Geral

Moradores passam Natal em meio à lama em Goiânia

No Jardim Balneário Meia Ponte, região norte de Goiânia, grande volume de enxurrada derrubou muro e provocou vários danos

Wanilda Rodrigues Gonçalves lamenta as perdas materiais, mas se emociona ao receber o apoio dos amigos

Wanilda Rodrigues Gonçalves lamenta as perdas materiais, mas se emociona ao receber o apoio dos amigos (Fábio Lima / O Popular)

A véspera de Natal em algumas casas do Residencial Balneário 2 e residências próximas, na região Norte de Goiânia, foi assustadora. Pelo segundo ano consecutivo, essa área do Jardim Balneário Meia Ponte foi invadida por fortes enxurradas após uma chuva torrencial no meio da tarde. A água tomou conta de várias moradias, derrubou o muro e saiu carregando um grande volume de lama que atingiu a casa vizinha, provocando muitos estragos. De acordo com moradores, o problema teve início após a construção do BRT na região, que desviou a água da chuva para o local do condomínio. A força dos detritos causou vários danos.

A dona de casa Wanilda Rodrigues Gonçalves, 54 anos, lavava roupa quando percebeu que o quintal de casa estava sendo invadido por lama. Logo depois, o muro caiu e água e lama tomaram conta de sua moradia. "A minha reação foi sair correndo. Gritei por socorro e pedi que desligassem o padrão. Tive medo de que todos nós morrêssemos de choque elétrico porque a máquina de lavar estava ligada", contou chorando. A mulher estava em casa com o neto de 12 anos e o marido, o aposentado Mauro Gonçalves do Nascimento, 68, que passou mal e teve que ser levado na manhã desta quarta-feira para atendimento médico.

A residência de Wanilda e Mauro recebeu toda a água da parte alta do bairro e saiu carregando tudo o que tinha pela frente, principalmente terra. Os estragos foram muitos. A família perdeu móveis e eletrodomésticos, entre eles a geladeira onde fica armazenada a insulina utilizada por Mauro, que é diabético, hipertenso e já sofreu um Acidente Vascular Cerebral. "Os vizinhos estão guardando pra mim, mas preciso de uma geladeira nova", afirmou ela. Ainda assustada, Wanilda passou o Natal chorando, de tristeza pela necessidade de reconstrução da casa e renovação dos bens materiais, e de alegria pela generosidade de dezenas de pessoas que passaram o dia fazendo a limpeza de sua casa. "Deus é tão maravilhoso, que mandou tanta gente para limpar os entulhos. Lavaram até meus armários."

Maccione Machado (à esq.) limpa a área de serviço de sua casa, onde o muro desabou sobre a residência de Wanilda Rodrigues (à dir.) (Fábio Lima / O Popular)

Maccione Machado (à esq.) limpa a área de serviço de sua casa, onde o muro desabou sobre a residência de Wanilda Rodrigues (à dir.) (Fábio Lima / O Popular)

Wanilda e a família não moram no residencial, mas o muro que desabou faz divisa com o condomínio, mais precisamente com Maccione Machado Salunes da Mata, o síndico. Ele revela que há 20 anos vive no local e esta é a segunda vez que enfrenta situação parecida. "Ano passado teve uma enchente que arrancou o asfalto, quebrou nosso muro e até atingiu as instalações da empresa Ita Transportes", conta. Segundo Maccione, tudo começou após a construção do BRT no prolongamento da Avenida Goiás Norte. "Foi feita uma barreira para que carros não passassem de um lado para o outro. Com isso, na primeira brecha a água da chuva desce em direção ao condomínio depois de se encontrar com o volume que passa pela Avenida Genésio de Lima Brito, uma das principais do bairro."

Em 2023, depois que o muro do condomínio foi ao chão e ele e vizinhos perderam eletrodomésticos e tiveram que enfrentar danos nas casas, Maccione decidiu procurar as autoridades. "Fizeram um quebra-mola aqui, mas não resolve em dias de chuva forte. Este ano meu portão entortou, o muro voltou a cair e mais uma vez perdi eletrodomésticos." Para tentar minimizar o problema, o síndico, com ajuda de vizinhos, fez um buraco no muro da Ita na esperança de que a água dispersasse e não chegasse com tanta força às casas, mas não adiantou. "Ano passado, a Ita nos procurou achando que o condomínio tinha culpa, mas estamos tentando alertar as autoridades. Estou pensando agora em acionar judicialmente a Prefeitura de Goiânia e a empresa responsável pela construção do BRT."

Enquanto isso, a dona de casa Wanilda, que mora no endereço há três anos e meio e enfrenta dificuldades financeiras, se pergunta: "E agora?. Sei que Deus está no controle e vai nos ajudar a reconstruir tudo." Por enquanto, ela chora de gratidão pela presença de familiares, vizinhos, desconhecidos e irmãos da igreja que frequenta que passaram o Natal com ela imbuídos do espírito natalino. Ela mal conseguiu se alimentar diante do cenário de devastação, mas ficou feliz pela ajuda que recebeu para deixar sua morada minimamente habitável. Quem quiser ajudar a família de alguma maneira, a chave PIX é (62) 99239-8109.

Chuva deve se manter em Goiânia até dia 30

​Na tarde de terça-feira (24), segundo informações do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o Jardim Balneário Meia Ponte recebeu 41,8 mm de chuvas. Foi uma precipitação rápida, mas torrencial que atingiu outras regiões da cidade como no Recanto do Bosque, ali perto, onde um carro foi arrastado pela correnteza. Houve alagamentos em diversos pontos da região Norte e parte do asfalto foi arrancado na Avenida Tropical no Setor Brisas da Mata. No Jardim Curitiba, na região Noroeste, choveu 50,8 mm.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Goiânia ainda não está livre de chuvas fortes nesta reta final de 2024. Uma nova Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) deverá manter o tempo instável tanto nas regiões Sudeste quanto no Centro-Oeste, pelo menos até o dia 30. Para esta quinta-feira (26) há previsão de pancadas de chuva e trovoadas isoladas na capital, com risco de novos alagamentos e quedas de árvores.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) informou que as equipes da pasta estão de recesso e só retornarão após o dia 6 de janeiro. A nova gestão municipal assume no primeiro dia do ano de 2025. O POPULAR não conseguiu retorno do consórcio responsável pela construção do BRT.

Geral

Alerta de fortes chuvas com rajadas de vento é emitido para Goiás neste final de semana; veja regiões mais afetadas

Chuvas intensas podem variar entre 20 mm e 50 mm por hora, com ventos de até 70 km/h

Alerta de fortes chuvas com rajadas de vento é emitido para Goiás neste final de semana; veja regiões mais afetadas

Os moradores de Goiás devem se preparar para um fim de semana marcado por chuvas intensas e rajadas de vento. A previsão indica que, devido à combinação de calor e umidade, podem ocorrer temporais em diversas regiões do estado, acompanhados de raios e até granizo em alguns pontos.

No sábado, o sol aparece entre nuvens, mas há possibilidade de pancadas de chuva isoladas em várias regiões, segundo o Centro de Informações Hidrológicas, Meteorológicas e Geológicas (Cimehgo). Em Goiânia, a temperatura pode chegar a 33°C, com umidade relativa do ar variando entre 45% e 95%.

Atenção especial para o alerta de risco de chuvas intensas, que podem variar entre 20 mm e 50 mm por hora, com ventos de até 70 km/h. A orientação é que a população fique atenta a possíveis alagamentos, queda de árvores e descargas elétricas.

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Em entrevista ao POPULAR , o gerente do Cimehgo, André Amorim, destaca que esse alerta é um risco potencial e pode acontecer em alguns locais e não simultaneamente em todo o estado.

Esse risco potencial é para que as pessoas fiquem em atenção e entendam que estamos em uma condição que tem um favorecimento para ocorrer esse tipo de tempestade", afirma André.

Previsão por regiões

• Região Norte: Chuva de até 35 mm, temperaturas entre 22°C e 35°C.
• Região Leste: Chuva de até 35 mm, temperaturas entre 17°C e 34°C.
• Região Central: Chuva de até 30 mm, temperaturas entre 19°C e 34°C.
• Região Oeste: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 22°C e 36°C.
• Região Sudeste: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 19°C e 33°C.
• Região Sul: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 19°C e 34°C.

Geral

Chuva em Goiânia foi até 12 vezes maior que o esperado e causou alagamentos e deslizamentos de terra, diz Cimehgo

Regiões norte e central foram as mais afetadas pelo volume de chuvas, segundo boletim meteorológico

Modificado em 13/01/2025, 09:02

undefined / Reprodução

A forte chuva que atingiu Goiânia na noite deste domingo (12) registrou um volume até 12 vezes maior que o esperado na região norte da cidade, provocando alagamentos e deslizamentos de terra. Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), no Jardim Pompeia foram registrados 145,2 milímetros de chuva, volume equivalente ao esperado para mais de 10 dias. Na região central, nas proximidades da Câmara Municipal de Goiânia, o acumulado chegou a pouco mais de 131 milímetros. Em ambas as áreas, o volume previsto era de apenas 12 milímetros.

O prefeito Sandro Mabel publicou um vídeo nas redes sociais alertando os moradores sobre as áreas de risco durante a chuva na cidade. Ele ainda pediu à população que não saísse de casa.

Não passem pelo túnel embaixo do Mutirama. Nós vamos fechar lá porque a água atingiu um nível muito alto. A Avenida Cora Coralina com a 87 virou um rio. Também estamos com problemas no Setor Oeste, onde parte de uma construção desabou. Fiquem em casa, por favor. Se estiverem fora de casa, fiquem parados até a água baixar mais um pouco", alertou.

Em nota, a Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET) informou que as equipes estão em campo desde a madrugada desta segunda-feira para retomar o pleno funcionamento do trânsito e dos semáforos afetados pela chuva. Além disso, segundo a secretaria, as equipes também estão empenhadas em vários outros pontos, dando apoio às áreas afetadas.

Enxurrada tomou conta das ruas e calçadas de Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera)

Enxurrada tomou conta das ruas e calçadas de Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera)

Na manhã desta segunda-feira (13), o prefeito Sandro Mabel afirmou que a Defesa Civil está atuando nos pontos principais de estragos causados pela chuva para tomar as providências necessárias. O gestor municipal também afirmou que para resolver o problema é necessário refazer a drenagem da capital.

A região central não está preparada para uma chuva dessa. A drenagem aqui é muito antiga. Não é só fazer uma nova drenagem, tem que substituir a velha", destacou Mabel em entrevista à TV Anhanguera.

Marginal Botafogo

Uma árvore de grande porte caiu na Marginal Botafogo durante a chuva na noite de domingo em Goiânia. O incidente ocorreu por volta das 19 horas, mas, de acordo com o major Leonardo Castro, coordenador de Operações do Corpo de Bombeiros, a queda afetou a fiação da rede elétrica. Por conta do risco, a Equatorial foi acionada para fazer a retirada. "Tivemos ocorrências de alagamentos e pessoas presas em veículos. Mas ninguém ficou ferido", informou o major Castro.

A Marginal Botafogo ficou totalmente interdiatada por algumas horas, mas foi liberada ainda durante a noite. Na manhã desta segunda-feira (13), a Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET) informou que o trânsito estava em meia pista no local devido a um deslizamento de terra.

Árvore cai na Marginal Botafogo durante temporal em Goiânia (Divulgação / Corpo de Bombeiros)

Árvore cai na Marginal Botafogo durante temporal em Goiânia (Divulgação / Corpo de Bombeiros)

Geral

Alerta laranja prevê chuvas instensas para todo o Tocantins durante o fim de semana

Pode cair de 30 e 60 mm por hora ou 50 e 100 mm por dia de chuva, com ventos intensos que vão de 60-100 km por hora

Modificado em 11/01/2025, 17:11

Alerta laranja no fim de semana (Inmet/Reprodução)

Alerta laranja no fim de semana (Inmet/Reprodução)

O Tocantins deve enfrentar tempo fechado e temporais intensos durante esse fim de semana. Dois alertas emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) estão valendo até a manhã deste domingo (12). Entre eles está o laranja, que prevê maior volume de chuva e ventos intensos.

Conforme o alerta laranja, considerado de perigo, pode cair de 30 e 60 mm por hora ou 50 e 100 mm por dia de chuva, com ventos intensos que vão de 60-100 km por hora.

Já o amarelo, de perigo em potencial, a chuva é mais amena, caindo entre 20 e 30 mm por hora ou até 50 mm por dia, com ventos intensos de 40a 60 km por hora.

Entretanto, por causa do alerta laranja, há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas durante os temporais.

Tempo nas cidades

Avenida de Palmas durante chuva (Lia Mara/Secom)

Avenida de Palmas durante chuva (Lia Mara/Secom)

Na capital , os palmenses vão ter o tempo nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. A temperatura vai variar de 24°C a 30°C neste sábado (11). No domingo (12), a temperatura cai um pouco, e vai de 23°C a 29°C.

Em Gurupi , na região sul, também tem previsão de tempo nublado e temporais. A temperatura vai de 23°C a 29°C no sábado e de 24°C a 29°C no domingo.

No norte, em Araguaína , o sábado pode ter sol, mas o tempo vai ter momentos nublados, com temperatura de 24°C a 21°C. No domingo a previsão vai variar de 24°C a 30°C.

O que fazer durante os temporais?

Nesse período de chuvas a Energia, concessionária de energia elétrica do estado, recomenda algumas ações para evitar acidente durante temporais.

  • Quando estiver em casa, evite manusear aparelhos elétricos com as mãos molhadas ou pés descalços e tocar nas partes metálicas dos objetos, prevenindo o risco de choque. Essa dica vale para qualquer período do ano, mas em dias de chuva a recomendação é ter mais atenção;
  • Caso perceba que alguma parede da sua casa está úmida, não ligue equipamentos elétricos em tomadas instaladas nela. As paredes podem ser fonte de choques e mau funcionamento de equipamentos, causando danos aos aparelhos;
  • Não faça manutenções quando estiver chovendo. Em telhados, existe o risco de ser atingido por raios e em equipamentos elétricos ligados à tomada há chance de choque. Em caso de alagamento, curto-circuito ou princípio de incêndio dentro de casa, desligue imediatamente o disjuntor;
  • Se estiver na rua e começar a chover fique longe de campos abertos, piscinas, lagos, árvores, antenas e locais elevados. Evite encostar em grades e objetos metálicos, não se abrigue em lugares descampados, próximo de postes ou embaixo da fiação elétrica;
  • Se observar fios caídos, objetos ou pessoas em contato com a rede elétrica, galhos ou árvores entre a fiação, não se aproxime e ligue imediatamente para Energisa;
  • Se observar algum objeto que foi arremessado na rede elétrica, como placas, árvores, entre outros, não se aproxime ou tente afastar a fiação. Entre em contato com a Energisa e aguarde em local seguro, longe dos fios.
  • Geral

    Chuva deixa ruas alagadas e trânsito lento em Goiânia

    Congestionamento na BR-153 foi registrado entre o Jardim Novo Mundo e Aparecida de Goiânia

    Modificado em 12/11/2024, 17:05

    Alagamento registrado no Jardim Ana Lúcia, em Goiânia (Wesley Costa)

    Alagamento registrado no Jardim Ana Lúcia, em Goiânia (Wesley Costa)

    Uma forte chuva que caiu em Goiânia na manhã desta terça-feira (12) deixou várias ruas alagadas e o trânsito lento na BR-153, entre o Jardim Novo Mundo e Aparecida de Goiânia. Os bairros da capital com alagamentos registrados foram na Avenida C-107 no Jardim América, Rua T5 com T-14 no Setor Bueno, Praça Tamandaré, Jardim Atlântico, Parque Amazônia e Jardim Ana Lúcia.

    Na tarde de segunda-feira (11), a chuva chegou a transbordar uma ponte que passa por cima do Rio Taquaral, no Setor Goiânia Viva. De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a chegada de uma nova frente fria pode provocar chuvas mais volumosas entre a próxima quinta-feira (14) e sábado (16).

    O Cimehgo emitiu um novo alerta para risco de chuvas intensas para Goiás nesta terça-feira (12) com rajadas de ventos que podem chegar a 60km por hora. Em Goiânia, a temperatura mínima deve ser de 19°C e a máxima de 31°C.

    Média histórica

    Goiânia registrou o maior volume de chuva do Brasil no mês de outubro, segundo o Inmet. Conforme os dados, o total de chuva acumulado no mês foi de 336,7 milímetros, uma quantidade quase três vezes maior que a média normal para a capital em outubro, que é de aproximadamente 144 milímetros.

    De acordo com o Instituto, esse foi o quarto outubro mais chuvoso desde 1961 em Goiânia, sendo o maior registrado em 1965, há 59 anos, com 401,6 milímetros. Além disso, em comparação ao mesmo período do ano passado, choveu mais que o triplo neste ano, já que em outubro de 2023 o volume total foi de 105,8 milímetros.

    Chuva que caiu na manhã desta terça-feira (12) deixou o trânsito lento na BR-153 (Reprodução/TV Anhanguera)

    Chuva que caiu na manhã desta terça-feira (12) deixou o trânsito lento na BR-153 (Reprodução/TV Anhanguera)

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