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Motorista de Cristiano Araújo condenado pela morte do cantor e da namorada é preso, diz PM

Ronaldo Miranda cumpria a pena em regime aberto, mas teria mudado de endereço sem comunicar a Justiça, informa a polícia

Modificado em 19/09/2024, 00:11

Cristiano Araújo (à esq.) e Ronaldo Ribeiro

Cristiano Araújo (à esq.) e Ronaldo Ribeiro (Reprodução)

O motorista Ronaldo Miranda Ribeiro, que foi condenado pela morte do cantor Cristiano Araújo e a namorada dele, Allana Morais, foi preso na noite desta segunda-feira (30), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, afirma a Polícia Militar (PM). Ronaldo foi condenado em 2018 a dois anos e sete meses de prisão, em regime aberto, pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

A Polícia Militar (PM), que cumpriu o mandado de prisão, informou ao G1 Goiás que Ronaldo teria mudado de endereço sem comunicar a Justiça, o que teria motivado a prisão do motorista. As equipes do Comando Regional do 41º Batalhão da PM relatam que prenderam Ronaldo por volta das 20h, durante patrulhamento pela região do setor Parque Real. "Ele foi conduzido e entregue à triagem do sistema prisional, em Aparecida", afirmam.

Em nota, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) informa que, em outubro do ano passado, a titular da 3ª Promotoria de Morrinhos, solicitou a prisão do motorista devido ele não inciado o cumprimento das penas restritivas de direitos. "Restrições de locomoção, pagamento de pena pecuniária e prestação de serviços", informa. Além disso, explica que ele não foi encontrado para cumprimento da pena e, por isso, foi considerado foragido e teve a prisão decretada.

O advogado de Ronaldo, Ricardo Oliveira, explicou à reportagem que o motorista mudou de endereço em dezembro de 2022 e que se esqueceu de informá-lo para adicionar a mudança ao processo. "A Justiça tentou intimar ele para pagar a multa e as custas finais do processo e não o encontraram na casa antiga. Por isso, expediu o mandado de prisão dele. Ontem à noite ele foi parado em uma blitz, onde os policiais cumpriram a prisão", relata.

Ricardo conta que acompanhou Ronaldo na triagem do sistema prisional e que explicou que só faltava adicionar o comprovante de endereço no processo. "Ele não tem pena para cumprir e foi uma questão administrativa do processo, falta de comunicação de novo endereço. Entramos com habeas corpus e, hoje de manhã, conseguimos a liminar de liberdade", destaca. Ele informa ainda que o motorista foi liberado na tarde desta terça-feira (31) e que está em casa com a família.

Relembre

O cantor Cristiano Araújo, de 29 anos, e a namorada Allana Morais, de 19 anos, morreram no dia 24 de junho de 2015 quando eles retornavam para Goiânia de um show realizado em Itumbiara, a 239 km de Goiânia. O carro que eles estavam capotou após um pneu estourar. Segundo o desembargador Itaney Francisco Campos, o motorista estava acima da velocidade permitida na via, a 179 km/h, e, por isso, agiu de forma "imprudente, negligente e imperita".

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Homem morre e outro fica ferido após tentarem fugir e entrarem e confronto com policiais em Gurupi, diz PM

Troca de tiros aconteceu na madrugada desta quinta-feira (27), em uma das saídas da cidade. Ferido foi levado para o hospital regional

Modificado em 27/03/2025, 17:41

Carro da Polícia Militar do Tocantins

Carro da Polícia Militar do Tocantins (PM-TO/Divulgação)

Um homem morreu e outro ficou ferido após trocarem tiros com policiais militares em Gurupi, na região sul do estado. O confronto aconteceu em uma das saídas da cidade na madrugada desta quinta-feira (27).

De acordo com a Polícia Militar (PM), uma caminhonete trafegava pelas ruas de Gurupi com os faróis apagados entre a noite de quarta-feira (26) e a madrugada desta quinta. O veículo parou em frente a uma casa no setor São José e foram disparados tiros de dentro da caminhonete.

Três moradores do Jardim Tocantins, que fica próximo ao local dos tiros, acionaram a PM pelo 190 informando a presença da caminhonete suspeita.

Em uma das saídas da cidade, que dá acesso ao município de Peixe, os militares encontraram com a caminhonete e deram ordem de parada, que não foi obedecida. Uma viatura passou a perseguir o veículo e os ocupantes passaram a atirar em direção à polícia, que revidou.

Após os disparos, a caminhonete perdeu o controle e parou entre as avenidas Pará e Bahia, no centro de Gurupi. Nesse momento a equipe policial fez a abordagem ao veículo e viu que os suspeitos haviam sido atingidos.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para socorrer os feridos. O autônomo Tiago Pereira Barros, de 38 anos, morreu após dar entrada no Hospital Regional de Gurupi. O outro ocupante do carro sobreviveu. O estado de saúde dele não foi informado. A PM constatou na abordagem que ele apresentava sinais de embriaguez.

Dentro da caminhonete os policiais encontraram um revólver calibre 38. Também havia latas de cerveja abertas, o que indica que eles teriam consumido bebidas alcoólicas.

A TV Anhanguera apurou que o autônomo que morreu na troca de tiros tinha passagem na polícia pelos crimes de furto, ameaça e porte de drogas para uso pessoal. O corpo dele foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Gurupi e segundo a Secretaria de Segurança Pública, ainda estava no local até a tarde desta quinta-feira.

A perícia também foi acionada para analisar o local do confronto e o veículo dos suspeitos foi removido para o pátio da Sancar.

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Mecânico alega abstinência e surto ao matar empresária e nega roubo

Davi Pereira disse que há três anos sofre de “apagões” por causa da dependência química e que faz coisas sem querer nem pensar, mas versão é contraditória com alguns fatos. Ele foi ouvido em interrogatório por juíza

Davi Pereira (no alto à esquerda) em interrogatório virtual com representantes da Justiça e da Defensoria

Davi Pereira (no alto à esquerda) em interrogatório virtual com representantes da Justiça e da Defensoria (Reprodução)

O mecânico Davi Pereira da Silva, de 44 anos, afirmou em interrogatório na Justiça que estava em surto por causa de uma crise de abstinência por uso de drogas quando matou a empresária Maria da Conceição dos Santos Mendonça, de 74, para quem prestava serviços esporádicos. Ele negou que a tivesse matado para roubá-la, tese defendida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) com penas mais graves. Maria da Conceição foi morta em 6 de janeiro, em uma oficina mecânica de sua propriedade, no Jardim Imperial, em Aparecida de Goiânia, e o interrogatório de Davi aconteceu no dia 18 de março.

Davi não detalhou o que aconteceu dentro da oficina mecânica nem como foi antes do alegado surto. Para a juíza substituta Patrícia Miyuki Hayakawa de Carvalho, da 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, ele disse apenas que teve um "apagão na mente" e que desde que passou a reduzir o consumo de drogas e álcool há cerca de três anos tem estes surtos e age de forma que não consegue controlar nem explicar. Ele não deu nenhum exemplo do que já fez no passado assim. "Apenas aconteceu comigo, não sei explicar o que aconteceu, mas quando vi já tinha feito a burrada", afirmou.

O inquérito policial apontou que Davi armou uma emboscada contra a empresária na oficina dela, pedindo-lhe um favor, para em seguida roubá-la. No imóvel, ele a desmaiou com um golpe de mata-leão, a colocou no carro e fugiu. Nada foi roubado, mas segundo a polícia teria sido pelo fato de o mecânico não ter conseguido e não por não ter tentado. O celular da vítima estava no carro com o aplicativo do banco aberto quando foi encontrado. Após saírem da oficina, o mecânico matou Maria da Conceição com golpe de faca no pescoço. O corpo foi encontrado no veículo no dia seguinte, e Davi foi preso um pouco antes, escondido na casa de parentes.

No interrogatório, o réu disse que conhecia a vítima há mais de 20 anos e que em nenhum momento pensou em roubar a empresária. "Não mexi em nada." Ele tentou justificar a fuga da oficina com Maria da Conceição dentro do carro alegando que tentou buscar socorro médico para ela após vê-la ferida. "Tentei correr com ela, era uma quadra de campo de futebol (ali perto), pensei que ali alguém poderia socorrer ela, da oficina até lá dá uns 5, 7 minutos", afirmou. Davi não explica o vídeo que mostra Maria da Conceição tentando fugir do carro e ele saindo do veículo e a colocando no interior novamente. Segundo as investigações, inclusive, que ele a golpeou com facadas após essa tentativa de fuga.

Exame negado

A defesa de Davi tentou conseguir que a Justiça autorizasse um exame de insanidade mental, porém o pedido foi negado pela juíza Luciana Nascimento Silva Gomes, da 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, em 6 de março, e a petição já foi arquivada. O mecânico é representado pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). A alegação da defesa é que a insanidade mental decorria da dependência toxicológica, entretanto não foram apresentados documentos complementares pedidos pela Justiça que demonstrassem "dúvida razoável acerca da sanidade mental do acusado".

"A simples afirmação desprovida de qualquer elemento indicativo da existência de alguma perturbação mental não se revela como motivação idônea para o deferimento do pedido, sendo que o incidente de insanidade mental deve ser instaurado naquelas situações em que emerge do caderno processual dúvida concreta, efetiva e relevante, de que o acusado sofre de algum problema mental com força suficiente para abalar sua integridade psíquica", escreveu a juíza em sua decisão. "Com efeito, observo que a defesa do acusado requereu a instauração de insanidade mental baseado tão somente nas alegações do acusado."

O interrogatório de Davi foi rápido, sem perguntas por parte do MP-GO e nem aprofundamento nas alegações apresentadas. Durou pouco mais de 6 minutos. A versão dele é bem parecida com a apresentada durante depoimento para a Polícia Civil. Nem o MP-GO nem a defensoria o questionam sobre qual o momento exato do surto nem os detalhes do que ele se lembra ou o que ele foi fazer na oficina ou a fuga para a casa de parentes. Além dele, foi ouvido um cliente da empresária que a contratou para colocar um parabrisa novo em seu carro. Sobre o crime, ele não testemunhou.

Como o mecânico responde por latrocínio, o caso não será julgado por um júri e a sentença sai após a apresentação das alegações finais pela defesa e pela acusação, próxima etapa do processo judicial. O crime de latrocínio (roubo seguido de morte) tem pena prevista entre 20 a 30 anos de cadeia, enquanto o de homicídio doloso vai de 6 a 20 anos, quando simples, e de 15 a 30 anos, quando há agravantes. Além disso, é um crime inafiançável e não permite anistia ou indulto. Mesmo que o roubo não tenha sido concretizado, como é o caso, a legislação considera crime de latrocínio consumado desde que esteja comprovado que se tentou subtrair patrimônio da vítima.

A Justiça mandou as autoridades analisarem uma denúncia de maus-tratos e violência feita por Davi enquanto esteve preso no Centro de Triagem. Ele diz que foi torturado e ameaçado de morte.

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Jovem de 21 anos morre após carro partir ao meio em acidente com caminhonete e caminhão na BR-153

Corpo da vítima foi encontrado às margens da rodovia. O acidente aconteceu próximo de Nova Olinda e o corpo foi levado para o IML de Araguaína

Modificado em 16/03/2025, 13:34

Carro é partido ao meio após acidente com caminhonete e caminhão

Carro é partido ao meio após acidente com caminhonete e caminhão (Alta Tensão-TO/Divulgação)

Um acidente entre três veículos deixou uma pessoa morta na BR-153, próximo a Nova Olinda, no norte do estado. A batida aconteceu na madrugada deste domingo (16) e por causa do impacto um carro partiu ao meio, segundo os Bombeiros. O caso também envolveu uma caminhonete e um caminhão. O corpo da vítima foi encontrado no meio do matagal de uma ribanceira.

A Polícia Rodoviária Federal informou que inicialmente teria acontecido uma colisão entre o carro e a caminhonete e que depois um caminhão bateu nos dois veículos. A causa do acidente ainda será investigada. A vítima foi identificada como Natanael Silva Souza, de 21 anos.

Conforme o Corpo de Bombeiros, o jovem dirigia o carro que foi partido ao meio. Quando os militares chegaram no local, encontraram o corpo dele às margens da rodovia, em uma ribanceira. A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e constatou a morte da vítima.

Não há informações sobre o estado de saúde do motorista da caminhonete e caminhão. No local, os bombeiros fizeram a limpeza da pista e varredura no perímetro, para descartar a possibilidade de outras vítimas.

O corpo de Natanael foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Araguaína e foi liberado para os familiares na manhã deste domingo.

O JTo solicitou informações sobre o caso à Polícia Militar e Prefeitura de Araguaína, responsável pelos serviços do Samu, mas não teve resposta até a publicação da reportagem.

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Acusado de esfaquear e decepar a cabeça de homem é condenado a 22 anos de prisão

Crime aconteceu em Chapada da Natividade, em 2022. Condenado e vítima tiveram uma briga que levou ao crime, segundo denúncia

Modificado em 15/03/2025, 18:54

Crime aconteceu em Chapada da Natividade, em agosto de 2022

Crime aconteceu em Chapada da Natividade, em agosto de 2022 (Divulgação/Prefeitura de Chapada da Natividade)

Hagaílton Araújo Costa, acusado pela morte de Marco Aurélio de Oliveira, foi condenado a 22 anos de prisão em regime fechado. O crime aconteceu no dia 31 de agosto de 2022 e a vítima foi esfaqueada e teve a cabeça decepada após discussão.

O réu foi julgado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Natividade. De acordo com o Ministério Público, a denúncia apontou que no dia do crime, Hagaílton e Marco Aurélio estavam com amigos e após o consumo de bebidas alcoólicas acabaram se desentendendo.

O Daqui pediu posicionamento da Defensoria sobre o julgamento e aguarda resposta.

No momento da confusão, o réu, inclusive, teria pego a moto da vítima sem autorização e a ameaçado de morte. Depois Hagaílton desferiu mais de dez golpes de faca contra Marco Aurélio. Os golpes atingiram o crânio, rosto, pescoço, tórax e braços da vítima, que também foi decapitada.

Hagaílton foi condenado pelo crime de homicídio qualificado com qualificadora de motivo fútil, por causa do desentendimento pela motocicleta, e meio cruel, pela brutalidade do crime e sofrimento causado à vítima.

Conforme a sentença assinada pelo juiz Willian Trigilio da Silva, o réu não tem o direito de recorrer em liberdade.