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Moradores reclamam de abandono do Castelinho no Lago das Rosas, em Goiânia

Localizado no Lago das Rosas, prédio construído no final da década de 1950 é considerado um bem histórico de Goiânia, mas descaso é antigo

Modificado em 19/09/2024, 01:18

Prédio entregue à degradação: lixo, urina e fezes não inibem a presença de usuários de drogas

Prédio entregue à degradação: lixo, urina e fezes não inibem a presença de usuários de drogas
 (Wildes Barbosa)

Com a aproximação dos 90 anos de Goiânia volta à tona um histórico questionamento que envolve um dos espaços mais icônicos da capital. Por qual razão o Castelinho, prédio construído no final da década de 1950, dentro do então Balneário Lago das Rosas, hoje parque, tem sido a maior parte de sua existência relegado ao abandono? A Associação dos Moradores e Frequentadores do Lago das Rosas (Alagro) tem percorrido gabinetes de autoridades pedido apoio para que o local seja transformado em espaço multiuso.

O Castelinho, desde seu surgimento, tornou-se ponto de encontro da juventude que realizava ali atos políticos e manifestações culturais. Foi a sede da União Goiana de Estudantes Secundaristas (Uges) de 1959 até 1964, quando o golpe militar provocou a dissolução da entidade. O poder público retomou o imóvel quatro anos depois, mas voltou às mãos da Uges em 1993. No início dos anos 2000 um bar funcionou no local, mas autoridades disseram que drogas eram comercializadas no local. A entidade, sem condições de fazer a manutenção e a vigilância, abandonou o local que foi invadido por pessoas em situação de rua.

Em 2010, os estudantes voltaram a ocupar o Castelinho, porém a Prefeitura de Goiânia conseguiu manter o prédio sob seu domínio. Naquele momento, a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) tinha acabado de realizar uma reforma do espaço, com a parceria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Castelinho não é tombado pelo órgão, mas de sua área é possível observar dois monumentos em art déco que integram o conjunto de bens tombados de Goiânia, o trampolim do Lago das Rosas, e a mureta de proteção do parque, ambos construídos entre 1940 e 1942.

Ex-presidente da Uges, o historiador e professor Paulo Winicius Teixeira de Paula, o Maskote, considera o prédio um patrimônio histórico dos estudantes. "A prefeitura assumiu o espaço como seu, mas entendo que é totalmente equivocado". Maskote admite, entretanto, que o local está degradado e ninguém quer assumir a preservação do "patrimônio".

Sob a responsabilidade da administração municipal, o Castelinho continuou entregue ao abandono. O mau cheiro nas suas proximidades é nauseante. Lá dentro, muito lixo, urina e fezes, o que não impede que usuários de drogas e pessoas sem moradia façam dali um lugar para se recolher. Responsável pelo espaço, a Agência Municipal do Meio Ambiente, gestora dos parques de Goiânia, confirmou ao POPULAR que o prédio será recuperado e entregue à Secretaria Municipal de Cultura (Secult) que ficará responsável pelo desenvolvimento de atividades no espaço.

Superintendente de Gestão Ambiental e Licenciamento da Amma, Ormando Pires explica que a pasta vai assumir a revitalização do prédio, mas não tem finalidade para ele, por isso a Secult ficará responsável pelo local. Segundo Ormando, o Castelinho é um bem do Município e qualquer órgão pode assumi-lo, a exemplo da Vila Ambiental, no Parque Areião, onde várias atividades educativas são realizadas, tanto pela Amma quanto por outras pastas municipais e parceiros, como Ongs e Universidade Federal de Goiás (UFG).

O titular da Secult, Zander Fábio, não antecipou quais são os planos da pasta para o Castelinho. Em nota, ele informou que assim que receber o prédio da Amma, "vai cuidar da parte de projetos e ações culturais para o local". Ormando Pires enfatizou que a Amma vai "lavar, limpar e pintar as paredes para que o prédio fique com aspecto de uso", mas lembrou que "é preciso atividade diária" para evitar novas invasões.

Projeto da Alagro prevê um espaço multiuso

A notícia da "reforma" do Castelinho não agradou a Alagro. Sua presidente, a médica patologista Maria Helena Tavares Vilela, vem peregrinando gabinetes na tentativa de sensibilizar gestores e políticos para a importância de uma completa restauração do espaço. Nas visitas ela apresenta um projeto elaborado, sem custos, pelos arquitetos Marcílio Lemos e Fabiana Feldner, ambos moradores das imediações do Lago das Rosas, no qual são previstas não apenas a reforma de toda a área, mas troca de instalações elétrica e hidráulica, de piso, fechamento da varanda e do salão com esquadrias, construção de rampa acessível, reforma e abertura dos banheiros para a área externa, etc.

"A nossa ideia é transformar o Castelinho num espaço multiuso, que pode ser usado para aulas de yoga, meditação, ginástica e apresentações. Nada será descaracterizado. Temos de colocar na cabeça dos gestores que a população precisa de lugares para espairecer, para conversar, para se exercitar para que tenha menos doença física e mental. Isso é qualidade de vida. O Castelinho é rodeado de patrimônio histórico. É um cenário muito rico para ficar desse jeito, abandonado", afirma Maria Helena.

A Alagro chegou a pensar na possibilidade de assumir o espaço, mas desistiu por causa da burocracia. A Amma não se opôs e as partes chegaram a assinar um termo. "Achávamos que era só conseguir patrocinadores e conseguiríamos arrumar o Castelinho em um lugar de bom uso, só que a burocracia é muito grande e não teríamos condições de abarcar com vigilância 24 horas", explica a presidente da Alagro. A entidade desfez o acordo e apresentou mais tarde o projeto de restauração. "Se for feita somente uma limpeza e não fechar, o Castelinho vai continuar o mesmo antro de drogados e sem uso pela população", acredita Maria Helena.companhada do deputado estadual Mauro Rubem (PT), também morador da região, a presidente da Alagro apresentou o projeto ao superintendente regional do Iphan, Pedro Wilson; ao presidente da Amma, Luan Alves; ao titular da Secult, Zander Fábio e ao secretário de Governo da capital, Jovair Arantes. Em agosto, a Gerência de Projetos, Arquitetura e Engenharia Ambiental da Amma enviou ofício à Alagro em resposta ao pedido de reforma do Castelinho e informou que "acatando o projeto arquitetônico e modificações sugeridas pela Associação interessada, foi realizado o levantamento das frentes de serviços necessárias para tal reforma".

IcMagazine

Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

Geral

Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".

Geral

Homem morre após ser espancado por empresário e amigos após invadir lava-jato; vídeo

Segundo Polícia Militar, vítima foi agredida por cinco homens que utilizaram um taco de beisebol envolto por arame farpado

Modificado em 18/04/2025, 19:14

Um homem morreu após ser espancado por um empresário e quatro amigos após invadir um lava-jato localizado no jardim Maria Helena, na região leste de Goiânia. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), a vítima, que não teve o nome revelado, foi agredida pelos suspeitos com um taco de beisebol envolto em arame farpado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local (veja o vídeo - atenção as imagens e áudios são fortes).

Como os nomes dos suspeitos do crime não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

O crime foi registrado na madrugada de quinta-feira (17), por volta das 2h, conforme a PM, após o proprietário do estabelecimento, de 30 anos, notar a presença do invasor por câmeras de segurança do local e chamar os amigos, sendo um deles funcionário dele.

O cabo da PM Rafael Moreira disse que a polícia recebeu uma denúncia de um morador de que um homem estava sofrendo agressões dentro de um estabelecimento comercial próximo do Jardim Novo Mundo. Conforme ele, dois dos suspeitos foram encontrados ainda dentro do local do crime.

O proprietário e o seu funcionário ainda estavam dentro do estabelecimento quando as equipes chegaram. Os demais autores estavam nas proximidades do setor", relatou Moreira.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

À polícia, um dos investigados chegou a confessar o crime e disse que foi chamado pelo amigo para ajudar no espancamento. De acordo com ele, o homem utilizou "um taco de beisebol, com arame farpado" para agredir a vítima. Ele, o empresário e outros três suspeitos, entre 18 e 30 anos, foram presos.

Conforme a PM, o empresário possui passagens criminais por roubo e por três portes ilegais de arma de fogo.

Ainda não foi divulgado o motivo da vítima ter invadido o estabelecimento.

A reportagem entrou em contato com as polícias Técnico-Científica e Civil para obter mais informações sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)