A taxa de mortalidade pela Covid-19 em Goiás, no mês de janeiro, foi 23 vezes maior entre as pessoas que tomaram uma dose ou nenhuma das vacinas contra a doença. Entre as pessoas com mais de 60 anos, a diferença foi ainda maior, de 26 vezes. Os dados foram apresentados pela Secretaria de Estado da Saúde na última reunião do Centro de Operações de Emergências para enfrentamento ao coronavírus (COE), na quarta-feira (9).De acordo com o levantamento, feito com base nas informações do Sivep Gripe, a taxa de mortalidade por Covid-19 no primeiro mês do ano foi de 0,36 por 100 mil habitantes entre as pessoas que completaram o ciclo inicial e tomaram a dose de reforço, seja com o esquema primário com duas doses (Coronavac, Pfizer ou Astrazeneca) ou dose única, no caso da Janssen. Já entre os que completaram o ciclo primário, com duas doses, a taxa de mortalidade foi de 1,87 por 100 mil habitantes. Entre a população que recebeu apenas uma dose ou nenhuma, ela chegou a 3,65. Os dados se referem a diagnósticos positivos feitos do dia 8 de janeiro ao dia 8 de fevereiro.Entre a população idosa, as taxas de mortalidade foram de 15,99 para quem completou o esquema primário e tomou reforço; de 49,68% para quem recebeu apenas duas doses; e de 409,99 para quem tomou uma dose ou não tomou nenhuma.Os dados reforçam a necessidade de ampliação da cobertura vacinal, especialmente com a segunda dose e o reforço. De acordo com o painel da Secretaria de Estado da Saúde, de 5,3 milhões de moradores de Goiás que tomaram a primeira dose, apenas 4,5 milhões tomaram a segunda ou a vacina de dose única, completando o ciclo primário. A dose de reforço chegou a apenas 1,1 milhão de pessoas.