Mãe e filho são presos por homicídio em Bom Jesus de Goiás
PC-GO informou que o homem atirou na vítima depois que sua mãe teria sido, supostamente, agredida; mulher havia prometido que aquilo "teria volta"
Ysabella Portela
1 de dezembro de 2022 às 09:00
Modificado em 20/09/2024, 06:28
PC-GO informou que o autor foi devidamente identificado e preso temporariamente (Reprodução/PC-GO)
Uma mulher e um homem, mãe e filho, foram presos nesta quarta-feira (30), em Bom Jesus de Goiás, cidade a 215 quilômetros de Goiânia. Os dois são suspeitos de participar de um homicídio no dia 22 de outubro. De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO), a vítima foi morta com seis tiros nas costas e cabeça depois de ter, supostamente, ameaçado a mãe do autor do homicídio. Os dois estão presos de forma temporária. As investigações seguem em andamento para verificar se há outras pessoas envolvidas no crime.
O crime aconteceu no Bairro Popular e, na ocasião, a vítima foi surpreendida enquanto estava no local, sendo derrubada no chão. Ela levou seis disparos de munição calibre .22. Segundo aponta investigação, foi utilizada uma espingarda de chumbinho preparada para esse tipo de disparo.
A PC-GO verificou que um dos autores já era conhecido pelos moradores da cidade e que havia saído da prisão há pouco tempo e possui diversas passagens policiais. A motivação do crime se deu depois que a vítima, supostamente, agrediu a mãe do autor algumas horas antes do fato.
A mãe do autor, que segue presa, teria ameaçado a vítima ao ter prometido que aquilo "teria volta". A mulher estava dentro do veículo durante o crime. Durante o cumprimento das buscas e apreensões, um carro e uma espingarda, possivelmente utilizados no delito, foram apreendidos.
Vídeo mostra momento em que motociclista é morto a tiros durante discussão em Taquaralto
Vítima de 36 anos teria feito uma brincadeira com a moto do suspeito. Crime aconteceu na região sul de Palmas e dois homens são procurados pela polícia
Stefani Cavalcante
27 de março de 2025 às 15:22
Modificado em 27/03/2025, 17:46
Imagens registradas por câmera de segurança mostram o momento em que Francisco Soares de Sousa, 36 anos, foi assassinado a tiros em Taquaralto, região sul de Palmas. O caso aconteceu nesta quinta-feira (27), após dois homens abordarem a vítima próximo ao camelódromo. O crime teria sido motivado por uma brincadeira feita pela vítima que causou problemas na moto do suspeito.
Ainda não há informações sobre a identidade dos dois homens que abordaram Francisco. O assassinato aconteceu por volta das 9h50. Durante os disparos, um ambulante foi atingido na mão e ficou ferido.
Testemunhas contaram à TV Anhanguera que, tanto o motociclista quanto os dois suspeitos, trabalhavam com corridas por aplicativo. Francisco deixa dois filhos.
No vídeo é possível ver que a vítima, de camisa vermelha, estaciona a motocicleta e os dois homens chegam em outra moto. Os suspeitos descem do veículo e começam a falar com Francisco. Logo depois, um dos homens inicia a briga, pega a arma e atira contra a vítima.
O segundo suspeito foge do local a pé. Logo depois, o atirador deixa o capacete e foge de moto.
Conforme apurado pela TV Anhanguera com amigos e parentes, Francisco teria feito uma brincadeira com o suspeito ao fechar a mangueira de gasolina da reserva da moto. O veículo do suspeito acabou dando problema na rua e ele teve que ir a uma oficina, onde gastou R$ 10 no conserto.
O suspeito, então, teria ido até o ponto onde a vítima trabalhava para pedir o dinheiro que gastou. Em seguida, saiu do local.
Ainda conforme o relato, a vítima teria passado em casa para buscar uma faca, que foi encontrada depois em seu bolso. Logo depois, o suspeito voltou com uma arma de fogo e atirou contra Francisco.
Foram feitos pelo menos três disparos, que atingiram a região do peito e tórax da vítima. A perícia e o Instituto Médico Legal estiveram no local.
Colegas que trabalhavam com os envolvidos informaram à TV Anhanguera que os dois tinham costume de fazer brincadeiras e lamentaram a situação. A motivação do crime ainda é investigada pela polícia.
Os comerciantes da região disseram que os suspeitos fugiram derrubando cadeiras pela calçada. A Secretaria de Segurança Pública informou que a 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Palmas ficará responsável pela investigação do caso.
Homem é assassinado a tiros na região sul de Palmas (Matheus Dias/TV Anhanguera)
Caso Ana Clara: Autônomo é condenado a 29 anos de prisão pela morte da ex-namorada em Goiânia
Thallyson Vyctor Pires Souto, de 21 anos, também perdeu o poder familiar sobre o filho que teve com Ana Clara. Crime aconteceu em setembro de 2024 e foi registrado por uma câmera de segurança
Sylvester Carvalho
24 de março de 2025 às 10:18
À esquerda, a atendente Ana clara, de 20 anos. À direita, o ex-namorado dela no momento da prisão, Thallyson Vyctor, de 21 anos. (Reprodução/Redes Sociais)
O autônomo Thallyson Vyctor Pires Souto foi condenado a 29 anos e dois meses de prisão pelo assassinato da ex-namorada, Ana Clara Alves Gonzaga, e pela tentativa de homicídio do motoboy Peterson Henrique Martins da Silva. Com a decisão da Justiça, Thallyson também perdeu o poder familiar sobre o filho que teve com Ana Clara, um bebê de 1 ano e 8 meses.
A sentença foi proferida na última sexta-feira (21) pelo Tribunal do Júri de Goiânia. A reportagem entrou em contato, por e-mail, com a defesa de Thallyson para pedir um posicionamento. Porém, o veículo não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
Thallyson, de 21 anos, foi condenado por dois crimes: homicídio qualificado contra Ana Clara, com pena de 18 anos e 9 meses; e tentativa de homicídio contra Peterson, com pena de 10 anos e 5 meses. Conforme a decisão, a pena deve ser cumprida em regime fechado na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia. Além disso, o juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva também determinou a suspensão dos direitos políticos do condenado.
Relembre o caso
O crime ocorreu na madrugada de 1º de setembro de 2024, em uma via no Setor Noroeste, em Goiânia. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Ana Clara, de 20 anos, foi atingida por tiros enquanto voltava do trabalho. A jovem era atendente em uma sanduicheria e estava na garupa de uma moto por aplicativo (assista abaixo).
O vídeo mostra que outra moto passa ao lado da que Ana Clara estava como garupa. Em seguida, ela cai baleada e Peterson, que estava conduzindo a moto, sai correndo. O suspeito ainda retorna e caminha até a vítima, que está no chão. Ana Clara não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Peterson ficou ferido e chegou a ser hospitalizado, mas já recebeu alta. Segundo um familiar de Ana Clara, a jovem estava a apenas 2 minutos de casa.
Thallyson foi preso no mesmo dia como o principal suspeito do crime. Ele estava em um hotel no Setor Central, em Goiânia. Segundo a Polícia Militar (PM), Thallyson confessou que atirou na vítima e disse que estava arrependido. A arma utilizada no crime foi encontrada na casa de um amigo dele.
Após concluir a investigação do caso, a Polícia Civil (PC) indiciou Thallyson por dois crimes. O primeiro foi homicídio qualificado pela morte de Ana Clara. O segundo foi tentativa de homicídio com uma qualificadora por ferir a tiros o motoboy Peterson, que fazia o transporte da atendente.
Histórico agressivo
À reportagem, um familiar de Ana Clara que preferiu não se identificar revelou que ela e Thallyson tiveram um relacionamento de aproximadamente dois anos. Eles até chegaram a morar juntos, mas haviam terminado cerca de dois meses antes do crime.
Ele [Thallyson] perseguia ela [Ana Clara] sempre. Ele sempre foi uma pessoa ruim. Sempre muito agressivo e ameaçador. Ameaçava muito ela, que se visse ela com outro homem ou na moto de alguém iria atropelar eles na rua", afirmou.
Ainda segundo este familiar, o sonho de Ana Clara era comprar a casa própria para morar com o filho. "Era tudo que ela sempre quis", revelou.
Segundo a polícia, Ana Clara foi morta a tiros pelo ex-namorado quando voltava do trabalho, em Goiânia. (Reprodução/Redes Sociais)
Homem é morto a pedradas e PM prende suspeito ainda com as roupas sujas de sangue
Crime aconteceu em Araguanã, no norte do Tocantins. Suspeito foi preso pela PM enquanto tentava fugir a pé da cidade.
Patrício Reis
17 de março de 2025 às 16:48
Modificado em 17/03/2025, 17:20
Polícia Militar encontrou o homem dormindo na cama da ex (PM/Divulgação)
Valtemir Primo de Araújo, 47 anos, foi morto a pedradas em Araguanã, no norte do Tocantins. O suspeito do crime é um homem de 28 anos, que foi preso pela Polícia Militar ainda com as roupas sujas de sangue.
O crime aconteceu na noite deste domingo (16), por volta das 21h. A PM foi ao local e testemunhas informaram que o suspeito estava tentando fugir a pé.
Foi realizado patrulhamento e o suspeito localizado em uma rua da cidade. Ele não teve o nome divulgado e a reportagem não conseguiu contato com a defesa.
A perícia foi chamada e o corpo levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Araguaína, onde passou por exames de necrópsia.
O suspeito foi levado para a Central de Flagrantes da cidade de Araguaína e preso em flagrante. Ainda segundo a PM, ele tem passagem por roubo ocorrido em 2022, em Araguanã.
A Secretaria da Segurança Pública informou que o suspeito foi encaminhado para a Unidade Prisional de Araguaína, onde permanecerá à disposição da Justiça. As investigações do caso ficarão a cargo da 23ª Delegacia de Polícia de Araguanã.
Rafael da Gama Pinheiro, que se preparava para entrar em grupo especial, foi sepultado com honrarias e homenagens. Família diz que aguarda apuração sobre o óbito
Mariana Carneiro
12 de março de 2025 às 07:14
Modificado em 12/03/2025, 07:31
Helicóptero da Polícia Civil de Goiás faz última homenagem a Rafael da Gama (Wildes Barbosa / O Popular)
O enterro do policial civil de Goiás, Rafael da Gama Pinheiro, de 34 anos, que morreu após participar de um curso de operações táticas especiais do Grupo Tático 3 (GT3), ocorreu sob forte emoção nesta terça-feira (11). Durante o velório, o pai do policial, o general do Exército Ajax Porto Pinheiro, disse ser prematuro concluir o que causou a morte e que prefere esperar o resultado da investigação da Corregedoria da Polícia Civil de Goiás (PC-GO).
O incidente envolvendo Rafael aconteceu durante uma instrução aquática realizada no Lago Paranoá na tarde do dia 26 de fevereiro. Conforme informações da TV Anhanguera, Rafael teria se afogado após desmaiar durante um exercício de mergulho. Cerca de sete minutos após a prova, durante a contagem dos participantes do curso feita fora da água, é que a ausência do policial teria sido percebida.
Rafael da Gama era agente da PC-GO desde 2017 (Reprodução/Redes Sociais)
Depois de passar 11 dias internado, Rafael morreu no último domingo (9). Ele deixa a esposa, a influenciadora e modelo Byanka Boni, e uma filha de 2 anos. O velório e o sepultamento ocorreram nesta terça. De manhã, policiais e amigos de motoclube fizeram cortejo pela BR-060 enquanto o corpo era transportado de Brasília para Goiânia.
O velório foi acompanhado por uma multidão composta por policiais, membros de motoclubes, familiares, amigos e até os dois cachorros de Rafael. Representantes da Aeronáutica estiveram no local, que foi adornado com dezenas de coroas de flores. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), foram algumas das autoridades que mandaram um arranjo.
Cortejo com viaturas e membro de motoclube percorreu a BR-060 (Diomício Gomes / O Popular)
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), chegou no momento do sepultamento de Rafael. Emocionado, ele anunciou que vai nomear uma obra na área de Segurança Pública com o nome do policial. "Para ficar eternizado, definitivamente, pela coragem e determinação", disse. Antes de ser enterrado, o policial foi homenageado com salva de tiros e a proclamação da oração do GT3. No sepultamento, pétalas de rosas foram arremessadas sobre o local por um helicóptero da PC-GO. Rafael era agente da corporação desde 2017.
Ao POPULAR , o pai de Rafael disse ter ficado impressionado com as condolências à família. "O apoio é o que nos conforta", afirmou Ajax. Rafael nasceu em Blumenau (SC), mas morou em diversas cidades brasileiras e até nos Estados Unidos e na América Central. Ele tinha dois irmãos. "A irmã mais nova foi nosso sustento, nossa âncora. Ela é médica e, apesar de ser mais nova, ela que nos ancorou nesses 11 dias de internação", lembra Ajax.
Colegas de corporação se abraçam durante funeral do policial (Wildes Barbosa / O Popular)
O general, que atuou como o último force commander (comandante) da Missão de Estabilização de Paz das Nações Unidas no Haiti e lançou um livro em que relata a experiência, contou que pretende escrever uma obra dedicada ao filho. "Via nele o que eu fui no passado. A imagem dele me lembrava o período que eu tinha a idade dele. Era algo que eu gostava. Eu o via como um símbolo, um herói, pelo idealismo dele. Tudo que ele fazia, ele fazia para fazer bem feito. Ele adorava a polícia. Fazia com prazer", detalhou Ajax.
O incidente de Rafael aconteceu nas dependências do Grupamento de Busca e Salvamento (GBSAL), do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF), localizado na Vila Planalto, em Brasília. De acordo com a corporação, no momento do incidente, os instrutores contavam com todo o aparato de segurança e atendimento médico de prontidão no local, para qualquer eventualidade. "Graças à rapidez no atendimento, o aluno recebeu suporte médico avançado e teve seus sinais vitais restabelecidos ainda no local", informou o CBM-DF ao POPULAR .
(Diomício Gomes/ O POPULAR)
(Diomício Gomes/ O POPULAR)
(Diomício Gomes/ O POPULAR)
A informação oficial, veiculada inclusive na nota de pesar divulgada pelo governador, é que Rafael sofreu um mal súbito. Entretanto, a expectativa do pai do policial é de que as investigações tragam mais explicações sobre a causa da morte. "Seria prematuro dizer o que houve (...) Prefiro esperar as investigações, que já estão sendo feitas", disse Ajax. Em nota, a PC-GO lamentou a morte de Rafael e explicou que desde que a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/GT3) comunicou oficialmente o ocorrido, a Corregedoria da instituição instaurou uma investigação para esclarecer todas as circunstâncias do caso. O procedimento segue sob sigilo.
Em nota, a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) informou que, entre as providências já adotadas, foi feita a emissão de guias de remoção do corpo ao Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico e expedição de ofícios relacionados aos trâmites do caso. A corporação ainda comunicou que "acompanha o caso e aguarda a conclusão dos laudos periciais para subsidiar eventuais diligências".