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Missa de 7º dia em homenagem a Dona Iris é realizada em Goiânia

Amigos, familiares e políticos, como o governador Ronaldo Caiado, participaram da celebração

Modificado em 19/09/2024, 00:15

Missa de 7º dia em homenagem a Dona Iris é realizada em Goiânia

Missa de 7º dia em homenagem a Dona Iris é realizada em Goiânia
 (Wildes Barbosa)

A missa de 7ª Dia em homenagem à ex-deputada federal Iris de Araújo Rezende Machado aconteceu na Igreja Matriz de Campinas, em Goiânia, na noite desta segunda-feira (27). A ex-primeira dama de Goiás foi submetida a uma cirurgia no pulmão no Hospital Israelita Albert Einstein, mas não resistiu às complicações e faleceu na tarde do último dia 21 de fevereiro, aos 79 anos.

A celebração começou às 19h e contou com a presença de familiares, amigos e políticos, como o governador Ronaldo Caiado e seu vice, Daniel Vilela. A missa foi celebrada pelo Padre Abdon Dias, pároco e reitor do santuário Basílica Mãe do Perpétuo Socorro.

Durante a homenagem à sua mãe, Adriana Rezende relembrou os momentos que elas cozinhavam juntas, recordações da infância e de algumas viagens em família. "Apesar da minha mãe se mostrar uma mulher extremamente forte, ela também era muito gentil e doce", disse.

Ronaldo Caiado também discursou durante a missa. "Mesmo sendo esposa de um grande político, Dona Iris nunca se deixou acomodar e sempre se manteve presente e ativa no cenário goiano, e sempre sem perder sua humildade", falou.

Último adeus

Dona Iris foi enterrada no cemitério Santana, em Goiânia, na última quarta-feira (22) ao lado de seu marido, o ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, com quem foi casada por mais de 50 anos.

Durante o velório de sua mãe, Ana Paula relembrou à reportagem a história dos pais. "A gente tem como obrigação honrar a história e o legado que eles deixaram". Adriana disse ser importante o carinho das pessoas. "As pessoas vêm prestar homenagem, nos consolar. Isso é muito reconfortante. Cada um tem uma historinha pra contar de uma coisa que ela fez".

A outra filha do casal, Adriana, disse que a mãe sentiu muito a morte do pai, que faleceu em novembro de 2021. Agora, a família encara um novo desafio: "Eu acho que nós vamos ter que reaprender tudo de novo, porque perdemos um apoio, agora perdemos outro".

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), disse que Dona Iris será lembrada eternamente na história goiana. "Ela como primeira dama tinha um papel muito importante. Ficou marcada na história de Goiânia, tenho certeza que será um nome sempre lembrado. Não teria um lugar melhor [o Paço] para abrir as portas para esse velório", disse o político.

Casal de mesmo nome

Ana Paula Craveiro, filha de Dona Iris Araújo e de Iris Rezende, publicou em sua rede social a confirmação da morte da mãe. Ana ainda contou qual foi a frase dita pela ex-deputada federal antes da cirurgia: "Seu pai está piscando para mim, está me chamando para ficar com ele", escreveu.

Na publicação na internet, Ana falou sobre a "imensa" tristeza de perder a mãe e disse que se despede com muita dor.

"É com imensa tristeza e profunda dor que venho comunicar o falecimento da minha mãe. Ela fez uma cirurgia no domingo e seu pulmão não resistiu. Mãe, hoje me despeço da senhora com muita dor, mas com a certeza de que Deus a recebeu com braços abertos", relatou a filha.

A ex-deputada federal Iris de Araújo Rezende Machado morreu um ano e três meses após o marido, o ex-governador de Goiás, Iris Rezende. O ex-governador Iris Rezende (MDB) morreu no dia 9 de novembro de 2021, aos 87 anos.

Trajetória de Dona Iris

Iris de Araújo nasceu em maio de 1943, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, e se formou em artes plásticas pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Iris se casou com o político de mesmo nome, Iris Rezende, em 1964 e em julho de 1989, ela recebeu o título honorífico de cidadã goiana em 14 de julho de 1989. O casal deixou três filhos: Cristiano, Ana Paula e Adriana.

Como primeira-dama, Dona Iris esteve ao lado de seu marido, Iris Rezende, em três mandatos como prefeito de Goiânia e dois como governador. A ex-deputada federal Iris de Araújo Rezende Machado morreu um ano e três meses após o marido.

Missa de 7º dia em homenagem a Dona Iris é realizada em Goiânia

Missa de 7º dia em homenagem a Dona Iris é realizada em Goiânia
 (Wildes Barbosa)

Missa de 7º dia em homenagem a Dona Iris é realizada em Goiânia

Missa de 7º dia em homenagem a Dona Iris é realizada em Goiânia
 (Wildes Barbosa )

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Tapetes de serragem colorem ruas durante celebração do Corpus Christi

Fiéis se planejaram há cerca de 6 meses para cerimônia católica. As pinturas simbolizam os ramos e mantos que foram colocados na entrada de Jesus em Jerusalém

Modificado em 19/09/2024, 00:28

No Santuário da Sagrada Família, cerca de 130 fiéis passaram a noite fazendo a pintura dos tapetes

No Santuário da Sagrada Família, cerca de 130 fiéis passaram a noite fazendo a pintura dos tapetes (Divulgação/Santuário da Sagrada Família)

Mesmo com o sol forte e calor escaldante, fiéis se dedicaram à preparação dos tradicionais tapetes da celebração de Corpus Christi, ontem. Mais antiga igreja católica de Goiânia, a paróquia Nossa Senhora da Conceição, conhecida como Matriz de Campinas, se enfeitava, como dezenas de outras da capital, para um dos pontos altos da celebração católica, a festa da Eucaristia.

"Cristo é o nosso sustento, nosso amparo. Isso está demonstrado na disposição dos paroquianos que estão aqui de coração aberto por amor a Jesus", disse o novo reitor do Santuário Basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padre Frederico Hozanan de Pádua, de 42 anos. Ele assumiu a reitoria e a paróquia no dia 31 de maio em meio à festa dedicada à padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e mal teve tempo de dimensionar o tamanho da movimentação que envolveria a celebração do Corpus Christi.

Prefeito da igreja, frater Eurípedes Junior contou que para a produção dos mais de 500 metros de tapetes coloridos foram necessários 180 sacos de serragem, 70 quilos de sal grosso, 40 quilos de borra de café e 23 caixas fechadas de tinta xadrez. Tudo isso foi transformado em belas imagens pelas mãos laboriosas de paroquianos que levantaram muito cedo -- alguns nem dormiram.

Dias antes, Aparecida Damacena se preocupava em enviar ofícios aos órgãos oficiais pedindo apoio à celebração e à Rede Metropolitana de Transportes Coletivos para garantir o desvio de dez linhas de ônibus que passam pela região.

O arte educador Gilson Rodrigues de Souza foi um dos que chegaram muito cedo ao Santuário para traçar no asfalto com giz as imagens que seriam cobertas por um batalhão de fiéis. Entre eles estavam Eduardo, de 12 anos, que saiu do Jardim Nova Esperança de bicicleta, e Gabriel, de 14, morador do Setor Garavelo. Ambos se esmeravam na formatação de um dos símbolos litúrgicos, sem se incomodar com o sol.

Por amor

Ana Cândida Queiroz, de 58 anos, relatou que já se envolvia com os tapetes do Corpus Christi desde a barriga da mãe. Ela nasceu e se criou em Campinas e, muito jovem, como os garotos da catequese, fazia questão de participar da montagem. "Fazemos pelo amor que a gente tem pela Eucaristia." Com as mãos sujas pela serragem colorida e a borra de café, ela não escondia a alegria de compartilhar o momento com outros fiéis de sua paróquia.

Padre Frederico se envolveu com o trabalho desde as primeiras horas do dia. "Eu estou feliz com a minha nomeação. Fui bem acolhido aqui, mas sei que é uma missão desafiadora. O que estamos vendo aqui hoje é uma manifestação de fé." Ele confessou que ao pisar nos tapetes na procissão marcada para às 17 horas, ficaria penalizado porque seria o início do fim de uma obra que exigiu dedicação dos fiéis que se deslocaram também de outras sete capelas.

No Santuário da Sagrada Família, cerca de 130 fiéis passaram a noite fazendo a pintura dos tapetes

No Santuário da Sagrada Família, cerca de 130 fiéis passaram a noite fazendo a pintura dos tapetes (Divulgação/Santuário da Sagrada Família)

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Emoção no adeus a Dona Iris

Homenagens e agradecimentos por realizações, de populares e políticos, marcam evento; filhos destacam que solidariedade é “reconfortante”

Modificado em 19/09/2024, 00:16

Emoção no adeus a Dona Iris

(Wildes Barbosa / O Popular)

O sepultamento de Dona Iris de Araújo ocorreu por volta das 19 horas desta quarta-feira (22), quando seu caixão desceu pelo túmulo no Cemitério Santana, em Goiânia. O enterro encerrou 12 horas de velório, realizado desde as 7 horas no Paço Municipal de Goiânia.

A despedida se deu em meio à emoção da família, que rodeava o túmulo, acompanhada do governador Ronaldo Caiado (UB) e do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Políticos, parentes, amigos e populares acompanharam a cerimônia de adeus à ex-primeira-dama e ex-deputada federal, ao som de um violino que tocava músicas cristãs.

Enquanto ocorria a última despedida, Jardelino Alves Ribeiro, representante dos moradores do Conjunto Vera Cruz 2, falou para agradecer aos filhos de Dona Iris, Ana Paula Craveiro, Adriana Rezende e Cristiano Rezende, pelas realizações de sua mãe e do ex-governador Iris Rezende, que morreu em novembro de 2021.

Ele citou os feitos de Iris e Dona Iris pelo Conjunto Vera Cruz 2 e disse que todos os moradores são gratos. Com um discurso religioso, ele lembrou da fé do casal Iris e citou passagens bíblicas. Por fim, pediu para o prefeito, que também é pastor, rezar um Pai Nosso, que foi acompanhado por quem estava presente.

Ana Paula agradeceu a manifestação de Jardelino e a todos que foram prestar homenagem. "Agradecer o amor que a gente tem recebido de vocês, o amor que vocês sempre tiveram pelo meu pai e pela minha mãe. Esse gesto de vocês nos conforta e nos ajuda muito", disse.

Antes do término, uma mulher vestida com roupas de ciclista e que se identificou como Bel da Bike, também quis falar. Ela disse que andou de bicicleta nas campanhas do casal e nas de Caiado. "Dona Iris e Iris me ensinaram a amar o próximo", afirmou sem conseguir conter as lágrimas.

Outra mulher disse que conheceu Iris em Jataí, no primeiro mutirão realizado na cidade. "Eu era menina, conheci o primeiro político que trabalhou para pobre. Iris e sua mãe governavam para pobre", disse em direção aos filhos.

Ana Paula, Adriana e Cristiano deixaram o cemitério logo depois. Eles saíram recebendo o carinho de populares que os paravam para prestar sua solidariedade e contar causos relacionados a Dona Iris.

Velório

No velório, as filhas concederam uma entrevista coletiva. Ana Paula disse que a família ainda nem tinha conseguido superar a partida do pai, Iris Rezende, quando a mãe morreu.

"Fica um vazio muito grande para nós, como família, para o povo desse estado, para essa cidade. Nós perdemos não só uma mãe, perdemos uma figura muito presente, uma mulher que foi guerreira, que foi forte, que ocupou vários espaços", disse Ana Paula.

Para Adriana, sentir o carinho da população com a mãe, neste momento é "reconfortante". Ela deu detalhes da saúde de Dona Iris, na terça-feira (21). Nesta quarta, no velório, falou do quão abrupta foi essa piora recente que levou à morte da ex-deputada. "A gente já estava com planos de alta, correu muito bem a cirurgia, então foi muito rápido", disse.

O arcebispo emérito de Goiânia Dom Washington, que disse algumas palavras durante o velório, também falou com a imprensa e contou da relação que tinha com o casal Iris. "A nossa amizade foi sempre crescendo, éramos amigos de falar de coração para coração e de tratar de problemas de natureza popular, do serviço ao povo. As pessoas recorriam ao bispo e eu recorria a eles e sempre encontrei a porta aberta", contou.

Caiado exaltou o pioneirismo de Dona Iris como mulher na política. "Ela foi muito ativa numa época em que as mulheres não participavam tanto da política. Há 60 anos ela já era extremamente dinâmica nas suas ações", disse.

Segundo o governador, que foi colega de bancada de Dona Iris na Câmara dos Deputados, ela era dedicada à parte orçamentária e a projetos de infraestrutura, de interesse de Goiás.

Paulo Ortegal, que era braço direito de Iris Rezende e próximo à família, disse que a morte de Dona Iris é uma grande perda. "Durante os governos do Iris, a atuação dela foi muito presente. Ela sempre esteve preocupada com a área social, com os mais carentes", lembrou, ao dizer que Dona Iris projetou o Estado no cenário nacional.

O prefeito de Goiânia, Rogério disse que Dona Iris deixa uma marca em Goiânia e Goiás. "É um legado que ela deixa de entendimento, conhecimento e de busca pelos seus direitos e objetivos como mulher", disse.

O velório foi realizado no Paço Municipal, sede administrativa de Goiânia. Para o prefeito, oferecer o espaço era o reconhecimento mínimo ao nome e ao legado da ex-deputada federal e de Iris Rezende.

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Filhas de Dona Iris falam do legado dos pais durante velório: 'Obrigação de honrar a história deles'

Como primeira-dama, Dona Iris esteve ao lado de seu marido, Iris Rezende, em três mandatos como prefeito de Goiânia e dois como governador

Modificado em 19/09/2024, 00:11

Família, amigos e admiradores dão o último adeus à Dona Iris

Família, amigos e admiradores dão o último adeus à Dona Iris (Diomício Gomes/O Popular)

As filhas de Dona Iris, Ana Paula e Adriana falaram durante o velório que os pais marcaram a história de Goiânia. A ex-primeira-dama é velada nesta quarta-feira (22) no Paço Municipal, com a presença de autoridades, família e amigos. O enterro será no Cemitério Santana, ao lado de seu marido, o ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, com quem foi casada por mais de 50 anos.

"É uma história muito bonita. Eles têm, inclusive, o mesmo nome, não é acaso. A história deles vai ficar. A gente, e não só os filhos, tem como obrigação honrar a história e o legado que eles deixaram", disse Ana Paula.

Já Adriana ressaltou a importância das homenagens e que cada um tem uma lembrança boa com a mãe dela. "As pessoas vêm prestar homenagem, nos consolar. Isso é muito confortante, o carinho. Cada um tem uma historinha para contar de uma coisa que ela fez", disse. Adriana explicou que a mãe tinha uma doença autoimune que reativou depois da cirurgia. "O pulmão inchou. Foi abrupto. Tínhamos planos de alta", contou.

Iris de Araújo Rezende Machado nasceu em 7 de maio de 1943, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul e faleceu nesta terça-feira (21) após ser submetida a uma cirurgia no pulmão e não resistir às complicações, no Hospital Israelita Albert Einstein, em Goiânia. Dona Iris se formou em artes plásticas pela Universidade Federal de Goiás (UFG), e esteve como senadora da República, deputada federal e primeira-dama de Goiás e Goiânia.

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Dona Iris morreu um ano e três meses após o marido, Iris Rezende

Ex-deputada e o ex-governador foram casados durante mais de 57 anos

Modificado em 19/09/2024, 00:11

Ex-deputada federal Iris de Araújo Rezende Machado ao lado do ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende

Ex-deputada federal Iris de Araújo Rezende Machado ao lado do ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende (Diomício Gomes)

A ex-deputada federal Iris de Araújo Rezende Machado morreu um ano e três meses após o marido, o ex-governador de Goiás, Iris Rezende. A ex-primeira dama morreu na manhã desta terça-feira (17), aos 79 anos, depois de ser submetida a uma cirurgia no pulmão e não resistiu às complicações.

O ex-governador Iris Rezende (MDB) morreu no dia 9 de novembro de 2021, aos 87 anos. O político estava internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para tratamento de complicações clínicas após um Acidente Cerebral Hemorrágico (AVCH), ocorrido no dia 6 de agosto de 2021.

Dona Iris se casou com o ex-governador um ano antes dele vencer as eleições para prefeito de Goiânia, em 1964. A união do casal aconteceu no aniversário do ex-prefeito da capital, no dia 22 de dezembro. Juntos, eles tiveram três filhos: Ana Paula, Adriana e Cristiano.

Vida política

Iris de Araújo foi eleita pela primeira vez em 2003, quando se tornou senadora. Dona Iris também assumiu o mandato de senadora temporariamente entre os anos de 2005 e 2006. Em 2006, ela foi eleita para seu primeiro mandato como deputada federal, cargo que exerceu de 2007 a 2011. Reeleita, se manteve no cargo entre os anos de 2011 a 2015.

Como primeira-dama, Dona Iris esteve ao lado de seu marido, Iris Rezende, nos seguintes mandatos:

Prefeito de Goiânia: de 31 de janeiro de 1966 até 20 de outubro de 1969;

Governador de Goiás: de 15 de março de 1983 até 13 de fevereiro de 1986;

Governador de Goiás: de 15 de março de 1991 até 2 de abril de 1994;

Prefeito de Goiânia: de 1 de janeiro de 2005 até 1 de abril de 2010.

Prefeito de Goiânia: de 1 de janeiro de 2017 até 31 de dezembro de 2020

De acordo com o MDB, ela passou a integrar a executiva do partido a partir da última eleição do diretório estadual do partido, que ocorreu em 2021.