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Mãe que matou filhas em Edéia segue há um mês em pronto-socorro

Justiça volta a determinar que estado encontre vaga em hospital psiquiátrico para mulher. Após crime em Edeia, ela tentou duas vezes se matar

Modificado em 20/09/2024, 05:19

Izadora e as duas filhas, Maria Alice e Lavínia

Izadora e as duas filhas, Maria Alice e Lavínia (Reprodução)

A Justiça deu 48 horas para o governo estadual encontrar uma vaga em um leito psiquiátrico para internação em hospital especializado para a dona de casa Izadora Alves de Faria, de 39 anos, presa no dia 27 de setembro sob acusação de matar as duas filhas, de 4 e 6 anos, em Edeia, no Sul goiano. Izadora está internada desde o dia 28 no Pronto-Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc, em Goiânia, após duas tentativas de suicídio.

Não é a primeira vez que o Judiciário cobra do poder público uma vaga de internação psiquiátrica. No dia 30 de setembro, o juiz Hermes Pereira Vidigal, da comarca de Edeia, já havia dado um prazo de 72 horas para que Izadora fosse transferida do pronto-socorro para um hospital em que ela pudesse permanecer internada sob escolta. Até o momento, entretanto, o pedido não foi atendido por dificuldade em encontrar vaga.

Izadora foi denunciada e se tornou ré no dia 13 de outubro pelas mortes das filhas Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 4, na casa em que residiam em Edeia. Foi o pai das crianças e marido da dona de casa quem as encontrou mortas em um colchão. A acusada teria matado as duas por asfixia após ter tentado eletrocutá-las e afogá-las. Ela também deu um golpe de faca nos dois corpos já no colchão.

A dona de casa foi encontrada em um matagal próximo, sete horas depois, tentando se matar com a mesma faca. Posteriormente, ela teria tentado se enforcar com as roupas que estavam na cela da cadeia de Israelândia, para onde havia sido levada. Por isso a decisão de encaminhá-la primeiramente para o Wassily Chuc, em Goiânia.

Havia a expectativa de que ela fosse para o Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo, a Casa de Eurípedes, entretanto, a unidade informou à Justiça não ter condições técnicas nem estruturais para internação de uma paciente presa, se colocando a disposição para atendimento ambulatorial.

Em ofício encaminhado no dia 11 de outubro, o hospital informou que recebe um valor insuficiente do Sistema Único de Saúde (SUS), que no dia 22 iria suspender todas as novas internações compulsórias e que não tem como garantir a segurança de outros 200 pacientes caso atendesse ao pedido.

Outro problema que dificultou a burocracia para se localizar uma vaga para Izadora é que o endereço do cartão do SUS dela é de Uberlândia, segundo ofício encaminhado pelo Complexo Regulador da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, e foi sugerido que a alteração no endereço fosse feita pela SMS de Edeia ou da capital. Em petição posterior, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) informou já ter tomado providências quanto a isso.

Na nova decisão, proferida no dia 21 de outubro, o juiz também reafirma a necessidade de se manter escolta policial para a paciente enquanto ela estiver no pronto-socorro, visto que a unidade não é preparada para internação e, sim, para avaliação de pacientes e encaminhamentos. Posteriormente, após ser encontrada uma vaga, a escolta está dispensada.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) informou que a regulação de leitos psiquiátricos é de responsabilidade da SMS de Goiânia e que a pasta não dispõe deste tipo de vaga. Também informou que, assim que receber a decisão, caso a paciente não esteja atendida, irá procurar a secretaria municipal para encaminhamentos. "As regulações estadual e municipal conversam entre si e trabalham em parceria."

O processo criminal está na fase ainda de elaboração do teste de insanidade mental por peritos da Justiça.

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Corpo de comerciante que se afogou no Rio Araguaia durante pescaria é encontrado, diz Corpo de Bombeiros

Ela foi localizada por voluntários a 7 km do local onde havia sido vista pela última vez, na região do Rancho da Viúva, em São Miguel do Araguaia

Nerica Monteiro tinha 34 anos e compartilhava as pescarias nas redes sociais

Nerica Monteiro tinha 34 anos e compartilhava as pescarias nas redes sociais (Reprodução/Rede social e divulgação/CBM-GO)

O corpo da comerciante de 34 anos que se afogou no Rio Araguaia durante pescaria foi encontrado na tarde de segunda-feira (21), informou o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO). À corporação, Gabriel Castro, namorado de Nerica Monteiro, contou que os dois estavam às margens do rio, na região conhecida como Rancho da Viúva, em São Miguel do Araguaia, no norte de Goiás, quando foram arrastados pela correnteza.

O acidente aconteceu na tarde de domingo (20). Os bombeiros relataram que foram acionados para atender o desaparecimento de uma jovem. Segundo o Corpo de Bombeiros, populares conseguiram resgatar o homem com o auxílio de uma embarcação, porém a mulher não foi encontrada.

Diante da complexidade da ocorrência, uma equipe especializada de mergulhadores do CBMGO, deslocada de Goiânia, iniciou as buscas subaquáticas na manhã desta segunda-feira. Com uso de técnicas específicas de mergulho e varredura em áreas de correnteza intensa, o corpo da vítima foi encontrado no início da tarde", ressaltou o Corpo de Bombeiros.

O corpo da comerciante, conforme a corporação, foi localizado por voluntários. A vítima estava a 7 km do rio abaixo do ponto em que foi vista pela última vez. A equipe dos bombeiros foi ao local indicado, retirou o corpo da água para a margem e constatou que se tratava da empresária desaparecida.

Nerica Monteiro morava em Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia, e gostava de pescar. Pelas redes sociais, o namorado dela lamentou a sua perda.

Meu amor, estávamos construindo uma história tão bonita de respeito, cumplicidade e amor. E papai do céu resolveu te levar só para ele. Meu coração está despedaçado agora. Mas sei que está em um lugar maravilhoso com muita fé", escreveu Gabriel.

À reportagem, a Polícia Técnico-Científica (PTC), unidade de Porangatu, informou que o corpo da empresária foi recolhido pelos peritos Fernando Reges e Agnaldo Mansano. E, após autópsia do médico legista Carlos Humberto, foi liberado na manhã desta terça-feira (22), por volta das 5h, para a família.

Segundo uma amiga de Nerica, Caroline Batista, o velório e o sepultamento acontecerão nesta terça em Hidrolândia, onde ela morava e administrava um supermercado.

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Quem era Bruna Oliveira da Silva, estudante da USP encontrada morta na zona leste de SP

A mais velha de três irmãos, pesquisadora de 28 anos viveu toda a vida em Itaquera e tinha o sonho de visitar a Europa

Modificado em 20/04/2025, 13:54

Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta no dia 17 de abril, em São Paulo

Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta no dia 17 de abril, em São Paulo (Reprodução/Redes Sociais)

A estudante e pesquisadora Bruna Oliveira da Silva, 28, foi a primeira de sua família a chegar ao ensino superior. Era estudiosa desde a infância na zona leste de São Paulo, seguindo os conselhos da mãe, que dizia: "quando você estuda, você não deixa ninguém te manipular".

Bruna foi encontrada morta na noite de quinta-feira (17) em um estacionamento na região da Vila Carmosina, na zona leste. Estava desaparecida desde domingo (13), quando foi de metrô do Butantã, na zona oeste, até a estação Corinthians-Itaquera da linha 3-Vermelha.

Na estação, Bruna disse que não tinha como chegar em casa e que estava com pouca bateria no celular. Seu namorado então fez uma transferência de dinheiro para que ela pudesse pedir uma viagem por aplicativo para completar o trajeto. A partir daí, a família não teve mais notícias de Bruna.

Eu tenho certeza que ela morreu lutando, porque ela falava 'mãe, ninguém põe a mão em mim'", diz Simone Silva. "Ela tinha pavor desse tipo de coisa, de feminicídio. E dizia: 'temos que lutar por essa causa."

Ela era formada em Turismo na EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), conhecida como USP Leste. Recentemente, Bruna havia sido aprovada no mestrado no programa de pós-graduação em mudança social e participação política da mesma unidade. Em nota, a direção da EACH-USP lamentou a morte de Bruna.

Tinha dois irmãos mais novos ---um de 25 anos e outro de 12, este último do segundo casamento de sua mãe.

O último ano de Bruna na graduação coincidiu com a gravidez, aos 21. Ela pensou em pausar os estudos, mas a insistência da mãe a fez persistir. O filho, Iuri, era recém-nascido quando ela se formou. Hoje, tem sete anos.

Segundo a mãe, ela deu aulas de inglês em colégios particulares e também dava palestras, inclusive fora de São Paulo. Morou em várias casas e apartamentos, sempre na região de Itaquera.

Há cerca de cinco anos, passou a morar com o pai, numa casa que ele havia acabado de comprar com as economias de uma vida inteira do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Devorava livros e tinha paixão por viagens. A última foi para o Espírito Santo ---uma promoção de passagens aéreas e uma decisão impulsiva a levaram até lá. Simone só ficou sabendo quando Bruna enviou uma foto da praia.

Voltou encantada com as praias e alimentando a ideia de se mudar para lá. Seu grande sonho era atravessar o Atlântico e conhecer a Europa.

Com o passar dos anos, virou uma conselheira da própria mãe. "Ela falava para mim: 'não abaixe a cabeça para ninguém, não deixe ninguém machucar você'", conta Simone.

"Ela nasceu para sorrir. Se você pegar qualquer foto dela desde bebê, é sempre sorrindo."

A Polícia Civil de São Paulo está investigando a morte. Não há ainda informações sobre possíveis culpados ou o que teria ocorrido até a sua morte.

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Jovem morre após perder controle de carro e bater contra muro de empresa às margens da BR-060

Segundo Polícia Rodoviária Federal, motorista acessou rodovia por via marginal antes do acidente

Segundo bombeiros, vítima foi encontrada morta

Segundo bombeiros, vítima foi encontrada morta (Divulgação/PRF)

Um jovem de 28 anos morreu após perder o controle do carro que estava e bater contra um muro de uma empresa às margens da BR-060, em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu na madrugada desta sexta-feira (18)

De acordo com a polícia, o motorista tentou acessar a rodovia por via marginal no sentido Abadia para a capital quando perdeu o controle do veículo. O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO) atendeu a ocorrência.

Chegando ao local encontramos a vítima sentada, dentro do veículo, sem sinais vitais", relataram os bombeiros.

O Corpo de Bombeiros informou que um médico do Hospital de Abadia, que estava no local, atestou a morte do motorista. Uma equipe da Polícia Técnico-Científica (PTC) compareceu ao "local de crime" e fez uma perícia preliminar.

A princípio foi uma saída de pista seguida de colisão em um muro, não teve elementos que justificassem a saída de pista", disse a PTC.

O DAQUI entrou em contato com a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) para obter mais informações sobre esse acidente, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

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Acidente entre caminhonete e carro na TO-050 deixa idoso morto e óleo derramado na pista

Juarez Alves de Castro de 65 anos estava sozinho no veículo. O Corpo de Bombeiros foi chamado para fazer a limpeza do óleo derramado na rodovia

Modificado em 11/04/2025, 13:35

Trecho da TO-050 entre Arraias (TO) e Campos Belos (GO)

Trecho da TO-050 entre Arraias (TO) e Campos Belos (GO) (Reprodução/Google Street View)

Um idoso de 65 anos morreu após o acidente entre um carro e uma caminhonete na TO-050, em Arraias, região sudeste do estado. A vítima é Juarez Alves de Castro, conforme a Secretaria da Segurança Pública.

A batida foi registrada no km 428 da rodovia, zona rural do município, na quinta-feira (10). O motorista da caminhonete sofreu lesões nas mãos. De acordo com a Polícia Militar, ele não apresentava sinais de embriaguez e estava consciente quando os policiais chegaram ao local.

Nos dois veículos estavam apenas os motoristas. O local do acidente foi isolado e a perícia técnico-científica realizou os procedimentos necessários.

A TV Anhanguera apurou que por conta da batida, houve derramamento de óleo na pista. O Corpo de Bombeiros do estado do Goiás foi chamado para fazer a limpeza da pista.

O corpo de Juarez foi levado pelo Instituto Médico Legal de Natividade para ser examinado e depois liberado aos familiares.