<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3223536" attr-version="policy:1.3223536:1737734735" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3223536/OleoCorrego.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
<span class="p-smartcaption">Corpo de Bombeiros Militar instala barreira de contenção em córrego para evitar que mancha de óleo se espalhe (FMA/Divulgação)</span></p>

<p>A mancha de óleo que se espalhou pelo Córrego Brejo Comprido, que passa dentro do Parque Cesamar, pode chegar ao Lago de Palmas e ainda há o risco de contaminar a água que chega até municípios vizinhos. A informação é da Gerência Ambiental da Guarda Metropolitana de Palmas (GMP).</p>

<p>"Se vier uma chuva de grande volume hoje, por exemplo, toda essa mancha de óleo, todo esse resíduo, tomará destino rumo ao lago da usina de Lajeado. Nós temos um risco iminente e que pode se agravar mais ainda", afirmou o inspetor Adalberto Bernardo, da Gerência Ambiental da GMP.</p>

<div id="chunk-evu0v">
<div data-block-id="7" data-block-type="unstyled" data-block-weight="54" style="clear:none;">
<p data-mrf-recirculation="Matéria - Links no Texto" data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">O descarte irregular de cerca de 10 mil litros de óleo&nbsp;aconteceu na noite de quarta-feira (22). Na manhã desta sexta-feira (24), equipes de vários órgãos ambientais foram enviadas até a foz do Córrego Brejo Comprido para monitorar a qualidade da água, que corre em direção ao Lago de Palmas e Praia das Arnos.</p>
</div>
</div>

<div id="chunk-er2ha">
<div data-block-id="8" data-block-type="unstyled" data-block-weight="39" style="clear:none;">
<p data-mrf-recirculation="Matéria - Links no Texto" data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">A prefeitura afirma que a&nbsp;empresa EHL despejou o produto em uma galeria pluvial.&nbsp;A empresa alega que houve uma falha operacional e que após identificar a ocorrência, imediatamente, iniciou os trabalhos de remoção dos resíduos&nbsp;<em>(veja nota abaixo).</em></p>

<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3223070" attr-version="policy:1.3223070:1737642850" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3223070/whatsapp-image-2025-01-23-at-09.26.21-1-.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
<span class="p-smartcaption">Vazamento de óleo no Córrego Brejo Comprido (Matheus Dias/ TV Anhanguera)</span></p>
</div>
</div>

<div id="chunk-ehrj4">
<div data-block-id="9" data-block-type="raw" data-block-weight="2" style="clear:none;">
<div>
<h2>Biodiversidade ameaçada</h2>
</div>
</div>
</div>

<div id="chunk-eiso3">
<div data-block-id="10" data-block-type="unstyled" data-block-weight="37" style="clear:none;">
<p data-mrf-recirculation="Matéria - Links no Texto" data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">Durante a tarde de quinta-feira (23), funcionários da empresa tentaram amenizar a situação utilizando baldes para captar a água contaminada pelo óleo. O material foi colocado em galões. Entretanto, segundo especialistas ambientais,&nbsp;os danos causados são irreversíveis.</p>

<p data-mrf-recirculation="Matéria - Links no Texto" data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">"Toda a fauna, inclusive a aquática, será comprometida de forma direta ou indireta", comentou o inspetor.</p>

<p>O parque abriga diversas espécies de animais terrestres e aquáticos, como capivaras, pirarucus e jacarés. O risco de mortandade está sendo monitorado pela Fundação de Meio Ambiente de Palmas (FMA), pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).&nbsp;Até esta sexta-feira (24) não foi registrada morte de animais.</p>

<p>Uma barreira de contenção foi instalada no córrego, ainda dentro do Parque Cesamar, pelo Corpo de Bombeiros, para tentar evitar o avanço da mancha. Nesse momento, o empenho das equipes está em minimizar os danos à biodiversidade do parque.</p>

<p>O presidente da FMA, Isac Braz da Cunha, explicou que uma parte do óleo decantou e ficou depositada no fundo do córrego. O órgão deve fazer um planejamento estratégico para a retirada desses resíduos.</p>

<p>"Com o passar das chuvas a tendência é o lago baixar o nível. Já temos pontos assoreados que dá pra ver onde tá essa mancha. Já tem um projeto para desassorear o lago e, se for detectado mancha, vamos começar de imediato a articulação junto à Secretaria de Obras", disse o presidente.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/homem-que-matou-fazendeiro-a-mando-da-filha-e-genro-por-heranca-de-r-3-milh-es-foi-preso-na-casa-de-familiares-diz-pc-1.3217045" target="_blank">Homem que matou fazendeiro a mando da filha e genro por herança de R$ 3 milhões foi preso na casa de familiares, diz PC&nbsp;</a><br />
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/filha-que-mandou-matar-o-pai-por-heranca-de-r-3-milh-es-n-o-demonstra-remorso-diz-delegado-1.3216164" target="_blank">Filha que mandou matar o pai por herança de R$ 3 milhões não demonstra remorso, diz delegado</a></div>

<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3223071" attr-version="policy:1.3223071:1737642867" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3223071/whatsapp-image-2025-01-23-at-09.24.08.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
<span class="p-smartcaption">Manchas de óleo são vistas dentro do Parque Cesamar (Matheus Dias/ TV Anhanguera)</span></p>

<h2>Investigação</h2>

<p>A Polícia Civil investiga o caso e a Perícia Científica foi chamada para analisar a situação. Caso seja comprovado a autoria, a empresa pode receber multa entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, conforme a Lei de Crimes Ambientais.</p>

<p>Conforme apurado pela Guarda Metropolitana, a empresa EHL teria utilizado três caminhões pipas de sucção para retirar o óleo de uma galeria pluvial durante a noite.</p>

<p>A Prefeitura de Palmas afirmou que&nbsp;o óleo estaria em um tanque de contenção no pátio da empresa&nbsp;e teria sido transferido para um caminhão&nbsp;que, em seguida,&nbsp;fez o descarte na galeria pluvial da Avenida NS-10, próximo ao Parque do Povo.</p>

<p><strong>Nota da empresa EHL</strong></p>

<p><em>A EHL informa que após identificar a ocorrência, imediatamente, tomou todas as medidas, ainda ontem, dia 22, às 19h, iniciando os trabalhos de remoção dos resíduos, com o acompanhamento de engenheiros ambientais, juntamente com órgãos ambientais, para garantir o cumprimento das normas vigentes.</em></p>

<p><em>A empresa reforça que não houve descarte de material na galeria pluvial e sim falha operacional no pátio da empresa.</em></p>
</div>
</div>


Óleo derramado em córrego pode contaminar praia e lago de Palmas, diz Guarda Ambiental

Geral

Geral - título

Matéria - Geral Daqui

Meio Ambiente

CHUVA EM CATALÃO

<div attr-cid="policy:1.3218553" attr-version="policy:1.3218553:1736508173" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3218553" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3218553', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3218553">CHUVA EM CATALÃO (1.3218553)</a></span></div>

<p>Uma forte chuva deixou vários moradores desabrigados na zona rural de Catalão, no sudeste de Goiás, após o transbordamento de dois rios. Quando a água baixou, as famílias enfrentaram grandes prejuízos, como colchões encharcados, móveis destruídos e casas cobertas de lama. A maioria perdeu praticamente tudo.</p>

<p>A situação aconteceu na manhã de quarta-feira (8). Além das casas e fazendas alagadas, o Ribeirão da Custódia e o Rio Veríssimo inundaram uma ponte que dá acesso às propriedades rurais entre Catalão e Ipameri. Os moradores relataram à TV Anhanguera que a estrutura da ponte é antiga e temem que tenha sido comprometida pela força da enxurrada.</p>

<p><strong>O POPULAR</strong> entrou em contato com a Prefeitura de Catalão por e-mail, na manhã desta sexta-feira (10), pra saber o que será feito para ajudar os moradores desabrigados e quais as medidas serão tomadas em relação a ponte, mas não tivemos retorno até a última atualização desta matéria.&nbsp;</p>

<p>Segundo André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a cidade registrou 110 milímetros de chuva em apenas cinco horas. Esse volume significativo provocou a elevação dos rios e saturou o solo, gerando impactos consideráveis na região.</p>

<p><cite>O solo está todo saturado, então a gente está em um ambiente de risco, mas a tendência é essas águas descerem, elas irem voltando pros seus ribeirões, córregos e a população voltar a uma certa normalidade. Mas temos que ficar atentos, porque essas chuvas ainda vão continuar acontecendo. Vai ter muita chuva ainda no mês de janeiro", ressaltou André Amorim.&nbsp;</cite></p>

<p>A previsão para Goiás neste final de semana é de chuvas intensas, no formato de tempestades, entre 20 a 50mm/h e ventos de 70km/h.&nbsp;</p>

<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3218554" attr-version="policy:1.3218554:1736508500" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3218554/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-01-10T082815.885.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
<span class="p-smartcaption">Imagem mostra ponte inundada com enxurrada e casa coberta de lama após chuva, em Catalão (Reprodução/TV Anhanguera)</span></p>


Moradores ficam desabrigados após rios transbordarem durante temporal

Catalão

COBRA RIO VERDE

<div attr-cid="policy:1.3216512" attr-version="policy:1.3216512:1736010411" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3216512" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3216512', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3216512">COBRA RIO VERDE (1.3216512)</a></span></div>

<p>Uma cobra branca foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros no quintal de uma casa em Rio Verde, na região sudoeste de Goiás, e, por estar saudável, foi devolvida à natureza em uma área de mata. No entanto, o que parecia uma ocorrência comum gerou preocupação, já que especialistas apontam a possibilidade de se tratar de uma cobra da espécie píton, uma serpente exótica originária da Ásia.</p>

<p>À TV Anhanguera, o capitão do Corpo de Bombeiros,&nbsp;<span style="color: rgb(0, 0, 0); font-size: 12px;">Célio Fernado de Paula, disse que a equipe seguiu o protocolo, visto que acredita se tratar de uma jiboia albina e que o animal não apresentava ferimentos.&nbsp;</span></p>

<p><cite>Como se trata de um animal silvestre e que não tem ferimento, não apresentava nenhum tipo de lesão, o nosso protocolo é resgatar esse animal e devolver à natureza o mais rapidamente possível e o mais próximo do seu habitat natural", afirmou o capitão.&nbsp;&nbsp;</cite></p>

<p><strong>Ao POPULAR</strong>, o biólogo Marco Antônio explicou que é preciso fazer uma análise mais detalhada, mas que a primeiro momento, ele diria que se trata de uma píton branca, visto que o animal aparenta não ter problemas com falta de pigmentação para ser classificada como albina.&nbsp;</p>

<p><cite>Dá pra ver que na parte dorsal ela tem um pigmento. Albina é falta de pigmentação e essa parece ter pigmento. O ideal seria recapturar esse animal para identificar a espécie,&nbsp;afirma Marco Antônio.&nbsp;</cite></p>

<p>Em entrevista à TV Anhanguera, o biólogo&nbsp;Alessandro Morais, especialista em répteis, aponta que o animal que aparece nas imagens parece ser diferente de uma jiboia.&nbsp;</p>

<p><cite>É impossível ter 100% de certeza porque não estamos com o bicho em mãos para que a possa analisar algumas características morfológicas dele”, considerou Alessandro Morais, biólogo especialista em répteis.</cite></p>

<p><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-size: 12px;">Já o biólogo&nbsp;Werther Ramalho explica que a cobra pode ter origem de cativeiro e que pode ter sido gerada para ser animal doméstico.&nbsp;</span></p>

<p><cite><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-size: 12px;">É um animal que provavelmente veio de alguma seleção em cativeiro, porque é um animal albino com padrões que a gente diz que é selecionado por quem faz o comércio para uso desse animal como pet", disse Werther Ramalho.</span></cite></p>

<h2>Cobra no quintal</h2>

<p>À TV Anhanguera, a moradora Mariluce Gonçalves contou que ficou com muito medo ao ver a serpente. No entanto, explicou que ela estava esticada em uma árvore.</p>

<p><cite>Eu fiquei com muito medo. Ela estava esticadinha no galho da árvore. Eu pensei que ela estivesse invernada, ou coisa assim, para fazer digestão, já que na barriguinha dela tinha uma bolinha”, disse Mariluce à TV Anhanguera.</cite></p>

<p>A Polícia Civil informou que não há registro de ocorrência de desaparecimento de serpente doméstica em Rio Verde.</p>


Bombeiros soltam cobra em mata, e especialistas suspeitam que seja píton, serpente exótica da Ásia

Rio Verde

<p>Autoridades municipais da cidade de Goiás percorreram o Rio Vermelho nesta segunda-feira (23), até o distrito de Buenolândia, para avaliações sobre a contaminação por agrotóxicos. A carga de pesticidas entrou em contato com o manancial após um acidente na GO-164, na manhã de terça-feira (17), que matou um casal e deixou dois homens feridos. Desde a última semana, moradores vêm registrando a morte de centenas de peixes ao longo das águas que cortam a antiga capital.</p>

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<p>A contaminação é monitorada pelas Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Municipal do Meio Ambiente da cidade de Goiás. Nesta segunda-feira (23), equipes realizaram a remoção dos resíduos com a raspagem do solo contaminado e a lavagem das pedras que compõem as margens do rio.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/pesquisadores-temem-efeito-prolongado-da-contaminac-o-por-agrotoxicos-no-rio-vermelho-1.3213209" target="_blank">Pesquisadores temem efeito prolongado da contaminação por agrotóxicos no Rio Vermelho</a></div>

<p>A preocupação, tanto de pesquisadores da cidade como da administração pública com a qualidade das águas, que podem sofrer prolongadamente os efeitos da contaminação, gerou recomendações quanto à utilização do recurso hídrico. De acordo com a Semad, a população que necessitar de água para a hidratação de animais pode recorrer à secretaria pelo WhatsApp 62 92798321.</p>

<p>“Eu não tive coragem de descer mais em outros poços, só no que eu fui já fiquei bem triste”, diz um agricultor familiar da região sobre a contaminação do Rio Vermelho. Em áudio ao qual a reportagem teve acesso, o homem pede a um agente público para solicitar à prefeitura uma fiscalização urgente junto do rio: “A situação não está normal, estamos muito tristes”, complementa.</p>

<p>O homem diz ter encontrado ao longo do rio diversas espécies de peixes mortos, devido à grande quantidade de “veneno” nas águas. Após a ida ao local, ele diz não conseguir mais voltar pelo cheiro e situação em que o rio se encontra. “Tem uma espuma, está grossa, um cheiro muito estranho”, complementou. Os peixes vêm sendo vistos mortos na antiga capital desde o museu Casa de Cora Coralina e se estendido também ao Balneário Cachoeira Grande, na junção do Rio Vermelho com o Bagagem.</p>

<h4>Acidente</h4>

<p>O acidente ocorreu na terça-feira passada, depois que um caminhão carregado de agrotóxicos teve uma falha nos freios próximo ao primeiro trevo de acesso à cidade. O caminhão atingiu a traseira de um veículo, o que causou a morte de um casal. Com o acidente, o Corpo de Bombeiros chegou a comunicar a Semad sobre os agrotóxicos espalhados na área. A carga foi identificada como roubada de um local no município de Marcelândia (MT).</p>

<p>Apesar de a Gerência de Gestão e Prevenção de Incêndios e Acidentes Ambientais (Gegia) da Semad tomar iniciativas para evitar o contato com o rio, como barreiras de contenção, as chuvas torrenciais na região acabaram levando produtos tóxicos para o manancial. Após a morte dos peixes, a secretaria entrou em contato com os fabricantes dos produtos, Bayer e Basf, para atender à emergência ambiental. Como prevê a Lei Federal 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, as duas empresas contrataram a Ambipar, que enviou profissionais para atuar na descontaminação da área.</p>

<p>Os ocupantes do caminhão onde a carga estava foram encaminhados ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). De acordo com nota da unidade, enviada na segunda (22), os dois homens estão internados na enfermaria do hospital, com o estado de saúde estável, conscientes e respirando espontaneamente.<br />
<br />
<em>(João Gabriel Palhares é estagiário do GJC em convênio com a UFG)</em></p>


Trabalho de descontaminação busca diminuir danos no Rio Vermelho

Cidade de Goiás

<p>A carga de agrotóxicos que contaminou o Rio Vermelho, na cidade de Goiás,&nbsp;após um acidente ocorrido na manhã de terça-feira (17) na GO-164, provocando a morte de um casal, foi roubada no sábado (14) numa serraria no município de Marcelândia (MT). Neste domingo (22), centenas de peixes mortos foram encontrados no manancial que corta a antiga capital. A contaminação, que é monitorada pelas Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Municipal do Meio Ambiente da cidade de Goiás, preocupa também o Grupo de Agroecologia e Educação do Campo - Gwatá, da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que teme um efeito prolongado da contaminação .</p>

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<p>O acidente ocorreu depois que o caminhão carregado de defensivos agrícolas que trafegava na GO-164 em direção a Goiânia teve uma falha nos freios. Numa curva, em uma descida pouco antes de chegar ao primeiro trevo de acesso à cidade de Goiás, o motorista perdeu o controle do veículo. Antes de cair no barranco, a 15 metros do Rio Vermelho, o caminhão atingiu a traseira do veículo de passeio onde viajava um casal, que morreu na hora com o impacto. O Corpo de Bombeiros da cidade de Goiás conseguiu retirar o corpo do homem, mas preso às ferragens, o corpo da mulher só foi retirado no dia seguinte. Os ocupantes do caminhão foram encaminhados para atendimento hospitalar.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/semad-tenta-conter-contaminac-o-no-rio-vermelho-apos-acidente-1.3212940" target="_blank">Semad tenta conter contaminação no Rio Vermelho após acidente</a></div>

<p>Logo após o atendimento às vítimas, o Corpo de Bombeiros comunicou à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) que a carga de agrotóxicos ficou espalhada na área e realizou as primeiras ações para remover as embalagens. O ponto onde ocorreu o acidente está dentro da Área de Preservação Ambiental (Apa) Dr. Sulivan Silvestre, criada em 1998 para ajudar a proteger o Parque Estadual da Serra Dourada. A Gerência de Gestão e Prevenção de Incêndios e Acidentes Ambientais (Gegia), da Semad, tomou as providências para mitigar o desastre ambiental, mas chuvas torrenciais na região acabaram levando os produtos tóxicos para o leito do Rio Vermelho.</p>

<p>Peixes mortos foram vistos sobre a ponte que dá acesso ao Museu Casa de Cora Coralina, mas o maior volume neste domingo foi visto no Balneário Cachoeira Grande, que fica na junção do Rio Vermelho com o Rio Bagagem. Em razão da contaminação, no sábado (21), a prefeitura da cidade de Goiás emitiu duas notas, uma da Vigilância Sanitária e outra da Secretaria do Meio Ambiente, orientando a população a não consumir água do Rio Vermelho e não utilizá-la em atividades agrícolas. A administração municipal explicou que, no período chuvoso, a Saneago faz captação de água para oferecer à população nos ribeirões Bacalhau e Pedro Ludovico, que não oferecem risco à saúde humana.</p>

<p>Outra providência tomada pela administração vilaboense foi a interdição do acesso ao Rio Vermelho dentro do Parque Municipal da Carioca, um dos atrativos turísticos da cidade de Goiás. Titular da pasta de Meio Ambiente, Carlos Augusto Ignacio Campos explicou que o parque está aberto para outras atividades, mas não para banho. O acidente ocorreu em um dos poços dentro da área do parque, pouco acima da entrada principal. Os alertas da prefeitura valem até que haja segurança em relação à contaminação do manancial.</p>

<p>No sábado (21),&nbsp;quando peixes mortos começaram a aparecer, a Semad divulgou uma nota&nbsp;explicando que, como a carga era roubada, sem licença ambiental, os fabricantes dos produtos - Bayer e Basf - foram contatados para atender à emergência ambiental. Como prevê a Lei Federal 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, as duas empresas contrataram a Ambipar que enviou profissionais para atuar na descontaminação da área. Segundo a Semad, mais de 95% dos resíduos sólidos foram removidos e barreiras construídas junto ao corpo hídrico, mas as fortes chuvas não impediram a contaminação do Rio Vermelho.</p>

<h4>Efeito prolongado da contaminação&nbsp;</h4>

<p>Logo após a constatação da mortandade de peixes no Rio Vermelho, o Grupo de Agroecologia e Educação do Campo - Gwatá, da Universidade Estadual de Goiás, divulgou uma nota manifestando preocupação com os efeitos ambientais provocados pela carga de defensivos agrícolas que atingiu o manancial. “Entre os agrotóxicos dispersados pelo acidente estão o Mitrion, o Envoke e o Sphere Max, classificados como altamente tóxicos para organismos aquáticos”, diz o comunicado. Pesquisador do Gwatá, Murilo Mendonça Oliveira de Souza explicou que é necessário ir além do monitoramento. “Estamos cobrando a formação de um grupo institucional para pensar nos processos de recuperação ambiental. Agrotóxico não é igual ao óleo que a gente consegue conter.”</p>

<p>O Gwatá, que existe desde 2011, integra uma rede de instituições e pesquisadores nacionais e internacionais que discute o impacto dos agrotóxicos para a vida humana e para o meio ambiente. O coletivo envolve desde a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) até médicos e pesquisadores universitários. “Talvez seja o maior grupo que discute esse tema no Brasil”, lembra Murilo de Souza. Como se trata de carga irregular, sem documentação, a Semad não sabe o volume transportado e o que ficou na área do acidente. “Esse tipo de agrotóxico penetra no solo e atinge o lençol freático de forma rápida. Os efeitos podem se prolongar porque os princípios ativos que compõem os produtos são persistentes e móveis no meio ambiente”, enfatiza o pesquisador.</p>

<p>“Estamos monitorando a situação e em parceria com a Semad fazendo a coleta e análise da água do Rio Vermelho, além de comunicar a população sobre os riscos”, afirma Carlos Augusto, titular da pasta municipal do Meio Ambiente. Segundo ele, já no momento da coleta dá para saber se houve contaminação, por isso as providências tomadas. Já a análise química está sob a responsabilidade do Centro de Análises Ambientais e Laboratoriais (Ceamb) da Semad, mas ainda não está concluída. Após verificar a ilegalidade da carga, a Semad acionou a Polícia Civil que investiga o caso.</p>

<p>A reportagem teve acesso à ocorrência policial feita na segunda-feira 16) na Delegacia de Polícia de Marcelândia (MT). A carga de defensivo agrícola foi retirada do almoxarifado de uma serraria que pertence a Adilson Francisco Fistarol. Como a ocorrência do acidente e a situação da carga irregular foi comunicada nos sistemas integrados de segurança, o proprietário foi informado e veio para Goiás para se inteirar dos fatos. Os dois envolvidos, ocupantes do caminhão, que se feriram no acidente e inicialmente foram atendidos no Hospital São Pedro D’Alcântara, na antiga capital, foram encaminhados para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage, em Goiânia. Eles estão internados sob a custódia da Polícia Militar.</p>
