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Mais da metade do eleitorado em Goiás é composto por mulheres

Cidades que lideram o número de votantes do sexo feminino com 54% ou mais são: Goiânia, Cidade Ocidental, Novo Gama e Valparaíso de Goiás, respectivamente

Modificado em 20/09/2024, 03:51

Dos 246 municípios do estado, 135 têm mais eleitoras que eleitores

Dos 246 municípios do estado, 135 têm mais eleitoras que eleitores (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Dos 4.870.365 eleitores aptos a votar em Goiás nas eleições de 2022, mais de 2,55 milhões, ou seja, 52,52%, são mulheres e 47,48%, homens, segundo dados disponibilizados no portal do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO). Dos 246 municípios do estado, 135 têm mais eleitoras que eleitores. As cidades que lideram o número de votantes do sexo feminino com 54% ou mais são: Goiânia, Cidade Ocidental, Novo Gama e Valparaíso de Goiás, respectivamente.

Esses dados seguem uma tendência nacional. Até o mês de julho, o quantitativo de eleitoras era de 52,62%, contra 47,35% de votantes homens em todo o país. Em um recorte por região, o centro-oeste tem 52,45% de eleitoras; o sudeste, 53%; nordeste, 52,71; norte, 50,85 e o sul 52,44%.

Já a cidade campeã em voto masculino é Água Fria de Goiás, com 54% de eleitores masculinos. Depois dela vem Baliza, Guarani de Goiás, Santa Rita do Novo Destino e Sítio D'Abadia.

Ainda de acordo com o TRE, a maioria dos eleitores tem entre 25 e 49 anos, possuem ensino médio completo. O eleitorado feminino com ensino superior completo soma 350 mil -- 17,7% do total. Entre os homens, esse mesmo nível de escolaridade é de 219 mil, 9,5% dos eleitores. O percentual proporcional de analfabetismo, por sua vez, é maior entre os homens, 2,7% contra 2,5%.

Eleitorado histórico

O TSE divulgou que as eleições de 2022 têm 156,4 milhões de pessoas aptas a votar, maior eleitorado cadastrado da história brasileira, de acordo com o presidente da Corte, ministro Edson Fachin. Segundo as estatísticas da Justiça Eleitoral, o aumento foi de 6,21% desde as últimas eleições gerais do país, em 2018, cujo número de eleitores habilitados a votar era de 147.306.275.

Geral

Deputado propõe anistia a integrantes de atos em rodovias

Major Vitor Hugo apresentou projeto que beneficia manifestantes e financiadores dos bloqueios e ações que contestaram resultado eleitoral

Modificado em 20/09/2024, 05:18

Aliado de Bolsonaro, Vitor Hugo pediu urgência na votação da anistia

Aliado de Bolsonaro, Vitor Hugo pediu urgência na votação da anistia (Weimer Carvalho / O Popular)

O deputado federal por Goiás Major Vitor Hugo (PL) apresentou um projeto de lei para dar anistia às pessoas que participaram dos atos antidemocráticos realizados desde o resultado da eleição presidencial, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem o parlamentar é aliado.

"Concede anistia a todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional do dia 30 de outubro de 2022 ao dia de entrada em vigor desta Lei, nas condições que especifica", diz a ementa do projeto, em referência à data da realização do segundo turno, quando os protestos antidemocráticos se iniciaram, puxados por insatisfeitos com a vitória de Lula.

Vitor Hugo ainda apresentou a proposta em regime de urgência, para que "manifestantes, caminhoneiros, empresários e todos os que tenham participado de manifestações nas rodovias nacionais, em frente a unidades militares ou em qualquer lugar do território nacional" sejam anistiados de crimes políticos, eleitorais, ou outro que tenha conexão com esses temas.

A proposta do deputado beneficiaria não só quem participou dos atos, mas também aqueles que tenham financiado ou organizado as manifestações. Ele ainda inclui no texto uma anistia a qualquer fala, comentário ou publicação na internet.

A exceção é dada para aqueles que tenham cometido crimes "contra a vida, contra a integridade corporal, de sequestro e de cárcere privado". Por fim, ele pede a anulação das penalidades que já foram impostas pela justiça eleitoral ou comum. Apesar de admitir que foram cometidos crimes, defende que essas pessoas exerciam da "liberdade de expressão".

Na justificativa, o deputado afirma que não considera as manifestações em questão antidemocráticas. "Entretanto, infelizmente, essa convicção não é reverberada por importantes setores da sociedade e que podem impor às famílias hoje acampadas em diversas partes do País acusações de cometimento de crimes das mais diversas naturezas", escreve.

Vitor Hugo defende que o objetivo do projeto é "construir pontes de maneira que possamos enfrentar os desafios da fase que virá com serenidade e desassombro".

Nas redes sociais, o deputado gravou vídeo anunciando a propositura do projeto nesta quinta-feira (24). Ele também pede cobrança aos deputados federais para que assinem o requerimento de urgência na tramitação do projeto. Candidato a governador de Goiás na eleição de 2022, o parlamentar encerra seu mandato neste ano, assim como Bolsonaro. A expectativa é de que o presidente sancione caso a proposta seja aprovada.

Em Goiás, empresários são investigados pelo Ministério Público Estadual devido aos indícios de que tenham financiado os atos antidemocráticos e, ainda, forçado trabalhadores de suas empresas a também participarem.

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Em Goiânia, apoiadores de Bolsonaro pedem "intervenção federal"

Principal manifestação de golpistas em Goiás ganhou reforço no feriado, em frente ao 1º Batalhão de Ações de Comandos do Exército, no Jardim Guanabara

Modificado em 20/09/2024, 05:24

Maioria dos inconformados com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) se vestiu de verde e amarelo; muitos exibiram a bandeira nacional

Maioria dos inconformados com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) se vestiu de verde e amarelo; muitos exibiram a bandeira nacional (Fábio Lima / O Popular)

O feriado do Dia de Finados, nesta quarta-feira (2), foi marcado por manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na eleição do dia 30. A principal concentração em Goiás continua sendo em frente ao 1º Batalhão de Ações de Comandos do Exército, no Jardim Guanabara, em Goiânia.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas participaram do protesto no local nesta quarta. O grupo se reúne no Guanabara desde segunda-feira (31). O trânsito no local já chegou a ser interditado por manifestantes ao longo da semana, mas, na noite desta quarta, o tráfego estava fluindo lentamente e sem bloqueio.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Renato Brum, durante a tarde o trânsito foi desviado pelas forças de segurança por causa da grande concentração de manifestantes. A Polícia Militar segue acompanhando o protesto.

Vestidos em maioria de verde e amarelo, membros do grupo levaram cartazes com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e com pedido de "intervenção federal". Os manifestantes estão confundido pontos jurídicos em suas reivindicações.

Bolsonarista e membro da Frente Conservadora em Goiás, Jeniffer Crecci afirma que não há previsão de quando a manifestação será interrompida. Jeniffer relata que a movimentação no local nesta quarta foi maior que nos dias anteriores por causa do feriado. Segundo ele, a maior concentração de pessoas ocorreu no período da tarde. No início da noite, o grupo começou a dispersar, mas com previsão de retorno de parte das pessoas nesta quinta-feira (3).

Jeniffer argumenta que os manifestantes aguardam a publicação de relatório das Forças Armadas sobre o processo eleitoral. Segundo ele, até lá, os protestos devem continuar. Ao longo de quase quatro anos de governo, Bolsonaro alimentou a narrativa de que houve fraude na eleição de 2018, argumentando, sem apresentar provas, que venceu no primeiro turno daquela eleição.

Nesta quarta também houve manifestação em frente à Base Aérea de Anápolis. Por este motivo, o fluxo do trânsito ficou lento na BR-414.

Rodovias

De acordo com Brum não houve interdições em GOs nesta quarta. O secretário relata que um grupo de manifestantes tentou bloquear novamente a GO-070, em Inhumas, mas foi impedido pelo Batalhão Rodoviário. Nesta semana, houve momentos de interdição parcial e total em mais de 20 pontos em rodovias goianas.

Nas BRs, os bloqueios parciais continuam. O último boletim sobre o tema antes do fechamento desta edição foi divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) às 14h52. O órgão identificou interdição parcial na BR 364, em São Simão; na 050, em Catalão; e na 060, em Rio Verde.

Em nota, a PRF informou que não existe nenhum ponto de bloqueio total em BRs que passam pelo estado. "As rodovias federais são locais de maior visibilidade, com maior concentração de pessoas gerando uma situação de maior complexidade para desmobilização", diz o texto.

A nota afirma ainda que o trânsito está fluindo em todas as BRs e que as equipes estão em todos os locais que demandam atenção.

Nacional

Protestos contra o resultado da eleição ocorreram em frente a quartéis ou repartições militares em todo o país, com citação a Deus e família e defesa de intervenção militar.

Com faixas, cartazes, gritos de guerra esportivos e interdição do trânsito, os golpistas alegaram, sem prova alguma, que as eleições foram fraudadas e que é preciso salvar o país da "ditadura do STF".

Questionados nos atos sobre como deveria ser a intervenção, porém, participantes dos protestos se limitam a afirmar que houve roubo na eleição, sem dizer como isso se deu, e não detalham como seria efetivado o desejo dos grupos.

Com gritos de "ordem e progresso" e "intervenção federal", apoiadores de Bolsonaro se concentraram em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército, na região oeste de Belo Horizonte. O protesto na capital do segundo maior colégio eleitoral do País ocorre por inconformismo com a derrota de Bolsonaro. Minas Gerais era considerado um estado estratégico para o presidente reverter a diferença para Lula registrada no primeiro turno e vencer a eleição, mas apesar de ter diminuído a distância, o petista manteve a dianteira.

Geral

Justiça goiana determina que manifestantes desbloqueiem o tráfego em rodovias sob pena de multa

Pessoa física está sujeita a R$ 10 mil em multa e pessoa jurídica em R$ 100 mil

Modificado em 20/09/2024, 05:23

Trecho em Anápolis, na BR 153, apresentou congestionamento; manifestantes queimaram pneus para dificultar o tráfego

Trecho em Anápolis, na BR 153, apresentou congestionamento; manifestantes queimaram pneus para dificultar o tráfego (Wildes Barbosa/O Popular)

Uma decisão liminar da Justiça Federal de Goiás foi proferida na noite desta segunda-feira (31) determinando que os manifestantes que estiverem impedindo ou dificultando o trânsito nas rodovias federais localizadas no Estado de Goiás, devam desbloquear as pistas para que o tráfego possa fluir, sendo obrigatório o cumprimento por parte dos manifestantes. Em caso de desobediência, é previsto uma multa no valor de R$ 10 mil por pessoa e R$ 100 mil por pessoa jurídica que lidere ou preste apoio ao movimento. As informações são da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A PRF informa também que é assegurado o direito de manifestação, mesmo às margens da pista, "desde que não cause prejuízo à segurança viária e ao direito de circulação dos demais usuários da rodovia".

Ainda, segundo a polícia, as rodovias federais que permanecem interditadas em Goiás são: BR 020, em Formosa, BR 020 em Rosário, BR 040 em Valparaíso e BR 070 em Águas Lindas de Goiás.

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Empresária sai da própria festa de casamento e vota ainda com vestido de noiva e buquê em Jataí

Ela ainda riu ao ressaltar que o marido não teve a mesma energia e acabou indo para casa depois do evento

Modificado em 20/09/2024, 05:21

Se eu dormisse eu não ia votar e eu precisava votar”, disse

Se eu dormisse eu não ia votar e eu precisava votar”, disse (Reprodução)

A empresária Alzenice Rocha saiu da sua festa de casamento e foi votar neste domingo (30) usando ainda o vestido de noiva, em Jataí, no sudoeste de Goiás. Ela disse que valoriza o direito à cidadania e que, se fosse dormir, acabaria perdendo a hora da votação. Ela ainda riu ao ressaltar que o marido não teve a mesma energia e acabou indo para casa depois do evento.

"A festa começou ontem [29] às 18h30 e acabou agora [na manhã de domingo]. Se eu dormisse eu não ia votar e eu precisava votar", disse.

Alzenice disse que não foi algo planejado e decidiu ir direto para o local de votação no fim da festa. Ela chamou a atenção das pessoas na seção de votação. A empresária chegou acompanhada do cerimonialista e das damas de honra.

Ela ressaltou a importância do voto. "Estou só a emoção de poder exercer esse voto, porque acredito muito no meu direito de cidadania, que esse voto faz a diferença. Agora eu vou dormir e só acordar amanhã", brincou.