o acidente, Eduardo foi levado para o hospital, mas fugiu do local. Já Arthur, de 18 anos, evadiu ainda no local do ocorrido.

De acordo com a Delegacia de Crimes de Trânsito (Dict), Arthur não tem CNH e dirigia o carro da mãe quando tudo aconteceu. A delegada da Dict Adriana Carvalho informou que a mãe do rapaz pode ser responsabilizada por ter cedido o carro ao filho, que não é habilitado.

"A entrega de veículo para condução de quem não é habilitado penaliza essa pessoa que entregou esse veículo indevidamente, e ela vai responder por um procedimento policial", concluiu.

A reportagem entrou em contato com a defesa dos dois, mas essa preferiu não se manifestar no momento.

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Justiça absolve PMs acusados de matar lutador em surto em Goiânia

José Carlos Alves Coimbra, de 48 anos, foi atingido na barriga enquanto avançava em direção aos policiais em agosto do ano passado. Ele estava bastante agressivo, gritando frases desconexas e correndo de forma errática quando foi abordado. Para MP, soldados tiveram chance de algemá-lo e não o fizeram

Modificado em 19/09/2024, 01:09

Surto de José Carlos foi filmado por pedestres durante ação policial

Surto de José Carlos foi filmado por pedestres durante ação policial (Reprodução)

A Justiça absolveu os soldados da PM Fabíola Cavalcante de Sousa, de 31 anos, e Robson Massaki Watanabe, de 35, pela morte do vigilante e ex-lutador de MMA José Carlos Alves Coimbra, de 48, durante uma abordagem policial na manhã do dia 2 de agosto do ano passado no Jardim América, em Goiânia. José Carlos estava em um possível surto psicótico, gritando frases desconexas e se movimentando de forma agressiva e errática e antes da chegada dos policiais teria agredido um idoso e danificado um veículo.

O juiz Lourival Machado da Costa, da 2ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, há prova "robusta e incontroversa" e convergência nos relatos das testemunhas e dos acusados, para afirmar que ficou demonstrado que a dupla agiu "acobertada pela excludente de ilicitude consistente na legítima defesa" e que "usaram moderadamente dos meios necessários que dispunham para repelir a agressão injusta".

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) havia pedido que os soldados fossem a júri popular por homicídio, argumentando que eles tiveram oportunidade de algemar a vítima, mas não o fizeram. Anteriormente, na fase de investigação, a Polícia Civil havia concluído pela legítima defesa por parte dos acusados, tese rechaçada pela promotora Renata de Oliveira Marinho e Sousa.

Antes de ser morto ao ser atingido na barriga por um dos dois disparos feitos pelos policiais, José Carlos atendeu a uma voz de comando de ordem unida, fez posição de sentido, deitou no chão com as mãos na cabeça e ficou assim por um tempo. Foi neste momento que, segundo a promotora, os policiais poderiam ter agido. Depois o lutador voltou a se levantar e avançou em direção aos policiais, que nesta hora efetuaram o disparo.

"A ação dos réus foi desproporcional às ações da vítima que se mostrava em surto e deveria ter sido abordada de maneira não letal. Tiveram a possibilidade de algemar a vítima quando esta se ajoelhou e deitou-se, mas deliberaram por não fazer sem, ao menos, tentar", afirmou a promotora as alegações finais.

Ao ser ouvido pela Justiça, Robson contou que a vítima não obedecia aos policiais, mas ao ouvir um comando de voz de ordem única deitou no chão com as mãos na cabeça. Disse que sua colega o questionou se poderia algemá-lo, mas que respondeu negativamente e que precisariam pedir apoio. Justificou a decisão alegando que dez pessoas tentaram sem sucesso conte-lo anteriormente. A soldado confirmou a versão do colega.

Já a defesa dos policiais durante todo o processo alegou a tese de legítima defesa e ressaltou que os policiais agiram de forma moderada, unicamente para conter o lutador, Isso porque cada um disparou uma única vez, que seria com intuito apenas de conter o avanço. A defesa também questionou a falta de provas sobre o suposto surto psicótico. Não foi investigado o histórico de José Carlos nem como ele foi parar no Jardim América naquela manhã.

Em sua decisão, o magistrado coloca diversos trechos de interrogatórios tomados durante a audiência de instrução e julgamento e em seguida narra uma sequência de fatos apontando que o lutador não obedeceu ao comando para recuar, saltou em cima da viatura, sapateou e saltou do veículo para o asfalto e, em seguida, "rumou contra os policiais militares, dizendo que tomaria suas armas e os mataria". O momento em que ele ficou deitado no chão não é citado pelo juiz.

"Conforme destacado pelas testemunhas e pelos acusados, a vítima possuía porte físico avantajado, e se encontrava sob um possível surto psicótico, e não foi possível ser contido por cerca de dez populares que tentaram amarrá-lo, fato este que demonstra a desproporção da sua força com relação aos acusados. Embora a vítima estivesse desarmada, ainda assim, sua compleição física e seu estado emocional desequilibrado lhe proporcionava uma significativa vantagem de força física sobre os acusados", afirmou Lourival na sentença.

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Cliente que teria ameaçado entregadora e teve portão de casa destruído por colegas é banido do app

Entregadora conta que cliente quebrou o celular dela. A Polícia Militar (PM) esteve na casa do homem, mas ninguém foi preso

Modificado em 19/09/2024, 00:44

Entregadores foram a casa do cliente no Jardim América

Entregadores foram a casa do cliente no Jardim América (Reprodução / Redes Sociais)

O cliente que teria ameaçado e quebrado o celular de uma entregadora, no Jardim América, em Goiânia, foi banido do aplicativo. Ao saberem do ocorrido, colegas da trabalhadora se revoltaram com a situação e na tarde de domingo (6) destruíram o portão da casa do cliente.

A Polícia Militar (PM) esteve na casa do cliente no momento da confusão, mas ninguém foi preso. O Ifood informou que presta apoio à entregadora. A reportagem, o cliente, que não quis se identificar, negou as acusações, disse que o celular caiu sozinho e que a mulher o teria ameaçado.

Relembre
A entregadora Jhennifer Rodrigues, de 28 anos, contou a reportagem que foi chamada para realizar uma entrega na residência na noite deste sábado (5). Chegando lá, ela teria esperado por cerca de 15 minutos até que o cliente recebesse a entrega e informasse o código de entrega.

Eu cheguei lá, liguei, mandei mensagem para ele, bati no portão. Depois de 15 minutos, chegou uma rapaz e perguntou se eu era a moça do Ifood. Eu disse que sim e ele entrou para dentro da casa e não voltou", disse.

Jhenifer ainda contou que chegou a chamar novamente no portão da casa e que um outro homem, teria saído, já nervoso. "Eu fui no portão e falei: 'moço, eu preciso do código para finalizar a corrida.' Aí ele gritou: 'Amor, tem que passar o código para a moça!'. Nisto, um outro homem já saiu lá fora nervoso e falando para falar baixo com ele", detalhou.

Ela ainda contou que insistiu para que o homem passasse o código, mas que neste momento, passou a ser ameaçada de morte. "Ele disse que iria me achar. Ele filmou a placa e o meu rosto dizendo que ia me matar", contou. Ela afirmou que teria pego o celular para filmar a coação, quando ele o quebrou. Em seguida, deixou o local com uma bicicleta.

Com a ajuda de testemunhas, Jhennifer diz ter acionado a PM, mas foi informada por eles que o suspeito "sofre de problemas psicológicos e que, por isso, nada poderia ser feito." Diante disso, ela disse que foi embora e que ao chegar em casa, usou o telefone da filha para informar a um colega do ocorrido, para que ela repassasse as informações para os supervisores.

Nota do Ifood
O iFood não tolera, de forma alguma, o uso da violência, seja ela física ou verbal, de qualquer usuário cadastrado na plataforma, prezando sempre pelo respeito nas relações entre consumidores, entregadores e restaurantes.

Ao tomar conhecimento do caso, entramos em contato com a entregadora para oferecer o apoio psicológico e assistência jurídica, por meio da nossa Central de Apoio Jurídico e Psicológico. Já o cliente envolvido no episódio foi banido, de acordo com o que está estabelecido nos Termos e Condições do aplicativo.

Reiteramos que as boas práticas na relação com entregadores têm sido divulgadas constantemente nos canais de comunicação da empresa.

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Começam as obras para ampliação da rede de drenagem na Avenida C-107, no Jardim América; veja desvio

O objetivo, segundo a Seinfra, é evitar alagamentos durante o período chuvoso. As obras que começaram nesta terça-feira (25), devem ser concluídas em 30 dias

Modificado em 19/09/2024, 01:03

Começam as obras para ampliação da rede de drenagem na Avenida C-107, no Jardim América; veja desvio

Seis meses após a morte do motociclista Warley Melo Adorno, de 22 anos, que foi arrastado por uma enxurrada, na Avenida C-107, no Jardim América, em Goiânia, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), começou as obras de ampliação na rede de drenagem local. O objetivo, segundo a pasta, é evitar alagamentos durante o período chuvoso. As obras que começaram nesta terça-feira (25), devem ser concluídas em 30 dias.

O secretário de Infraestrutura, Denes Pereira, explicou que as obras fazem com que o volume de água da chuva chegue em menor quantidade na região do Jardim América. "A água, em relação a alagamento, depois que ela perde velocidade, a gente não tem dificuldade em conter. Então os nossos técnicos, engenheiros fizeram todo um estudo da região, para que pudéssemos fazer algumas intervenções para diminuir a quantidade de água que chega naquele local".

Ele ainda explica que novas tubulações serão colocadas em ruas da região, o que vai auxiliar no escoamento. "Naquela região nós temos rede de drenagem que a gente fala que é de 800 milímetros. Nós não vamos trocar, nós vamos ampliar. Nós vamos manter a de 800 milímetros e vamos ampliar a rede em 1,5 mil milímetros. Ou seja, além dos 800 que existem atualmente, nós vamos colocar quase que o dobro do que temos lá hoje", diz o secretário.

O titular da Seinfra ainda afirmou, que dentro dos próximos 30 dias, deve ser colocada uma grelha nas imediações da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA). Além de trabalho de prevenção próximo ao córrego, para "não ocorrer maiores problemas no próximo período chuvoso", ressalta.

O secretário lembra ainda que a capital está com o Plano Diretor de Drenagem defasado e que, por isso, a prefeitura fez uma parceiria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), para um levantamento de obras para melhorar o sistema hídrico de Goiânia.

Trechos interditados
Nesta primeira fase das obras, a Seinfra solicitou a interdição total das Ruas C-107 e C-190.

"Bloqueio total da Rua C-190, a partir da esquina com a C-119, e da C-107, a partir da Rua C-120. No meio do quarteirão da Rua C-190, as equipes vão construir uma grelha para drenagem da água da chuva. Antes da esquina com a Rua C-107, será ampliada a rede de drenagem, com a troca da tubulação de 800 milímetros por 1500 milímetros, além da construção de bocas de lobo", explica.

Já na Avenida C-107, será feito o enrocamento próximo a uma torre de alta tensão. A obra consiste em reforçar a sustentação do terreno com pedras onde fica a torre.

O secretário ressalta que apenas as ações do poder público não são eficazes para evitar problemas de alagamento em Goiânia e destaca a importância do descarte apropriado de lixo e entulhos. "É preciso que o goianienses cumpra o seu dever. Se a gente tiver um buero limpo na seca, vamos ter um maior escoamento de água no período chuvoso", ressalta Denes Pereira.

Relembre
O motociclista Warley Melo Adorno, de 22 anos, morreu após ser arrastado pela enxurrada no dia 30 de janeiro, no Jardim América, em Goiânia. O corpo dele foi encontrado por familiares no dia seguinte preso em uma torre a cerca de 6 metros de altura no nível do Córrego Cascavel. O local fica a 4 km de onde Warley foi arrastado.

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Funcionárias de pet shop filmadas agredindo cães são indiciadas por maus-tratos

Uma das mulheres é a autora das agressões à cadela Luma, que morreu por ter sido agredida. As duas trabalhavam em um pet shop localizado no Jardim América

Modificado em 19/09/2024, 00:27

Polícia Civil indicia funcionárias de pet shop por maus-tratos

Polícia Civil indicia funcionárias de pet shop por maus-tratos (Reprodução/Câmeras de segurança)

A Polícia Civil (PC) indiciou pelos crimes de maus-tratos Laurice Damasceno, mulher que aparece em filmagem espancando a cadela Luma enquanto a secava e Tatiana Fragoso, que presenciou às referidas agressões, se omitiu e, ainda, segundo a Polícia Civil (PC), esganou outro cachorro. Os crimes aconteceram em um pet shop localizado no Jardim América, em Goiânia, no último dia 17.

O Daqui solicitou posicionamentos à defesa de Laurice Damasceno e à Tatiana Fragoso na tarde desta sexta-feira (30) e aguarda retorno. As duas trabalhavam no pet shop como prestadoras de serviço.

À PC, Laurice Damasceno afirmou que estava tentando conter a cadela e que não imaginou que ela fosse "tão frágil". Ela foi indiciada por maus-tratos com resultado morte.

De acordo com a delegada à frente do caso, Simelli Lemes, a dona do pet shop não será indiciada com relação ao caso da cadela Luma. "Ela alegou à polícia que quando escuta algum barulho diferente, ela vai lá dentro ver o que está acontecendo. Não há nenhum indício criminal contra ela", afirmou a investigadora.

Agora, segundo Lemes, o processo será encaminhado ao Poder Judiciário, que decidirá se será feito um acordo de não persecução penal ou se será oferecida denúncia ao Ministério Público de Goiás (MPGO). A pena para o crime de maus-tratos pode variar entre 2 a 5 anos e, quando o resultado é morte pode ocorrer um aumento de 1/3 da pena. O inquérito deverá ser concluído na próxima semana.

Laudo pericial
Segundo afirmou a perita criminal Bruna Patini, o laudo pericial concluiu que a cadela Luma morreu por causa das agressões que sofreu e que houve asfixia.

"Concluímos depois do exame de necrópsia que [a morte] ocorreu devido à asfixia. Nas imagens, o animal já apresenta alguns sintomas neurológicos de que ele é agredido. Na necrópsia, Luma tinha congestão e edema cerebral, que justificam já o óbito, e congestão visceral. Ela também tinha outros sinais decorrentes das pancadas que levou, além de hematomas", afirmou a perita.

Entenda o caso
Câmeras de segurança do pet shop mostraram quando a cadela é espancada por Laurice Damasceno, no momento de secagem após o banho. Nas imagens, é possível ver quando a mulher dá socos, empurrões, chacoalha e chega a enforcar a cadela. Uma outra funcionária, Tatiana Fragoso, está na sala e presencia algumas cenas. Luma, que completaria três anos, era da raça Shih-tzu e recebeu atendimento médico veterinário logo após o ocorrido, mas morreu no dia seguinte.

Tatiana Fragoso não esteve na sala durante todo o período das agressões, mas permaneceu no local por alguns períodos enquanto Luma levava empurrões e era chacoalhada. A cadela chegou a ser colocada no chão, mexeu e parou repentinamente, momento em que foi colocada novamente sobre a mesa. Em determinado momento, a funcionária entra na sala e percebe que a cadela está com espasmos, então, pergunta à Laurice o que havia acontecido. Tatiana chama a proprietária do local, que ao perceber a situação grave de saúde do animal, a pega em seus braços e leva para atendimento veterinário.

Cerca de duas horas depois de deixar Luma no pet shop, a tutora recebeu um telefonema da proprietária do pet shop, Thalyta Sousa, pedindo para que ela fosse até a clínica veterinária, e informou que a cadela havia sofrido um acidente.

Neste momento, a tutora afirma que ninguém sabia contar como havia sido o 'acidente'. A tutora conta que a cachorrinha não teve nenhuma fratura exposta e chegou a fazer exames de raio-x e tomografia no mesmo dia. De sábado para domingo (20), ela passou a noite medicada. Ao final do dia, Josineuma diz que o veterinário que acompanhava a cadela contou que o animal chegou a tomar uma seringa com água e mexer uma das patas, o que deu esperanças à família, mas na parte da noite, a cadela faleceu.

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