Geral

Menino que não poderia mais comer se recupera após 7 meses internado e volta a se alimentar no Natal

Samuel ficou internado no Hospital Estadual da Criança, em Goiânia, se recuperando de uma má formação nos órgãos

Modificado em 20/09/2024, 06:16

Samuel Ramos de Oliveira, de 10 anos, ouviu dos médicos que nunca mais poderia comer. Após ficar sete meses internado, o menino recebeu alta na última sexta-feira (23) e comeu carne assada pela primeira vez em 210 dias, no Natal. Samuel ficou internado no Hospital Estadual da Criança, em Goiânia, se recuperando de uma má formação nos órgãos.

Devido a essa má formação, a criança teve uma série de graves complicações, tendo que retirar cerca de dois metros do intestino delgado. Agora, ele tem apenas seis centímetros do órgão. Os médicos não acreditavam que ele poderia voltar a comer normalmente. Ao receber alta, Samuel foi aplaudido e abraçado pelos médicos e enfermeiros ( assista ao vídeo acima )

A mãe do menino, Livany Aparecida Ramos da Silva, disse que o filho foi forte durante o tratamento e lutou bravamente para se recuperar. "Passamos muitos dias de dor e de sofrimento, mas também de superação. Nos emociononamos bastante, especialemnte Samuel, pois estava com muita saudade de casa".

Quem também ficou muito feliz com o retorno da criança foi seu cachorrinho, que o recebeu no carro, chorando e pulando de alegria. Na manhã do dia seguinte, véspera de Natal, Samuel acordou, tomou o primeiro café da manhã em casa, arrumou o guarda-roupa e até brincou com o pai, Elciris Rosa de Oliveira. A família mora em Campinorte, na região Norte de Goiás.

Apesar da recuperação impressionante, o menino voltou para casa com restrição de alguns alimentos e com limitação na quantidade de comida ingerida.

Ceia de Natal

"Uma coisa que ele ama muito é carne assada e, desde o hospital, ele cobra da gente para comer", contou Elciris sobre a refeição principal da ceia de Natal. Acompanhado de um arroz branco, frutas e verduras, o pequeno Samuel voltou para sua casa em grande estilo, comemorando o Natal longe do hospital e comendo o seu prato preferido.

O pai conta que, apesar da evolução no tratamento, o menino segue de dieta parenteral, com ingestão por acesso venoso. Como o intestino está reduzido, Samuel não consegue comer todos os alimentos necessários ainda e precisa de suplemento na alimentação. Apesar das restrições, ele comeu a carne assada que tanto desejava. "É uma alegria e satisfação muito grande. A gente só tem a agradecer a Deus por essa dádiva", conta o pai animado.

Diagnóstico

Inicialmente, segundo o pai, a notícia dada pelos médicos não era nada animadora. "Você imagina ouvir da medicina que uma criança de 10 anos nunca mais vai poder comer pela boca? A gente ouviu isso. Os médicos não estavam errados pela situação clínica", contou Elciris.

Mas o pequeno Samuel recebeu um milagre de presente, segundo a família. O pai também se emociona ao falar da alta do filho e diz que o resultado do tratamento se deu pelo empenho dele em lutar pelo seu bem estar. "Foi um exemplo de vida para qualquer um que tenha presenciada a história dele, que é um exemplo de vida para qualquer ser humano".

Elciris também elogia e agradece a equipe médica do Hospital que persistiu até o final no tratamento do filho. "Da chegada ao hospital até a alta médica, ele foi recebido com carinho, aplausos e abraços", relata.

Em entrevista à TV Anhanguera , tímido, Samuel, tímido, se limitou a dizer que estava feliz em chegar em casa e com saudade de tudo.

Após ficar sete meses internado, recebeu alta na última sexta-feira (23) e comeu no Natal pela primeira vez em 210 dias.

Após ficar sete meses internado, recebeu alta na última sexta-feira (23) e comeu no Natal pela primeira vez em 210 dias. (Elciris Rosa/Arquivo Pessoal)

Geral

Lula tem dreno retirado, fala com ministros e despacha de hospital em São Paulo

Boletim médico divulgado nesta quarta-feira (11) afirma que ele "permanece lúcido e orientado, conversando normalmente"

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente Lula (PT) telefonou para ministros e despachou de seu quarto na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após cirurgia de emergência.

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O chefe do Executivo teve como recomendação médica repouso e, como é de praxe numa situação como esta, segue na ala com cuidados maiores. Apesar disso, Lula continuou na ativa, ainda que em ritmo menos acelerado.

Ele sancionou, na quarta-feira (11), o projeto de lei que cria o mercado de carbono no Brasil. O texto foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta.

A sanção ocorreu enquanto ele se recuperava da cirurgia e antes do procedimento complementar, que foi feito nesta manhã. Como a assinatura é eletrônica, ele pôde fazê-la com um celular ou notebook.

A lei também autoriza a União a estabelecer limites para a emissão de gases de efeito estufa no país.

O texto cria regras para o mercado, a ser chamado de Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), e será aplicado a atividades que produzem anualmente acima de 10 mil tCO2e (toneladas de dióxido de carbono equivalente).

De acordo com auxiliares palacianos, temas mais simples, que exigem menos discussões, continuaram sendo levados ao mandatário para dar fluxo às demandas.

Boletim médico divulgado nesta quarta-feira (11) afirma que ele "permanece lúcido e orientado, conversando normalmente". "Na parte da tarde, realizou novos exames laboratoriais e, no início da noite, foi retirado o dreno intracraniano, sem intercorrências."

O presidente passou na madrugada de terça-feira (10) por um procedimento chamado trepanação, que consiste na remoção de um coágulo por meio de dreno colocado em um orifício aberto no crânio do paciente.

Na UTI, como Lula não tem celular, ele tem utilizado o telefone da primeira-dama, Janja, que o acompanha no local. A ala só permite a visita de familiares, ainda que integrantes da Presidência também tenham ido para São Paulo.

Enquanto está lá, seus ministros continuam em Brasília tocando as negociações do pacote de corte de gastos com o Congresso e a liberação das emendas parlamentares. A empreitada ficou sob os cuidados de Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Fernando Haddad (Fazenda) e Jorge Messias (AGU).

A maioria dos ministros tem dito que evita procurá-lo, para deixá-lo descansar. Para ter notícias da sua evolução, eles têm mandado mensagens para Janja ou outros membros da equipe, como Valmir Moraes da Silva, seu segurança de longa data. Mas Padilha, por exemplo, se comunica com a equipe médica diretamente.

Ainda assim, Lula falou com ao menos dois ministros desde que operou na madrugada de terça-feira (10): Rui Costa e Geraldo Alckmin.

O vice-presidente recebeu uma ligação do telefone de Janja na noite de quarta. Quando atendeu, era o presidente na linha. Ficaram cerca de uma hora ao telefone. Alckmin representou o chefe do Executivo na reunião do Conselhão nesta quinta.

Durante discurso na abertura da reunião do colegiado, ele comentou sobre a ligação. "Lula salvou a democracia no Brasil. Ontem, Lula me ligou no comecinho da noite. Falei para ele que teria reunião do Conselhão. Ele falou da importância do Conselhão e pediu que transmitisse abraço a cada um", disse.

Já o chefe da Casa Civil conversou por videochamada com Lula, na noite de ontem. Nesta quinta, disse nas redes sociais que recebeu uma ligação do presidente, "sempre muito focado e animado, pedindo atualizações do dia e de como está a pauta do governo no Congresso".

"Depois de fazer o relato de todos os encaminhamentos, aproveitei para reforçar que estamos desejando uma ótima recuperação. Com fé em Deus, logo teremos nosso presidente em Brasília e ele também não vê a hora de voltar à rotina de trabalho", completou.

Janja disse em rede social que ela e o presidente têm certeza de que em "mais uns dias essa página estará virada e ele plenamente recuperado". "Ele está muito bem e em breve estaremos em casa."

Geral

Menino vence dengue após 55 dias internado

Thalles Henrique, de 12 anos, recebeu alta nesta quinta-feira (18) do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), onde tratou a forma hemorrágica da doença. Foram várias as complicações

Modificado em 17/09/2024, 16:29

Thalles Henrique deixa hospital sob cuidados dos pais Edson e Maria Aparecida e com o carinho de integrante da equipe de enfermaria do Hecad

Thalles Henrique deixa hospital sob cuidados dos pais Edson e Maria Aparecida e com o carinho de integrante da equipe de enfermaria do Hecad
 (Diomício Gomes)

Caçula de uma prole de três irmãos, o garoto Thalles Henrique Santos de Paula, de 12 anos, tem motivos de sobra para sorrir e celebrar a vida em mais uma data ao longo do ano. Nesta quinta-feira, 18 de julho, após 55 dias de internação no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia, para tratamento de uma dengue hemorrágica com diversas complicações, ele recebeu alta. Do lado de fora, amigos e familiares o receberam com muitos sorrisos, cartazes, balões, música e orações. "Deus fez um milagre em nossa vida", disse a mãe do menino, a diarista Maria Aparecida Silva Santos, 40.

Em quase dois meses, sob intenso cuidado da equipe do Hecad, Thalles protagonizou momentos que levaram sua família ao desespero. Maria Aparecida conta que, na segunda quinzena de maio, a dengue acometeu toda a sua família, que vive em Anápolis, a 55 quilômetros da capital. Ela precisou ficar internada e no leito do hospital soube que o caçula não estava bem. A diarista não teve dúvidas. Abandonou seus próprios cuidados médicos para acompanhar o filho. Na unidade de pronto atendimento (UPA) pediátrico da cidade, assistiu Thalles vomitar sangue. Naquele momento começou a corrida para salvar a vida do menino.

Thalles deu entrada no Hecad na noite de 24 de maio e no dia seguinte foi entubado. "Ele teve todas as complicações possíveis, uma dengue de apresentação atípica", conta a médica pediatra Camila Assis. O que chamou mais a atenção, segundo ela, foi o acidente vascularencefálico isquêmico (AVE) que o garoto sofreu. "Isso foge do padrão habitual da dengue, mas como precisou ficar entubado, ele ainda teve pneumonia, lesão renal, alteração de pressão, insuficiência hepática e uma das complicações mais temidas da dengue que é a coagulação intravascular disseminada (CIVD)", detalha a pediatria. Os médicos descobriram também uma dilatação aórtica.

Todo esse quadro exigiu quatro períodos de entubação. Thalles, que chegou ao Hecad com 48 quilos, chegou a pesar só 35. "Só tiramos a sonda pouco antes da alta. Todas as noites, ele recebia uma dieta de 1,5 mil calorias para recuperar o peso", explica. O garoto deixou a unidade com 40 quilos, o que para a médica é uma conquista e tanto. "É muito emocionante para nós, da equipe, fazer parte desse renascimento. Quando vemos a recuperação física e emocional do paciente, percebemos que nossos esforços foram concretizados. Quando me despedi dele, falei: 'Feliz aniversário'. Ele disse que não era seu aniversário, mas eu respondi: Agora é!

Maria Aparecida concorda. Enfraquecida física e emocionalmente, ela ganhou o apoio da irmã nos primeiros 30 dias de internação de Thalles. "Ela perdeu o emprego, minha família veio para Goiânia, ficamos dormindo na recepção do hospital. Tudo isso mexeu com todos nós. Nunca pensei que passaria por uma dor dessas. Em alguns momentos ouvi dos médicos que era só por Deus, que a qualquer hora meu filho poderia ter uma parada cardíaca. E o milagre veio." A diarista revela que o filho está ansioso para chegar em casa, ver os amigos, jogar bola e andar de bicicleta, mas isso vai demorar um pouco. Por enquanto, Thalles consegue ficar de pé, mas vai depender de sessões de fisioterapia para voltar a andar. A voz também apresenta sequelas pelos longos períodos de entubação.

Nesta quinta-feira (18), Thalles não escondia a ansiedade. Fora do hospital, colegas da escola se uniram aos familiares para saudar o garoto com muito barulho e um momento de gratidão. O pai, o pedreiro Edson, ajoelhou e agradeceu as equipes médica, de enfermagem, da limpeza e da segurança. Ao jornal, Thalles comentou que, ao deixar o Hecad, sonhava com duas coisas: "comer, principalmente pizza e sanduíche, e ver os três cachorros da família -- o Bob e o Faísca e a namorada dele, que chegou agora e ainda não tem nome"."

Caso será levado ao Congresso Brasileiro de Pediatria

O tratamento de Thalles precisa continuar, como explica a pediatra Camila Assis. "Existe a suspeita de que ele tenha síndrome de Marfan, uma doença genética que pode ter contribuído para as manifestações mais graves. Ele recebeu alta com encaminhamento para genética médica." A equipe médica está investigando o achado cardíaco, referente à dilatação aórtica, mas não só isso. "Para todo paciente que tem uma doença que faz uma manifestação diferente do que estamos esperando como habitual, sempre suspeitamos de imunodeficiência e isso também precisa ser investigado."

A médica pediatra salienta que o garoto deixou o Hecad com sequelas motoras e algumas cognitivas. "Até o momento, no âmbito da neurologia, é inconclusivo e a gente precisa de tempo para ter certeza de como ele vai evoluir, mas ele tem memória, fala preservada e começa a andar sozinho. Com certeza Thalles é um vitorioso e fazer parte desse momento da vida dele é muito especial", diz Camila de Assis. A dengue hemorrágica de Thalles com todas as complicações virou um estudo de caso dentro do Hecad que será levado ao 41º Congresso Brasileiro de Pediatria, que a Sociedade Brasileira de Pediatria vai realizar em outubro, em Florianópolis (SC).

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Esporte

Ralf se recupera de lesão e pode ser opção para sequência do Vila Nova

Depois de se lesionar há cerca de um mês, volante volta a treinar com o grupo e aumenta lista de alternativas no Tigre

Modificado em 17/09/2024, 16:19

Volante Ralf, durante os treinamentos do Vila Nova nesta quarta-feira (12)

Volante Ralf, durante os treinamentos do Vila Nova nesta quarta-feira (12)
 (Roberto Corrêa / Vila Nova)

++LUIZ FELIPE MENDES++

Um dos principais jogadores do Vila Nova na temporada, tendo disputado 26 dos 33 jogos do time em 2024, o volante Ralf está recuperado de lesão na panturrilha. Com isso, ele volta a ser opção para o técnico Luizinho Lopes, visando o confronto perante o Botafogo-SP no próximo domingo (16), às 11 horas, no Estádio Santa Cruz, pela 10ª rodada da Série B.

Desde o início do ano, Ralf, que acaba de completar 40 anos, tem vaga cativa no time titular do Vila Nova. No Goianão, só não esteve em campo na vitória por 3 a 0 sobre o Morrinhos, pela 9ª rodada, pois foi poupado por Higo Magalhães, que na ocasião era o treinador.

Depois disso, Ralf só voltou a ficar fora de uma partida na derrota por 3 a 1 contra o América-MG, pela 4ª rodada da Série B, sob o comando de Márcio Fernandes. Naquele jogo, Ralf esteve no banco de reservas, mas não entrou, ao contrário do duelo diante do Morrinhos, em que sequer foi relacionado.

Em outros 26 compromissos do Vila Nova, Ralf esteve presente no gramado - sendo que, em 22 deles, o experiente jogador permaneceu em campo do apito inicial até o final. Em apenas quatro jogos ele foi substituído, sendo que, em um deles, na vitória por 2 a 0 sobre o Cuiabá, pela ida da semifinal da Copa Verde, ele saiu aos 44 minutos do segundo tempo.

Após o revés de 1 a 0 diante do CRB, pela 6ª rodada da Série B, Ralf teve uma lesão na panturrilha detectada e precisou passar as semanas seguintes se recuperando. O volante completou 40 anos de idade no departamento médico. Nesta quarta-feira (12), ele voltou a treinar normalmente com o restante do elenco do Vila Nova.

Situação de Cristiano

No intervalo da vitória por 3 a 2 contra o Ceará, pela 9ª rodada da Série B, o volante Cristiano foi substituído no intervalo, após sentir o tornozelo. Ele segue como dúvida para a partida com o Botafogo-SP, mas a tendência é de que esteja disponível, tendo em vista que também treinou com o grupo nesta quarta.

Caso isse se confirme, o técnico Luizinho Lopes terá todo o grupo à disposição, pois o lateral esquerdo Eric retorna de suspensão e o Vila Nova não tem mais desfalques por cartões.

Geral

Menina que nasceu com o intestino para fora vai para casa após quase três anos em hospital

Apesar da alta, Alice necessita de insumos que agora passam a ser custeados pela família

Modificado em 17/09/2024, 16:18

Alice com a mãe, Amanda. Menina viveu por quase três anos em hospital

Alice com a mãe, Amanda. Menina viveu por quase três anos em hospital (TV Anhanguera / Reprodução)

Alice Cláudia Medeiros Freitas, que nasceu com o intestino para fora da barriga, recebeu alta nesta quinta-feira (2) e vai para casa após viver por quase três anos em um hospital, em Goiânia. Ao POPULAR, Amanda Cláudia Medeiros, mãe da menina, disse que está muito feliz com a recuperação da filha e agora o novo desafio será adquirir os insumos que ela precisa.

"Estou muito feliz por essa vitória. Nossa, é outra vida, porque viver dentro de um hospital é complicado", disse Amanda.

Equipe médica do Hospital das Clínicas da UFG, em Goiânia, fizeram um corredor para parabenizar a alta de Alice. (Arquivo pessoal / Reprodução)

Alice agora vai morar com a mãe, o pai e o irmão, de 8 anos, em Caturai, no centro goiano.

Segundo a mãe, desde o 6º mês de gestação a filha havia sido diagnosticada com gastrosquise. A menina esteve internada desde que nasceu com o intestino para fora da barriga, em agosto de 2021.

Ela contou que Alice deveria ter passado por cirurgia assim que nascesse, mas o procedimento não foi possível por conta da gravidade da malformação da parede abdominal.

Dessa forma, desde agosto de 2021, a criança viveu no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), e passou por nove cirurgias.

Quando nasceu, Alice se alimentava por um cateter no pescoço e mesmo assim não conseguia ganhar peso. Ela precisou passar por nove cirurgias.

Em março de 2022, a criança foi internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital das Clínicas da UFG, em Goiânia.

Quando nasceu, Alice precisou se alimentava por um cateter no pescoço e mesmo assim não consegue ganhar peso. Ela foi submetida por nove cirurgias. (Arquivo pessoal / Reprodução)

Necessidade de insumos

Apesar da alta, Alice precisará passar por avaliações semanais no hospital. Além disso, todos os insumos como curativos, remédios, vitaminas e suplementos agora passam a ser custeados pela família. Contudo, a mãe alega que não tem condições.

Não sei por quanto tempo vou conseguir fornecer os insumos para ela. Consegui um leite e alguns medicamentos no CEMAC JB (Central Estadual de Medicação de Alto Custo Juarez Barbosa), mas os insumos que mais ela faz uso, eles não forneceram", declarou a mãe.

Ela conseguiu na Justiça, em outubro do ano passado, uma decisão que determina que o Estado e o município de Caturaí liberem verbas e forneçam os insumos que a menina precisa. No entanto, a mãe alega que a decisão não foi cumprida, o que acarretou no bloqueio de parte das contas públicas das gestões.

Em nota, a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) explicou que, após a decisão liminar, foi orientado o cumprimento da ordem. Contudo, município de Caturaí não está habilitado ao programa federal que dá atenção de saúde a pacientes que estão sendo tratados em casa (Veja a nota completa no fim da matéria).

Diante da incapacidade de resolução imediata pelo município, o Estado solicitou que a ordem fosse cumprida por meio de recursos do tesouro estadual, buscando evitar atrasos na prestação dos serviços", acrescentou a PGE-GO.

A Secretaria Estadual de Saúde informou que o Estado solicitou no processo para que o cumprimento da ordem fosse realizado por meio da apreensão de recursos do tesouro estadual, "haja vista que o Estado não tem como fornecer os insumos diretamente".

Contudo, acrescentou que o bloqueio depende de providências da família da criança e do Poder Judiciário (Veja a nota completa no final da matéria).

O POPULAR entrou em contato com a Prefeitura de Caturaí, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Veja a nota completa da PGE-GO

Em resposta à demanda, a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) esclarece que, após a emissão da decisão liminar, em 30 de maio de 2023, foi orientado prontamente o cumprimento da ordem. No entanto, foram identificados desafios significativos para tal, incluindo a falta de habilitação do município de Caturaí (GO), onde reside a paciente, no programa federal "Melhor em Casa" e a competência municipal sobre o serviço de atenção domiciliar.

Assim, diante da incapacidade de resolução imediata pelo município, o Estado solicitou que a ordem fosse cumprida por meio de recursos do tesouro estadual, buscando evitar atrasos na prestação dos serviços.

A PGE reitera que está comprometida em resolver a situação com a maior brevidade possível e continua trabalhando para garantir que os direitos de Alice sejam plenamente respeitados e cumpridos.

Veja a nota completa da SES-GO

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás acompanha atentamente o caso, e lembra que, após a emissão da decisão liminar, em maio de 2023, orientou pelo pronto cumprimento da ordem. <br /> Mas entraves como a falta de habilitação do município de Caturaí no Programa Federal "Melhor em Casa" e sua competência sobre o serviço de atenção domiciliar o tornou incapaz de resolver a situação -- embora disponha de gestão plena dos recursos da saúde. Diante desse quadro, o Estado peticionou no processo, em agosto de 2023, para que o cumprimento da ordem se desse por sequestro de recursos do tesouro estadual, haja vista que o Estado não tem como fornecer os insumos diretamente. Tal bloqueio não foi realizado por questões alheias à vontade do Estado, pois depende de providências da família da menor e do Poder Judiciário