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Oftalmologista é suspeito de fraudar fila de transplante de córneas e cobrar R$ 16 mil para dar prioridade a pacientes

Ele foi suspenso de atuar por prazo indeterminado e teve R$ 3 milhões sequestrados da conta, diz polícia

Polícia apreendeu documentos durante cumprimento de mandados

Polícia apreendeu documentos durante cumprimento de mandados (Divulgação/Polícia Civil)

Um oftalmologista é suspeito de fraudar a fila de transplante de córneas e cobrar até R$ 16 mil para dar prioridade a pacientes que precisam de transplantes de córneas. Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), o médico trabalha em um hospital particular no Setor Marista, em Goiânia, e foi suspenso de atuar por prazo indeterminado. Ele também teve R$ 3 milhões sequestrados da conta.

Houve reclamações de pacientes no sentido de cobranças indevidas. Pacientes que têm plano de saúde e buscaram um transplante de córnea e precisaram fazer pagamentos adicionais para equipe desse médico. Ficou demonstrado até o momento que as cobranças indevidas chegavam em valor, por paciente, de R$ 12 a R$ 16 mil", explicou a delegada Débora Melo.

Por não ter o nome divulgado, o jornal não conseguiu localizar o médico para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goias (Cremego) disse que "irá cumprir a decisão judicial que determinou a suspensão do CRM do profissional". Também informou que "todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico".

Ao jornal, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informou que, baseado nos casos auditados pela própria Gerência de Transplantes e em posteriores denúncias recebidas, "a pasta determinou a suspensão da equipe cautelarmente por 60 dias para apurar as infrações administrativas" (confira nota completa ao final da matéria).

Investigação

A Polícia Civil informou que a investigação começou há seis meses após a Central Estadual de Transplantes de Goiás realizar uma auditoria no hospital e identificar que uma equipe coordenada pelo médico estaria fraudando a fila de espera de transplantes de córneas.

"Essa equipe faz um número bem elevado de cirurgias em pacientes que são diagnosticados com uma certa urgência, o que faz com eles passem na frente de todos os pacientes que estão esperando o transplante", informou o delegado titular da Decon, Frederico Maciel.

Durante a operação, realizada nesta quarta-feira (13), em Goiânia e Aparecida de Goiânia, a polícia cumpriu três mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e cautelares pessoais. Foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos. A investigação continua para apurar se há mais pessoas envolvidas no crime e até que ponto os pacientes sabem que esse tipo de cobrança é indevida.

Regulação de transplantes

A delegada explicou que no Brasil existe uma lei que regula todos os transplantes de tecidos e órgãos. Por isso, qualquer cirurgia que envolve transplante de ógãos, precisa ser regulamentada pelo Estado. Em Goiás, o processo é feito pela Central Estadual de Transplantes, independentemente se o hospital é público ou privado.

"Precisa de uma lista com critérios que as equipes médicas devem observar. Existem críterios para a pessoa ser submetida ao transplante e existem critérios, ainda mais específicos, para ela ser submetida a uma priorização nesse tranplante", afirma a delegada.

Nota da SES-GO

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informa que, por meio da Gerência de Transplantes, identificou possíveis irregularidades no processo de transplantes de tecidos oculares em uma unidade do serviço privado habilitada para transplantes de córneas.

Diante disso, baseado nos casos auditados pela própria Gerência de Transplantes e em posteriores denúncias recebidas, a pasta determinou a suspensão da equipe cautelarmente por 60 dias para apurar as infrações administrativas, conforme determina o Decreto 9.175 de 18 de outubro de 2017. As instâncias superiores também foram notificadas para as devidas providências.

A medida foi realizada considerando a Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017, que atribui às Centrais Estaduais de Transplantes (CET) a responsabilidade de coordenar, fiscalizar e controlar as ações relacionadas aos transplantes no Estado.

Vale destacar que nenhum receptor inscrito em lista para transplante desta unidade foi prejudicado com essa suspensão, pois à medida que foram selecionados em lista para realização do transplante, houve a transferência para outra unidade transplantadora.

Esclarecemos que o Sistema de Transplantes é regido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, os receptores podem optar por realizar o transplante em unidades públicas, conveniadas ou privadas. No caso do transplante não SUS, os valores pagos são para o custeio do procedimento hospitalar e não envolve o processo de doação ou distribuição do órgão ou tecido.

Em Goiás, no ano de 2024, cerca de 63% dos transplantes de córneas foram realizados pelo SUS. No caso do transplante de órgãos, 99% são realizados na rede pública estadual.

Faz-se necessário informar que pacientes que necessitam de transplante, são inscritos no sistema pelos médicos transplantadores. No caso dos transplantes de córneas, a lista de espera segue a ordem cronológica de inscrição, podendo casos de urgência serem priorizados após relatório médico da equipe responsável, conforme critérios definidos na legislação.

Por fim, as providências diante dos fatos reforçam o compromisso da Secretaria de Estado da Saúde e da Central Estadual de Transplantes de Goiás em zelar pela integridade, transparência e equidade em todas as etapas do processo de doação e transplantes no estado de Goiás, garantindo assim que o sistema seja equânime para todos aqueles que aguardam em lista por um transplante.

Comunicação Setorial SES-GO

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Funcionário é suspeito de falsificar notas fiscais para desviar mais de R$ 130 mil de empresa

Investigações começaram quando a empresa percebeu que o funcionário estava cometendo irregularidades, diz Polícia Civil

Homem é preso suspeito de falsificar notas fiscais em empresa que trabalhava (Divulgação Polícia Civil)

Homem é preso suspeito de falsificar notas fiscais em empresa que trabalhava (Divulgação Polícia Civil)

Um homem que trabalhava numa empresa de energia foi preso suspeito de falsificar notas fiscais, nesta sexta-feira (14), em Goiânia. A Polícia Civil (PC) informou que o suspeito gerou um prejuízo superior a R$ 130 mil.

O nome do suspeito não foi divulgado, por isso a reportagem não conseguiu localizar sua defesa. O nome da empresa também não foi informado. A polícia informou ainda que as investigações continuam.

Segundo a PC, as investigações começaram quando a própria empresa percebeu que desde o ano passado, o funcionário estava cometendo irregularidades

As investigações iniciaram após informações da empresa, que detectou irregularidades cometidas por um prestador de serviços, em conluio com outros dois suspeitos, teria gerado notas fiscais fraudulentas para desviar recursos financeiros", contou o delegado Thiago César Oliveira.

Polícia Civil cumpre mandatos de busca e apreensão (Divulgação/ Polícia Civil)

Polícia Civil cumpre mandatos de busca e apreensão (Divulgação/ Polícia Civil)

O investigador disse ainda que o suspeito realizava a emissão de notas fiscais em nome de empresas vinculadas ao seu círculo pessoal, como familiares e amigos, e assim conseguia movimentar os valores desviados.

Durante as investigações a polícia constatou que o funcionário se aproveitava de uma falha nos sistemas da empresa, duplicando as notas fiscais que já tinham sido aprovadas e em seguida, alterava os valores dos prestadores de serviço.

As diligências policiais confirmaram vínculos diretos entre os investigados, incluindo parentesco e relações de amizade entre os proprietários das empresas utilizadas exclusivamente para a emissão das notas fraudulentas. Tais empresas não possuem quadro societário ativo, indicando claramente a finalidade criminosa de sua constituição", disse o Thiago César.

Os agentes cumpriram três mandados de prisão temporária, três de busca e apreensão e bloqueio de bens e valores em Goiânia, Aparecida e Anápolis, ambos na região central do estado.

Mandados de busca, apreensão e de prisão foram cumpridos em Goiânia, Aparecida e Anápolis (Divulgação/ Polícia Civil)

Mandados de busca, apreensão e de prisão foram cumpridos em Goiânia, Aparecida e Anápolis (Divulgação/ Polícia Civil)

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Operação prende suspeitos de dar mais de 60 golpes com falsas diárias em pousadas de Pirenópolis

Segundo a investigação, grupo anunciava hospedagem por meio de perfis falsos nas redes sociais

Modificado em 12/03/2025, 13:56

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO), deflagrou uma operação contra um grupo suspeito de aplicar mais de 60 golpes em um esquema de fraudes no pagamento antecipado de diárias para falsas pousadas em Pirenópolis. Ao todo foram cumpridos sete mandados de prisão temporária na manhã desta quarta-feira (12), em Goiânia (assista ao vídeo acima).

Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar as defesas deles até a última atualização dessa matéria.

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De acordo com a PCDF, os suspeitos criavam perfis falsos de pousadas de Pirenópolis nas redes sociais, especialmente no Instagram, e ofereciam diárias a preços atraentes.

As pousadas que eram utilizadas como o meio fraudulento dos crimes praticados por essa organização criminosa, elas eram localizadas, principalmente, na região de Pirenópolis. Esse grupo criminoso fraudava e clonava os anúncios das pousadas, por meio do Instagram e sites, se passando por gerentes e proprietários dessas pousadas e recebiam valores dos clientes que pagavam acreditando se tratar da hospedaria verdadeira", disse o delegado Diego Castro em entrevista à TV Anhanguera.

As investigações apontam que os suspeitos já participaram de diversos crimes de estelionato no Distrito Federal, entre 2023 e 2024. Além dos mandados de prisão, também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.

Essa é a segunda operação da PCDF que mira golpes de falsas pousadas na cidade de Pirenópolis. A primeira operação, intitulada Operação Pireneus, foi realizada em novembro de 2024 e prendeu três pessoas.

Como funcionava o golpe?

Polícia cumpriu mandados contra grupo suspeito de aplicar mais de 60 golpes em um esquema de fraudes no pagamento antecipado de diárias para falsas pousadas (Divulgação/PCDF)

Polícia cumpriu mandados contra grupo suspeito de aplicar mais de 60 golpes em um esquema de fraudes no pagamento antecipado de diárias para falsas pousadas (Divulgação/PCDF)

De acordo com as investigações da PCDF, os suspeitos fingiam ser donos ou responsáveis legais de hospedagens na cidade turística. O golpe era realizado especialmente no Instagram. Na rede social, eles criavam perfis falsos de pousadas e ofereciam diárias a preços atraentes

Com isso, as vítimas eram induzidas a realizar pagamentos via PIX, após negociações realizadas por meio de mensagens no WhatsApp. O grupo gerava contratos com timbres e logomarcas das pousadas falsas, com o intuito de gerar credibilidade à negociação.

A operação "Sem Reservas" descobriu que, após as vítimas realizarem o pagamento das diárias, eram bloqueadas pelos suspeitos. A polícia destacou ainda que muitos turistas foram até as pousadas e só perceberam a fraude ao chegar em Pirenópolis.

O esquema era realizado a partir de uma estrutura hierarquizada, que envolvia a divisão de tarefas e o uso de diversas contas bancárias e códigos PIX, além de inúmeros perfis falsos nas redes sociais.

Suspeitos criavam perfis falsos de pousadas de Pirenópolis nas redes sociais e ofereciam diárias a preços atraentes (Divulgação/PCGO)

Suspeitos criavam perfis falsos de pousadas de Pirenópolis nas redes sociais e ofereciam diárias a preços atraentes (Divulgação/PCGO)

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Morre policial civil que teve mal súbito durante treinamento no DF

Polícia Civil de Goiás publicou uma nota nas redes sociais lamentando o falecimento de Rafael

Policial Civil Rafael da Gama Pinheiro que morreu após sofrer mal súbito durante um curso da PC

Policial Civil Rafael da Gama Pinheiro que morreu após sofrer mal súbito durante um curso da PC (Reprodução/Redes sociais)

O policial civil Rafael da Gama Pinheiro, de 35 anos, que sofreu um mal súbito durante um curso de Operações Táticas Especiais do Grupo Tático 3 (GT3), da Polícia Civil de Goiás, morreu neste domingo (9) em um hospital particular em Brasília. A Polícia Civil de Goiás publicou uma nota nas redes sociais lamentando o falecimento de Rafael.

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) manifesta profundo pesar pelo falecimento do policial civil Rafael da Gama Pinheiro. Neste momento de dor, a PCGO se solidariza com familiares e amigos, desejando força e conforto para seus corações. Que Deus ampare a todos", escreveu.

Rafael da Gama deixou a esposa e uma filha de 2 anos.

O caso aconteceu durante uma instrução aquática realizada no Lago Paranoá na tarde da última quarta-feira (26), nas dependências do Grupamento de Busca e Salvamento (GBSAL), do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, localizado na Vila Planalto, em Brasília.

De acordo com os bombeiros, no momento do incidente, os instrutores contavam com todo o aparato de segurança e atendimento médico de prontidão no local, para qualquer eventualidade.

Graças à rapidez no atendimento, o aluno recebeu suporte médico avançado e teve seus sinais vitais restabelecidos ainda no local", informou o Corpo de Bombeiros do DF à reportagem.

O policial foi levado para o Instituto Hospital de Base do Distrito Federal, onde foi atendido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na última quinta-feira (27), ele foi transferido para um hospital particular no DF.

Como o nome do hospital em que Rafael da Gama estava internado não foi divulgado, a reportagem não conseguiu solicitar nota.

Ainda não há informações sobre o velório, horário e local de sepultamento de Rafael da Gama.

Foto do local onde estava sendo realizado o curso de Operações Táticas Especiais da Polícia Civil de Goiás, em Brasília (DF) (Reprodução/GBSAL)

Foto do local onde estava sendo realizado o curso de Operações Táticas Especiais da Polícia Civil de Goiás, em Brasília (DF) (Reprodução/GBSAL)

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Jovem que teve vísceras expostas após ser esfaqueado continua internado em hospital sem previsão de alta, diz SES

Vítima foi esfaqueada em bar localizado no bairro Jardim Paulista, em Araguaína. Caso ainda é investigado pela Polícia Civil.

HRA - Hospital Regional de Araguaína

HRA - Hospital Regional de Araguaína (Reprodução/TV Anhanguera)

Um adolescente de 17 anos que teve as vísceras expostas após levar golpes de faca continua internado no Hospital Regional de Araguaína (HRA). Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a vítima ainda não tem previsão de alta.

O crime aconteceu na manhã de domingo (2), por volta das 10h, no bairro Jardim Paulista, em Araguaína. Conforme o Corpo de Bombeiros Militar, ao chegarem no local, o adolescente estava deitado no chão com as vísceras expostas.

O relatório diz que o suspeito não foi visto no local. Os militares cobriram a parte exposta e o encaminharam o jovem para o HRA. De acordo com SES, ele está sob os cuidados da equipe multiprofissional da unidade hospitalar.

Testemunhas relataram para a Polícia Militar que o jovem estava em um bar quando foi esfaqueado por outro homem. Ainda de acordo com os militares, ao chegar no HRA, o adolescente havia passado por cirurgia e se encontrava estável.

O caso foi registrado e encaminhado à Delegacia da Polícia Civil para localizar o suspeito.