O trágico episódio ocorrido na noite de sábado (18) no interior da unidade de terapia intensiva do Hospital Municipal de Morrinhos, a 130 quilômetros de Goiânia, continua repercutindo muito. A ação policial que vitimou um paciente em surto após ele render uma técnica de enfermagem com um caco de vidro levantou dúvidas sobre a necessidade de uma arma letal no gerenciamento da crise. Luiz Cláudio Dias, de 59 anos, foi atingido por disparos efetuados por um policial militar e não resistiu aos ferimentos. Cinthia da Silva Nascimento não ficou ferida. A família de Luiz Cláudio Dias está indignada com o desfecho do episódio e vai acionar judicialmente tanto a unidade de saúde quanto o Estado por não terem preservado a vida do paciente com histórico de doenças crônicas. Ele estava internado havia três dias na UTI depois de ter passado pela regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) em Piracanjuba, onde recebeu o primeiro atendimento. Para o filho, o enfermeiro e cirurgião dentista Luiz Henrique Dias, o pai, que era diabético tipo 1, teve um surto de hipoglicemia. Quando a concentração de açúcar no sangue não é regulada, a pessoa pode perder a consciência. “Era um Luiz inconsciente, pela debilidade de sua doença.”