A Justiça tornou réu nesta segunda-feira (19) o médico Rubens Mendonça Filho, no caso do acidente que causou duas mortes no viaduto da T-63 no último dia 20 de abril, em Goiânia. Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) pelos crimes de homicídio e lesão corporal. A reportagem solicitou um posicionamento para a defesa de Rubens Mendonça Filho, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. De acordo com a denúncia do MPGO, Rubens Mendonça Filho, agiu com dolo eventual, ou seja, assumiu o risco de produzir os resultados, por motivo torpe e com emprego de meio capaz de resultar perigo comum. A ação, narra o Ministério Público, resultou na morte de David Antunes Galvão e Leandro Fernandes Pires, além de ter causado lesões leves em Gilson Campos D António e lesões graves em Wanderlyne Gomes dos Reis, tendo, nesta última, causado perigo de vida e incapacitação para as ocupações habituais por mais de trinta dias. Para o Ministério Público, ao dirigir o carro em alta velocidade, em um aclive e fazendo uma ultrapassagem proibida, o denunciado “foi muito além da simples esfera da imprudência e negligência, assumindo o risco de matar ou lesionar qualquer pessoa que estivesse adiante”. AcidenteImagens mostram que a moto em que estavam Leandro e David ficou completamente destruída. De acordo com a Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT), a batida aconteceu quando um carro que seguia pela avenida perdeu o controle da direção e bateu contra a motoneta. Os destroços atingiram a moto que estava as mulheres, que também desequilibrou na pista e acabou caindo no chão.De acordo com a polícia, com o impacto, a moto dos homens bateu contra um segundo carro que também seguia na avenida.Vítimas O motociclista por aplicativo Leandro Fernandes Pires, de 23 anos, trabalhava na categoria há cinco dias como uma forma de ganhar uma renda extra, segundo o irmão da vítima, Eduardo Fernandes."Ele estava trabalhando para sustentar a casa e acabou morrendo pela irresponsabilidade de terceiros. Jamais imaginamos que isso poderia acontecer, um rapaz novo, trabalhador. Vamos correr atrás, não pode ficar assim não”, contou Eduardo.O passageiro David Antunes Galvão, de 21 anos, era garçom de um restaurante, em Goiânia. Segundo a família do rapaz, David voltava para casa após o expediente quando sofreu o acidente."Ele era um rapaz muito novo que tinha apenas sonhos. Começou a trabalhar em um restaurante há pouco mais de um mês e estava voltando para casa", conta a irmã.