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Médicos encontram verme dentro do olho de jovem de 17 anos

Parasita estava andando "livremente" dentro do olho, que teve a visão seriamente prejudicada

Modificado em 27/09/2024, 00:55

Médicos encontram verme dentro do olho de jovem de 17 anos

(Reprodução/The New England Journal of Medicine ©2017)

Médicos do México foram surpreendidos com o caso de um adolescente de 17 anos que, após sentir dor no olho direito, decidiu procurar ajuda. Após exames, os profissionais encontraram um verme andando no globo ocular do jovem. As informações são do Live Science.

O paciente, que vive em uma aldeia rural, foi ao médico depois de três semanas sofrendo dor e sentindo uma piora na visão de seu olho direito. O caso foi publicado nesta quarta-feira (20) no The New England Journal of Medicine.

Quando os médicos o analisaram, o menino já mal conseguia ver com aquele olho. "Ele não conseguiu ver nossos dedos quando eles foram mantidos a 30 cm longe de seu rosto", contou o médico Pablo Guzman-Salas, que tratou o paciente quando ele era um residente de oftalmologia no Instituto de Oftalmologia em Cidade do México. Em vez disso, o adolescente poderia detectar apenas movimentos de mão com o olho direito, de acordo com o relatório. Seu olho esquerdo, felizmente, não foi afetado.

Um exame de olho revelou sérios danos. A córnea direita do adolescente estava inchada e manchada de sangue, e havia vários buracos na íris - tudo porque o verme estava "se movendo livremente nos olhos", disse Guzman-Salas à Live Science. O verme era difícil de ser encontrado, porque continuava mergulhando nesses buracos, acrescentou.

O adolescente foi submetido a uma cirurgia para a remoção do verme, que tinha 3 milímetros de comprimento. O parasita foi identificado como um tipo de trematoda, mas os médicos não conseguiram especificar gênero e espécie.

Guzman-Salas afirmou que esta era a "primeira e única" vez em que ele havia visto um caso desse tipo. "Não é comum que os trematódeos infectem os olhos, não é comum que qualquer tipo de verme possa infectar os olhos", afirmou.

Além da cirurgia, o adolescente recebeu um medicamento antiparasitário. No entanto, seis meses após sua cirurgia para remover o verme, a visão de seu olho direito não melhorou.

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Quem era o jornalista brasileiro morto a tiros no México

Natural de Araucária, no Paraná, Adriano Bachega, 53, morava no México havia mais de dez anos

Jornalista Adriano Bachega

Jornalista Adriano Bachega (Reprodução/Redes sociais)

O jornalista brasileiro Adriano Bachega, 53, foi morto a tiros em Monterrey, no México, na terça-feira (3).

Natural de Araucária, no Paraná, o jornalista morava no México havia mais de dez anos. Segundo o perfil de Adriano no LinkedIn, ele foi até o país latino em 2012 para trabalhar com a implementação de tecnologia no Complexo Petroquímico Etileno 21, da Odebrecht, ficando na companhia até 2015.

Após deixar a construtora, Adriano passou a ministrar consultorias de administração de empresas e aulas como "coach" para empresários.

Bachega se apresentava como diretor do jornal Diario Digital Online. O jornal, que não faz publicações desde o dia anterior à morte do brasileiro, se apresenta como "comprometido com a verdade, imparcialidade e qualidade de informação".

O brasileiro também tinha um site de notícias com o próprio nome. Ele fazia publicações sobre economia e tecnologia na plataforma.

Casado há cinco anos. Poucos dias antes de morrer, ele publicou uma foto comemorando bodas com a esposa. "Muito obrigado por generosamente compartilhar os últimos 1.825 dias comigo", afirmou.

Além da esposa, Adriano deixa três filhos, dois deles do primeiro casamento. O corpo dele vai ser enterrado em San Jose de Arriba, no estado de Nuevo León, nesta quinta-feira (5).

Familiares lamentaram a morte. O irmão de Adriano, Weslen Bachega, usou as redes sociais para publicar uma nota de pesar sobre a perda do irmão. "Perdi um cara que mais acreditou em mim, no meu potencial, estou sem chão", disse.

A mãe do jornalista também manifestou pesar. "Deus, dai-me forças", comentou na última foto postada pelo filho nas redes sociais.

O QUE SE SABE SOBRE O CRIME

Adriano foi assassinado enquanto dirigia em uma rodovia entre Monterrey e San Pedro Garza García. Segundo o jornal La Opinión, um veículo com homens armados emparelhou ao lado do dele, disparando em seguida.

Ninguém foi preso por envolvimento com o crime até o momento. O local passou por perícia e cartuchos de bala foram encontrados.

Segundo ataque a jornalistas em uma semana. Dias antes da morte de Adriano, a jornalista Victoria García Álvarez foi ferida a tiros no braço após homens em uma caminhonete dispararem contra o carro no qual ela estava. Ela recebeu alta após passar por atendimento médico.

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Complicações da diabetes podem causar cegueira

A Retinopatia Diabética afeta até 39% da população diabética, segundo o Ministério da Saúde

Modificado em 04/11/2024, 08:52

Complicações da diabetes podem causar cegueira

O diabetes é uma condição crônica que afeta diversos aspectos da saúde, e a visão é uma das áreas mais impactadas. Quando os níveis de glicose no sangue estão descontrolados, pode haver uma série de problemas oculares, muitos dos quais podem evoluir para complicações graves, inclusive a cegueira.

Segundo o Ministério da Saúde, a Retinopatia Diabética (RD) é uma das principais condições oftalmológicas associadas ao diabetes e está entre as maiores causas de perda de visão em pessoas entre 20 e 75 anos. A pasta calcula que a incidência de RD no Brasil seja de 24% a 39% na população diabética. Após portar a doença por pelo menos 20 anos, estima-se que 90% dos diabéticos do tipo 1 e 60% dos do tipo 2 terão algum grau de RD.

"A retinopatia diabética é uma condição em que os vasos sanguíneos da retina, a camada sensível à luz na parte de trás do olho, são danificados", explica o oftalmologista Henrique Rocha, presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO). "Isso pode resultar em vazamento de fluidos e sangramentos, causando distorções na visão e, em casos avançados, até cegueira", diz.

A retinopatia diabética ocorre em estágios que vão desde a retinopatia diabética não proliferativa, onde os vasos sanguíneos da retina estão levemente danificados, até a retinopatia diabética proliferativa, mais severa, onde novos vasos sanguíneos crescem anormalmente e podem sangrar.

Os perfis de risco para problemas oculares em pessoas com diabetes incluem aqueles com controle glicêmico inadequado, pessoas com diabetes há muitos anos, e indivíduos que também sofrem de hipertensão.

Além disso, a predisposição genética e o estilo de vida, como uma dieta rica em açúcares e a falta de exercício, também são fatores de risco. "Pessoas que não mantêm um bom controle dos níveis de glicose e pressão arterial estão mais propensas a desenvolver complicações oculares", alerta o médico.

O presidente da SGO lembra ainda que não é só a RD que deve ser motivo de preocupação para quem tem diabetes. O edema macular diabético, que é uma forma de retinopatia em que a retina incha devido ao vazamento de fluidos, e a catarata, caracterizada por uma opacidade do cristalino do olho, podem ocorrer com mais frequência em pessoas com diabetes.

Controle rigoroso
Para prevenir problemas de visão, a chave está em uma abordagem multifacetada. Primeiramente, manter o controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue e da pressão arterial é fundamental. "Uma dieta equilibrada, exercício regular e o uso de medicamentos conforme prescrição médica ajudam a minimizar o risco de complicações oculares", destaca Henrique. Além disso, é importante evitar fumar, pois isso pode exacerbar os problemas oculares relacionados ao diabetes.

Outro ponto crucial é o monitoramento regular da saúde ocular. Henrique recomenda que pessoas com diabetes realizem um exame oftalmológico completo pelo menos uma vez por ano. As consultas periódicas ao oftalmologista não devem ser negligenciadas, pois a detecção precoce pode prevenir a progressão das condições.

"É fundamental fazer uma avaliação detalhada da retina, pois muitos problemas oculares relacionados ao diabetes podem não apresentar sintomas nas fases iniciais", afirma. Além disso, ele sugere que os exames incluam uma avaliação do fundo de olho e, em alguns casos, exames de imagem como retinografia, angioflouresceinografia e a tomografia de coerência óptica (OCT) para verificar alterações retinias e a presença de edema macular.

O oftalmologista recomenda que qualquer alteração na visão, como visão embaçada ou dificuldade em distinguir cores, seja imediatamente comunicada ao médico. "Não espere que os sintomas se agravem; a detecção e o tratamento precoces podem salvar sua visão", ressalta.

Além das recomendações médicas, o autocuidado também desempenha um papel importante. Manter uma boa higiene ocular e proteger os olhos da exposição excessiva ao sol com óculos de sol adequados são medidas adicionais que podem ajudar a preservar a saúde ocular. "Cada detalhe conta quando se trata de prevenir complicações visuais no diabetes", diz Henrique.

Quando se trata de tratamentos, os cuidados para problemas de visão em pessoas com diabetes podem ser diferentes. No caso da retinopatia diabética, o tratamento pode incluir o controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue, terapias a laser com objetivo de forçar a regressão dos vasos anormais e diminuir o risco de hemorragia vítrea ou distorção retiniana e, em casos mais graves, injeções de medicamentos anti-VEGF para reduzir o crescimento anormal de vasos sanguíneos. "O tratamento é geralmente mais eficaz quando iniciado precocemente, por isso, a detecção precoce é crucial", adverte o especialista.

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Shoppings se unem na campanha De Olho nos Olhinhos

Iniciativa idealizada por Tiago Leifert e Daiana Garbin acontece neste sábado (21), com atividades para conscientizar sobre o retinoblastoma

Modificado em 04/11/2024, 08:53

Shoppings se unem na campanha De Olho nos Olhinhos

(Divulgação)

Neste sábado (21), o Passeio das Águas e o Goiânia Shopping se unem a outros 42 shoppings da ALLOS em uma causa nobre: a campanha De Olho nos Olhinhos. Idealizada pelo casal de jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin, o projeto visa conscientizar sobre o retinoblastoma, um tipo de câncer ocular que afeta crianças de até cinco anos. Em 2021, a filha do casal, Lua, foi diagnosticada com a doença, o que motivou a iniciativa de alertar outras famílias sobre a importância do diagnóstico precoce.

No Passeio das Águas Shopping, a campanha chega à sua terceira edição e será realizada em frente à loja TNG. As atividades vão além da conscientização: o evento oferecerá atividades gratuitas para crianças e espaços interativos sobre a saúde ocular.

"Estamos muito felizes em receber novamente esse evento tão relevante. A conscientização sobre o retinoblastoma pode salvar vidas, e temos orgulho de contribuir para essa mensagem tão importante", ressalta o gerente de marketing do shopping, Rafael Almeida.

Com o apoio do SESC Goiás, o Passeio das Águas também disponibilizará o mapeamento de retina para crianças com suspeita de retinoblastoma que passarem pela triagem, uma ação fundamental para a detecção precoce da doença.

"Esse processo é fundamental para detectar sinais precoces da doença, permitindo assim um diagnóstico rápido e aumentando as chances de sucesso no tratamento. A avaliação oftalmológica na primeira infância é essencial para a saúde ocular das crianças, e essa iniciativa tem um papel importante na conscientização da população sobre a importância do exame", destaca a médica oftalmologista Márcia Cartaxo.

Já no Goiânia Shopping, a ação será realizada no Piso 1, em frente à loja BB Básico. Das 10 às 22 horas, uma equipe formada por oncologistas pediátricos, oftalmologistas e alunos de medicina estará disponível para tirar dúvidas, informar sobre os sintomas do retinoblastoma e reforçar a importância de exames oftalmológicos desde os primeiros anos de vida.

"Nós nos vemos como um importante aliado em todas as discussões relevantes para a sociedade. Oferecer nossos espaços para mais pessoas conhecerem e estarem informadas sobre esta doença é uma oportunidade de gerar conscientização e permitir o diagnóstico precoce", destaca a gerente de Marketing do Goiânia Shopping, Ayane Santos.

O jornalista Tiago Leifert reforça a importância dessa mobilização: "Queremos que as famílias consigam chegar ao diagnóstico antes do que nós conseguimos e, por isso, é fundamental fazer a informação chegar a mais pessoas, para todo mundo ficar de olho nos olhinhos. Como é uma doença traiçoeira, também auxiliamos casos suspeitos a confirmar o diagnóstico e encontrar um centro de referência com rapidez".

Mascote
Este ano, a campanha traz uma novidade: o mascote Flash, um gatinho simpático que simula um dos sintomas visíveis da doença --- o "olho de gato". Ele estará presente nas cartilhas e materiais distribuídos ao público e à comunidade médica, ajudando a tornar o tema mais acessível para pais e crianças.

A campanha conta com o apoio de importantes entidades médicas do Brasil, como o Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB), e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), entre outras. Juntos, os shoppings Goiânia, Passeio das Águas, a ALLOS e a campanha De Olho nos Olhinhos reforçam a mensagem de que estar atento aos sinais faz toda a diferença para a saúde ocular das crianças.

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Retinoblastoma é mais comum em crianças até 5 anos

Especialista explica que o câncer é frequentemente detectado por sinais como leucocoria, um reflexo branco na pupila que aparece em fotos com flash

Modificado em 04/11/2024, 08:46

Retinoblastoma é mais comum em crianças até 5 anos

(Freepik)

O retinoblastoma é um tumor ocular considerado raro, ainda que seja o mais comum do tipo entre crianças. O Ministério da Saúde estima que ele represente cerca de 4% dos cânceres infantis, tendo maior incidência até os 5 anos ou em lactentes, chegando a uma média de 400 casos por ano no Brasil.

Esse câncer infantil ficou mais conhecido quando os jornalistas Tiago Laifert e Daiana Garbin descobriram em 2022 que sua filha, Lua, aos 8 meses, portava a doença e iniciaram uma grande campanha de informação.

O Dia Nacional da Conscientização do Retinoblastoma, celebrado nesta quarta-feira (18), nos lembra da importância de conhecermos detalhes sobre a enfermidade, seu diagnóstico e tratamento.

De acordo com o oftalmologista Henrique Rocha, presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO), o retinoblastoma é frequentemente detectado por sinais como leucocoria, um reflexo branco na pupila que aparece em fotos com flash. "O reflexo branco é o sintoma mais notável do retinoblastoma", comenta.

Ele ressalta que é crucial que pais e responsáveis fiquem atentos a esse sinal e busquem orientação médica imediatamente. A doença pode ser hereditária ou surgir esporadicamente. "Cerca de 25% dos casos são bilaterais e sempre têm uma base genética", explica o médico.

"Nos outros casos, onde o tumor afeta apenas um olho, 15% também têm uma origem hereditária, enquanto os restantes são esporádicos, muitas vezes com mutações que ocorrem somente na retina."

Importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento. "Utilizamos uma combinação de exames, como oftalmoscopia, ultrassonografia e ressonância magnética, para confirmar a presença do tumor e avaliar sua extensão. A oftalmoscopia é especialmente importante, pois permite visualizar diretamente as características do tumor na retina", detalha Henrique.

O tratamento do retinoblastoma depende do estágio e da gravidade da doença. "Para tumores iniciais ou menos avançados, preferimos tratamentos conservadores como fotocoagulação, crioterapia e radioterapia", afirma o médico. "Em casos mais avançados, onde o tumor compromete significativamente a visão, pode ser necessário realizar uma enucleação, que é a remoção do olho afetado."

Henrique também destaca a importância do Teste do Reflexo Vermelho, ou Teste do Olhinho, realizado logo após o nascimento. "Este exame simples é uma ferramenta vital para detectar problemas oculares precocemente. A detecção precoce permite iniciar o tratamento o mais rápido possível, o que é fundamental para aumentar as chances de cura", ressalta.
Taxa de Cura
Com tratamento adequado, a taxa de cura do retinoblastoma é superior a 90%, especialmente quando a doença é identificada nos estágios iniciais. "A nossa meta é sempre preservar a visão do paciente, mas em casos avançados, o tratamento pode focar na remoção do tumor e, se necessário, do olho afetado", diz o oftalmologista.

O acompanhamento contínuo é crucial para a detecção de possíveis recidivas. "Mesmo após o tratamento, é importante monitorar regularmente a saúde ocular da criança. O acompanhamento rigoroso ajuda a garantir que qualquer sinal de recidiva seja detectado o mais cedo possível", destaca Henrique.